A reação à entrevista entre a elite de Washington revelou a “falsidade de sua abordagem”, disse a porta-voz Maria Zakharova
O governo Biden e a mídia empresarial dos EUA entraram em um frenesi irracional por causa da entrevista que o presidente russo, Vladimir Putin, deu ao jornalista conservador americano Tucker Carlson na terça-feira, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova. Anteriormente, o secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o ciúme profissional motivou a reação hostil de alguns colegas do repórter na imprensa.
Falando ao jornal russo Izvestia na sexta-feira (9), Zakharova disse: “Isso é fenomenal. A reação deles revela tanto a falsidade de suas abordagens que, falando francamente, você não consegue acreditar.”
De acordo com a porta-voz, “eles tiveram um ataque histérico – a Casa Branca, o Departamento de Estado, todos os principais meios de comunicação estão gritando a plenos pulmões uma coisa apenas: não assista [à entrevista do Presidente Putin], e que um jornalista americano não deveria conduzir a entrevista.”
O ex-apresentador da Fox News tornou-se o primeiro profissional de mídia americano a entrevistar o chefe de Estado russo pessoalmente desde que o conflito na Ucrânia eclodiu, há quase dois anos, destaca reportagem do site russo RT. A entrevista de duas horas, centrada principalmente nas relações entre Moscou e Kiev, obteve grande repercussão.
Numa publicação anterior no X, no início desta semana, Carlson acusou os meios de comunicação ocidentais de mentirem aos “seus leitores e telespectadores” ao promoverem a posição da Ucrânia enquanto ignoravam a da Rússia.
"Isto é errado. Os americanos têm o direito de saber tudo o que puderem sobre a guerra em que estão implicados”, disse ele.
A ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, descreveu o repórter conservador como um “idiota útil”. Outras figuras públicas chegaram ao ponto de apelar ao governo dos EUA para impedir o regresso de Carlson ao país.
Fonte: Brasil 247