segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Escritor palestino faz relato pungente sobre a situação em Gaza

 "Nós, palestinos, morremos todos os dias e ninguém se importa. Ninguém se importa com os crimes de Israel. Estamos condenados", desabafa Yahya Basheer

(Foto: Reuters/Mohammed Salem)

 Em um relato exclusivo feito ao 247 e enviado a Nathalia Urban, o escritor palestino Yahya Basheer conta o que a população da Faixa de Gaza tem sofrido desde o início dos ataques de Israel a seu território em outubro de 2023. Segundo ele, a situação piorou no final do ano passado, quando Israel passou a mirar também a região Sul da Faixa de Gaza. “Desde o fim da trégua no início de dezembro passado, o exército israelense iniciou uma operação militar no sul da Faixa de Gaza, especificamente na província de Khan Yunis e na província de Deir al-Balah. Como vivo em Deir al-Balah, a minha casa e as casas de muitos vizinhos foram sistematicamente bombardeadas como parte de uma política de expulsão e deslocamento imposta pelos sionistas aos moradores das suas áreas de residência. Naquela época, o exército israelense forçou as pessoas a emigrar sob tiros de canhão e bombardeios de aviões".

Ele afirma que Israel bombardeia residências de civis sem qualquer necessidade ou justificativa, e nem escolas são poupadas. Infraestruturas civis essenciais também foram destruídas. "Isto levou ao deslocamento de pessoas para as escolas da UNRWA [Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente], na esperança de protegê-las dos bombardeios. Apesar disso, Israel também bombardeou as escolas da UNRWA. Minha casa e as casas de meus vizinhos foram bombardeadas por nenhum outro motivo além do desejo de Israel de nos expulsar e nos punir coletivamente por sermos palestinos. Além disso, aeronaves do exército israelense bombardearam poços de água e painéis solares nas casas, além de bombardearem cabos de comunicação e torres de transmissão sem fio com o objetivo de cortar a rede de comunicações e dispersar as pessoas! Isto levou à interrupção da comunicação entre os cidadãos feridos e as equipes de defesa civil, médica e de primeiros socorros, o que resultou na morte de centenas de cidadãos que morreram nas ruas devido aos seus ferimentos".

"Durante todo o período anterior, do mês de dezembro até agora, no final de janeiro, vivemos uma situação de vida muito, mas muito difícil mesmo. A água potável dificilmente está disponível e mesmo assim não é completamente boa para se beber, igualmente ruim é a água que usamos para as necessidades diárias, como tomar banho, lavar roupa e assim por diante. Até comida, legumes e mantimentos... Israel bombardeou mercados e lojas de suprimentos da UNRWA, ou mesmo aquelas pertencentes a civis foram destruídas!! O que levou ao colapso da situação e, infelizmente, perdemos muitas coisas básicas que ajudam uma pessoa a viver. Não há legumes, não há arroz, não há farinha de trigo, não há absorventes para mulheres ou fraldas para crianças e não há nem papel higiênico...", diz Basheer. "No que diz respeito à eletricidade, há 4 meses que não há electricidade em Gaza, e agora as pessoas dependem de pequenos painéis solares para carregar os seus telefones e iluminar as tendas ou casas onde estão abrigadas".

O escritor afirma que há quatro meses não tem uma fonte de renda e sofre para conseguir suprimentos básicos: "pessoalmente, já faz quatro meses que não tenho uma fonte de renda e não consigo descrever a extensão do que estou sofrendo em termos de custo de comida e bebida ou do que é necessário para sobreviver. Infelizmente, não há nada que eu possa fazer, ou possa trabalhar para conseguir dinheiro, e esse é o caso de centenas de milhares de pessoas. Você pode me perguntar como consegui conexão à Internet. Esta é uma história complicada devido à interrupção das comunicações e dos serviços de Internet, com muita dificuldade consegui acessar à Internet através dos dados telefônicos".

Sobre a ajuda humanitária enviada a conta gotas aos palestinos, ele conta que "eles nos trazem algumas roupas, algumas luvas médicas e muita comida enlatada que nem os animais comeriam!".

Basheer também demonstra indignação com a falta de sensibilidade da comunidade internacional em relação à situação do povo palestino. "Não sei como será a vida mais tarde, mas a única coisa em que acredito é que [nós palestinos] morremos todos os dias e ninguém se importa. Ninguém se importa com os crimes de Israel, com a matança de civis e com os bombardeamentos de casas, ruas e todos os aspectos da vida. Ninguém consegue descrever o quão barata a vida de uma pessoa pode ser. E estamos no ano de 2024! Por que é que o mundo não se preocupa conosco como se importou com a guerra russa e ucraniana, e por que é que o mundo se apressou a abraçar os ucranianos e a hospedá-los nos países do primeiro mundo sem condições e restrições, enquanto estamos sitiados numa grande prisão? Estamos condenados a sermos mortos e a passar fome, e infelizmente até a ajuda que dizem estar entrando em Gaza, não vem...isto é ridículo! Estou mentalmente e fisicamente cansado, além do que consigo descrever".

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro incentiva PM de São Paulo a matar "mais uns 40" em Operação Escudo na Baixada Santista

 "Mataram um soldado da Rota com um tiro no olho. A Rota já desceu para operar", afirmou Bolsonaro com ironia

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução Youtube)

Jair Bolsonaro (PL), durante um encontro com apoiadores no sábado (3), projetou que a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, mate cerca de 40 suspeitos na Baixada Santista em resposta ao assassinato do soldado Samuel Wesley Cosmo durante um patrulhamento de rotina. A declaração foi feita durante uma reunião matinal na casa de praia de Bolsonaro, localizada na Vila Histórica de Mambucaba, distrito de Angra dos Reis (RJ), segundo a Folha de S. Paulo.

No encontro, Bolsonaro atendeu a uma ligação que identificou como sendo da Rota paulista, questionando se a tropa já estava "operando" na Baixada Santista e quantos "operados" já haviam sido registrados. Utilizando ironia, deixou claro que o termo "operar" neste contexto se referia a matar. "Mataram um soldado da Rota ontem com um tiro no olho. A Rota já desceu para operar. Tem um soldado ferido no braço. Na última vez acho que uns 50 foram operados lá. Problema de pele, micose, todos foram operados, bem tratados. (...) Vão operar mais uns 40 lá, com certeza".

O soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo foi morto após ser baleado na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, na sexta-feira (2). Em resposta, batalhões do policiamento de Choque se deslocaram da capital para o litoral. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo confirmou que uma nova Operação Escudo foi iniciada após o ataque, que ocorre paralelamente a uma operação semelhante já em andamento na Baixada Santista desde a morte do soldado Marcelo Augusto da Silva em janeiro.

Na madrugada de sábado, uma ação da Rota na Baixada Santista resultou em dois mortos e um policial ferido. Além disso, houve a morte de mais quatro suspeitos em supostos confrontos com a Polícia Militar.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Começa o julgamento de Daniel Alves, acusado de estupro

 O ex-jogador está preso preventivamente desde janeiro de 2023. O julgamento é conduzido por um tribunal espanhol e se estenderá até quarta-feira

Daniel Alves (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

 Começou nesta manhã o julgamento do ex-jogador brasileiro Daniel Alves, acusado de estupro ocorrido em uma boate na cidade de Barcelona em dezembro de 2022. O processo está sendo conduzido em um tribunal espanhol e está programado para se estender até quarta-feira (7), informa o g1.

A primeira sessão do julgamento contempla depoimentos de seis testemunhas, incluindo o próprio ex-atleta. As 22 testemunhas restantes serão ouvidas no dia seguinte, enquanto a última sessão, marcada para quarta, será dedicada a procedimentos periciais, culminando com a apresentação de relatórios e conclusões.

Logo no início do julgamento, a defesa do ex-jogador solicitou a suspensão dos procedimentos, alegando que o juiz rejeitou a proposta de um segundo exame pericial na vítima. A advogada de Alves, Inés Guardiola, pediu a realização de novos testes. A juíza Isabel Delgado Pérez, responsável pelo caso, decidirá sobre a solicitação.

Até a emissão da sentença final, Daniel Alves permanecerá em prisão preventiva, conforme determinação da Justiça. O Ministério Público espanhol busca uma pena de nove anos de prisão para o ex-jogador, enquanto a defesa da mulher que denunciou o estupro pleiteia uma sentença mais severa, com 12 anos de reclusão.

A identidade da jovem espanhola que denunciou o crime está sendo preservada, e ela não deverá comparecer ao julgamento, conforme decisão judicial. Em casos de estupro na Espanha, as denúncias são enquadradas como agressão sexual, e as penas associadas variam de 4 a 15 anos de prisão.

Desde 20 de janeiro de 2023, Daniel Alves está sob prisão preventiva, sendo mantido em um presídio nos arredores de Barcelona por risco de fuga. O ex-jogador, que nega as acusações, permanece sem direito a fiança enquanto aguarda o desfecho do processo.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Marinha do Brasil assume comando em força-tarefa na região do mar Vermelho

 Área sofre com a escalada do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, bem como pelos ataques dos houthis do Iêmen a navios mercantes e militares

(Foto: Divulgação/Marinha do Brasil)

Sputnik - A Força-Tarefa Combinada 151 (CTF-151), sob comando das Forças Marítimas Combinadas (CMF), maior coalizão naval do mundo, tem o Brasil assumindo o comando pela terceira vez, conforme publicou o jornal Folha de S. Paulo.

A situação atual é considerada mais tensa e perigosa do que em ocasiões anteriores, devido ao conflito entre houthis, Estados Unidos e aliados.

O contra-almirante Antonio Braz de Souza, que recebeu o comando rotativo da força, destacou em entrevista ao jornal que a situação atual permite que as embarcações da CTF-151 defendam navios de seus países de ataques.

Além disso, crimes como tráfico de drogas, armas e seres humanos também são alvos.

Apesar de o Brasil não ter navios presentes na força-tarefa devido à transição da frota e foco renovado no Atlântico Sul, o comando da CTF-151 representa oportunidade de cooperação com outras marinhas, na visão de Souza.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Lula está perto de escolher o juiz que julgará a cassação de Moro

Ex-juiz suspeito deve perder o mandato por caixa dois e abuso de poder econômico na eleição para o Senado

Sergio Moro (círculo) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está analisando criteriosamente a lista tríplice de candidatos à vaga de juiz que integrará o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná e participará do julgamento da cassação do ex-juiz suspeito Sergio Moro, que se elegeu senador, mas é acusado de abuso de poder econômico e caixa dois em sua campanha.

Entre os indicados, José Rodrigo Sade é apontado por advogados eleitorais que militaram contra a Lava Jato como o mais resistente à operação Lava Jato no estado. Sade concorre com outros dois candidatos: Roberto Aurichio Junior e Graciane Aparecida do Valle Lemos, nomeada por Moro para o Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social quando ele era ministro da Justiça. O tribunal conta com sete juízes eleitorais. A informação é da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo

 

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Ministro liga milícia à família Bolsonaro em post com peça publicitária do governo


O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, usou seu perfil no X (antigo Twitter) neste domingo, 4, para fazer um post em que associa a família do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) a milícias. Pimenta cita Fabrício Queiroz e nomeações de familiares de “traficante miliciano” no gabinete do então deputado estadual do Rio de Janeiro, o hoje senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e ao caso da suposta “rachadinha”.

Estadão entrou em contato com a assessoria do senador, que não comentou o caso.

O ministro Paulo Pimenta disse à reportagem que já repetiu a afirmação de que “a família Bolsonaro por vários anos teve as contas pessoais pagas pelo Queiroz” em diversas ocasiões.

Pimenta afirma que “desafiou” a família a processá-lo, então poderia pedir a quebra do sigilo do Queiroz para provar a afirmação, mas que até o momento isso não ocorreu.

O post traz uma peça gráfica com policiais rodoviários e a frase “Brasil unido contra o crime”, e leva a logomarca do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

É na legenda da publicação que Pimenta cita indiretamente os adversários políticos. “Acabou o tempo que traficante miliciano tinha mãe e mulher nomeada em gabinete de deputado para depositar o dinheiro na conta do Queiroz para pagar as contas do dia a dia da famiglia.”

O termo italiano “famiglia” é comumente associado a uma máfia que envolve membros de uma mesma família.

Pimenta, ao citar Queiroz e o emprego de familiares de narcotraficantes ligados à milícia, faz alusão as investigações sobre suspeitas da prática de “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Segundo apontou o Ministério Público, o dinheiro da devolução de parte dos salários de comissionados do gabinete seria gerenciado pelo ex-policial militar Fabrício Queiroz, que foi assessor de Flávio na Alerj e é amigo de longa data do ex-presidente.

O caso foi arquivado pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) em 2022 porque as provas foram anuladas no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Flávio nega as acusações. Na época, a defesa de Queiroz declarou que as transações seriam “amplamente explicadas” em eventual ação penal.

Em seu gabinete, Raimunda Magalhães e Danielle Mendonça Magalhães da Nóbrega, a mãe e a ex-mulher do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, assassinado em fevereiro de 2020, ocuparam cargos de assessoras entre 2007 e 2018.

O assunto do post, originalmente, é a perda de dinheiro e patrimônio de narcotraficantes e milicianos devido às ações do Governo Federal, como a operação para Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que segundo o ministro chegam a R$ 8,5 bilhões.

“No governo Lula os narcotraficantes e milicianos já perderam mais de 7 bilhões de reais em dinheiro e patrimônio. Na GLO nos portos, estradas e aeroportos mais 1,5 bi. É o Brasil Unido contra o crime”, declara Pimenta na publicação.

Fonte: Bem Paraná com Estadão Conteúdo

Mãe e 2 filhos morrem após fiação elétrica cair em piscina no PR

 

Mãe e dois filhos morrem no RS. Foto: Reprodução

Na tarde deste domingo (4), um acidente resultou na morte de uma mãe e dois filhos. Um galho de pinheiro atingiu uma fiação elétrica, causando sua ruptura e queda na piscina em que estavam. O trágico episódio ocorreu por volta das 14h30 em uma chácara localizada em Rio Branco do Sul (PR), conforme informações prestadas pelo Corpo de Bombeiros.

As vítimas foram identificadas como Roseli da Silva Santos, de 40 anos, a jovem Emily Raiane de Lara, de 23 anos, que estava grávida, e o adolescente Agner Cauã Coutinho dos Santos, de 17 anos.

Os bombeiros destacaram que, ao receberem o chamado, mobilizaram diversos recursos para prestar socorro. Contudo, a localização exata tornou-se desafiadora devido à ausência de sinal de operadora de celular. Um helicóptero do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) foi acionado, porém, sua aproximação foi inviabilizada pelas condições atmosféricas desfavoráveis para a aviação, conforme comunicado dos bombeiros.

Testemunhas relataram que aproximadamente 40 pessoas estavam na chácara, alugada pelo grupo. De acordo com essas testemunhas, não estava chovendo no momento do acidente, mas ventava intensamente, o que ocasionou a quebra do galho.

As vítimas foram conduzidas até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rio Branco do Sul por pessoas presentes no local e pela equipe do Samu. Posteriormente, os feridos em estado grave foram transferidas para o Hospital Evangélico, em Curitiba, com o apoio do Corpo de Bombeiros.

Fonte: DCM

Bolsonaro, de férias em Angra dos Reis, replica prática de ‘cercadinho’ em conversa com seguidores (veja o vídeo)

 Agora, nas suas próprias palavras, ele instituiu o ‘cercadinho de Mambucaba’


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está usando parte de seu tempo de folga em Angra dos Reis (RJ) para repetir uma prática que ficou conhecida no seu tempo de mandato como “cercadinho do Alvorada”.

Agora, nas suas próprias palavras, ele criou o “cercadinho de Mambucaba”, que se resume a receber apoiadores em sua casa de praia, na pequena Vila Histórica de Mambucaba, para falar de assuntos os mais variados possíveis.

Temas que, conforme a Folha de S. Paulo, acompanhou neste sábado (3), incluem nióbio, Lula, Venezuela, pedágios e como ele poderia ter ficado rico na Presidência se beneficiando de informações privilegiadas do Banco Central — entre outras preleções. Ao final, todos entram em uma fila para tirar fotos com o ex-presidente.

Mambucaba tem cerca de mil habitantes e fica quase na divisa com Paraty, distante cerca de 50 km do centro de Angra. No sábado, nenhum dos filhos de Bolsonaro estava presente, nem a mulher, Michelle — que não gosta de ir para lá, segundo ele.

É na pequena vila que ele abrigou por 15 anos uma funcionária da Câmara dos Deputados que, na verdade, era mulher do seu caseiro e tinha como principal atividade na cidade a venda de açaí.

Após a Folha se identificar ao fim do café da manhã (a identificação à segurança de Bolsonaro foi feita na entrada), o ex-presidente respondeu a perguntas sobre por que está há cerca de um mês de férias na cidade. Ele disse previamente que não responderia a perguntas sobre política ou outro assunto.

Ao lado de dois pés de jabuticaba (as únicas árvores da casa) e de um dos jet-skis que usou na pescaria com os filhos no dia em que a Polícia Federal fez buscas na casa atrás de pertences de Carlos Bolsonaro, investigado no caso da “Abin paralela”, o ex-presidente disse que sua agenda na cidade é pescar e jogar conversa fora.

As portas da casa de praia do ex-presidente (há duas saídas, uma virada para a praia e outra virada para a principal rua do vilarejo) têm se aberto normalmente entre 7h e 8h, ocasião em que algumas dezenas de apoiadores e turistas são colocados para dentro, se amontoando em torno de uma grande mesa retangular de madeira.

Na manhã de sábado, a Folha chegou ao local pouco após o início da conversa e encontrou o portão fechado, mas com apoiadores ainda do lado de fora.

Algumas batidas no portão (não há campainha nem na frente nem atrás do imóvel) levaram um segurança com crachá da Polícia Federal a abrir, reunir o grupo e passar as instruções para entrada: entre outras, não estar armado, não fazer vídeos sem autorização do presidente e não fazer perguntas políticas.

A essa altura da conversa, Bolsonaro falava sobre o agro — dizia desconhecer o que é o “agro fascista”, expressão já usada por Lula — e, logo depois, emendou vários minutos de uma preleção sobre nióbio, uma de suas fixações.

Ao seu lado, além de assessores, estavam policiais que fazem sua segurança (todo ex-presidente tem direito) e o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), um de seus principais aliados.

Naquela manhã de sábado não haveria o “cercadinho de Mambucaba”, já que o ex-presidente pretendia, segundo disse, passar o dia pescando. Um dos motores da lancha pifou, entretanto, e ele resolveu voltar para a casa.

A exemplo do “cercadinho do Alvorada” — que acontecia quase toda manhã em frente à residência oficial da Presidência, e em que diversas ocasiões houve ameaças de apoiadores a profissionais de imprensa —, no de Mambucaba Bolsonaro tem a primazia da palavra.

Ele chegou a perguntar a pessoas que estavam conversando durante sua fala se elas não preferiam papear fora da sua propriedade. Isso garantiu silêncio quase total durante a conversa.

Após falar do agro e longamente do nióbio e do grafeno (“tem mais utilidade do que o Bombril”), Bolsonaro fez algumas críticas à Venezuela, a Gilberto Kassab (presidente do PSD, que teria colocado seus parlamentares para votar contra ele na CPI de 8 de janeiro por medo de perder os ministérios no governo) e, então, falou, sem ser questionado, sobre chances que teve de ficar rico na vida pública.

– Chance de ficar rico como deputado já tive, como presidente nem se fala – afirmou. E citou como exemplo o Banco Central.

– Uma informação privilegiada. Vamos supor que o BC vai comprar ou vender depois de amanhã US$ 500 milhões para mexer no preço do dólar. Eu poderia ligar para o Banco Central, os caras falam comigo, pego meus amigos aqui e eles compram ou vendem US$ 200 milhões, botam US$ 20 milhões no bolso. Isso é o Brasil. (…) E o risco é zero de pegar, zero – disse.

Como a Folha mostrou em 2018, o patrimônio da família Bolsonaro se multiplicou na política, reunindo àquela época 13 imóveis com preço de mercado de pelo menos R$ 15 milhões, a maioria em pontos altamente valorizados do Rio de Janeiro, como Copacabana, Barra da Tijuca e Urca.

Bolsonaro prosseguiu na fala aos apoiadores dizendo ainda que sua chegada ao Palácio do Planalto representou um ganho na Mega da Virada, só que ao contrário.

Com pouquíssimas intervenções dos apoiadores, resumidas a concordar com o que ele dizia, Bolsonaro pediu a eles que citassem uma boa medida do governo Lula.

Ele próprio respondeu, afirmando o contrário, o que ele aponta como defeitos. “Ah, ‘eu fiz 90% da transposição do rio São Francisco’. Não adiante fazer e deixar 10 anos parada, quebra tudo, tem que fazer tudo de novo”.

Já quase no final, Bolsonaro falou sobre um tema levantado por uma apoiadora, a participação das mulheres na política.

– Não tem que votar em mulher porque é mulher, em homem porque é homem, em negão porque é negão… cadê o Hélio? – perguntou, para risos dos apoiadores. Depois ressaltou o fato de Michelle Bolsonaro ter andado pelo país em busca de estimular a entrada das mulheres na política, mas completou: “Não entrar por cota, mas por vontade”.

Bolsonaro ainda teve tempo para falar do pequeno comércio logo em frente à sua casa, o Pepeu Lanches, cujo slogan que o ex-presidente espalha — e que é repetido tranquilamente pelo próprio Pepeu — é “Pepeu: comeu, morreu”.

Após um assessor pedir aos apoiadores fazerem a última pergunta, alguém emendou que Bolsonaro teria uma “agenda”. Ele corrigiu a informação, porém. “Agenda eu não tenho, mas vou inventar uma”.

Com informações da Folha de S. Paulo.

Empresa que vendeu sistema espião para Abin fornece tecnologia para Forças Armadas, Ministério da Justiça e Polícia Rodoviária Federal

 Dados do Portal da Transparência mostram que Exército é o principal cliente brasileiro da Cognyte, empresa israelense proprietária do First Mile

Os desdobramentos da Operação Vigilância Aproximada, realizada pela Polícia Federal (PF) que está revelando usos políticos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante gestão de Jair Bolsonaro (PL) na presidência, estão chamando a atenção para o uso de um programa espião, o First Mile.


Apesar do uso do programa pela Abin estar em destaque, dados do Portal da Transparência mostram que é o Exército o principal cliente brasileiro da Cognyte, empresa israelense proprietária do First Mile.


Desde 2014, ainda no governo de Dilma Roussef, o comando do Exército vem fazendo compras na empresa israelense de tecnologias de segurança e, durante o período de Michel Temer na presidência (2016-2018), a antes Verint Systems Ltd, hoje Cognyte Technologies Israel Ltd, multiplicou o faturamento em 23 vezes no Brasil.


De acordo com os dados, o faturamento da empresa israelense saltou de R$ 2,6 milhões, em 2014, para R$ 60,8 milhões, com contratações feitas pelo Exército, Abin, Polícia Rodoviária Federal e Ministério da Justiça, entre maio de 2016 e dezembro de 2018. No governo atual, a empresa já recebeu R$ 11,6 milhões, sendo o Exército e a Aeronáutica os principais clientes.


Todos esses valores se referem à compra de equipamentos e tecnologias de vigilância, monitoramento, espionagem e contratos de manutenção, treinamentos e serviços correlatos. Do total de R$ 127,6 milhões, a Abin representa apenas 11,5% do valor. O Exército, por outro lado, pagou R$ 87,5 milhões, 65% de todo gasto público na empresa.


Outro ponto de destaque é o valor gasto pela Polícia Rodoviária Federal. Na época comandada por Silvinei Vasques, ex-Diretor Geral da PRF e atualmente em prisão preventiva devido a investigação por interferência na eleição de 2022, foi responsável por 14,4% de todos os pagamentos. Maior inclusive do que os valores da Abin.


No Brasil, a empresa israelense é representada pela Cognyte Brasil SA, sediada no centro de Florianópolis, capital de Santa Catarina.


Fonte: agenda do Poder com informações do Metrópoles.

"Acabou a farra": Na zona de rebaixamento, Corinthians perde mais uma e vira piada na rede

 Derrota para o Novorizontino em casa faz internautas resgatar fala de dirigentes sobre uma nova era vitórias no clube

(Foto: José Manoel Idalgo/ Agência Corinthians))

A derrota do Corinthians para o Novorizontino no Campeonato Paulista, neste domingo, por 3 a 1, na Neo Química Arena, agravou a crise do clube, que tem diretoria nova e havia prometido um time competitivo em 2024.  "Acabou a farra" foi a frase usada pelo presidente do Corinthians, Augusto Melo, e repetida pelo diretor de futebol Rubens Gomes, o Rubão.

Com a derrota, a quarta seguida, o Corinthians é o penúltimo colocado e seria rebaixado caso o campeonato terminasse hoje. 

Por outro lado, os rivais não perdoaram nas redes sociais e a desgraça dos corintianos virou piada. Veja alguns memes:


 

 

 

 

Fonte: Brasil 247

Funcionário demitido da Abin pode ter apagado dados do FirstMile, diz Ramagem

 Ramagem diz que em sua gestão à frente da Abin foram criados mecanismos para garantir que o uso do software FirstMile atendesse aos limites legais

Alexandre Ramagem (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

CartaCapital - O deputado federal Alexandre Ramagem (PL) publicou um vídeo nas redes sociais dizendo que um funcionário da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pode ter apagado os registros de monitoramento feitos por meio do programa First Mile. 

Segundo o parlamentar, em sua gestão como ex-diretor da agência, foi realizado um “pente limpo” na Abin. Ele também disse que está sendo “perseguido” por ter seu nome envolvido na operação da “Abin paralela”. 

Leia a íntegra na CartaCapital

ValeCard: diesel e gasolina devem subir após recuo nos postos em janeiro do Brasil

 A alta do ICMS tem potencial de aumento da gasolina, do diesel e do gás de cozinha em cerca de 12,5%, disse a empresa especializada em soluções de mobilidade

Posto de combustíveis da Petrobrás (Foto: Agência Brasil )

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os preços médios de diesel e da gasolina devem avançar nos próximos dias, com impulso da elevação da alíquota do tributo estadual ICMS, depois de registrarem recuo em janeiro, apontou nesta sexta-feira uma pesquisa da ValeCard, empresa especializada em soluções de mobilidade.

Na última semana do mês, entre 26 de janeiro e 1º de fevereiro, os valores ficaram quase estáveis, mostrou o levantamento, com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os estados do Brasil.

"Embora os preços tenham se mantido relativamente estáveis nas últimas semanas, a situação está prestes a mudar. O anúncio de um aumento significativo nos combustíveis e no gás de cozinha, impulsionado pela alta da alíquota do ICMS (imposto estadual), deve impactar diretamente o bolso do consumidor nos próximos dias", disse Brendon Rodrigues, Head de inovação e portfólio na ValeCard.

A alta do ICMS, em 1º de fevereiro, tem potencial de aumento da gasolina, do diesel e do gás de cozinha em cerca de 12,5%, disse a ValeCard.

A ValeCard disse que o aumento reflete a decisão de vários Estados de reajustar o ICMS para os produtos em geral para compensar perdas de receita, ao citar o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

O preço médio do diesel S-10, o mais consumido no Brasil nos postos de combustíveis, registrou um recuo de 1,26% em janeiro, a 6,181 reais por litro.

A gasolina teve um recuo de 0,46% em janeiro, a 5,796 reais por litro, enquanto o etanol hidratado, seu concorrente direto nas bombas, caiu 1,91%, a 3,594 reais por litro.

(Por Marta Nogueira)

Julgamento de Daniel Alves começa nesta segunda-feira

 Expectativa é que os depoimentos de vítimas e testemunhas ocorram em três dias. Ministério Público pediu 9 anos de prisão para o ex-jogador

Daniel Alves (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Começa nesta segunda-feira, dia 5, o julgamento do jogador Daniel Alves, acusado de agressão sexual por uma mulher em uma boate em Barcelona, na Espanha.

A expectativa é de que o julgamento demore pelo menos três dias, quando serão ouvidos depoimentos da vítima, testemunhas e do atleta. 

Ao todo, estão previstos os depoimentos de 22 testemunhas, incluindo amigas que acompanhavam a vítima na boate na noite do incidente, funcionários do local que ajudaram a mulher após as agressões, amigos do jogador e até a esposa de Daniel na época dos fatos. 

Peritos e autoridades que prestaram atendimento à jovem também serão ouvidos, informa Carta Capital.

No fim de novembro, o Ministério Público espanhol solicitou uma pena de nove anos de prisão para Alves, de 40 anos, que está em prisão provisória desde janeiro.

O jogador, que inicialmente negou conhecer a jovem, mudou sua versão diversas vezes, mas acabou admitindo que eles tiveram relações sexuais, mas consensuais.

Fonte: Brasil 247

Hamas: cessar-fogo em Gaza deve implicar a retirada total das forças israelenses e o fim do cerco

 Representante do Hamas afirmou que o movimento recebeu uma proposta de cessar-fogo

Osama Hamdam (Foto: Reuters)

 O representante do movimento palestino Hamas no Líbano, Osama Hamdam, afirmou que qualquer acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza deve implicar a retirada completa das forças israelenses e o levantamento do bloqueio do regime ao território palestino.

“Desde o início da agressão, o movimento afirmou que está aberto a discutir quaisquer iniciativas ou ideias que possam impedir a agressão bárbara ao nosso povo e conter este inimigo criminoso que assassinou civis, incluindo crianças, mulheres e idosos, e destruiu infraestruturas civis e vidas humanas na Faixa de Gaza”, disse ele, durante uma conferência de imprensa em Beirute no sábado, conforme citado pelo canal PressTV.

Hamdan acrescentou que o movimento recebeu uma proposta de cessar-fogo: “As discussões e consultas da liderança [do Hamas] baseiam-se na premissa de que as negociações levariam ao fim total da agressão terrorista contra o nosso povo e uma retirada completa do exército de ocupação de Gaza.”

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al-Ansari, disse na sexta-feira que Israel deu uma resposta inicial positiva à mais nova proposta de trégua, que começaria com uma suspensão de seis semanas dos ataques e incluiria a libertação de dezenas de reféns detidos pelo Hamas.

A proposta de trégua foi acordada em Paris no final de janeiro por Israel, Estados Unidos, Egito e Catar. O Hamas disse ter recebido um rascunho e que o estava analisando. A mídia israelense informou que a agência de inteligência Mossad queria que a primeira fase do plano envolvesse a libertação de 35 reféns em troca de uma pausa de 35 dias nos combates.

Israel trava uma guerra genocida na Faixa de Gaza sitiada desde 7 de outubro do ano passado, após uma operação surpresa do grupo de resistência palestino Hamas contra o regime ocupante. Os EUA ofereceram apoio militar irrestrito a Israel durante a agressão. Israel matou mais de 27 mil palestinos em Gaza. 

Fonte: Brasil com agências