domingo, 11 de fevereiro de 2024

Bolsonaro diz que pretende retomar seus direitos políticos e ser candidato em 2026

 Em entrevista, ele afirmou que é perseguido e disse que querem "retirá-lo de combate"

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução Youtube)

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo investigado pela tentativa de promover um golpe de estado no Brasil, afirmou, em entrevista à revista Veja, que está sendo perseguido e que o objetivo é retirá-lo de combate. Nesta entrevista, pela primeira vez, ele afirmou que seu objetivo é recuperar seus direitos políticos, assim como ocorreu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para disputar as eleições de 2026, sinalizando que não tem a intenção de transferir seu capital político. "Pretendo ser candidato", disse ele. Bolsonaro também disse que "a direita acordou" e que poderá eleger 140 deputados e até vinte senadores. Entretanto, seu plano pode esbarrar na própria possibilidade de prisão. Saiba mais sobre o caso:

BRASÍLIA (Reuters) – O então presidente Jair Bolsonaro cobrou, em reunião ministerial em julho de 2022, que seus auxiliares diretos agissem antes das eleições de outubro, propôs a elaboração de uma nota conjunta com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em uma tentativa para angariar credibilidade a questionamentos infundados sobre fraude nas urnas eletrônicas e chegou a dizer que, se tudo não desse certo, iria descer a rampa do Palácio do Planalto "preso por atos antidemocráticos".

Em uma alegação de que haveria uma espécie de complô, Bolsonaro ainda atacou duramente uma suposta orquestração da cúpula do Judiciário para eleger o adversário Luiz Inácio Lula da Silva.

É o que consta da íntegra de um vídeo de uma hora e 30 minutos de uma reunião ministerial no Palácio do Planalto do dia 5 de julho recheada de discussões de planos, ideias e ordens relacionadas à eleição presidencial daquele ano e à preocupação em garantir que Bolsonaro continuasse no poder. O vídeo foi apreendido com o delator e ex-ajudante de ordens do então presidente, Mauro Cid, e divulgado nesta sexta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A liberação da íntegra do vídeo ocorreu após trechos editados em momentos das falas mais contundentes de Bolsonaro e de auxiliares terem sido divulgados nas redes sociais. Ela se dá também um dia após a maior operação da PF sobre a tentativa de golpe de Estado que envolveu Bolsonaro, ex-quatro ministros do governo dele, e o presidente do PL, seu partido, Valdemar Costa Neto.

Bolsonaro aproveitou a reunião para cobrar de seus ministros que amplificassem a história de fraude nas urnas. Em vários momentos, ele -- e também auxiliares como o chefe do GSI, Augusto Heleno, os ministros da Defesa, Paulo Nogueira, da Justiça, Anderson Torres, e da CGU, Wagner Rosário -- defenderam uma atuação mais enérgica, inclusive alguns deles apelando para um suposto pânico e até reação com uma eventual vitória de Lula.

"Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida de que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições", disse Bolsonaro, sem apresentar qualquer elemento de prova das alegações.

O ex-presidente repetiu, durante todo o encontro, alegações de fraude nas urnas. Chegou a dizer, ironicamente, que as pesquisas de intenção de voto estavam certas ao dar a vitória a Lula. Não porque essa era a vontade da população, mas porque aqueles eram "números que estão dentro dos computadores do TSE" (Tribunal Superior Eleitoral).

O encontro foi uma das reuniões ministeriais convocadas com regularidade por Bolsonaro -- normalmente sem relação com as eleições -- e dela fizeram parte a maioria dos seus ministros, inclusive Paulo Guedes, da Economia, e Fábio Faria, das Comunicações. A reunião, no Palácio do Planalto, durou cerca de três horas, de acordo com a agenda de Bolsonaro no dia, mas apenas a metade foi gravada.

O ex-presidente usou sua fala para cobrar com ênfase a repetição, pelos ministros, das alegações de fraudes nas urnas.

"Daqui para frente quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui e vou mostrar. Se não quiser, ele vai ter que me dizer porque não quer falar. Se mostrar onde está errado eu topo. Se não tiver argumentos para me demover do que eu vou mostrar, não vou querer papo com esse ministro, está em lugar errado", afirmou.

O que Bolsonaro mostrou foi depois apresentado publicamente em uma reunião de embaixadores em que ele levantou dúvidas de fraudes nas urnas.

O então presidente propôs a divulgação de uma nota conjunta com a OAB questionando a credibilidade das urnas eletrônicas -- o que não aconteceu. Outras propostas que apareceram também foram a do chefe da CGU, que defendeu uma força-tarefa sobre o assunto, e o titular da Defesa, que defendeu reforçar as contestações sobre o processo eleitoral.

Desde a época de deputado federal, Bolsonaro e familiares dele foram eleitos diversas vezes por meio das urnas eletrônicas e nunca questionaram o sistema, somente passando a fazer isso -- sem provas -- desde a primeira eleição presidencial dele em 2018.

Mais próximo do final da parte da reunião gravada, Augusto Heleno chega a falar que não haverá revisão das eleições e se tiver que "virar a mesa" tem de ser antes do pleito.

"Não tem VAR na eleição, não vai ter segunda chamada, revisão do VAR, então o que tiver que ser feito, tem que ser feito antes das eleições, se tiver que dar soco na mesa tem que ser antes das eleições, tiver que virar a mesa, antes das eleições, depois das eleições será muito difícil que tenhamos uma nova perspectiva", disse ele.

O chefe do GSI chegou a comentar também a possibilidade de infiltrar agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas campanhas de 2022, em comentário que foi interrompido por Bolsonaro, que pediu para falar sobre esse assunto depois em particular. A Abin, então no GSI, é suspeita de ter tido uma atuação paralela para monitorar adversários de Bolsonaro, questão investigada em outro inquérito no STF.

Em outro momento, o então presidente disse que poderia até ser preso por "atos antidemocráticos" se não vencesse o pleito.

"Eu tenho que me virar acreditando que vai dar tudo certo ano que vem? Eu vou descer daqui da rampa preso por atos antidemocráticos", disse.

Os advogados de Bolsonaro Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fabio Wajngarten minimizaram o conteúdo do vídeo.

"O vídeo divulgado oficialmente hoje pela autoridade judiciária responsável pelo inquérito mostra a realização de uma reunião ministerial rotineira em que todos os presentes puderam manifestar publicamente sua opinião a respeito da conjuntura

daquele momento... O encontro trata, fundamentalmente, da

cobrança para com o time de ministros dele para que atuem de maneira organizada", afirmam os advogados em comunicado à imprensa.

"Bem ao seu estilo veemente, o ex-mandatário reafirma seu compromisso de agir sempre dentro das quatros linhas da Constituição", acrescentam.

IMPLICAÇÕES

Segundo uma fonte da PF envolvida diretamente nas investigações, o vídeo é uma confissão de crime que implica ainda mais o ex-presidente.

Para essa fonte, Bolsonaro e demais integrantes do governo sabiam que não havia qualquer fraude nas urnas, mas, mesmo assim, insistiram no discurso para manter apoiadores em frente aos quartéis e justificar que as Forças Armadas agissem, de olho em uma ação futura para anular o pleito por meio de um golpe de Estado.

A fonte afirmou que a reunião mostra até um certo desespero de Bolsonaro e do seu entorno.

"As diversas provas se interconectam. Temos as minutas apreendidas e a colaboração do Cid e outros materiais apreendidos em computadores e telefones que comprovam bem essa forma de agir. Uso das redes sociais, por meio de influenciadores, para propagar mentiras e manipular parte da população", destacou a fonte.

Na operação da PF na véspera, minutas foram apreendidas, como a que mostra que Bolsonaro recebeu de assessores um texto de decreto com instruções para que houvesse um golpe de Estado com determinação de novas eleições e que levasse à prisão ministros do STF.

A fonte da PF disse ainda que a equipe trabalha para tentar concluir essa investigação até junho. Ela não quis dar detalhes dos novos passos da apuração.

Fonte: Brasil 247

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Ministros do STF avaliam que Gonet já tem elementos para denunciar Bolsonaro, Heleno e Braga Netto

 Núcleo mais próximo de Bolsonaro teria cometido crimes de tentativa de de golpe de Estado e associação criminosa

(Foto: Marcos Corrêa/PR)

Após a Operação Tempus Veritatis, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) analisam que Paulo Gonet, procurador-geral da República, já possui elementos suficientes para denunciar Jair Bolsonaro, além dos ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno. Os ministros enfatizam que a decisão final recai sobre Gonet, mas acreditam que a operação realizada na quinta-feira (8/2) representa um ponto de inflexão inegável, segundo aponta a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

De acordo com a avaliação do STF, as evidências obtidas pela Polícia Federal antes da operação, como o registro da reunião ministerial em que foram discutidas questões golpistas, juntamente com as provas coletadas durante as buscas e apreensões contra ex-ministros, convergem para os atos golpistas ocorridos em Brasília.

As investigações sugerem a inclusão de outros elementos, como a suposta interferência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no processo eleitoral de 2022 e a propagação de notícias falsas para desacreditar o sistema de urnas eletrônicas. Segundo a apuração, o núcleo mais próximo de Bolsonaro teria cometido crimes de tentativa de subversão do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e associação criminosa nesses contextos.

Os ministros destacam que o próximo passo está nas mãos de Paulo Gonet, que deverá decidir sobre a denúncia diante dos elementos levantados até o momento pela investigação.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles

Brasileira e 3 filhos que deixaram Faixa de Gaza chegam hoje ao Brasil

 Família ficou no Cairo, enquanto aguardava partida

Avião da Força Aérea Brasileira (FAB) (Foto: Reprodução (G1))

Agência Brasil - Os quatro palestinos-brasileiros que conseguiram autorização para deixar a Faixa de Gaza na última quarta (7) estão hospedados no Cairo, capital do Egito. Uma mulher e seus três filhos devem chegar ao Brasil na noite deste sábado (10), com desembarque no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Segundo informou o Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Palestina, a mulher, cuja identidade não foi informada, e os filhos de quatro e dois anos não podiam sair porque ela estava grávida. Depois que a criança nasceu, no último dia 24 de dezembro, a autorização de deixar a região que está em conflito com Israel pôde ser emitida.

A família foi recebida pela equipe da embaixada brasileira na capital egípcia, logo após cruzar a fronteira de Rafah, no sul de Gaza, com o país africano. Rafah é o ponto de maior segurança em Gaza.

Operação

Da localidade, a família seguiu uma viagem de cerca de seis horas e permaneceu em hotel custeado com recursos do governo brasileiro. A liberação das verbas e viabilização da ajuda foram possíveis graças a uma etapa nova da Operação Voltando em Paz, que resgatou e auxiliou 1.560 pessoas, desde outubro de 2023,  entre brasileiros e parentes que estavam em Israel, em Gaza e na região da Cisjordânia. A operação é voltada a brasileiros sem passagens, não residentes, gestantes, idosos, mulheres e crianças. Também foram transportados 53 animais domésticos.

Antes de cruzarem a fronteira, os quatro estavam alojados em Rafah em uma casa alugada pela representação brasileira em Ramala, na Palestina, com garantia de recursos para alimentos, água e remédios, recebendo assistência até cruzar a fronteira.

Essa é a quarta operação de repatriação específica com brasileiros que estavam no lado palestino do conflito, um processo que exige articulação mais complexa. Isso porque a única fronteira para a saída de civis da zona de guerra em Gaza é no sul do enclave, em Rafah, na divisa com o Egito. Para deixar o território palestino, é preciso ter o nome em uma lista aprovada por autoridades de Israel, do Egito e da Palestina. A todo, foram resgatados 149 brasileiros e parentes próximos, 117 de Gaza, já contabilizada a família de agora, e 32 da Cisjordânia.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

"Enem dos concursos" tem 2,6 milhões de inscritos e bate recorde

 "Estamos felizes pelo sucesso dessa inovação no serviço público", declarou a ministra Esther Dweck, em comunicado divulgado à imprensa

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Gestão, Esther Dweck (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Da Rede Brasil Atual O Concurso Nacional Unificado encerrou as inscrições na sexta-feira (9) e conta com 2,65 milhões de inscritos, segundo dados do governo federal. O prazo para pagamento da taxa de inscrição vai até a próxima sexta-feira (16), e 1,28 milhão de candidatos ainda não efetuaram o pagamento.

De acordo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, o número de inscritos estabelece um recorde para concursos públicos. Estão sendo ofertadas 6.640 vagas distribuídas em 21 órgãos públicos federais, divididas em oito blocos temáticos. Os editais também preveem a formação do cadastro reserva com pelo menos o dobro do número de vagas disponíveis.

"Estamos felizes pelo sucesso dessa inovação no serviço público que é o concurso nacional unificado. Boa sorte e bons estudos a todas as pessoas inscritas. Vamos agora construir um serviço público com a cara do Brasil!", declarou a ministra Esther Dweck, em comunicado divulgado à imprensa.

Uma inscrição tem validade para uma vaga em mais de um órgão, desde que seja dentro do mesmo bloco temático. A seleção será realizada com base na nota das provas, em um sistema semelhante ao do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por esse motivo, o concurso tem sido denominado de "Enem dos Concursos".

As provas estão agendadas para o dia 5 de maio. Mais informações podem ser encontradas no Portal Gov.br.

Fonte: Brasil 247 com Rede Brasil Atual

"Nunca vi imprensa tão simpática a um canalha", diz Jean Wyllys, sobre Folha e Bolsonaro

 Ex-deputado disse que ainda se surpreende com o tratamento que a Folha concede a Jair Bolsonaro

(Foto: Reprodução)

 O ex-deputado Jean Wyllys foi às redes neste sábado para se posicionar em relação ao tratamento simpático que a Folha de S. Paulo concede a Jair Bolsonaro, ex-presidente que está prestes a ser denunciado pelo tentativa frustrada de quebra da ordem democrática e associação criminosa. Confira o post de Jean Wyllys:

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Fonte: Brasil 247

Sambódromo completa 40 anos, depois de enfrentar forte oposição da Globo

 O jornal O Globo fustigou o governo estadual, questionando a obra e seu principal responsável, Leonel Brizola

(Foto: Reuters)

Da Rede Brasil Atual A Porto da Pedra, de São Gonçalo, na região metropolitana, abre o desfile do grupo principal no Rio de Janeiro, na noite deste domingo (11). As 12 escolas que se apresentarão, em dois dias, estarão também celebrando o 40º aniversário da própria passarela. O Sambódromo, na rua Marquês de Sapucaí, foi inaugurado em tempo recorde em março de 1984, com oposição da emissora que hoje faz as transmissões oficiais.

Com 700 metros de extensão para os desfiles (e 13 metros de largura), o Sambódromo foi construído em frente a uma antiga fábrica da cervejaria Brahma, a primeira do Rio, datada de 1888, no bairro do Catumbi. Em 2011, o prédio foi demolido depois de ser “destombado”, sob críticas de órgãos de defesa do patrimônio histórico. Com isso, as instalações da passarela do samba foram ampliadas de 60 mil para 72.500 pessoas.

A construção da passarela do samba em 1984, concluída em 120 dias, acabou com a era das arquibancadas móveis – que, segundo se dizia, eram portas abertas para a corrupção. Até então, os desfiles, bem mais modestos, ocorriam em áreas como a Praça Onze ou a Avenida Rio Branco, além da própria Sapucaí. Isso aconteceria também em São Paulo, que ganhou seu Sambódromo em 1991, no Anhembi. Antes, as escolas se apresentavam na avenida Tiradentes, também na zona norte.

Nos dois casos, os projetos foram de autoria de Oscar Niemeyer. No Rio, a ideia do professor e antropólogo Darcy Ribeiro era fazer da área não apenas um espaço de carnaval, mas um equipamento urbano educacional, com dezenas de salas de aula. Dessa forma, seriam políticas públicas envolvendo, ao mesmo tempo, cultura e educação. Darcy Ribeiro era vice-governador, na gestão de Leonel Brizola, sempre um alvo preferencial das Organizações Globo.

O cemitério e a passarela

O jornal O Globo fustigou o governo estadual, questionando a obra e seu principal responsável. A campanha incluiu uma charge que comparava Brizola ao lendário Odorico Paraguaçu, personagem da novela O Bem-Amado! vivido por Paulo Gracindo. Era prefeito de Sucupira e tentava a todo custo inaugurar o cemitério municipal, principal obra da sua gestão. O problema é que ninguém morria na cidade.

Em 1984, pela primeira vez o desfile das escolas foi dividido em duas noites, por sugestão da associação que reunia as agremiações. Ficou decidido que em cada noite seria declarada uma campeã – Portela e Mangueira foram as vencedoras. Houve ainda um “super campeonato”, que terminou com vitória da verde-rosa, em homenagem a Braguinha.

Curiosamente, hoje é a Globo que faz as transmissões do carnaval carioca. Mas, na inauguração do Sambódromo, quem apresentou os desfiles foi a recém-criada TV Manchete, já extinta. A Globo teria declinado por “questões técnicas”. Em livro, o executivo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho chegou a dizer que a Globo foi passada para trás.

Os Cieps (escolas de tempo integral) que funcionavam no Sambódromo deixaram de funcionar, esvaziando parte do projeto original idealizado por Darcy Ribeiro. Ficam as histórias contadas pelo sambistas. Como em 1988, quando a Vila Isabel levou o título – o primeiro – com Kizomba, festa da raça, criado por Martinho da Vila. Ou o Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!, da Imperatriz, no ano seguinte. E ainda Peguei um Ita no Norte, do Salgueiro (“Explode coração, na maior felicidade…”), em 1993. Outro bastante lembrado é História pra ninar gente grande (Mangueira, 2019). Assim como Gosto que me enrosco (Portela, 1995).

Olhai por nós

Assim, também em 1989, o carnavalesco Joãosinho Trinta e a Beija-Flor ousaram com Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia, pondo mendigos na avenida. E até um Cristo Redentor em farrapos, coberto por lona, diante da reação da Arquidiocese do Rio, que conseguiu uma proibição judicial. “Mesmo proibido, olhai por nós”, dizia uma faixa.

Um palco também de personagens, como a carnavalesca Rosa Magalhães, que tem seis títulos conquistados. Ou o gari-passista Renato Sorriso, famoso por mostrar sua coreografia na avenida – em 2023, completou 25 anos de “desfile” no Sambódromo. Nos outros dias, segue varrendo as ruas no bairro da Tijuca. E o carnaval cede espaço ao business.

Fonte: Brasil 247 com Rede Brasil Atual

Militar de pijama que apagou conta nas redes após nota golpista será intimado, diz Gleisi

 

Gleisi Hoffmann reagiu a fake news compartilhada por militar – Reprodução/Câmara dos Deputados

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT) avisou que providências serão tomadas contra o coronel Homero Cerqueira. O bolsonarista, chamado de “militar de pijama” por membros da ativa por não ter ascendência sobre a tropa, foi responsável por divulgar uma nota golpista em sua página no X/Twitter.

“URGENTE: a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, acabou de me responder e afirmou que VÃO ATRÁS para tomar as providências contra o coronel bolsonarista que fez uma publicação convocando um golpe militar”, publicou o historiador Vinicios Betiol, responsável por denunciar o posicionamento do militar.

Em postagem feita no microblog, Betiol agradeceu o apoio de Gleisi: “O valentão já apagou a publicação, mas terá que se entender com as autoridades. Muito obrigado a todos que ajudaram a denunciar! E obrigado à @gleisi também”.

Cerqueira divulgou, em diversos sites, uma nota com teor golpista que foi desmentida pelo Clube Militar. O texto foi compartilhado sob o título “Defesa da Pátria, contra a tirania do Judiciário”.

No manifesto falso, os presidentes dos clubes militares fariam exigências, incluindo a entrega à justiça militar de generais, almirantes e brigadeiros que, segundo o texto, se tornaram “lacaios do crime”. No entanto, o grupo esclareceu em nota que os presidentes dos clubes não têm ascendência hierárquica sobre militares, sendo apenas oficiais generais reformados.

Em comunicado oficial, “os presidentes do Clube Naval, do Clube Militar e do Clube de Aeronáutica reiteram se tratar de uma FAKE NEWS.

Em resposta a Vinicios Betiol no Twitter após receber um alerta sobre a nota golpista, Gleisi Hoffmann afirmou: “Vamos atrás pra tomar providências! Obrigada”.

Fonte: DCM

Hacker que invadiu perfil de Marina Ruy Barbosa acessa contas da Jovem Pan no X

Programa da Jovem Pan News. Foto: Reprodução

 Na manhã deste sábado (10), o hacker conhecido como @zestyx86 voltou a invadir perfis no X (antigo Twitter). Dessa vez, ele fez postagens nas páginas do grupo Jovem Pan, como Jovem Pan Esporte, News e o Programa Pânico. A ação, no entanto, não durou muito tempo e as publicações já foram apagadas.

O perfil entrou na conta da atriz Marina Ruy Barbosa e na cantora Luisa Sonza na sexta (9). Em sua página pessoal, o hacker explicou que fez as invasões apenas para mostras que há falha de segurança na plataforma.

“Dezenas de contas gigantes hackeadas hoje, sendo provado que nenhuma rede social é segura, sempre existe uma falha”, disse ele.



Fonte: DCM

VÍDEO – Reunidos no quintal da casa em Angra, fanáticos gritam a Deus por Bolsonaro


Bolsonaristas em oração para Bolsonaro. Foto: reprodução

 Após Jair Bolsonaro (PL) ser alvo de busca e apreensão na Operação Tempus Veritatis, na última quinta-feira (8), pela Polícia Federal, foi a vez de dezenas de seguidores irem até sua casa, em Angra dos Reis, neste sábado (10). O “toc toc toc” de bolsonarista teve a missão de realizar um culto de oração evangélica ao ex-presidente.

“Senhor, quero pedir neste momento que o teu espírito santo venha sobre o seu filho trazendo força, renovo e alegria, tirando toda a agonia, toda angústia do coração”, zelou uma bolsonarista que liderava a oração na presença do ex-presidente.

O vídeo da reza foi compartilhado nas redes de Bolsonaro que, no X, antigo Twitter, escreveu que esta seria “uma oração pelo Brasil”, citando o lema fascista “Deus, Pátria, Família e Liberdade”. Ao final da oração, os presentes entoaram o grito de “mito, mito”.

Operação Tempus Veritatis

Realizada no dia 8 de fevereiro, a Operação Tempus Veritatis bateu à porta de bolsonaristas investigados por tentativa de golpe durante o governo de Jair Bolsonaro. Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército, Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército e Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército, foram alvos de prisões na ação.

Outros nomes notáveis no governo como o general Augusto Heleno, que chefiou o GSI, e Walter Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil foram alvos de busca e apreensão, assim como Bolsonaro e o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, que terminou detido por porte ilegal de arma e de uma pepita de ouro de garimpo, de origem desconhecida.

Após a Operação, o ministro Alexandre de Moraes tornou pública a gravação na íntegra de uma reunião com a trama golpista entre os bolsonaristas, realizada em julho de 2022, pouco antes das eleições.

Alguns dos principais pontos dessa reunião incluem a intenção de Heleno infiltrar agentes da Abin na campanha de Lula para espioná-lo, contestações das urnas eletrônicas, e chamados para “virar a mesa” antes que o pleito eleitoral fosse realizado em outubro daquele ano.

Veja a íntegra da reunião em julho de 2022: 


Fonte: DCM

Militar de pijama que emitiu nota golpista apaga conta nas redes após reprimenda


Coronel Homero Cerqueira, ex-comandante do ICMBio. Foto: reprodução

O coronel Homero Cerqueira, responsável por uma nota golpista, apagou sua conta no X, antigo Twitter, após ser desmentido pelo Clube Militar neste sábado (10). Na ocasião, o bolsonarista se sentiu a vontade para divulgar, em diversos sites, o texto sob o título “Defesa da Pátria, contra a tirania do Judiciário”.

Em nota, “os presidentes do Clube Naval, do Clube Militar e do Clube de Aeronáutica reiteram se tratar de uma FAKE NEWS!” após o historiador Vinicios Betiol e e presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, denunciarem o posicionamento golpista do coronel.

Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Homero comandou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

No manifesto falso, os presidentes dos clubes militares fariam exigências, incluindo a entrega à justiça militar de generais, almirantes e brigadeiros que, segundo o texto, se tornaram “lacaios do crime”. No entanto, o grupo esclareceu em nota que os presidentes dos clubes não têm ascendência hierárquica sobre militares, sendo apenas oficiais generais reformados.

Fonte: DCM

Militares de pijama soltam nota golpista e mandatários da ativa reagem


Entrada do Clube Militar no Rio de Janeiro. Foto: reprodução

O Clube Militar emitiu uma nota urgente desmentindo um manifesto falso que tem circulado em diversos sites. O texto com teor golpista, segundo o grupo, é claramente uma invenção mal intencionada.

No manifesto falso, os presidentes dos clubes militares fazem exigências, incluindo a entrega à justiça militar de generais, almirantes e brigadeiros que, segundo o texto, se tornaram “lacaios do crime”. No entanto, o grupo esclareceu em nota que os presidentes dos clubes não têm ascendência hierárquica sobre militares, sendo apenas oficiais generais reformados.

A nota divulgada pelo Clube Militar enfatiza que o manifesto é uma fake news e alerta sobre a circulação desse conteúdo nas mídias sociais. Os presidentes do Clube Naval, do Clube Militar e do Clube de Aeronáutica reiteram que se trata de uma informação falsa e pedem atenção à sua disseminação.

Veja a nota: 

“Está circulando nas mídias sociais uma nota FALSA com o título ‘Defesa da Pátria, contra a tirania do Judiciário’, datada de 9 de fevereiro de 2024, cuja autoria é atribuída à COMISSÃO INTERCLUBES MILITARES. Os presidentes do Clube Naval, do Clube Militar e do Clube de Aeronáutica reiteram se tratar de uma FAKE NEWS!”

Reprodução da informação mentirosa em sites. Foto: reprodução

Fonte: DCM

Governo Tarcisio afasta militar investigado por ação da PF sobre tentativa de golpe do 8 de janeiro

 Major da reserva do Exército, Angelo Denicoli era assessor da Prodesp e teve passaporte apreendido; suspeita é de ligação com grupo que teria articulado a tentativa de golpe

Tarcísio de Freitas. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 O governo de Tarcisio de Freitas (Republicanos) decidiu afastar, após os desdobramentos da operação Tempus Veritatis conduzida pela Polícia Federal na última quinta-feira (8) que teve como um dos alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro,  Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército. Ele ocupava um cargo comissionado na Companhia de Processamento de Dados do Estado (Prodesp), mesmo residindo no Espírito Santo, onde a PF cumpriu mandados de busca e apreensão.

A decisão de afastamento foi tomada após o ministro Alexandre de Moraes, atendendo a um pedido da Polícia Federal, determinar a apreensão do passaporte de Denicoli e proibi-lo de deixar o país, medida similar à aplicada ao ex-presidente Bolsonaro, destaca o Metrópoles. Denicoli é suspeito de integrar o "Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral", um grupo que, segundo investigações preliminares, estaria envolvido em uma possível tentativa de golpe de estado, disseminando notícias falsas sobre a lisura das eleições presidenciais de 2022.

Além de sua atuação na Prodesp, Denicoli tinha sido indicado, em 2020, para o cargo de diretor de monitoramento e avaliação do SUS (Sistema Único de Saúde). Na época, durante o auge da pandemia de Covid-19, ele compartilhou informações falsas sobre o uso de hidroxicloroquina no tratamento do coronavírus.

O governo paulista foi questionado sobre os motivos do afastamento de Denicoli, porém, até o momento, não forneceu detalhes adicionais sobre o prazo ou possibilidade de retorno do militar ao cargo.

Este afastamento não é o único episódio ligado ao governo de Tarcísio de Freitas relacionado à operação da Polícia Federal. Wagner Rosário, controlador-geral do Estado, também foi mencionado no caso da suposta conspiração golpista. Rosário estava presente em uma reunião, cujo vídeo teve o sigilo removido, na qual o Jair Bolsonaro e aliados discutiam estratégias consideradas golpistas. Durante essa reunião, Rosário sugeriu uma "força tarefa" envolvendo a CGU, a Polícia Federal e as Forças Armadas para investigar possíveis irregularidades nas urnas eletrônicas, criticando uma auditoria anterior conduzida pela CGU como sendo inadequada.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

"Nossa difícil missão era e é a de governar combinando a defesa do interesse nacional e dos trabalhadores", diz José Dirceu

 Nos 44 anos do PT, José Dirceu destacou o papel da defesa da soberania nacional como uma das missões primordiais do partido

José Dirceu (Foto: Lula Marques)

Por José Dirceu, no site do PT – Nosso PT faz 44 anos de luta e combate. A ainda me lembro das primeiras reuniões na Rua Augusta, na sede da ABI e da campanha de filiação, percorrendo casa por casa dos Bairros dos Jardins – missão difícil, mas não impossível-, do dia que fui convidado a ser membro do DN e optei por militar no diretório zonal do Jardim Paulista, da primeira vez que estive pessoalmente com Lula levado por Paulo Vannuchi e Frei Beto, se minha memória não me trai.

Também não esqueço da primeira sede na Rua Santo Amaro perto da Câmara Municipal de São Paulo, porque antes usávamos, junto com o Comitê da Anistia, os escritórios na Bela Vista do Airton Soares e LEG, como chamamos carinhosamente Luiz Eduardo Greenhalgh.

Em 1983 fui indicado para o DR de São Paulo e depois para a Comissão Executiva Estadual como secretario de Formação Política e depois Secretário Geral.

Era uma executiva que reunia líderes sindicais, Djalma Bom, Devanir Ribeiro e José Cicote, acadêmicos, Marco Aurélio Garcia, nosso MAG, Jose Álvaro Moisés e Eder Sader, todos militantes na luta contra a Ditadura; além de José Machado, Janete Pietá, Luizão, lideranças de correntes políticas como eu. Juntos construímos o PT em São Paulo, disputamos nossa primeira eleição com Lula candidato a governador em 82 e a campanha das Diretas Já, depois as eleições de 85 com Suplicy candidato a prefeito e a governador em 86.

O PT e as lideranças foram a vanguarda da luta pelas Diretas Já. Fizemos o primeiro comício no Pacaembu e, juntos com o movimento sindical, as greves políticas contra a ditadura. Derrotada a emenda Dante Oliveira, consolidou-se a transição com a ida ao colégio eleitoral e a eleição de Tancredo Neves.

A importância do PT ao longo dos anos é significativa: na luta social, sindical e popular, no parlamento e governando cidades como Diadema, capitais como Vitória, Rio Branco e Porto Alegre e sem esquecer de São Paulo com Luiza Erundina. Também ao governar Estados como Espírito Santo, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Acre e Rio Grande do Sul.

Após a vitoriosa luta pela Constituinte com as mobilizações e emendas populares, disputamos a eleição presidencial de 89, um marco na história do PT com a ida de Lula ao segundo turno, uma batalha que se travava nas ruas e nas urnas, com o partido sempre ao lado da CUT, MST, CONTAG nas greves e grandes mobilizações em defesa da reforma agrária e dos direitos dos trabalhadores do campo e da cidade.

Em São Paulo vimos o sinal da vitória em 2002 com a eleição da Marta Suplicy em 2000 para prefeita e com Lula Presidente da República. Em 2003 nosso PT alcançou seu objetivo de governar o Brasil para retomar o projeto de desenvolvimento nacional sob a hegemonia dos trabalhadores e aliados numa conjuntura que nos favorecia e que nos deu a oportunidade de governar o país por quatro vezes. Eleger deputados e senadores, milhares de vereadores, centenas de prefeitos, governar a Bahia, Piauí, Pará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Sergipe e o Ceará.

Nossa difícil missão era e é a de governar combinando a defesa do interesse nacional e a defesa dos interesses dos trabalhadores e camadas médias da população. Missão de agregar e articular essas duas frentes de luta e objetivos, para garantir um país soberano e independente, mas com justiça social e democrático, onde o povo tenha seu reconhecimento e para que o Brasil tenha e ocupe seu lugar no mundo.
Um golpe de Estado e um processo jurídico ilegal, sumário e politico nos tirou do governo e recolocou o Brasil no caminho do neoliberalismo e do risco do retorno da Ditadura Militar como hoje sabemos, porque Bolsonaro é filho do golpe parlamentar jurídico, da Lava Jato e da impunidade dos militares na anistia aprovado pelo Congresso Nacional.

Nesses longos anos, fui secretário geral do PT de São Paulo e Nacional, presidente por quatro vezes, esta última em eleições diretas que instituímos, e deputado estadual e federal, candidato ao governo de São Paulo em 1994 e ministro da casa civil em 2003, fui arrancado do governo pela farsa do Mensalão e do mandato, o terceiro que o povo de São Paulo me deu, pela ignominiosa cassação no dia 1 de dezembro de 2005.

Cumpri a pena da Ação Penal 470, que agora a Comissão Interamericana de Direitos Humanos aceitou minha reclamação e discutirá sobre a ilegalidade da minha condenação. Além disto, é notória a ilegalidade das prisões e condenações da Lava Jato. Mesmo assim, como o PT nestes 44 anos, nunca deixei de lutar, nunca me dobrei nem à repressão e à prisão na ditadura e nem agora na Lava Jato, porque nunca duvidei da importância e justiça de nossa causa, tampouco do meu compromisso com meus companheiros e companheiras, guardiões e guia de nossos sonhos, assassinados durante e pela Ditadura.

Sou filho da geração de 68, fui forjado na luta contra a Ditadura, me considero herdeiro das lutas históricas dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras desde a greve geral de 1917 até a primeira vitória de Lula em 2002. Mas foi o aniversariante PT e a liderança de Lula que nos ensinou o caminho da luta e a relevância de não desistir. Minha filiação ao PT também representa a continuidade ao meu compromisso de vida com a revolução brasileira, inconclusa e necessária para nosso povo ser dono de seu país e viver em paz e justiça. Hoje que meu partido, nosso partido, faz 44 anos.

Agradeço a militância insistente e resistente, que nunca faltou a mim e a tantos companheiros e companheiras, como José Genoino, Delúbio Soares, João Paulo Cunha, João Vaccari Neto, Silvio Pereira, André Vargas e tantos outros e outras. Reafirmo meu compromisso com a militância e a luta, o combate contra as injustiças sociais e a opressão, contra o fascismo e pela libertação de nosso povo e do Brasil. Parabéns militância, vida longa para nosso PT.

José Dirceu, militante e ex-presidente Nacional do PT