sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Operação da PF que mirou Bolsonaro, militares e ex-ministros poderá ter nova fase, contra deputados e senadores

 Aposta é do próprio Palácio do Planalto, que estranhou que nenhum parlamentar tenha sido alvo da Polícia Federal

Polícia Federal (Foto: Reprodução/Polícia Federal)

Ministros do governo Lula (PL) apostam em uma nova fase da Operação Tempus Veritatis, desta vez com foco exclusivo em deputados federais e senadores, informa Igor Gadelha, do Metrópoles. Isto porque a operação desta quinta-feira (8) contra os bolsonaristas golpistas, além do próprio Jair Bolsonaro  (PL), atingiu apenas ex-ministros e militares, não incluindo parlamentares. 

A operação, autorizada pelo STF, foi marcada pela apreensão do passaporte de Bolsonaro e pela proibição do ex-presidente de manter contato com outros investigados, mesmo que por meio de advogados. Além disso, a PF conduziu buscas na residência de ex-ministros e aliados de Bolsonaro, bem como na sede do PL. Também foram realizadas prisões de pelo menos dois ex-assessores de Bolsonaro: Filipe Martins e Marcelo Câmara.

A operação, intitulada Tempus Veritatis, investiga uma suposta organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Dispensa sem justa causa de funcionário público é ilegal, determina STF

 Maioria acatou argumento do presidente do STF, que defendeu que o empregado público, pode ser demitido, mas tem o direito de saber o motivo que levou à sua dispensa

Fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom)

Por Carolina Pimentel, repórter da Agência Brasil - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (8), por maioria, que empregado público de empresas públicas e de sociedades de economia mista podem ser demitidos, mas é necessária a apresentação de um motivo formal para a dispensa.

Os ministros iniciaram nessa quarta-feira (7) o julgamento do recurso apresentado por empregados do Banco do Brasil, demitidos em 1997 sem justa causa. Eles argumentam que as empresas públicas e sociedades de economia mista estão submetidas aos princípios da legalidade, moralidade e publicidade previstos na Constituição Federal, e, por isso, não podem dispensar o concursado público sem motivação. Já a defesa do Banco do Brasil sustenta que a instituição exerce atividade econômica de mercado e segue as mesmas regras aplicadas à iniciativa privada. Desta forma, não há necessidade de apresentar motivação para demitir funcionários. 

Na decisão de hoje, os ministros acataram argumento do presidente do STF, o ministro Luís Roberto Barroso. O ministro defendeu que o empregado, mesmo admitido por concurso público, pode ser demitido, mas tem o direito de saber o motivo que levou à sua dispensa, como baixo desempenho, metas não atingidas, corte de orçamento, entre outros.

Barroso, Cristiano Zanin, André Mendonça, Edson Fachin, Dias Toffoli e Cármen Lúcia votaram pela tese de que as estatais e empresas de economia mista precisam informar os motivos do desligamento. No entanto, o recurso apresentado pelos ex-funcionários do banco foi negado e a decisão de hoje será aplicada a casos futuros.

Na sessão de quarta-feira, o relator do processo, Alexandre de Moraes, votou contra a necessidade de se apresentar um motivo para dispensa de funcionários de estatais e empresas de economia mista, pois essas concorrem com empresas privadas, que não são obrigadas a demitir com justa causa. Acompanharam o relator os ministros Nunes Marques e Gilmar Mendes.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Bolsonaro e seus aliados golpistas podem pegar até 23 anos de cadeia

 Operação da Polícia Federal atingiu o ex-presidente, militares, o presidente do PL e o núcleo duro do golpismo

Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro (Foto: REUTERS)

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados podem enfrentar penas de até 23 anos de prisão por envolvimento em atividades golpistas, conforme indicado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. As prisões dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, realizadas nesta quinta-feira (8), foram autorizadas após Moraes apontar a comprovação de crimes contra a democracia e associação criminosa. De acordo com o ministro, as penas máximas dos delitos somam-se a esse montante, podendo aumentar se houver evidências de atos violentos perpetrados pelos suspeitos, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo.

A investigação revela que os crimes incluem a tentativa de golpe de Estado e a abolição violenta do Estado democrático de Direito. Moraes sustenta que os investigados formaram uma organização criminosa com o propósito de obstruir a transição de governo para o presidente Lula (PT), vencedor das eleições de 2022. A gravidade das acusações recai sobre a adoção de medidas extremas, visando à permanência de Bolsonaro no poder, conforme detalhado pelo ministro do STF.

Os delitos em questão foram introduzidos na legislação em 2021, com a aprovação da Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito, que revogou a antiga Lei de Segurança Nacional vigente desde a ditadura militar. Curiosamente, a lei de 2021 conta com a assinatura de quatro alvos da operação de quinta-feira: Bolsonaro e os ex-ministros Walter Braga Netto, Anderson Torres e Augusto Heleno. O desfecho das investigações e julgamentos do STF delineará o desdobramento desses eventos e a aplicação das respectivas penas.

Fonte: Brasil 247 com reportagem da Folha de S. Paulo

Mauro Cid prestará novo depoimento à PF e será cobrado a revelar o que escondeu na delação

 Novo depoimento acontece na esteira das revelações da trama golpista feitas pela operação da PF que teve Jair Bolsonaro, ex-ministros, assessores e militares como alvos

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto. Edilson Rodrigues-Agência Senado

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), deverá prestar um novo depoimento à Polícia Federal (PF). Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, o novo depoimento deverá girar em torno dos fatos revelados no âmbito da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF na quinta-feira (8), com o objetivo de apurar os atos golpistas do dia 8 de janeiro do ano passado, e que teve Bolsonaro, ex-ministros, assessores e militares como alvos. 

“Os investigadores vão cobrar de Mauro Cid que entregue mais informações e detalhes sobre aspectos da trama golpista dos quais ele não falou no acordo de delação premiada que fechou com a Polícia Federal em setembro do ano passado. Se não colaborar com a PF, Mauro Cid pode até perder o acordo, que permitiu a sua saída do batalhão do Exército em Goiás, onde ficou preso por quatro meses por ordem do ministro Alexandre de Moraes”, destaca a reportagem.

Um dos pontos de interesse é o financiamento dos atos golpistas. Segundo a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que autorizou a operação, a PF identificou que Mauro Cid esteve envolvido na liberação de R$ 100 mil para custear “um pessoal” em Brasília durante as discussões sobre o golpe de estado. O dinheiro seria destinado a despesas com hospedagem, alimentação e materiais, conforme revelado em mensagens protegidas por senha, intituladas "Copa 2022".

“De acordo com investigadores, ‘o pessoal’ que viajaria a Brasília era uma turma de oficiais das Forças Especiais de Goiânia, que ficaria de prontidão na cidade à espera de um chamamento de Bolsonaro”, ressalta a reportagem. 

Além disso, há indícios de que empresas estariam financiando a tentativa de golpe, conforme mencionado em mensagens obtidas pela PF. Em um áudio supostamente enviado ao general Freire Gomes, Cid diz que empresários do agronegócio estariam bancando o financiamento de acampamentos golpistas em frente aos quartéis. Em sua delação,porém, Cid não forneceu detalhes sobre este ponto. 

Outro ponto de interesse no depoimento de Mauro Cid é a dinâmica de propagação de fake news pelo chamado "gabinete do ódio". A PF identificou a participação de Cid em um núcleo de disseminação de desinformação e fake news sobre o sistema eleitoral, mas ainda busca entender como esse grupo operava.

Desde a assinatura de seu acordo de delação premiada, Mauro Cid entregou documentos relacionados a investigações em andamento, como os atentados de janeiro, desvio de joias e fraudes no cartão de vacinação. No entanto, investigadores acreditam que ele ainda possa ter informações que não foram reveladas anteriormente.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo

Lula viaja ao Egito na terça-feira onde deverá fazer discurso em defesa do povo Palestino

 Agenda prevê fala na sede da Liga Árabe e encontro com o presidente egípcio

Lula e Janja recebem repatriados de Gaza (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

 O presidente Lula (PT) embarca na próxima terça-feira (13) para uma viagem oficial ao Egito e à Etiópia. No Egito o líder brasileiro deve fazer um pronunciamento em defesa do povo palestino na sede da Liga Árabe, informa a Folha de S.Paulo. Lula deve agradecer ao presidente egípcio pelos esforços realizados em favor da repatriação dos brasileiros que se encontravam na Faixa de Gaza.

Lula ainda deve aproveitar a sua estada na capital egípcia para visitar as pirâmides e o Grande Museu do Egito, ao lado da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva. Na Etiópia, a segunda etapa da viagem à África, ele participará da cúpula da União Africana.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Vídeo prova ação golpista de Bolsonaro: "se reagir depois, vai ter um caos"

 Ex-presidente corre o risco de prisão por incitar um golpe de estado no Brasil

Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro (Foto: REUTERS)

 Uma reunião ministerial realizada em 5 de julho de 2022, comandada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, veio à tona como evidência de uma ação golpista, conforme revela um vídeo obtido pela Polícia Federal. No encontro, o então presidente instou seus ministros a agirem antes das eleições, alertando que se esperassem para reagir, o Brasil enfrentaria um caos. As imagens, que captam mais de uma hora do encontro, destacam Bolsonaro em um estado visivelmente alterado, lançando ataques a seu então adversário Luiz Inácio Lula da Silva e a membros do Supremo Tribunal Federal, incluindo Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.

Durante a reunião, Bolsonaro expressou convicção na vitória de Lula nas eleições devido a uma suposta fraude que, segundo ele, já estava delineada antes mesmo do início da disputa eleitoral, programada para o dia 2 de outubro de 2022. O presidente orientou seus ministros a questionarem o processo eleitoral e a agirem preventivamente, indicando que o governo não poderia permitir que as eleições ocorressem conforme o planejado.

A gravação, que foi disponibilizada pela coluna de Bela Megale, do Globo, sugere a existência de uma estratégia golpista dentro dos mais altos escalões do governo. Em um ambiente marcado por nervosismo e destempero, Bolsonaro desferiu ofensas e palavrões, lançando acusações contra figuras-chave do sistema judiciário e político brasileiro.

As declarações feitas durante a reunião ministerial reforçam a narrativa de uma tentativa de deslegitimar o processo democrático em curso no país. Bolsonaro, ao enfatizar a necessidade de agir antes das eleições, indicou claramente a disposição de seu governo em adotar medidas que poderiam minar a estabilidade institucional do Brasil.

Fonte: Brasil 247 com gravação disponibilizada pela coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo

Gleisi defende que PL seja investigado por tentativa de golpe

 Medidas mais severas, como a cassação do registro partidário, poderiam ser tomadas com base nos resultados da investigação

Gleisi Hoffmann (Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados)

 A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, defende que a Procuradoria Geral da República investigue o possível envolvimento do Partido Liberal (PL) na tentativa de golpe de 8 de janeiro. Gleisi enfatizou a importância de obter informações concretas sobre o assunto, indicando que medidas mais severas, como a cassação do registro partidário, poderiam ser tomadas com base nos resultados da investigação. Segundo a coluna Painel, ela endossou uma iniciativa liderada pelo senador Humberto Costa (PT-PE) para que a PGR examine o papel de líderes do PL, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, nas conspirações golpistas reveladas pela Polícia Federal.

Humberto Costa moveu uma ação junto à PGR visando esclarecer o envolvimento de dirigentes do PL nas tramas golpistas. A operação da Polícia Federal mirou altos membros do partido, incluindo o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, e o secretário de Relações Institucionais, general Walter Braga Netto. A postura de Gleisi reflete a gravidade das acusações e a necessidade de uma investigação rigorosa para esclarecer o papel do PL nessas alegações de golpe.

Fonte: Brasil 247 com informações da Coluna Painel da Folha de S. Paulo

Mourão muda discurso e agora diz que militares podem ter cometido crime

 O senador, no entanto, pediu que os militares investigados sejam julgados pela justiça militar

General Hamilton Mourão (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente do governo Bolsonaro e atual representante do Republicanos-RS, mudou seu discurso em relação à conduta de militares envolvidos na tentativa golpista de 8 de janeiro. Mourão, que anteriormente pedia uma reação militar contra o Supremo Tribunal Federal, agora defende que as investigações sejam conduzidas pela Justiça Militar e argumenta que o Exército brasileiro deveria ter aberto investigações há mais tempo para apurar as suspeitas de ações golpistas. A declaração ocorreu em entrevista ao Estado de S. Paulo, após a operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, que busca esclarecer alegações de tentativas de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-vice-presidente enfatizou a importância de que as investigações envolvendo militares suspeitos de crimes relacionados a atividades golpistas sejam conduzidas de forma adequada. Mourão destacou a necessidade de que tais investigações sejam conduzidas de maneira imparcial, sugerindo que alguns indivíduos ligados às Forças Armadas poderiam ter cometido delitos em função militar. Destinar as investigações sobre militares à Justiça Militar implica retirá-las do âmbito do Supremo Tribunal Federal, conforme mencionado pelo senador.

Fonte: Brasil 247 com entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo

Braga Netto incitou ataque ao atual comandante do Exército, general Tomás Paiva

 General investigado por golpismo mandou viralizar agressões ao atual chefe das tropas

Braga Netto e a Polícia Federal (Foto: Alan Santos/PR | Tânia Rêgo/Agência Brasil)

 Recentes mensagens interceptadas pela Polícia Federal (PF) lançam luz sobre a participação de Walter Braga Netto, candidato derrotado a vice-presidente em 2022 na chapa de Jair Bolsonaro, em uma campanha de ataques contra generais legalistas do Alto Comando do Exército. Entre os alvos das mensagens está o general Tomás Paiva, atual comandante do Exército, segundo reportagem da CNN. Uma das mensagens, datada de 17 de dezembro de 2022, revela um diálogo entre Braga Netto e o major reformado Ailton Gomes, onde críticas são feitas a outros membros do Alto Comando durante um encontro entre Tomás e o ex-comandante do Exército, general Villas Bôas. Braga Netto, em resposta, encoraja a disseminação das críticas, dizendo: "É verdade. Pode viralizar".

Outra troca de mensagens captadas pela PF expõe Braga Netto fazendo considerações sobre o então comandante do Exército, general Freire Gomes, atribuindo-lhe a responsabilidade pelo que estava acontecendo e iria acontecer. Ailton Gomes sugere intensificar a pressão sobre Freire Gomes, ao que Braga Netto responde afirmativamente, dizendo para "oferecer a cabeça dele aos leões".

Além disso, uma terceira mensagem direcionada por Braga Netto insta a uma linha de ataque contra o general Batista Júnior, a quem ele descreve como "Traidor da Pátria". Ele instrui a "infernizar" a vida do general e de sua família. Braga Netto optou por não se manifestar.

Fonte: Brasil 247 com reportagem da CNN

Psol pede a Moraes que proíba Mourão de incitar reação militar no Brasil

 Senador Hamilton Mourão, que foi vice de Jair Bolsonaro, pediu ação dos militares contra as instituições que investigam golpistas

Hamilton Mourão (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

 Parlamentares do PSOL decidiram tomar medidas legais em resposta ao pronunciamento do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) no Senado, na última quinta-feira (8). Em seu discurso, Mourão instigou as Forças Armadas a não se "omitirem" diante da operação Tempus Veritatis da Polícia Federal, que investiga uma possível trama golpista envolvendo militares de alta patente e ex-ministros do governo Bolsonaro. Uma das ações tomadas foi uma representação apresentada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa representação, assinada pela deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP), pelo deputado estadual de São Paulo, Carlos Giannazi, e pelo vereador da sigla em São Paulo, Celso Giannazi, pede-se que o magistrado proíba Mourão de incitar as Forças Armadas a agirem contra as Instituições Democráticas, de acordo com reportagem do Brasil de Fato.

Além disso, outro grupo de parlamentares do PSOL, composto pelos deputados federais Sâmia Bonfim (PSOL-SP), Glauber Braga (PSOL-RJ) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS), anunciou que irá acionar a Procuradoria Geral da República (PGR) contra Mourão. Eles também pretendem entrar com uma representação no Conselho de Ética contra o senador, em virtude do que consideram ser "declarações golpistas".

As alegações de Mourão no plenário do Senado geraram preocupações entre os parlamentares do PSOL, que veem suas declarações como uma incitação às Forças Armadas para reagirem contra as investigações em curso. Sâmia Bonfim, em uma publicação no Twitter, mencionou que o ex-vice-presidente instigou as Forças Armadas a se insurgirem contra a operação da PF que visa os articuladores do suposto golpe.

Fernanda Melchionna, em declarações ao Brasil de Fato, enfatizou a gravidade das ações de Mourão e a necessidade de que ele responda civil e criminalmente por suas declarações. Além disso, destacou a importância da representação na PGR e do processo junto ao Conselho de Ética como medidas para responsabilizá-lo por incitar ações golpistas.

Por fim, a operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal, resultou no afastamento de quatro militares da ativa, incluindo o general Estevam Theóphilo Gaspar de Oliveira, do Exército. As investigações indicam que o general teria se reunido com Bolsonaro em dezembro de 2022 e demonstrado apoio ao presidente em uma possível ação golpista, que incluía a prisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do Brasil de Fato

Ex-apresentador bolsonarista da Jovem Pan diz que Bolsonaro será preso

 Aliados de Bolsonaro discutem abertamente sobre sua prisão

Jair Bolsonaro e presídio federal de segurança máxima (Foto: Reuters | Agência Brasil )

A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já é discutida de forma aberta por aliados. O ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo, neto do ditador João Batista Figueiredo e acusado pela Polícia Federal de ajudar integrantes do governo Bolsonaro de planejarem um golpe no Brasil em 2022, disse na quinta (8) que Bolsonaro será preso. 

"A essa altura, ninguém duvida que [a prisão do ex-presidente] é uma questão de quando, e não mais uma questão de 'se'", diz o neto do ex-ditador em vídeo de seu canal no YouTube, destaca a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo.

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo

Detalhes sobre tentativa de golpe revelam culpa de Bolsonaro e aliados

 Investigações da Polícia Federal descobrem evidências sobre responsabilidade de Bolsonaro na tentativa de golpe

Bolsonaro discursa a favor de golpe de Estado em 2021 (Foto: Reprodução)

Agência Brasil - O 8 de fevereiro foi o dia escolhido para a deflagração de uma operação da Polícia Federal (PF) que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo, incluindo ministros de Estado e militares. Eles são investigados de formarem uma suposta organização criminosa para atuar na tentativa de golpe de Estado. A operação foi batizada de “Tempus Veritatis”, ou “Hora da Verdade” em tradução livre.

A operação foi deflagrada nesta quinta-feira (8) após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, ter fechado acordo de colaboração premiada com investigadores da PF. O acordo foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) e já recebeu a homologação do STF. 

As investigações apontaram que o grupo formulou uma minuta, com a participação de Bolsonaro, que previa uma série de medidas contra o Poder Judiciário, incluindo a prisão de ministros da Suprema Corte. Esse grupo também promoveu reuniões para impulsionar a divulgação de notícias falsas contra o sistema eleitoral brasileiro e monitorou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, responsável por autorizar a operação.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Temer sai em defesa de Bolsonaro e diz que não há motivo para sua prisão

 Usurpador da presidência defendeu seu sucessor, que planejou um golpe de estado no Brasil

Michel Temer e Jair Bolsonaro (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters | Marcos Corrêa/PR)

 Michel Temer (MDB), que usurpou a presidência da República após o golpe de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, expressou seu apoio a Jair Bolsonaro (PL), afirmando que não enxerga razões para a prisão do ex-presidente. Em uma entrevista à CNN nesta quinta-feira (8), Temer se pronunciou sobre a Operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal (PF) e autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A operação investiga uma alegada organização criminosa envolvida em planos de golpe de Estado e desmantelamento do Estado Democrático de Direito.

Segundo Temer, com base nos eventos conhecidos até o momento, não há fundamentos para a prisão de Bolsonaro. Ele destacou que, embora haja perspectivas futuras, estas dependem da concretização de fatos específicos. Temer ressaltou a atitude de Bolsonaro ao entregar seu passaporte à Polícia Federal, afirmando que o ex-presidente "acertou" ao fazê-lo.

Na visão de Temer, o episódio do 8 de janeiro envolveu uma tentativa de golpe de Estado, porém ele considera que o movimento carecia de um plano completo. Ele argumentou que embora possa ter havido a participação de alguns generais próximos a Bolsonaro, as Forças Armadas não estariam alinhadas com tais ações.

As evidências contra Bolsonaro até o momento incluem sua suposta participação em reuniões suspeitas e o pedido de revisão de um documento que delineava um golpe de Estado. Os investigadores também apontam que Bolsonaro teria convocado os comandantes das forças militares para pressioná-los a aderir ao golpe após realizar mudanças na minuta do decreto. Os registros de acesso do Palácio do Alvorada indicam a presença do auxiliar encarregado das alterações na minuta, Filipe Martins, em uma reunião com Bolsonaro e os comandantes militares.

Além disso, as reuniões supostamente relacionadas ao golpe, incluindo uma transmissão ao vivo feita por Bolsonaro em 2021 e uma reunião de cúpula do governo em 2022, estão sendo consideradas como parte do conjunto de evidências contra o ex-presidente. Em conclusão, Temer enfatiza que, embora haja suspeitas e investigações em curso, os fatos apresentados até o momento não justificam a prisão de Bolsonaro, conforme sua análise dos eventos.

Fonte: Brasil 247 com entrevista à CNN

Valdemar Costa Neto está detido na carceragem da Polícia Federal, em Brasília

 A razão da detenção de Costa Neto foi a descoberta de uma arma irregular em sua residência, juntamente com uma pepita de ouro

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto - 08/11/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

 Valdemar Costa Neto, presidente do PL, encontra-se sob custódia na carceragem da Polícia Federal, localizada na capital federal. Sua detenção ocorreu após uma operação conduzida pela PF no dia 8 de fevereiro. Na sequência, está programada uma audiência de custódia para o político no dia seguinte à sua prisão.

A razão da detenção de Costa Neto foi a descoberta de uma arma irregular em sua residência, juntamente com uma pepita de ouro. As autoridades estão investigando o caso por suspeita de posse ilegal de arma e usurpação de minerais. A defesa do político alega que a arma é devidamente registrada e que a pedra encontrada tem um valor insignificante, segundo reportagem da CNN.

Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no apartamento de Valdemar Costa Neto, as autoridades encontraram a pepita de ouro, cuja origem ainda está sob investigação. A Polícia Federal está averiguando se a pepita foi extraída de forma ilegal de algum garimpo e está aguardando o resultado oficial da perícia para determinar o curso das investigações.

A operação policial que levou à detenção de Costa Neto está focada na investigação de uma suposta organização criminosa ligada a tentativas de golpe de Estado. Enquanto isso, os advogados do presidente do PL questionam a legalidade da prisão, argumentando que a arma encontrada é registrada e que a pepita de ouro não constitui um crime relevante.

Fonte: Brasil 247 com reportagem da CNN

Entenda todos os detalhes da operação Hora da Verdade, que deve levar Bolsonaro à cadeia

 Ex-presidente liderou uma conspiração para tentar impedir a posse do presidente Lula

(Foto: ABr | Reuters | Polícia Federal)

Agência Brasil – O dia 8 de fevereiro foi o dia escolhido para a deflagração de uma operação da Polícia Federal (PF) que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo, incluindo ministros de Estado e militares. Eles são investigados por formarem uma suposta organização criminosa para atuar na tentativa de golpe de Estado. A operação foi batizada de “Tempus Veritatis”, ou “Hora da Verdade” em tradução livre.

A operação foi deflagrada nesta quinta-feira (8) após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, ter fechado acordo de colaboração premiada com investigadores da PF. O acordo foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) e já recebeu a homologação do STF.

As investigações apontaram que o grupo formulou uma minuta, com a participação de Bolsonaro, que previa uma série de medidas contra o Poder Judiciário, incluindo a prisão de ministros da Suprema Corte. Esse grupo também promoveu reuniões para impulsionar a divulgação de notícias falsas contra o sistema eleitoral brasileiro e monitorou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, responsável por autorizar a operação de hoje.

Alvos e presos

A Polícia Federal cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Por determinação de Moraes, os investigados estão proibidos de manter contato e de deixarem o país. Também precisam entregar os passaportes em 24 horas e estão suspensos do exercício das funções públicas.

Todas as medidas tiveram o aval do procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet.

Entre elas, estava a entrega do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro às autoridades.

Entre os alvos de busca e apreensão estavam o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-ministro da Casa Civil Walter Souza Braga Netto, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Foram presos Felipe Martins e o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, ambos ex-assessores especiais de Bolsonaro, e o major Rafael Martins de Oliveira.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, acabou sendo preso por porte ilegal de arma, em Brasília, no momento que os agentes cumpriam o mandado de busca e apreensão contra ele.

As investigações apontam que a organização se dividiu em seis núcleos para atuar na tentativa de golpe de Estado e de ataque ao Estado Democrático de Direito: o de desinformação e ataques ao sistema eleitoral; o de incitação ao golpe entre militares; o de atuação jurídica; o de coordenação de ações de apoio operacional; o de inteligência paralela, e o de oficiais de alta patente que legitimavam todas as ações.

Veja quem foi alvo da operação:

- Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa;

- General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa;

- Ângelo Martins Denicoli, major da reserva;

- Aílton Gonçalves Moraes Barros, coronel reformado do Exército;

- Coronel Guilherme Marques Almeida;

- Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima;

- Tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros

- Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;

- General Mário Fernandes;

- General Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;

- Laércio Vergílio, general de Brigada reformado;

- Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho;

- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;

- Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL;

- Felipe Martins, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro;

- Coronel Bernardo Romão Correa Neto;

- Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva;

- Major Rafael Martins de Oliveira.

As medidas foram cumpridas nos seguintes estados: Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal. O Exército acompanhou o cumprimento de alguns mandados.

Minuta de golpe

De acordo com a Polícia Federal, o grupo elaborou uma minuta de decreto que tinha como objetivo executar um golpe de Estado.

O texto foi entregue ao ex-presidente em 2022 por Filipe Martins, então assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, e pelo advogado Amauri Feres Saad, apontado como mentor intelectual do documento.

O documento previa as prisões dos ministros do Supremo Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, e também do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além da realização de novas eleições.

Após receber o texto, Bolsonaro solicitou mudanças e a retirada das prisões de Mendes e Pacheco do texto. Na nova versão, permaneceram a prisão de Moraes e a convocação de novas eleições.

“Conforme descrito, os elementos informativos colhidos revelaram que Jair Bolsonaro recebeu uma minuta de decreto apresentado por Filipe Martins e Amauri Feres Saad para executar um golpe de Estado, detalhando supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e, ao final, decretava a prisão de diversas autoridades, entre as quais os ministros do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e, por fim, determinava a realização de novas eleições. Posteriormente, foram realizadas alterações a pedido do então presidente, permanecendo a determinação de prisão do ministro Alexandre de Moraes e a realização de novas eleições”, diz trecho da decisão de Moraes que autorizou a operação.

Após ter concordado com o novo texto, Bolsonaro convocou uma reunião com os comandantes das Forças Armadas – almirante Almir Garnier Santos (Marinha), general Marco Antonio Freire Gomes (Exército) e brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior (Aeronáutica) – para pressioná-los a aderir ao golpe.

Reunião da “dinâmica golpista”

Outro evento revelado pelas investigações foi uma reunião convocada por Bolsonaro com a alta cúpula do governo federal, em 5 de julho de 2022. No encontro, o então presidente cobrou aos presentes que usassem os cargos para disseminar informações falsas sobre supostas fraudes nas eleições. Um vídeo com a gravação da reunião foi encontrado em um dos computadores do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

“Daqui pra frente quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui, e vou mostrar. Se o ministro não quiser falar ele vai vir falar para mim porque que ele não quer falar”, disse Bolsonaro, conforme transcrição feita pela PF,

No mesmo encontro, o general Augusto Heleno, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), defendeu que era preciso agir antes das eleições presidenciais de outubro daquele ano para garantir a permanência de Bolsonaro no comando do país. E usou uma referência esportiva – o assistente de vídeo, recurso usado para corrigir erros de arbitragem no campo de jogo – para afirmar que uma vez realizada, a eleição não poderia ser contestada.

“Não vai ter revisão do VAR. Então, o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa é antes das eleições”, afirmou.

Heleno chegou a propor que servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) fossem infiltrados em campanhas eleitorais. Bolsonaro interrompeu a fala do general e orientou que conversassem sobre o tema posteriormente, em particular.

A partir dessa reunião, a PF aponta que foi realizada uma sequência de eventos para o planejamento do golpe, a partir de mensagens extraídas de celulares de Mauro Cid e nas quais o ajudante de ordens assume a tarefa de coordenação na disseminação de ataques à Justiça Eleitoral.

“A descrição da reunião de 5 de julho de 2022, nitidamente, revela o arranjo de dinâmica golpista, no âmbito da alta cúpula do governo, manifestando-se todos os investigados que dela tomaram parte no sentido de validar e amplificar a massiva desinformação e as narrativas fraudulentas sobre as eleições e a Justiça eleitoral”, descreve a PF.

Monitoramento de Moraes

Os policiais federais identificaram ainda que o grupo monitorou deslocamentos do ministro Alexandre de Moraes entre Brasília e São Paulo, em diversas datas de dezembro de 2022.

O monitoramento foi descoberto nas mensagens trocadas entre Mauro Cid e o coronel do Exército, Marcelo Câmara, que atuou como assessor especial da Presidência da República e foi preso preventivamente nesta quinta-feira. Nas mensagens, Mauro Cid se referia ao ministro do Supremo como “professora”.

“A investigação constatou que os deslocamentos entre Brasília e São Paulo do ministro Alexandre de Moraes são coincidentes com os da pessoa que estava sendo monitorada e acompanhada pelo grupo. Assim, o termo ‘professora’ utilizado por Mauro Cid e Marcelo Câmara seria um codinome para a ação que tinha o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como alvo”, informou a Polícia Federal

Ataques de 8 de janeiro

A Polícia Federal aponta que integrantes do grupo trocaram mensagens sobre a organização dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em ataques e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Mauro Cid e o major do Exército, Rafael Martins de Oliveira, conversaram sobre a ida de uma caravana do Rio de Janeiro para os atos. Cid pediu ao major que fizesse estimativa de custo com hotel, alimentação e demais despesas. Oliveira estimou gastos em torno de R$ 100 mil.

Segundo a PF, o diálogo traz fortes indícios de que Rafael de Oliveira “atuou diretamente, direcionando os manifestantes para os alvos de interesse dos investigados, como STF e Congresso Nacional, além de realizar a coordenação financeira e operacional para dar suporte aos atos antidemocráticos” sob a orientação de Cid, responsável pelo arranjo de financiamentos dos atos.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil