domingo, 4 de fevereiro de 2024

Eleições na Rússia: candidato antiguerra sacode processo político no país

 Com agenda abertamente anti-Putin, Boris Nadezhdin surpreende campanha eleitoral, mas candidatura pode ser barrada

Boris Nadezhdin (Foto: Reuters)

Por Serguei Monin (Brasil de Fato) - As eleições presidenciais na Rússia ocorrem entre os dias 15 e 17 de março e o prazo para o registro de candidatos na Comissão Eleitoral Central terminou na última quarta-feira, dia 31. A expectativa era de que o pleito ocorresse de maneira protocolar apenas para confirmar a autoridade de Vladimir Putin na sua reeleição.

No entanto, o surgimento de Boris Nadezhdin, único candidato abertamente anti-Putin e contra a guerra na Ucrânia, gerou uma grande onda de apoio, surpreendendo o marasmo que era esperado do processo eleitoral.

O candidato de 60 anos, que já atuou como deputado na Duma (câmara baixa do parlamento russo) e colaborou com diversos partidos da coligação do Rússia Unida (do governo). Recentemente, fazia aparições regulares na televisão estatal russa como comentador político, sendo encarado como uma espécie de “cota liberal” em meio à tônica conservadora e governista que domina a imprensa oficial no país.

Em relação à guerra da Ucrânia, Nadezhdin fazia críticas à condução da operação militar especial (termo oficial usado pelo Kremlin para se referir à guerra), citando erros na estratégia russa e defendendo um cessar-fogo e negociações. No entanto, nunca condenou diretamente a anexação dos territórios ucranianos pela Rússia.

Por um lado, ele inicialmente poderia ser enquadrado no que analistas chamam na Rússia de “oposição sistêmica”, ou seja, candidatos inofensivos que fazem o jogo do Kremlin para mostrar que há uma democracia regular no país e que as pessoas têm escolha. Por outro, sendo a guerra a principal pauta da agenda do país nos últimos dois anos, a contundência da plataforma antiguerra e abertamente anti-Putin deu um caráter surpreendente para a campanha de Boris Nadezhdin, que lançou sua candidatura pelo partido de centro-direita Iniciativa Civil.

"Sou o único candidato que ainda concorre que critica consistentemente as políticas do presidente Putin, e que é a favor do fim da operação militar especial e do estabelecimento de relações normais com o Ocidente, e a favor de tornar as sanções desaparecem gradualmente, e assim por diante", declarou o político à imprensa durante a sua campanha.

Candidatura de Nadezhdin pode ser barrada - Na última quarta-feira (31), Boris Nadezhdin compareceu à Comissão Eleitoral Central da Rússia para entregar realizada a inscrição de sua candidatura, apresentando 105 mil assinaturas de cidadãos como parte do protocolo para registro de candidatos.

Tecnicamente, Nadezhdin precisava recolher 100 mil assinaturas em pelo menos 40 regiões da Rússia para estar apto a concorrer nas eleições. O ex-deputado de centro-direita e candidato pelo partido Iniciativa Civil alega ter conseguido mais que o dobro, selecionando as melhores 105 mil para não enfrentar problemas na inscrição.

No entanto, a sua plataforma abertamente de oposição ao governo de Putin pode ser barrada pela Comissão Eleitoral Central, que em outras ocasiões justificou a não aceitação de candidaturas por erros técnicos cometidos durante a inscrição, alegando, por exemplo, que muitas das assinaturas não correspondem a pessoas reais, ou que foram preenchidas de maneira irregular.

"Ninguém duvida do fato de que eu coletei 105 mil assinaturas, e estas são as de melhor qualidade que selecionamos entre as 208 mil coletadas apenas na Rússia. Mas as leis russas são escritas de tal maneira que ainda podem ser encontradas falhas", afirmou Nadezhdin durante o registro da sua candidatura.

Em entrevista ao Brasil de Fato, o cientista político e diretor do "Grupo de Especialistas Políticos" da Rússia, Konstantin Kalachev, aponta que não se trata apenas da própria potencialidade do índice de Nadezhdin crescer e representar um enfraquecimento de Putin, mas uma boa porcentagem seria um elemento desestabilizador para o sistema político da Rússia.

“O que acontecerá se durante a campanha eleitoral, um candidato anti-guerra, de visões liberais, ocupar o segundo lugar? Em primeiro lugar, seria um vexame para todos os partidos parlamentares. Imagine a situação em que o Partido Comunista, Partido Liberal-Democrata e o Partido Novas Pessoas, de repente todos juntos não consigam somar a porcentagem obtida por um candidato de um partido não parlamentar. Isso detonaria todo o sistema político-partidário”, afirma.

Caso a candidatura seja aprovada, não deve representar uma ameaça à reeleição de Putin. De acordo com uma pesquisa divulgada no fim de janeiro pelo instituto Russian Field, Putin aparece com 62% das intenções de votos, contra 7,8% de Nadezhdin. Entre as pessoas que confirmaram a participação nas eleições e já tem o seu candidato, o índice de apoio ao político da oposição é de 10,4%. Entre estes, a porcentagem de Putin também aumenta para 79,2%.

De acordo com a pesquisa, 78% dos entrevistados vão votar nas eleições presidenciais na Rússia, sendo que 16% não pretendem comparecer às urnas eleitoral, outros 5,1% estão indecisos.

No entanto, na última sexta-feira (2), a Comissão Eleitoral Central já começou a detectar erros no registro de Nadezhdin, dando sinais de que dificilmente a sua candidatura será permitida. O órgão informou que irá convocar na segunda-feira (5) Boris Nadezhdin e Serguei Malinkovich - do partido Comunistas da Rússia, que tem 0,4% das intenções de voto - para relatar irregularidades nas assinaturas dos eleitores coletadas.

Segundo o vice-presidente da Comissão Eleitoral Central, Nikolai Bulaev, a verificação das assinaturas de Nadezhdin está “em pleno andamento” e a verificação das assinaturas de Malinkovich está quase concluída. A comissão tem até 10 de fevereiro para dar o resultado final dos registros das candidaturas.

“Quando há alguma imprecisão ortográfica, a Comissão Central Eleitoral, por proposta do grupo de trabalho, em regra, não leva em conta, não contabiliza, mas considera que é aceitável. Mas quando vemos dezenas e mais de uma dezena de pessoas que já não estão neste mundo, e que deram uma assinatura, surge a questão sobre a integridade dos padrões éticos que são utilizados, inclusive pelos colecionadores de assinaturas. Até certo ponto, o candidato está diretamente envolvido nisso”, afirmou Bulaev, sem especificar qual candidato teria acrescentando assinaturas irregulares.

O cientista político Konstantin Kalachev comenta que havia hipóteses de que a princípio seria necessário um candidato antiguerra no pleito para demonstrar que há um processo democrático em curso, mas isso com a condição que este candidato recebesse baixa porcentagem de votos e saísse de cena sem contestação, mas o engajamento da campanha de Nadezhdin tornou essa estratégia um risco.

“As últimas pesquisas mostram que essas doses de porcentagem já se transformaram em uma porcentagem real, e consequentemente é mais fácil não permitir que Nadezhdin participe das eleições por algum motivo formal e retornar a um cenário conservador no qual só tenham candidatos de partidos parlamentares”, analisa Kalachev.

O candidato Boris Nadezhdin, refutou a alegação do vice-presidente da Comissão Eleitoral Central de que seu registro poderia conter assinaturas de pessoas mortas. Anteriormente, ele havia destacado que o seu índice de intenção de voto subiu rapidamente em pouco tempo, o que não justificaria o não recolhimento de assinaturas suficientes.

"Estou em segundo lugar depois de Putin nas eleições presidenciais. Já tenho mais de 10% das pessoas prontas para votar em mim. Quer dizer, há um mês eu tinha 1%, agora tenho 10%. Quantos terei no mês que vem? Será interessante saber quando serão contados os votos. Por isso não entendo como posso ter meu registro negado por qualquer motivo relacionado a cartas [erros de assinatura, assinaturas ruins]. Não está certo sabe? Seria estranho", afirmou.

Apoio a Nadezhdin vira protesto ‘inofensivo’ em meio à guerra - O que chamou a atenção durante a campanha de recolhimento das assinaturas foram as enormes filas de apoiadores da candidatura de Boris Nedezhdin. O engajamento popular, sobretudo de jovens, para se somar à campanha de apoio ao candidato de oposição, foi encarada como o mais importante – e praticamente o único – movimento de mobilização social de contestação ao governo russo desde o início da guerra da Ucrânia, considerando que os primeiros protestos contra o conflito, em fevereiro de 2022, foram duramente reprimidos pelas forças de segurança.

O cientista político Konstantin Kalachev reconhece que as imagens de pessoas formando grandes filas para contribuir com assinaturas em prol da candidatura de Nadezhdin representaram uma legítima forma de protesto, mas que só pôde ser possível por ser “inofensiva” e “segura”, tanto para os apoiadores do político quando para o Kremlin.

“É claro que é uma forma de protesto, é compreensível que isso pode ser encarado como uma ação política ativa, com uma primeira participação de um grande grupo da população não ligado à política que se coloca para representar os seus interesses. É muito óbvio que essas pessoas foram às ruas e estavam dispostas a enfrentar estas filas porque queriam manifestar a sua posição de cidadão”, afirma.

Kalachev também destaca que o apoio ao candidato se deve mais à plataforma anti-guerra e anti-Putin do que especificamente à figura de Nadezhdin. Segundo ele, outros candidatos com a mesma retórica poderiam angariar o mesmo tipo de mobilização.

“Antes disso, se falou muito que a nossa sociedade está muito apática, que as relações horizontais estariam totalmente rompidas, ninguém acredita em nada e cada um vive por si. Então este é justamente um exemplo de um ativismo cívico que representa tais laços horizontais, uma espécie de ‘treino’, ensaio, de uma ação de mobilização que mesmo que não dê em nada, demonstra que a mobilização dos insatisfeitos é bastante possível”, argumenta.

Com a vitória tida como certa, o presidente Vladimir Putin deve assumir o seu quinto mandato como presidente da Rússia. Um cenário que é esperado até pelo próprio Nadezhdin.

“Será difícil derrotar Putin em 17 de março deste ano. Até agora, ele tem o poder do seu lado, tem os serviços de segurança do seu lado, tem a televisão do seu lado, e ele tem a atenção de um grande número de pessoas que simplesmente nunca viram ninguém além de Putin na TV. Mas espero que 17 de março, embora possa não ser o fim da era Putin, seja o começo do fim”, destaca.

De acordo com a atual constituição, alterada por referendo em 2020, Putin ainda tem direito se reeleger nas eleições seguintes, podendo ficar no poder até 2036.

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato


Ataque ucraniano a padaria de Luhansk mata 28 pessoas, incluindo uma criança, diz RPL

 A Ucrânia atacou a padaria lotada no início da tarde de sábado, segundo as autoridades da República Popular de Luhansk

Ataque ucraniano a Lysychansk (Foto: Sputnik)

(Sputnik) - O número de mortos devido a um ataque ucraniano a uma padaria na cidade de Lysychansk, na República Popular de Luhansk (RPL), subiu para 28 pessoas, incluindo uma criança, informou a administração da RPL à Sputnik neste domingo (4). 

A Ucrânia atacou a padaria lotada no início da tarde de sábado, causando o colapso do prédio e prendendo cerca de 40 civis sob os escombros, informou o gabinete do comandante militar da RPL à Sputnik.

"Vinte e oito pessoas, incluindo uma criança, morreram", disse a administração, acrescentando que outras 10 ficaram feridas.

Leonid Pasechnik, o chefe interino da República Popular de Luhansk, declarou no Telegram que 4 de fevereiro seria um dia de luto pelos mortos no ataque à padaria.

No sábado, 20 corpos foram retirados dos escombros da padaria de Lysychansk, informou o Ministério de Emergências da Rússia à Sputnik. O Comitê Investigativo Russo disse que o ataque foi aparentemente lançado usando um sistema de foguetes HIMARS fornecido pelos EUA.

Lysychansk está localizada perto da linha de frente. O exército ucraniano tem bombardeado rotineiramente Lysychansk após perder o controle da cidade no verão de 2022. Tropas ucranianas explodiram alguns dos prédios administrativos antes de se retirarem.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Biden xinga Trump com palavrões e republicano responde

 Além disso, um porta-voz da campanha de Trump chamou as descrições profanas de Biden de "uma vergonha"

Donald Trump e Joe Biden (Foto: Reuters)

(Sputnik) - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse que os comentários obscenos do atual presidente, Joe Biden, refletiram a opinião pessoal do líder dos EUA não apenas sobre Trump, mas também sobre "cada um" de seus apoiadores.

Na sexta-feira, o jornal Politico relatou, citando assessores de Biden, que o presidente dos EUA não se conteve ao usar "linguagem pesada" em conversas privadas e a portas fechadas ao falar sobre Trump. O presidente dos EUA descreveu seu possível rival eleitoral como um "doente fodido" que se deleita com o infortúnio alheio e como um "cuzão fodido", disseram os assessores ao jornal.

"Biden acabou de me chamar de um palavrão! [V]ocê sabe que ele não pensa isso apenas sobre mim, ele pensa isso sobre cada um dos meus orgulhosos apoiadores", disse Trump, conforme citado pelo New York Post. 

Um porta-voz da campanha de Trump chamou as descrições profanas de Biden de "uma vergonha", dizendo que "não era surpresa" que Biden usasse linguagem obscena ao falar sobre o ex-líder dos EUA, relatou o jornal.

A eleição presidencial dos EUA será realizada em 5 de novembro. Trump e a ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley estão competindo pela indicação como candidato do partido Republicano. Biden anunciou sua candidatura à reeleição em abril de 2023 pelo partido Democrata.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik


Hamas exige libertação de 3.000 prisioneiros políticos mantidos por Israel

 O Hamas quer que a planejada trégua de três fases inclua a libertação dos prisioneiros palestinos como uma quarta fase

(Foto: Reuters)

O movimento de resistência palestino Hamas exigiu que Israel libertasse 3.000 prisioneiros políticos palestinos durante suas negociações indiretas sobre uma nova pausa na guerra de Israel na Faixa de Gaza, informou o canal de notícias Al Arabiya no sábado (3), citando fontes familiarizadas com as negociações.

O Hamas quer que a planejada trégua de três fases inclua a libertação dos prisioneiros como uma quarta fase, disseram as fontes à emissora.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al-Ansari, disse na sexta-feira que Israel deu uma resposta inicial positiva à mais nova proposta de trégua, que começaria com uma suspensão de seis semanas dos ataques e incluiria a libertação de dezenas de reféns detidos pelo Hamas.

A proposta de trégua foi acordada em Paris no final de janeiro por Israel, Estados Unidos, Egito e Catar. O Hamas disse ter recebido um rascunho e que o estava analisando. A mídia israelense informou que a agência de inteligência Mossad queria que a primeira fase do plano envolvesse a libertação de 35 reféns em troca de uma pausa de 35 dias nos combates.

Israel trava uma guerra genocida na Faixa de Gaza sitiada desde 7 de outubro do ano passado, após uma operação surpresa do grupo de resistência palestino Hamas contra o regime ocupante. Os EUA ofereceram apoio militar irrestrito a Israel durante a agressão. Israel matou mais de 27 mil palestinos em Gaza. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Sputnik

Tarcísio manda PM à paisana para blocos de carnaval e cria risco a foliões

 Deputada e policial aposentado criticam esquema de segurança montado pelo governo de São Paulo

PM de São Paulo (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Brasil de Fato O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi alvo de críticas pela Operação Carnaval, que mobilizará policiais militares e civis armados e à paisana em meio às multidões no estado.

A deputada estadual Thainara Faria (PT) classificou a medida como “grave”, uma vez que é um “direito constitucional da população saber que um indivíduo está a serviço da polícia, além de mais funcional para a segurança pública”, escreveu em suas redes sociais. “Se o patrulhamento será disfarçado, devemos também nos preocupar com a segurança dos próprios agentes”, completou.

“Escondê-los no meio de milhares de pessoas não traz nenhuma garantia de segurança”, disse a parlamentar.

Adilson Paes de Souza, oficial da reserva da Policia Militar do Estado de São Paulo‌ (PM-SP), acrescentou que o emprego de policiais militares à paisana fere princípios constitucionais da atuação desse tipo de corporação no país.

“A atuação da polícia militar, pelo o que está na Constituição, se deve dar na prevenção e pela forma ostensiva. Ou seja, pelo uso de uniformes, de farda”, afirmou. “A ideia é impedir que os delitos aconteçam através da presença do policial fardado.”

Souza também disse que a infiltração de policiais armados e à paisana em aglomerações cria riscos a todos, inclusive aos policiais. Segundo ele, um folião não saberá se está sendo abordado por um PM ou algum bandido se passando por PM no Carnaval. Ele destacou ainda que a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ampliou a autorização para posse de armas por civis. Ao ser abordado por um policial à paisana, um folião confuso, em tese, pode reagir e usar sua arma particular contra o agente de segurança.

Histórico - Não é a primeira vez que a Operação Carnaval nesses moldes é implementada. No carnaval do ano passado, cerca de 14 mil policiais militares e civis estavam nas ruas do estado ao longo das festividades. "Vamos ter policiais à paisana, infiltrados. Teremos torres de observação que vão dar uma ampla visão para que possa observar os foliões e identificar eventuais criminosos", disse, na época, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, à imprensa.

"A fiscalização por drone também será utilizada para que a gente possa coibir, para aquele criminoso que está vendo o drone evite uma tentativa de delito; e, caso ocorra, que as imagens produzidas pelo drone possam ser usadas para a investigação, identificação e prisão dos criminosos", completou.

Neste ano, o estado mobilizará 20 mil policiais do dia 3 a 18 de fevereiro. “Além do atendimento nas delegacias, os policiais civis estarão trabalhando em ações de inteligência, com a utilização de veículos à paisana, drones e helicóptero. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) vai mobilizar ainda 6 mil viaturas em todo o Estado, com atenção também para interior e litoral”, disse a pasta em nota.

“Além dos policiais a pé circulando por locais estratégicos, a segurança terá agentes à paisana para observar atitudes suspeitas e evitar crimes, avisando a central de operações sobre possíveis problemas. A corporação recebeu treinamento específico para lidar com casos de importunação sexual, com policiais mulheres atuando no acolhimento das vítimas durante o Carnaval.”

Saldo - Durante o carnaval do ano passado, o estado de São Paulo registrou 3.486 roubos e furtos de celular. Cerca de 630 prisões foram efetuadas. Em balanço da Secretaria de Segurança Pública divulgado logo após o feriado informou que 600 aparelhos haviam sido recuperados.

A secretaria afirmou ter havido queda no número de ocorrência na comparação com 2020 e 2019 quando foram notificados, respectivamente, 5.450 e 5.471 crimes do tipo.

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

Cotas trans: apenas duas das universidades federais das capitais oferecem vagas

 Levantamento mostra que reserva de vagas ainda é realidade distante no Ensino Superior

(Foto: ABR)

Por Danilo Queiroz e Amanda Audi (Agência Pública) - Durante anos, o professor Marcel Couto frequentou o centro de São Paulo para conversar com pessoas transgêneras, travestis e não binárias que precisavam de incentivo para concluir a educação formal. Em 2015, ele criou o cursinho popular Transformação, que oferece alfabetização, cursos técnicos, profissionalizantes e preparatórios para o vestibular, com foco neste público. Mais de 100 pessoas já passaram pelo cursinho e sete conseguiram entrar na faculdade – todas em instituições privadas. “Ainda há uma dificuldade muito grande no acesso à educação superior, especialmente em instituições públicas”, diz Couto. “Pouca pessoas trans e travestis conseguem entrar na universidade. Menos ainda conseguem permanecer.”

Apenas duas das 27 universidades federais das capitais brasileiras reservam cotas para pessoas trans, travestis e não binárias, de acordo com levantamento feito pela Agência Pública. A Universidade Federal da Bahia (UFBA) adotou o sistema em 2019, e a de Santa Catarina (UFSC) no ano passado. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e a Universidade de Rondônia (Unir) estão em fase de implantação, que deve começar no processo seletivo deste ano para ingressantes em 2025.

No Brasil, 0,3% dos estudantes de instituições federais se identificam como transgêneras, segundo o último estudo feito pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares de Ações Afirmativas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, em 2018.  

Além da UFBA, da UFSC e da Unir, outras seis universidades fora de capitais introduziram cotas para pessoas trans: a universidade de Campinas (Unicamp); Federal do ABC (UFABC); Estadual da Bahia (Uneb); Federal do Sul da Bahia (UFSB); Estadual do Amapá (UEAP); e Estadual de Feira de Santana (UEFS). Apenas a UFSC possui uma política que vai além das cotas – englobando a facilitação do acesso a bolsas, adaptação da estrutura física (como a adoção de banheiros inclusivos), ouvidoria para receber denúncias, oficinas de formação para o corpo docente, entre outros. 

A maioria das instituições de ensino consultadas pela reportagem – 20 das 27 – adotou parcialmente as cotas para transgêneros, exclusivamente em alguns cursos de pós-graduação. É mais fácil oferecer cotas no mestrado e doutorado porque a burocracia é menor. Cada programa tem uma certa autonomia para tomar decisões – ao contrário da graduação, em que cada passo é definido por um colegiado de professores, alunos e servidores, o que torna o processo bem mais lento.

Já as federais do Acre (UFAC) e da Paraíba (UFPB) são as únicas universidades públicas de capitais que, até agora, não criaram políticas afirmativas para o acesso deste público à graduação ou pós-graduação. De acordo com elas, porém, existe pressão interna para que alguma iniciativa seja tomada – principalmente dos movimentos estudantis. A oferta de cotas apenas na pós-graduação não responde ao problema da falta de acesso de pessoas trans, já que a graduação é a porta de entrada no Ensino Superior. 

A lei de cotas do Governo Federal diz que deve haver reserva de vagas para alunos negros, indígenas, pessoas com deficiência e de baixa renda nas universidades públicas. Existem discussões para que pessoas trans e travestis sejam incluídas, mas nenhuma avançou o suficiente.

No Congresso, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou dois projetos de lei sobre o tema – um propõe a reserva de vagas nas universidades e o outro em concursos públicos. “As iniciativas visam incluir as pessoas trans e travestis, por meio da educação e do trabalho digno, em nossa sociedade. Ajudam a resgatar a cidadania historicamente negada à nossa comunidade”, diz ela, a primeira mulher trans eleita à Câmara dos Deputados.

“É preciso oferecer políticas de permanência e inclusão” - Mesmo nas poucas universidades com cotas na graduação, ainda há uma dificuldade em preenchê-las. Quando a Universidade Federal do ABC (UFABC) adotou o sistema, em 2019, foram oferecidas 32 vagas para pessoas trans, mas apenas 17 foram preenchidas. Na edição mais recente do vestibular, em 2023, foram 40 vagas e só 23 ocupantes. 

Na avaliação de Cláudia Vieira, Pró-Reitora de Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas da UFABC, a disparidade que há no número de vagas disponíveis em relação ao número de matrículas é consequência de um ambiente universitário que ainda não conseguiu se ajustar totalmente para atender a todas as pessoas, sem distinção. Na universidade, 1,6% das vagas são proporcionalmente distribuídas pelo número de vagas disponíveis nos quatro cursos de ingresso, sendo o Bacharelado em Ciências e Tecnologia (BCT) o curso que mais possui vagas e consequentemente ingressantes trans e travestis.

“Felizmente graças ao trabalho conjunto do coletivo de estudantes trans da UFABC e a pró-reitoria, conseguimos iniciar o processo de dizer a esse público que esse lugar é também deles. Ofertamos a reserva de vagas por meio das cotas trans do cursinho popular da universidade até os programas de pós-graduação na tentativa de acelerar esse processo e ampliar o número de docentes trans, travestis e não-binárias”, diz. 

“Além de ampliarmos o número de bolsas e auxílios, entendemos a importância de ter esse público nos espaços de tomada de decisões e liderança, como a professora Ana Lígia Scott, primeira mulher trans a concorrer à vice-reitoria da UFABC”, diz Cláudia Vieira. Ela ressalta que, para além de garantir o acesso à universidade, “é preciso oferecer políticas de permanência e inclusão”. “Ao contrário disso, essas pessoas até poderão ingressar, mas certamente não irão se sentir pertencentes o suficiente para concluir o Ensino Superior”. 

Além de serem alvos recorrentes de transfobia e homofobia, 33% das pessoas trans, travestis e não binárias que acessam universidades dependem de programas e bolsas que auxiliem sua permanência, segundo pesquisa do Grupo de Estudos Multidisciplinares de Ações Afirmativas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Gemaa). O levantamento também mostrou que 58% desses estudantes são negros e 76% têm renda per capita de menos de 1,5 salário mínimo. 

No ano passado, a estudante de licenciatura em Pedagogia pela Faculdade de Educação Francisca Silva se juntou à luta pela adesão às cotas trans na graduação da Universidade de São Paulo (USP). “O reitor olhou para o documento que tínhamos feito e simplesmente ignorou alegando que não ia discutir o assunto. Nem passa na cabeça das pessoas que isso pode acontecer em um espaço como a USP, onde o prestígio instrumental dos rankings internacionais invisibiliza pautas como a permanência e inclusão”. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Pública

PF encontra caneta espiã e 'pen drive russo' de Carlos Bolsonaro

 Segundo Carluxo, a caneta espiã com uma câmera secreta jamais foi usada por ele

Carlos Bolsonaro (Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro)

Agentes da Polícia Federal (PF) levaram da casa de Carlos Bolsonaro uma caneta espiã com uma câmera secreta, durante a operação na Barra da Tijuca referente ao esquema de monitoramento ilegal de autoridades pela 'Abin paralela', informou o colunista Lauro Jardim, de O Globo

A versão de Carluxo é que o equipamento jamais foi usado por ele, tendo sido comprado há 10 anos. 

Além disso, a PF encontrou em um escritório do vereador na Zona Norte do Rio um equipamento descrito por Carluxo como "uma espécie de pen drive que aparenta ser de origem russa".

Fonte: Brasil 247

sábado, 3 de fevereiro de 2024

Polícia não encontra indícios de crime em morte de jovem após encontro com jogador do Corinthians

 Informação foi divulgada pela defesa do jogador Dimas Cândido de Oliveira Filho, que atua no sub-20 do Corinthians

Lívia Gabriele e o jogador Dimas Cândido se conheceram pelas redes sociais (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil de São Paulo está investigando a morte de Lívia Gabriela da Silva Matos, de 19 anos, após ela se encontrar com o jogador Dimas Cândido de Oliveira Filho, de 18 anos, que atua na categoria sub-20 do Corinthians. O encontro aconteceu no apartamento do atleta, localizado na zona leste da capital, e culminou em um trágico incidente. Segundo o atestado de óbito, a jovem faleceu devido a uma "ruptura de fundo de saco de Douglas com extensão à parede vaginal esquerda", um ferimento genital interno que causou uma hemorragia fatal.

A investigação está a cargo da 5ª Delegacia de Defesa da Mulher no Tatuapé, que busca esclarecer as circunstâncias da morte de Lívia. Espera-se que os exames necroscópicos, toxicológicos e sexológicos, realizados pelo Instituto Médico Legal (IML), tragam mais detalhes sobre o caso em um prazo de 30 a 60 dias.

Dimas e sua equipe de defesa alegam que a relação sexual entre ele e Lívia foi consensual, ressaltando que o encontro foi a primeira vez que se viram pessoalmente após se conhecerem pelas redes sociais. Eles relatam que, ao notar que Lívia havia desmaiado e estava sangrando, Dimas prontamente chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sendo orientado a realizar massagens cardíacas até a chegada dos socorristas. A polícia encontrou vestígios de sangue em toalhas, lençóis e no chão do quarto do jogador.

A defesa enfatiza que Dimas não cometeu crime algum. "Pela ausência de indícios de crime, a delegada de polícia que acompanhou, ouviu, pegou todos os depoimentos e vestígios, também chegou à conclusão que não tinha nenhum vestígio de crime do Dimas. Por isso, ele foi liberado", disse o advogado Tiago Lenoir ao UOL News

Ele também destacou: “É um jovem jogador que tem uma carreira pela frente. Ele não matou ela, não cometeu nenhum crime e está à disposição [das autoridades]. De fato, ocorreu essa fatalidade”.

O Sport Club Corinthians, por sua vez, lamentou o ocorrido e se prontificou a colaborar com as investigações, enfatizando a importância de esperar os resultados para o esclarecimento dos fatos

Fonte: Brasil 247 com UOL News

Mais de 80 blocos desfilam no Rio no fim de semana antes do carnaval

 Nesta manhã, milhares de foliões se dividiram entre o Céu na Terra

Desfile do bloco Céu na Terra pelas ruas do bairro de Santa Teresa (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)


Mais de 80 blocos de rua oficiais (autorizados pela prefeitura) desfilam ou se apresentam na cidade do Rio de Janeiro neste fim de semana, o último antes do carnaval. Segundo a programação oficial divulgada pela prefeitura, são 49 blocos neste sábado (3).

Já no início da manhã, milhares de foliões se dividiram entre o Céu na Terra, que desfila, desde 2001, com tradicionais marchinhas pelas ruas de Santa Teresa, na zona sul, e o Chora Me Liga, bloco sertanejo criado em 2010 que saiu no Centro da cidade.

Céu na Terra foi o primeiro bloco do ano para o estudante João Miranda, de 23 anos. “É um dos blocos tradicionais. É lotado, mas é legal ver a festa, ver gente feliz, se divertindo, com música boa”, conta.

Vestida com uma fantasia de abelhinha, a cadela da raça rottweiler Nutella era uma atração à parte nas ruas de Santa Teresa. “É o segundo ano dela. Esse ano ela caprichou na fantasia, porque assim ela ganha carinho [das pessoas]. Quando ela escutou o som do bloco ela já ficou agitada em casa para vir”, contou a engenheira Daniela Manger, moradora do bairro.

Para os cariocas e turistas que não acordaram tão cedo quando João e Nutella, no entanto, estão previstos quase 40 blocos para a tarde deste sábado, entre eles o Simpatia É Quase Amor, que desfila, a partir das 14h, pelas ruas de Ipanema, na zona sul da cidade.

Também há desfiles e apresentações no Centro e em outros bairros da zona sul (como Copacabana e Botafogo) e das zonas norte (como Tijuca, Ilha do Governador, Ramos, Abolição e Irajá) e oeste (como Jardim Sulacap, Sepetiba e Barra da Tijuca).

No bairro do Maracanã, na zona norte, por exemplo, tem o Põe na Quentinha?, fundado pelo fotógrafo Berg Silva, que faz a folia, parado, na Praça Niterói, a partir das 14h. Este ano, o bloco se dedicará a arrecadar livros e alimentos não perecíveis, para beneficiar a população do Morro dos Macacos, em Vila Isabel.

Domingo - No domingo (4), estão previstos mais 34 blocos oficiais, em vários bairros cariocas. logo no início da manhã, já tem blocos no Centro da cidade, como o Bloco da Favorita, o Cordão do Boitatá e o Fogo e Paixão, todos começando entre as 7h e as 8h.

“Às vésperas de mais um desfile do bloco brega Fogo e Paixão, o frio na barriga contrasta com o calor que sempre domina o Largo de São Francisco de Paula. Certamente seremos muito felizes neste domingo e pode apostar que não vai faltar brilho!”, conta Pedro Martins, um dos organizadores do Fogo e Paixão, que estreou no carnaval em 2011.

“O bloco é brega”, resumiu à Agência Brasil outro organizador do Fogo e Paixão, João Marcelo Oliveira.  “Nós somos um bloco de música brega; nosso visual é brega. O repertório é brega. Quanto mais brega, melhor. A gente adora brega".

As músicas tocadas são as dos grandes ícones bregas, como Sidney Magal, Reginaldo Rossi, Rosana, Fagner. “Nosso padrinho é o Wando”. Mas o bloco toca os bregas mais atuais também. “As sofrências, os funks mais bregas entram também no repertório. A gente tem sorte de ter escolhido um tema que continua sempre produzindo material.”

João Marcelo afirmou que o bloco faz questão de descaracterizar a palavra brega como ela era usada de forma pejorativa. “O brega, para a gente, não é ruim. Para nós, o brega é muito. É aquela sofrência demais, o colorido demais. É excesso de alegria, de fogo, de paixão. Para a gente, isso é o brega”. A bateria do Fogo & Paixão é denominada Sem Limite e composta por 140 integrantes, além de dois cantores, dois sopros e um guitarrista. A equipe de produção e apoio tem entre 25 e 30 pessoas.

Ainda na manhã de domingo, tem Suvaco de Cristo (no Jardim Botânico), o infantil Gigantes da Lira (em Laranjeiras) e Empolga às 9h (em Ipanema), todos na zona sul. Ao longo do dia haverá desfiles e apresentações também em outros bairros como Méier, Grajaú, São Cristóvão e Engenho de Dentro (na zona norte), além de Vila Valqueire e Bangu (na zona oeste).

Fonte: Brasil 247

Música no evento de Marta não tem conexão com passado amoroso, diz Eduardo Suplicy

 Deputado estadual cantou “Eu sei que vou te amar” no evento de filiação de Marta ao PT, em São Paulo

(Foto: Reprodução/X)

No evento de retorno de sua ex-esposa Marta Suplicy ao PT, onde ela anunciou sua candidatura a vice-prefeita na chapa liderada pelo deputado Guilherme Boulos (Psol-SP), o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou a canção “Eu sei que vou te amar”.

Em seguida, o parlamentar interpretou "Blowin in the Wind". Ele e Marta mantiveram um relacionamento durante 40 anos, finalizando em 2001. Atualmente, Marta é casada com o empresário Márcio Toledo.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, Suplicy explicou, após o evento, que escolheu a música de Vinicius de Moraes para cantar devido à sua beleza e destaque no repertório nacional. Ele ressaltou que a seleção da canção não estava relacionada ao seu casamento anterior com Marta. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Folha de S. Paulo

Alexandre de Moraes condena pastor a 17 anos de prisão por tentativa de golpe de estado

 Voto do ministro também determina que ele e os demais condenados paguem R$ 30 milhões de indenização por dano moral coletivo em razão dos atos antidemocáticos.

Ministro Alexandre de Moraes participa da sessão plenária do STF (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

 O relator do processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos de 8 de janeiro,  Alexandre de Moraes, votou neste sábado pela condenação do pastor Jorge Luiz dos Santos a 17 anos de prisão.

Além da privação de liberdade, o voto de Moraes determina que ele pague, com os outros condenados, R$ 30 milhões de indenização por dano moral coletivo.

O julgamento virtual foi aberto nesta sexta-feira (2), e o voto de Moraes divulgado neste sábado. Outros dez ministros votarão.

Como lembrou a coluna Guilherme Amado, do Metrópoles, a condenação do pastor foi precedida por uma polêmica.

Segundo a Procuradoria Geral da República, ao negar pedido para revogar a prisão preventiva do pastor, Alexandre de Moraes usou antecedentes criminais de um homônimo, dez anos mais velho.

A PGR afirmou que Jorge Luiz dos Santos tem antecedentes criminais, mas outros. Foi, portanto, um erro de Alexandre de Moraes. Mesmo assim, o ministro manteve a prisão do pastor e, neste sábado, votou pela sua condenação.

Jorge Luiz dos Santos é presidente da Igreja Evangélica Amor de Deus João 3:16, de Itaverava (MG). Santos participou da invasão das sedes dos três poderes, e já tinha sido preso durante a pandemia, em uma de suas fases mais agudas, com muitos casos de pessoas infectadas e um alto número de mortos.

O pastor se recusou a cumprir as restrições impostas pelo governo estadual como medida de segurança para a população. E manteve a igreja aberta, mesmo sendo proibido na Onda Roxa do Plano Minas Consciente.


Fonte: Brasil 247


Ministério da Saúde lança Centro de Operações de Emergência contra a Dengue

 Ministério da Saúde tem distribuído vacinas e realizado campanhas de conscientização

Nísia Trindade (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

 O Ministério da Saúde deu início às atividades do Centro de Operações de Emergência contra a Dengue (COE Dengue) neste sábado (3), liderado pela ministra Nísia Trindade. A iniciativa, realizada em parceria com estados e municípios, tem como objetivo acelerar a organização de estratégias de vigilância diante do aumento de casos no Brasil. O COE Dengue foi estabelecido recentemente pelo Ministério da Saúde, visando proporcionar uma análise detalhada e ágil dos dados e informações relacionadas à dengue, subsidiando a tomada de decisão para enfrentamento da doença no país.

Com um total de 243.721 casos prováveis de dengue registrados até o momento em 2024, conforme os dados do painel de atualização de casos de arboviroses do Ministério da Saúde, o governo tem mantido vigilância constante sobre o quadro das arboviroses no país. A instauração do COE Dengue representa um passo importante no fortalecimento das medidas preventivas e de controle, em coordenação com entidades estaduais e municipais.

Além disso, o Ministério da Saúde tem tomado medidas para enfrentar o avanço das arboviroses, incluindo a distribuição de vacinas e a realização de campanhas de conscientização. A vacinação, embora vista como esperança para o futuro, ainda enfrenta desafios logísticos devido à baixa disponibilidade de doses. No entanto, o governo tem trabalhado para garantir o fornecimento e a distribuição adequada das vacinas, em parceria com instituições e órgãos de saúde regionais.

Em suma, o COE Dengue e outras iniciativas coordenadas pelo Ministério da Saúde refletem o compromisso do governo brasileiro em enfrentar o desafio crescente das arboviroses, especialmente da dengue, e em proteger a saúde da população em todo o país.

Fonte: Brasil 247