quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Brasil é líder global em transparência e no controle da corrupção

 Brasil está à frente de Bélgica, Chile e Israel, e, segundo alguns critérios, à frente de Dinamarca, Alemanha e Suíça

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião ministerial no Palácio do Planalto (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Por Luiza Calegari, Conjur O Brasil é um dos países que melhor controla a corrupção no mundo. No ranking geral, está à frente de Bélgica, Chile e Israel, e, segundo alguns critérios, à frente de Dinamarca, Alemanha e Suíça. O Brasil é um líder global quando o tema é transparência e integridade da administração pública. Não, isso não é um delírio. A notícia foi veiculada pelo site Jota, produzida pelo economista Fernando Teixeira, especialista em Compliance Corporativo (HEC Lausanne) e Ética Empresarial (Pensylvania Law School).

Trata-se da conclusão do índice “Previsão de Risco de Corrupção” (“Corruption Risk Forecast”), criado em 2015 pela professora romena Alina Mungiu-Pippidi, em um programa financiado pela União Europeia e outras entidades. O sistema mede o drama da corrupção usando critérios objetivos de organização do Estado, como acesso à informação, transparência orçamentária, governo eletrônico e modelo de licitações.

Nos quesitos transparência orçamentária e governo eletrônico, o Brasil está perto dos dez primeiros colocados, e em transparência administrativa atinge um incrível 2º lugar entre 119 países, marcando 8,88 de 10 pontos. No ranking geral de integridade pública o Brasil fica em 34º lugar, e, em transparência, 30º lugar.

O resultado do índice Previsão de Risco de Corrupção desmascara e contrasta com o “Índice de Percepção da Corrupção” (IPC), divulgado pela “Transparência Internacional” — entidade que vem respondendo pela prática de atos corruptos. O índice apresentado pela “ONG” teria sido captado em “doze fontes” anônimas e financiado por colaboradores igualmente anônimos. Não se sabe quem e como foram consultadas as “fontes”.

O resultado do Índice de Percepção da Corrupção é praticamente o oposto do que foi obtido pela “Previsão de Risco de Corrupção”. Coloca o Brasil em 104ª posição entre 180 países, marcando 36 pontos em uma escala até 100 pontos. Até 2014 o Brasil estava 35 posições e sete pontos melhor do que está hoje.

O índice fabricado pela “Transparência” (uma empresa estrangeira), que tentou ficar com o dinheiro das multas aplicadas em acordos de leniência (portanto, recursos públicos do Brasil), insinua que o Ministério Público e o Judiciário do país são coniventes com o crime — contexto incompatível com um cenário em que centenas de empresários e políticos foram linchados em praça pública.

Não deixa de ser irônico que — no momento em que mais se combateu a alegada corrupção no país — uma empresa travestida de ONG, enroscada com procuradores e juízes que usaram processos para atender seus interesses pessoais, acuse o Brasil de conivência amigável com o crime. Mais irônico ainda é que entidade que se apelida “transparência” seja tão opaca sobre seu modus operandi.

É óbvio que, para uma coletividade que se guia mais pela emoção que pela razão, as notícias do combate à corrução fazem com que a “percepção” desse mal aumente. Usar essa sensação para dizer que o mal atacado cresceu não é somente desonesto intelectualmente. É estelionato — crime pelo qual o empresário Bruno Brandão, dirigente da “transparência”, que vive disso, agora pode ser acusado.

O segundo levantamento, da “Previsão de Risco de Corrupção” (veja aqui os critérios e a metodologia do estudo), baseia-se também em pesquisas de opinião. E são exatamente elas que puxam o Brasil pra baixo. Aspectos como independência do Judiciário e liberdade de imprensa são mal avaliados. Não fossem as pesquisas de opinião, o Brasil estaria no topo do ranking global do controle da corrupção.

“Em estatística, a discrepância entre dois indicadores é mau sinal. Ou um deles está errado, ou os dois estão”, diz o texto do Jota. Ou o Brasil tem instituições de fachada que não funcionam, ou tem uma opinião pública enviesada e distorcida. Ou as duas coisas.

O texto de Fernando Teixeira assinala que os estudos em comunicação de massa mostram que a opinião pública pode ser distorcida e enviesada em alguns casos. Pesquisas também mostram que a opinião pública tende a interferir no funcionamento das instituições, o que realimenta o problema.

Uma das principais teorias da comunicação é a “espiral do silêncio”, criada pela cientista política alemã Elisabeth Noelle-Neuman. A ideia é que as pessoas tendem imitar a opinião dos outros, mesmo quando discordam, por medo de isolamento. As mídias de massa, inclusive as redes sociais, são máquinas de produzir “espirais do silêncio”.

Pesquisas em comunicação mostram que a corrupção era um tema pouco relevante na mídia e na opinião pública até os anos 1980. Começou a crescer nos anos 1990 e atingiu seu ápice a partir de 2014, quando apareceu, no Brasil, a “operação ‘lava jato'”. Em 2015, o Brasil desabou no Índice de Percepção da Corrupção: caiu cinco pontos e perdeu 16 posições de um ano para o outro.

O Brasil vinha desde a Constituição Federal de 1988 colocando em pé aparatos robustos de controle interno e externo da administração pública. Tribunais de contas, controladorias, Ministério Público, Judiciário. O Brasil é vanguarda em governo eletrônico, tem grandes quantidades de informação disponíveis ao público e um amplo leque de instrumentos para intervenção em decisões governamentais.

O processamento de um escândalo de corrupção é um indício de que o problema está sendo resolvido, não de que está piorando. Mas a opinião pública percebe exatamente o contrário. A partir daí, entra em funcionamento uma máquina de retroalimentação entre opinião pública e instituições, o que agrava o mal-entendido.

A interferência entre opinião pública e instituições é tema recorrente em pesquisas. Uma delas é o doutorado do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) José Roberto Franco Xavier. Foi publicado em 2015 em um artigo intitulado “A Opinião Pública e o Sistema de Direito Criminal”.

A conclusão é a de que o sistema de Justiça possui uma ferramenta jurídica específica para incorporar a opinião pública, as “estruturas de recepção”. As estruturas de recepção são conceitos jurídicos vagos usados para dar a aparência de legalidade ao clamor popular. Conceitos como “preservação da ordem pública”, “alta culpabilidade”, “circunstâncias agravantes do crime” são alguns exemplos de estruturas de recepção.

A opinião pública faz pouco caso de conceitos como “ampla defesa” e “devido processo legal” e vê o Judiciário com desconfiança quando não entrega o que se espera, o que tende a deixar agentes institucionais ansiosos. O resultado são grandes espetáculos punitivos que reforçam a impressão de haver um problema grave onde existe uma solução em curso.

A discrepância entre o Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional e o índice Previsão de Risco da Corrupção (Corruption Risk Forecast) reflete a diferença entre aparência e essência. Na última década, o Brasil foi tomado por tornados punitivistas que não ajudaram no controle da corrupção. Em 2013, a perspectiva do Brasil no Índice de Previsão da Corrupção era de melhora. Desde então, o país está estagnado.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur e site do Jota

Brasil pode crescer um pouco mais de 2% em 2024, diz Campos Neto

 "O primeiro trimestre está com uma cara melhor do que se imaginava anteriormente, e eu acho que pode surpreender um pouco para cima o ano", disse o presidente do Banco Central

Roberto Campos Neto. Foto: Adriano Machado/Reuters

Reuters - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira que o crescimento do Brasil este ano pode surpreender e ficar um pouco acima de 2%, desde que uma série de fatores macroeconômicos globais atenda às expectativas.

"A gente acha que o primeiro trimestre está com uma cara melhor do que se imaginava anteriormente, e eu acho que pode surpreender um pouco para cima o ano, pode ser um pouco acima de 2(%)", disse Campos Neto em palestra no evento Blue Connections, promovido pelo Meio & Mensagem. "Eu estou um pouco mais otimista."

Essa projeção está acima da mais recente estimativa oficial do BC para o PIB, divulgada em dezembro, que aponta para um crescimento de 1,7% em 2024. Na terça-feira, Campos Neto já havia dito que o PIB do primeiro trimestre deve surpreender positivamente.

O presidente do BC condicionou nesta manhã sua visão mais otimista à consolidação de um processo de desinflação nos Estados Unidos concomitante com um crescimento "relativamente comportado" ou acima das expectativas na maior economia do mundo, ao mesmo tempo que precisaria haver uma "desaceleração comportada" na China.

"Se tudo isso acontecer, eu acho que a gente pode pensar que aqui vai ser um pouco melhor", afirmou Campos Neto.

Ele previu que o resultado da balança comercial do país em 2024 será um pouco pior do que o de 2023, mas como consequência de uma base de comparação muito alta após a super safra do ano passado, e deve seguir acima da média.

Para além da atividade de curto prazo, o presidente do BC defendeu que o país precisa trabalhar em direção a um crescimento estrutural maior no longo prazo.

FISCAL - Campos Neto disse ainda nesta quarta-feira que é importante que governo tente perseguir sua meta fiscal mesmo que seja difícil, afirmando que a saúde das contas públicas tem relação direta com o processo de afrouxamento monetário.

"É importante que o governo tente perseguir a meta, ainda que seja difícil, é importante sempre um equilíbrio entre receitas e gastos. A gente vê que o governo está fazendo uma força, e isso é muito importante porque tem uma conexão direta com a taxa de juros e com o processo de queda de taxa de juros."

Anteriormente , tanto Campos Neto quanto o diretor de Política Monetária do BC, Diogo Guillen, haviam dito várias vezes que não há relação mecânica entre o desempenho fiscal do país e a política monetária, e que a autarquia leva mais em consideração como as condições das contas públicas afetam as variáveis consideradas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em seu processo de decisão.

O mercado financeiro tem mostrado falta de confiança na capacidade do governo de alcançar a meta de zerar o déficit primário em 2024, já que tem havido resistência no Congresso a algumas medidas que buscam aumentar a arrecadação, como a reoneração gradual da folha de pagamentos.

Sobre a inflação, o presidente do BC disse nesta quarta-feira que ela está em queda, mas ressaltou surpresas para cima em dados recentes da inflação de serviços, embora eles sigam dentro do esperado pelo BC no processo de convergência.

"A gente tem olhado muito essa parte de serviços que são intensivos em trabalho, porque isso é uma coisa que tem dificuldade, tem menos oscilação, e é importante que caia, porque a gente tem uma meta (de inflação) que a gente precisa atingir", afirmou ele.

Campos Neto voltou a dizer que a manutenção da meta de inflação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para os próximos anos ajudou no processo de convergência das expectativas de alta dos preços. O objetivo a ser perseguido pelo BC em 2024, 2025 e 2026 é uma inflação de 3,0%, medida pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

No ano passado, quando o centro da meta era 3,25%, a inflação em 12 meses ficou dentro da banda de tolerância, encerrando dezembro em 4,62%.

Nesta quarta-feira, Campos Neto afirmou que, embora a taxa básica de juros Selic siga em patamar elevado em comparação com países desenvolvidos e emergentes, está um pouco mais próxima da média mundial do que esteve no passado.

A Selic está atualmente em 11,25%, após cinco cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual pelo BC.

Fonte: Brasil 247 com Reuters


Alterações no Supremo não podem ser feitas "de afogadilho", diz Flávio Dino à TV 247

 Futuro ministro diz que o Congresso pode debater mandatos para ministros do STF, mas não como “retaliação”. “Mexer no Supremo é uma coisa muito grave”, afirma

Flávio Dino (Foto: ABR)

 O ex-ministro da Justiça e futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, afirmou em entrevista à TV 247, nesta quarta-feira (7) que o Congresso Nacional tem “legitimidade” para debater propostas que afetem a Corte diretamente, mas que elas não podem ser feitas de “afogadilho” ou a título de "retaliação".

“Eu considero que há imensa legitimidade no Congresso debater, por exemplo, mandatos para os ministros do Supremo. A pergunta é: por quê? É claro que o Congresso pode deliberar sobre isso. Agora, eu me preocupo quando isso é colocado em uma moldura de retaliação, eventualmente - não estou dizendo que isso está presente. Mas a moldura não pode ser essa, não pode ser temas de ocasião, tentar emparedar a independência do Judiciário. Então eu realmente acho que é preciso ter calma, ponderação, porque quando você pega certas perspectivas extremistas, ‘desinstitucionalizadoras’, e vincula aspectos da luta política, o resultado não é bom”, avaliou Dino. 

“Vou te dar um exemplo: alguns dizem que precisa de mandato. Se não houvesse oocorrido a mudança da aposentadoria compulsória de 70 para 75 anos, eu teria um ‘mandato’ de 14 anos. Como desejaram que a presidenta Dilma não indicasse novos ministros, mudaram a idade de 70 para 75. E o que aconteceu? Os mesmos, ou alguns dos mesmos, que defenderam essa mudança, ou seja, prorrogaram os ‘mandatos’ dos ministros do Supremo em cinco anos, agora estão dizendo que o mandato está longo. Então me deram cinco anos de bônus, porque eu ficaria, com a regra dos 70, 14 anos. Agora vou ficar 19. Essa é a prova que a mudança não pode ser de ocasião, de afogadilho, no calor do momento ou essa ideia de que ‘nós vamos controlar o Supremo porque nós não estamos gostando dessa ou daquela decisão"', destacou.

Na entrevista, Dino também observou que o Supremo não persegue parlamentares e se limita a cumprir as leis aprovadas pelo Congresso Nacional. “Dizem que o Supremo está julgando muitos parlamentares. Na Constituinte foi aprovada uma imunidade parlamentar quase que absoluta. Só poderia haver processo criminal contra deputados e senadores se a respectiva casa autorizasse. Depois disso houve uma emenda constitucional. Quem acabou com essa imunidade? Foi o Congresso, não o Supremo. O Congresso votou uma emenda e disse ‘não, os processos criminais podem ocorrer’. Onde foi que o Supremo errou? O Supremo está aplicando a Constituição. E quem fez a emenda? Foi o Supremo? Não, foi o Congresso. Então essa é a prova de que é preciso ter calma, porque quando você vota as coisas de qualquer jeito, depois você descobre que as consequências não são as imaginadas ao tempo. Então mexer no Supremo é uma coisa muito grave, por isso é preciso ter ponderação". 

Fonte: Brasil 247

Com Lira voltado aos bolsonaristas, Planalto avalia negociar diretamente com líderes da Câmara

 Presidente Lula, no entanto, ainda quer reabrir o canal de diálogo com o presidente da Câmara, Arthur Lira

Lula e Arthur Lira (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

 O Palácio do Planalto não pretende acirrar os ânimos com a Câmara dos Deputados, apesar do discurso agressivo do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), na abertura do ano Legislativo, na segunda-feira (5). Segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz, do G1, a ideia é reabrir o diálogo com Lira, mas caso ele insista em manter o tom beligerante, não está descartada a possibilidade de negociar diretamente os projetos de interesse do governo com os líderes da base aliada na Câmara.

De acordo com a reportagem, “na hipótese de Arthur Lira conseguir convencer os líderes a não negociarem com o Palácio do Planalto, o governo conta com a pressão de empresários para que a agenda da pauta econômica não fique paralisada entre os deputados”.

"Se a pauta na Câmara ficar travada por causa do Arthur Lira, ele terá de dar satisfação à turma da Faria Lima (mercado financeiro em São Paulo), com quem ele tem excelente relação e não vai gostar de medidas econômicas ficarem paradas no Congresso", disse um assessor ouvido pela reportagem.

Nos bastidores, líderes da base aliada, mesmo não criticando publicamente o discurso de Arthur Lira, reservadamente reconhecem que o tom agressivo gerou um mal-estar além do desejável com o Palácio do Planalto. Assessores do governo avaliam que o presidente da Câmara contribuiu mais para o fechamento de portas do que para abri-las, o que pode prejudicar as negociações futuras. Apesar disso, o Palácio do Planalto deverá esperar que o presidente da Câmara emita sinais para “baixar as armas” e retomar as negociações. 

Uma das razões para o tom belicoso adotado por Lira em seu discurso na segunda-feira, segundo avaliação de integrantes do governo, é que o presidente da Câmara está tentando agradar a bancada de oposição, principalmente os bolsonaristas, visando sua sucessão na presidência da Casa Legislativa. Para garantir a eleição de seu sucessor, o presidente da Câmara precisará conquistar o apoio da oposição, que possui uma bancada significativa, ultrapassando os 90 bolsonaristas do PL. 

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna do jornalista Valdo Cruz, do G1

Setor automotivo investirá R$ 100 bilhões até 2029, diz Alckmin

 Estimativa repassada pela Anfavea engloba a construção de, pelo menos, quatro fábricas

Geraldo Alckmin (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Por Pedro Peduzzi , repórter da Agência Brasil - O setor automotivo brasileiro deverá receber cerca de R$ 100 bilhões em investimentos nos próximos anos. O número, apresentado por representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, foi divulgado nesta quarta-feira (7) pelo ministro em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, veiculado pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Alckmin se reuniu na terça-feira (6) com o presidente da Anfavea, Márcio de Lima. Durante o encontro, o dirigente disse que o total a ser investido na indústria automotiva brasileira será maior do que os R$ 41,2 bilhões anunciados na semana anterior.

“Na reunião que tive com representantes da Anfavea, foi anunciada a expectativa de um total de R$ 100 bilhões nos próximos anos, provavelmente até 2028 ou 2029. Tanto em veículos leves como pesados, como ônibus e caminhões. Tanto em motores à combustão como etanol, total flex, híbridos e elétricos”, disse Alckmin.

Segundo Alckmin, “será um investimento recorde”, que resultará na construção de, pelo menos, quatro fábricas.

“Já temos fábrica de ônibus elétrico. Teremos também duas fábricas de carros elétricos. São duas montadoras. A BYD [empresa chinesa que assumiu o complexo industrial que pertenceu à Ford] em Camaçari [BA]; e a GWM [Great Wall Motors, também chinesa], em São Paulo. Mas outras virão”, acrescentou.

O ministro lembrou que o setor automotivo tem, entre suas vantagens, a de estimular uma cadeia longa de produtos que favorecem desde as indústrias do aço e de vidro, até de pneus e autopeças, “gerando muito emprego e agregando muito valor”.

“Isso será facilitado pela retomada da economia”, disse o ministro ao destacar que esses investimentos são estimulados por iniciativas como a do Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que ampliou as exigências de sustentabilidade para a frota automotiva nacional, de forma a viabilizar a descarbonização dos veículos por meio de incentivos fiscais.

“Duas boas notícias vão aumentar a venda da indústria automotiva. A primeira é a queda da Selic [taxa básica de juros], que deve se manter. A outra é o Marco de Garantia, aprovado pelo Congresso Nacional. Ou seja, se [uma empresa] vende um carro e a pessoa não paga, agora com o Marco de Garantia pode-se pegar o carro de volta”, argumentou Alckmin.

Reoneração gradual - Na entrevista, Alckmin reiterou as justificativas do governo para a reoneração gradual da folha de pagamento de 17 setores da economia. Segundo ele, a preocupação do governo é com a responsabilidade fiscal, visando a meta de déficit primário zero. 

“Há um tripé importante para economia: juros, câmbio e imposto. A reforma tributária trouxe eficiência econômica para o país. O câmbio, a R$ 5, está bom para a exportação. Precisamos ainda baixar os juros, que já estão caindo 0,5 ponto percentual ao mês”, disse.

“A preocupação do [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad, de não fazer déficit, está, portanto, correta. Eram 17 setores, mas incluíram os municípios. Então dobrou o custo de R$ 9 bilhões para R$ 18 bilhões. É uma questão de constitucionalidade. Para abrir mão de R$ 9 bilhões, tem de informar o que será cortado ou que imposto será aumentado. A preocupação é fiscal e jurídica”, argumentou.

O ministro disse acreditar que tudo se resolverá com diálogo, e que as negociações voltarão após o carnaval. “Nossa expectativa é de diálogo, e nisso o presidente Lula é mestre”, acrescentou ao sair da entrevista.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

'Estamos tentando levar a sociedade brasileira a subir um degrau na classe social', diz Lula

 Presidente participou nesta manhã da inauguração do Ginásio Educacional Olímpico e do Instituto Federal do Parque Olímpico no Rio de Janeiro

Lula (Foto: Reprodução)

 O presidente Lula (PT) participou na manhã desta quarta-feira (7) da inauguração do Ginásio Educacional Olímpico Isabel Salgado e do Instituto Federal do Parque Olímpico no Rio de Janeiro e afirmou que o Estado tem “obrigação” de garantir oportunidades a toda a população.

“Esse país não tem mais volta. Ou a gente aposta verdadeiramente que através da educação a gente vai salvar esse país, ou a gente vai ficar na mediocridade de ter uma minoria de pessoas que podem mandar seus filhos estudarem em Londres, em Chicago, e ter a maioria que sabe que a criança vai desistir da escola para ter que trabalhar, para vender coisa na rua. Então tem gente que não precisa do Estado. Mas tem muita gente que precisa, e é para essa gente que o Estado tem que existir. O Estado tem obrigação de garantir oportunidade para que todas as pessoas possam vencer na vida”, afirmou.

O presidente ainda declarou que o papel do Estado “não é atender os mega empresários que cada vez que vão na Presidência só querem saber de pedir bilhões, bilhões e bilhões”. “Pega a dívida ativa brasileira. Você vai encontrar quase R$ 2 trilhões em dívidas. Veja se os pobres têm dívida. Não tem! O pobre, quando ele compra o pão e o leite fiado e ele não pode pagar, ele para de passar na frente da padaria. O rico não. O rico gosta de dizer que está devendo. Para ele é uma coisa charmosa dizer ‘eu peguei R$ 5 bilhões no BNDES, com juros de longo prazo, cinco anos de carência e vou pagar em 15 anos’”.

O presidente também afirmou que seu governo tem como objetivo transformar a sociedade brasileira em uma sociedade de classe média. “Eu queria que houvesse a compreensão dos setores mais altos da sociedade de que o que a gente está fazendo é tentar levar a sociedade brasileira a subir um degrau na classe social. Ninguém gosta de ser pobre, de morar mal, de comer mal, de estudar mal. A gente gosta de coisa boa”.

Fonte: Brasil 247

Ministério da Fazenda suspeita de lavagem de dinheiro em programa apoiado por Arthur Lira

 Fiscais da Receita investigam supostas fraudes no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, apoiado pelo presidente da Câmara, que tem feito pressão contra o governo

Deputado Arthur Lira (Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara )

 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou a lideranças do Congresso Nacional que o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) teria lavagem de dinheiro de atividades ilícitas no país. A informação foi publicada nesta terça-feira (6) pelo jornal Folha de S.Paulo

Fiscais da Receita Federal investigam o projeto após o custo do programa aumentar no ano passado. O valor declarado pelas empresas chegou a R$ 17 bilhões. A estimativa era de um gasto anual de R$ 4,4 bilhões. Números preliminares repassados pela área técnica ao Palácio do Planalto apontaram que o custo do programa pode ter chegado até R$ 30 bilhões com as possíveis fraudes. 

O programa é apoiado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), com quem o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta manter um nível de articulação que não coloque em risco a aprovação de pautas defendidas pela gestão petista. 

O deputado do PP teria pressionado o governo Lula a demitir o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O petista teria decidido manter o titular da pasta. O presidente da Câmara também mira Nísia Trindade, responsável pelo Ministério da Saúde. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Folha de S. Paulo

APUCARANA: Prefeitura recebe visita missionária dentro da programação do Dia da Padroeira


 Como parte da programação do Dia da Padroeira, que é celebrado no dia 11 de fevereiro, religiosos do Seminário Maior Diocesano São João Maria Vianney estão realizando visitas missionárias em diversos locais, como comércio, unidades de saúde, órgãos públicos e edifícios e residências.

Na manhã desta quarta-feira, o grupo de seminaristas visitou o gabinete do prefeito Junior da Femac e todas secretarias e  departamentos da Prefeitura, com momentos de oração e bênção.

“Esse momento é uma visita missionária de Nossa Senhora de Lourdes pedindo para que a padroeira da cidade derrame suas bênçãos também sobre as repartições públicas”, afirma a irmã Maria da Luz, missionária Servidoras da Palavra.

No feriado de 11 de fevereiro, Dia da Padroeira, haverá quatro missas na Catedral Nossa Senhora de Lourdes: às 8  horas, 10 horas, 18 horas e 19h30 horas (missa solene com procissão luminosa).

Fonte: Prefeitura de Apucarana

APUCARANA: Pediatra faz alerta aos pais sobre cuidados com saúde das crianças na volta às aulas

 O médico pediatra Luiz Carlos Busnardo, que atende no Centro Infantil da Autarquia Municipal de Saúde (AMS) de Apucarana fez um alerta nesta terça-feira (6), em relação aos cuidados com a saúde das crianças na volta às aulas. Segundo o especialista, nesta época do ano é normal o registro de um aumento significativo de consultas médicas no sistema de saúde em virtude das viroses.

De acordo com Busnardo, é importante manter a higiene corporal com a lavagem das mãos com água e sabão e do nariz com soro fisiológico. A alimentação também é um fator importante para reforçar a imunidade das crianças que devem consumir frutas, verduras e muita água. O médico também pede atenção às vacinas que devem estar em dia.

O prefeito Junior da Femac reforça a recomendação do pediatra, lembrando que no início do ano letivo de 2023, foram registrados muitos casos de viroses. “É indispensável seguir essas recomendações no momento do reencontro das crianças”, frisa.

O secretário de saúde, Emídio Bachiega, informa que a Divisão de Vigilância Epidemiológica identificou um aumento de 67% da procura por atendimento médico em pediatria no Centro de Saúde Infantil Municipal, quando comparado o mês de janeiro/2022 e janeiro/2023.

“A maior procura por consulta em pediatria no ano são os meses de fevereiro e março, quando as atividades escolares efetivamente iniciam, assim como o contato mais próximo entre as crianças”, avalia Bachiega, acrescendo que, “normalmente, março é quando ocorre um significativo aumento pela busca de consultas por afecções respiratórias, onde 40% são registros desse problema.”

DENGUE – Apucarana também enfrenta uma epidemia de dengue com mais de 5 mil casos da doença e duas mortes confirmadas. Diante deste cenário preocupante, o médico também orienta os pais a passarem repelente em seus filhos como forma de prevenção. “A dengue é muito importante ser prevenida. Pode e deve usar repelente de insetos”, reitera.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

APUCARANA: Piscina do Lagoão recebe benfeitoria e as aulas voltam nesta quinta-feira

 A Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria Municipal de Esportes, comunica que a piscina térmica do Complexo Esportivo Lagoão nesse início de semana recebeu benfeitoria em seu sistema de aquecimento e passou por um trabalho de manutenção.

“Uma bomba estragou e nessa terça-feira o equipamento já foi consertado. Devido a essa situação não foram realizadas as aulas de hidroginástica e de natação nessa terça como também as atividades não acontecerão nessa quarta-feira. Uma equipe especializada está realizando o serviço, com as aulas voltando normalmente nesta quinta-feira, a partir das 7 horas”, destaca o secretário de Esportes, Tom Barros.

As aulas na piscina do Complexo Esportivo Lagoão são realizadas de terça a sexta-feira das 7 às 20 horas, com intervalo para o almoço. Já as atividades de hidroginástica e de natação na piscina do Centro da Juventude Alex Mazaron, no Jardim Diamantina, seguem a todo vapor.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Policiais próximos a Ramagem são investigados pela CGU por “sumiço” da Abin em 2022

 

Alexandre Ramagem. Foto: reprodução

Um grupo de delegados e policiais federais que atuava junto ao deputado Alexandre Ramagem (PL–RJ) durante sua gestão como diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) está sendo alvo de sindicâncias na Controladoria-Geral da União (CGU), segundo informações do site ICL Notícias. A suspeita recai sobre possível abandono de trabalho, já que a atuação desses profissionais na instituição permanece desconhecida em diversos meses de 2022.

Os alvos das sindicâncias incluem o policial federal Felipe Arlotta e o delegado federal Marcelo Bormevet, ambos afastados de suas funções na Polícia Federal por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no âmbito da Operação Vigilância Aproximada, juntamente com outros cinco policiais federais.

Após a saída de Ramagem da direção da Abin em março de 2022, quando ele decidiu concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, seus antigos colaboradores conhecidos como “homens de confiança” deixaram de trabalhar na Abin. A agência não possui registros da atuação desses policiais ao longo de vários meses do ano em que ocorreu a eleição presidencial.

Fontes próximas ao caso indicam que as sindicâncias estão avançadas, e os investigados enfrentam o risco de demissão. Arlotta, conhecido por sua proximidade com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos–RJ), e Bormevet, defensor explícito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em redes sociais, são figuras centrais nesse processo.

Bolsonaro e Ramagem. Foto: reprodução

Agentes da Abin revelaram ter conhecimento de que Arlotta supervisionou operações secretas em comunidades no Rio de Janeiro, incluindo o uso de drones para a produção de imagens. Essa atuação levanta ressalvas, uma vez que a Abin é responsável por inteligência de estado e segurança nacional, não sendo atribuição da agência o trabalho de segurança pública.

Vale destacar que durante a busca e apreensão nos endereços de Ramagem em 25 de janeiro, a PF encontrou um computador e um celular da Abin em posse do ex-diretor, juntamente com documentos que indicam planejamento e execução de operações em comunidades do Rio.

Os investigadores agora buscam determinar se esses relatórios foram produzidos dentro da Abin, uma vez que não possuíam timbre ou identificação, sendo um deles denominado “Plano de Operações 06/2021”, conforme informações do UOL.

Fonte: DCM com informações do UOL

Adriana Accorsi, do PT, lidera em todos os cenários para a Prefeitura de Goiânia, diz Paraná Pesquisas

 Candidata supera concorrentes como o senador Vanderlan Cardoso, do PSD, e o deputado federal ultrabolsonarista Gustavo Gayer, do PL

Deputada federal Delegada Adriana Accorsi (Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados)

Uma recente pesquisa de intenção de votos para a Prefeitura de Goiânia, realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, revelou um cenário de liderança da candidata Adriana Accorsi (PT) em todos os cenários levantados, informa o Jornal Opção.

No primeiro cenário estimulado, onde os nomes dos candidatos são apresentados, Adriana desponta em primeiro lugar, com 22,1% das intenções de voto. Em seguida, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) alcança 20,6%, enquanto o deputado federal ultrabolsonarista Gustavo Gayer (PL) fica com 19,7%. O presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (UB), registra 10,7%, enquanto o atual prefeito, Rogério Cruz (Republicanos), figura na quinta posição com 7,4%. Jânio Darrot (MDB), apoiado pela base do governador Ronaldo Caiado (UB), apresenta 2,9%, seguido por Leonardo Rizzo (Novo), com 2,1%. A pesquisa aponta ainda que 5,4% dos entrevistados não sabem ou não responderam, e 9,1% declararam que votariam nulo ou em branco.

No segundo cenário, a delegada amplia sua liderança, alcançando 27,1% das intenções de voto. Nesse contexto, ela se mantém à frente, porém, em um empate técnico dentro da margem de erro, com Vanderlan Cardoso, que registra 24,3%. Gustavo Gayer obtém 22,5%, enquanto Rogério Cruz aparece com 9,3%. A pesquisa revela ainda que 5,9% dos entrevistados não souberam responder, e 11% declararam voto nulo ou em branco.

O levantamento do Paraná Pesquisas ouviu 630 pessoas entre os dias 31 de janeiro e 5 de fevereiro, com margem de erro de 3,8% para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TRE-GO com o número GO-09948/2024.

Fonte: Brasil 247 com informações do Jornal Opção

Crescimento econômico pode surpreender no 1º tri, diz Campos Neto

 Chefe do BC destacou o processo de queda da inflação no país

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (Foto: Adriano Machado/Reuters)

(Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira que dados preliminares sobre o desempenho da economia no primeiro trimestre mostram que o crescimento pode surpreender positivamente no período.

Em palestra durante evento do banco BTG Pactual, Campos Neto destacou que os indicadores mostram que o setor de serviços deve continuar puxando a atividade econômica no país.

"Olhando a perspectiva de crescimento do primeiro trimestre, está parecendo que vai surpreender para cima. Essa é a nossa primeira intuição no Banco Central. A gente vê serviços puxando bastante o crescimento", disse Campos Neto.

No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro surpreendeu, impulsionado pelo desempenho do agronegócio. A equipe econômica do governo espera que os dados finais de 2023 mostrem um crescimento de no mínimo 3%, superando estimativas do mercado no início do ano de uma aceleração inferior a 1%. Para este ano, a projeção oficial do Ministério da Fazenda é de alta de 2,2%, enquanto o mercado espera 1,60%.

O chefe do BC também destacou o processo de queda da inflação no país, afirmando que os últimos números mostraram o índice geral "um pouco melhor" e um núcleo "marginalmente pior", mas enfatizou que a trajetória dos preços está "dentro do que a gente tinha programado".

Dados de dezembro mostraram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com alta acumulada de 4,62%, o que significou que a inflação ao consumidor brasileiro voltou a ficar abaixo do teto da meta depois de dois anos seguidos de estouro do objetivo.

Campos Neto ainda enfatizou a importância da confirmação da meta de inflação no ano passado, quando o Conselho Monetário Nacional fixou, em junho, em 3% a meta central para 2026, mesmos alvos já previstos para os dois anos anteriores. De acordo com ele, a incerteza sobre o horizonte a ser perseguido pelo BC estava levando ao avanço das expectativas de inflação e dificultando o planejamento da política monetária.

"Em termos de expectativas de inflação, a gente vê um marco que foi a confirmação da meta. A gente sempre dizia que era muito difícil ter uma visibilidade do que fazer em política monetária sem ter certeza de qual era a meta", afirmou.

A pesquisa Focus divulgada nesta terça-feira mostrou que os analistas consultados seguem prevendo alta de 3,81% do IPCA em 2024 e de 3,50% em 2025. A projeção para ambos os anos segue acima do centro da meta oficial, que é de 3,0%, mas abaixo do teto, de 4,50%.

CENÁRIO GLOBAL - O presidente do BC disse ver todas as autoridades monetárias do planeta apontando para um cenário de queda nas taxas de juros, apesar de "timings" diferentes, destacando a postura do Federal Reserve como o "carro-chefe" do processo.

"Eu tenho a percepção de que, com os dados melhores, o Fed tem mais conforto de ser mais cauteloso. Parece que eles têm mais conforto de esperar um pouco mais", disse.

Na semana passada, o Fed manteve o patamar de sua taxa de juros, com o chair Jerome Powell dizendo que a instituição ainda precisava ver mais dados favoráveis da inflação para ter certeza de que é hora de reduzir os juros, derrubando apostas de que os cortes poderiam começar já em março.

Campos Neto também destacou a trajetória de queda na inflação geral e nos núcleos de países avançados, mas apontou que os níveis estão acima de patamares históricos.

Ele citou uma série de riscos que tem travado o processo de queda da inflação global, como a questão geopolítica e o cenário pós-pandemia, marcado pelo efeito das grandes transferências de recursos promovidas por governo no mundo inteiro.

Fonte: Brasil 247 com Reuters


Transparência Internacional apoiou perseguição a Lula, diz Pimenta

 Ministro da Secom questionou a neutralidade da ONG

Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

 O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou nesta terça-feira (6) que a Organização Não Governamental Transparência Internacional apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a “prisão e perseguição” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2018.

Em entrevista ao Poder360, o chefe da Secom questionou a neutralidade da ONG, que rebaixou a nota do Brasil no ranking anual de corrupção.

“Será que uma ONG que claramente optou em apoiar o impeachment contra a presidente Dilma, apoiar a prisão e a perseguição ao presidente Lula – que foram anuladas pelo STF – tem a isenção necessária para emitir esse tipo de julgamento?”, questionou.

O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu a abertura de uma investigação contra a ONG Transparência Internacional na segunda-feira (5). 

Para Pimenta, a investigação é importante porque pode elucidar quem são os financiadores da ONG e se há ou não ligação da organização com o ex-promotor Deltan Dallagnol e com o ex-juiz Sergio Moro quando atuavam na Lava Jato.

Na semana passada, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, criticou a relação entre a Operação Lava Jato e os Estados Unidos após a ONG estrangeira lavajatista Transparência Internacional atacar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao sugerir uma piora do Brasil no corrupção em 2023.

O chefe da Secom destacou uma matéria do jornal francês Le Monde que denunciou um conluio entre EUA e Lava Jato. Segundo a reportagem, publicada em 2021, começou em 2007 o estreitamento das relações entre os EUA e o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), que, em 2014, seria juiz da Operação Lava Jato, com início naquele ano. Depois, em, 2021, ele foi declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal.

Fonte: Brasil 247 com Poder 360

Fábrica de fertilizantes da Petrobras no Paraná deve gerar 5 mil empregos e estimular pesquisa e inovação

 Retomada das atividades já tem o aval do presidente Lula, mas precisa ser consolidada pelo conselho da empresa

Reunião nesta terça-feira (06/02) na FAFEN-PR entre a deputada estadual Ana Júlia Ribeiro (PT), representantes da unidade e do Sindiquímica-PR e Sindipetro-PR/SC 
(Foto: Lucas Carrera/Divulgação)

 A reabertura da FAFEN-PR (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná), em Araucária, deve gerar 5 mil empregos diretos e indiretos, conforme estimativa do Sindiquímica-PR. A expectativa é que a reativação da fábrica pela Petrobrás ocorra ainda no primeiro semestre deste ano. 

A retomada das atividades já tem o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas precisa ser consolidada pelo conselho da empresa. Parada desde 2020, durante o governo Bolsonaro, a unidade deve receber investimentos na casa dos R$ 800 milhões para voltar a operar. 

A reativação foi discutida durante reunião nesta terça-feira (06) na FAFEN-PR entre a deputada estadual Ana Júlia Ribeiro (PT), representantes da unidade e do Sindiquímica-PR e Sindipetro-PR/SC. A retomada da FAFEN-PR beneficiará o setor agropecuário, diminuindo a dependência de produtos importados da Europa e Ásia e reduzindo a pressão sobre os preços provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

Antes da paralisação, a FAFEN-PR produzia parte significativa da ureia e amônia do mercado brasileiro, matérias-primas utilizada na fabricação de fertilizantes. Com a redução do custo de produção a partir da maior disponibilidade de produtos nacionais, espera-se que haja diminuição também no preço dos alimentos.

“A FAFEN-PR foi hibernada de forma criminosa, paralisando um setor importante da nossa indústria. A reabertura é importante pelos empregos gerados, pela competividade do nosso estado e pela necessidade de produzir fertilizantes e mover o setor agrícola”, disse a deputada presente na reunião, completando: “não podemos desperdiçar toda essa estrutura. A reabertura vai aquecer a economia e gerar empregos e renda”.

PESQUISA E INOVAÇÃO - Além da geração de empregos e do estímulo à agricultura, a reabertura deve estimular o desenvolvimento de Araucária e RMC (Região Metropolitana de Curitiba) em outras áreas – uma delas a de pesquisa e inovação. 

Em paralelo às tratativas para a retomada das atividades na fábrica, parlamentares e lideranças articulam a instalação de um campus do IFPR (Instituto Federal do Paraná), com cursos que dialoguem com cadeia produtiva local, aproveitando o potencial produtivo. Ana Júlia faz parte do movimento, defendendo que “a instalação do IFPR impulsionará um polo de pesquisa". O grupo defende a criação de um campus na região metropolitana Sul, próximo à FAFEN-PR, para buscar inovação tecnológica e sustentabilidade. 

O potencial é enorme, avalia a deputada, uma vez que a região conta também com uma refinaria da Petrobrás – a Repar --, além de outras indústrias de grande porte.

EMPREGOS - Dos 5 mil empregos que devem ser gerados, 1 mil são postos diretos. As contratações priorizarão os trabalhadores demitidos em 2020, conforme o Sindiquímica-PR. A medida tem justificativa social e técnica. São pessoas com experiência e que conhecem o funcionamento da fábrica. Em algumas posições, leva-se até 5 anos para preparar o profissional para a função, mesmo com formação teórica. A operação é complexa e envolve extremos, com temperaturas em alguns equipamentos que variam de -70°C a 200°C. 

“A reabertura atende uma questão social, que é o emprego, sendo estratégica para desenvolvimento de um polo petroquímico no Paraná e fundamental para uma agricultura com qualidade no país”, afirma o diretor do Sindipetro, Ricardo Marinho.

A reativação puxará o crescimento da cadeia produtiva. No entorno da unidade, há várias empresas que prestavam serviços à FAFEN-PR que estão paradas, aguardando a retomada das atividades. "A reativação contribuirá para o desenvolvimento tecnológico, além de Araucária e região, também da Lapa, Contenda, São José, Fazenda Rio Grande, Campo Largo e Cidade Industrial de Curitiba", complementa o diretor do Sindipetro. 

SUSTENTABILIDADE - A FAFEN-PR utilizava como matéria-prima resíduos da REPAR, que fica ao lado, o que verticalizava e integrava parte da produção.

A capacidade produtiva por dia é de 2 mil toneladas de ureia, 1.300 toneladas de amônia e 1.680 toneladas de Arla 32 – este último utilizado pela indústria automotiva em catalizadores para reduzir a emissão de gases poluentes. 

Em um segundo momento, a FAFEN tem planos para a fabricação de fertilizantes a partir de plástico reciclado, o que deve contribuir para a sustentabilidade e incentivar a cadeia da reciclagem.

Fonte: Brasil 247