sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Mortes em ações policiais crescem 15% na Bahia em 2023

 Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública apontam que no ano passado 1.689 pessoas morreram em decorrência de ações policiais, ante 1.468 em 2022

(Foto: Raul Golinelli/GOVBA)

 A letalidade policial na Bahia cresceu 15% em 2023 em comparação com o ano anterior. Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública apontam que no ano passado 1.689 pessoas morreram em decorrência de ações policiais, ante 1.468 em 2022. 

Segundo a Folha de S. Paulo, “em números absolutos, a Bahia é o estado com mais mortes em intervenções policiais, seguido do Rio de Janeiro (869 casos), Pará (529), Goiás (516) e São Paulo (504). Neste último, houve um aumento de 38% nos indicadores de letalidade neste primeiro ano da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) em comparação com 2022".

Os números registrados na Bahia contrastam com a tendência nacional, onde houve uma queda de 2,3% na letalidade policial, passando de 6.445 casos em 2022 para 6.296 em 2023. Proporcionalmente, o Amapá mantém a liderança com a maior taxa de mortes em ações policiais, registrando 20 casos para cada 100 mil habitantes. A Bahia ocupa a segunda posição, com uma taxa de 11 casos para cada 100 mil moradores.

Apesar da alta no índice de letalidade policial, os dados repassados pelo Governo da Bahia ao Ministério da Justiça e Segurança Pública apontam que o número de homicídios dolosos caiu de 4.936 para 4.622, uma redução de 6,4%. A quantidade de latrocínios também registrou queda, passando de 87 em 2022 para 66 no ano passado. As lesões corporais seguidas de morte foram reduzidas de 81 em 2022 para 63. Os feminicídios tiveram queda de 107 para 105 casos.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Lula anuncia investimento de R$ 5,8 bilhões no túnel Santos-Guarujá e celebra avanços na infraestrutura do litoral paulista

 Presidente participa do lançamento da obra do primeiro túnel imerso da América Latina e da entrega de unidades habitacionais, além de comemorar os 132 anos do Porto de Santos

Presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participa nesta sexta-feira (2), na Baixada Santista, do anúncio das obras do Túnel Santos-Guarujá, um projeto que promete transformar a mobilidade na região e impulsionar o turismo. O túnel, o primeiro do tipo na América Latina, terá 860 metros entre as margens, incluindo embocaduras, e ficará imerso sob o fundo do canal a uma profundidade de 21 metros. Com um investimento robusto de R$ 5,8 bilhões, a iniciativa faz parte das obras do Novo PAC e será realizada por meio de uma parceria público-privada (PPP).

A expectativa é que o túnel beneficie mais de 5 milhões de pessoas, incluindo os 1,6 milhão de habitantes da Baixada Santista e os mais de 4 milhões de turistas que visitam Guarujá e o litoral Norte paulista anualmente. Atualmente, cerca de 80 mil pessoas cruzam o canal diariamente, enfrentando longas filas. Com o túnel, as travessias deverão durar menos de dois minutos, proporcionando maior eficiência e conforto. Além disso, a obra visa aumentar a segurança das embarcações que utilizam o porto santista para operações.

Durante sua visita à região, o presidente Lula também participa de uma solenidade em comemoração aos 132 anos do Porto de Santos, considerado o maior do hemisfério Sul. O porto, responsável por quase 30% da balança comercial do Brasil, registrou uma movimentação recorde de 15,6 milhões de toneladas de cargas em dezembro de 2023, representando um crescimento de 29,1% em relação ao mesmo período de 2022. O acumulado desde janeiro do último ano atingiu a marca de 173,3 milhões de toneladas.

Além dos avanços na infraestrutura portuária, o presidente Lula participa da entrega de 90 unidades do conjunto habitacional Parque da Montanha, no Guarujá (SP). Com um investimento conjunto do Governo Federal e da prefeitura local no valor de R$ 58,3 milhões, o projeto beneficia 649 famílias que viviam em palafitas no Complexo Prainha, em Vicente de Carvalho, às margens do porto. O Parque da Montanha é o maior conjunto habitacional em execução na Baixada Santista, com um total de 814 moradias já entregues nos últimos seis anos. O entorno do conjunto habitacional conta com estrutura de drenagem, esgoto, iluminação e pavimentação, totalizando 10 mil metros quadrados de asfalto.

Fonte: Brasil 247

Novo diretor-adjunto diz que Abin quer esclarecer irregularidades

 Cepik nega obstrução da agência a investigação contra gestão anterior

(Foto: Reprodução/YouTube)

Agência Brasil – O novo diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Marco Cepik, disse que a direção da Abin vê com “tranquilidade e entusiasmo” a possibilidade de esclarecer possíveis irregularidades na gestão anterior da agência.

“A direção vê com a máxima tranquilidade e com entusiasmo o completo esclarecimento do que aconteceu aqui durante a gestão de Ramagem [deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin] e não há nenhum risco de obstrução desse processo por parte da administração”, disse em entrevista exclusiva à TV Brasil, que foi ao ar no programa Repórter Brasil desta quinta-feira (1º).

Marco Cepik foi indicado ao cargo após a exoneração de Alessandro Moretti, na última terça-feira (30). A demissão ocorreu após a Polícia Federal (PF) deflagrar operação para investigar suposto esquema de produção de informações clandestinas dentro da Abin durante a gestão do então diretor e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Um dos alvos da investigação é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. As investigações têm apontado que opositores do ex-presidente teriam sido monitorados ilegalmente. Pelas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, irmão do vereador, classificou a operação como "ato ilegal, além de "imoral".

Segundo Cepik, seu antecessor não é investigado e não há nenhum tipo de suspeição sobre ele. “Mas para que não haja nenhum tipo de dúvida quanto a isso, o governo e ele decidiram pela exoneração”.

Sobre a possível participação de servidores da Abin nas irregularidades, ele disse que, se essa for uma hipótese investigativa, será conduzida pela Corregedoria da Abin, pela Corregedoria-Geral da União e pela Polícia Federal.

“Se essa ferramenta foi utilizada, queremos saber para que, quando, por quê, com que finalidade, não importa quem foi, se forem servidores mais antigos, mais jovens, se forem policiais federais que estavam ocupando cargos comissionados aqui na gestão Ramagem, tudo isso vai ser devidamente esclarecido”, apontou.

Antes de ser indicado ao cargo de diretor-adjunto, Cepik foi diretor da Escola de Inteligência da Abin. Segundo ele, em março do ano passado, a direção da Abin instaurou uma sindicância interna, que depois foi transferida para Corregedoria-Geral da União, para apurar o uso indevido de ferramentas de geolocalização como o software espião first mile e também de outras ações que foram conduzidas sob a gestão anterior.

Ele ressaltou também que para a instituição é do máximo interesse a identificação exata do que foi feito com a ferramenta e quais as pessoas que podem ter sido espionadas, mas essa é uma decisão que o juízo terá que tomar. “No devido momento, o Supremo Tribunal Federal e a justiça vão determinar quais informações do inquérito deverão vir a público e em que momento, para que não haja prejuízo da correta apuração”.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

CCJ da Alerj discute caso da deputada Lucinha, apontada como braço político da maior milícia do Rio

 Ela foi suspensa do parlamento pela Justiça em dezembro

Lucinha (Foto: Divulgação/Alerj)

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) está prestes a iniciar as discussões sobre o futuro da deputada Lucinha (PSD), suspensa do parlamento pela Justiça em dezembro em meio a acusações de ser um braço político da maior milícia do estado. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa realizará uma reunião sigilosa às 10h desta sexta-feira (2) para escolher o relator do caso, informa o g1.

Lúcia Helena Pinto de Barros foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal como parte de uma investigação em andamento. O caso ganhou destaque pela gravidade das acusações e pelo possível impacto nas estruturas políticas do Rio de Janeiro.

A reunião da CCJ, por decisão do Tribunal de Justiça do Rio, será fechada devido à classificação do processo como super sigiloso. Os olhares estão voltados para a escolha do relator.

Assim que o relator for escolhido, a defesa de Lucinha será notificada e terá um prazo de 48 horas para apresentar sua defesa por escrito. Ao término desse período, a CCJ se reunirá novamente na próxima terça-feira para analisar o relatório e elaborar um projeto de resolução.

O projeto de resolução, que definirá o futuro da deputada, deve ser concluído na quarta-feira, e a votação poderá ocorrer na quinta-feira seguinte. Essa votação final determinará se a Alerj acatará ou não a determinação da Justiça para afastar Lucinha de seu cargo.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1


Sobrecarregadas, mães solo enfrentam transtornos de saúde mental

 Mulheres relatam dificuldades para criar filhos sozinhas e lidar com ansiedade, depressão e estresse; pesquisa da FGV mostra que 11 milhões de brasileiras são mães solo

(Foto: Shlomaster/Pixabay)

 “Eu sentia muita taquicardia e tinha medo de tudo. Me vinham aquelas crises e eu não conseguia entender o que era. Naquela época, saúde mental não era um assunto tão discutido como hoje”, lembra a manicure e motorista de aplicativo Ione Lais de Almeida, 41 anos. Ela conta que foi diagnosticada com síndrome do pânico em 2021, 15 anos depois do nascimento da segunda filha, hoje com 17 anos. Desde então, ela cria sozinha os três filhos e é uma das 11 milhões de brasileiras que foram mães solo nos últimos anos. Como ela, muitas outras também sofrem impactos da sobrecarga de tarefas e de responsabilidades.

A falta de suporte na maternidade também teve impactos na saúde mental da engenheira química Fabiana Morais, 31 anos. Moradora de Barueri, na Grande São Paulo, ela conta que passou a entender melhor o que sentia somente anos depois, quando começou a fazer terapia. “Ansiedade, raiva, tristeza. Todos os sentimentos vinham misturados e não conseguia perceber cada um deles separadamente. Eu sentia tudo junto, me cobrava muito para ser melhor como mãe, mas vivia com uma angústia enorme. Era tipo nadar, nadar, nadar e morrer na praia”, recorda a engenheira, mãe de Lucas, de 11 anos.

Para ela, toda sua dedicação era em vão. “Parecia que, por mais que eu me esforçasse, não era reconhecida. Me dava uma tristeza ver o pai do meu filho ganhar vários elogios de pai perfeito. Eu, que lutava todos os dias, era somente julgada”, completa.

A maternidade solo, por si só, não é uma condição que provoca o surgimento de transtornos de saúde mental, como explica a psicóloga Marina Cohen, do Hospital Israelita Albert Einstein. No entanto, a sobrecarga que pode surgir a partir dela é um fator importante a ser considerado nos atendimentos. “Os transtornos mentais são sempre multifatoriais. Então, é sempre ideal ter um olhar transversal para a saúde mental. Não é apenas a maternidade solo, mas uma soma de fatores e condições”, diz a especialista. 

Segundo a assistente social Aline Cordeiro Moreira, que atua nas unidades do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) administradas pelo Hospital Israelita Albert, essa sensação de sobrecarga é relatada com frequência pelas mães que buscam assistência na rede pública de saúde. “Costumo dizer nos atendimentos que nós não somos guerreiras, mas mulheres sobrecarregadas do cuidado. Sempre falo com essas mulheres sobre o quanto essa sociedade vai colocando a gente nessa condição de sobrecarga”. 

Ela comenta que a mulher é condicionada a essa situação de ser responsável pelo cuidado. “Aprende a brincar de boneca, a arrumar a casa, a brincar de fazer a comidinha, a lavar a louça. Então, desde a infância, nós somos treinadas dentro dessa sociedade patriarcal, e isso vem causando uma sobrecarga”, explica a assistente social.

A importância da rede de apoio - Segundo a psicóloga, a principal medida que protege as mães solo dos transtornos de saúde mental é a construção de uma rede de apoio. Formada por um conjunto de laços e vínculos com pessoas e/ou instituições, essa rede pode ser importante quando surgem desafios logísticos, psicológicos e financeiros. 

No entanto, para muitas mães, criar uma rede de apoio depende de muito esforço, já que nem sempre há presença familiar – e a figura do parceiro (no caso de casais heterossexuais) é, muitas vezes, ausente. “As pessoas não se envolvem para ajudar, mas para condenar. Eu acho que a sociedade acaba julgando muito uma mãe solteira. Eu tive apoio das pessoas em volta que não eram da família, mas se sensibilizavam e ajudavam”, conta a manicure Ione. Ela lembra de uma vizinha que via sua carga de estresse e se oferecia para cuidar do filho mais velho, enquanto ela estava com a recém-nascida. “Mas não era aquela rede de apoio fixa, que você sempre pode contar”.  

Buscar uma rede fora do círculo familiar, como fez a manicure, é uma alternativa sugerida pela psicóloga do Einstein Marina Cohen. A especialista afirma que estimular a criação de grupos de apoio deve ser uma prioridade nas unidades de saúde. 

“Esses grupos são um dispositivo muito usado nos serviços de saúde pública para promover esse espaço de troca de experiências e de construção de rede. Esse espaço comunitário é importante porque ali dentro dessa rede, que envolve a escola, os espaços de convivência, as pessoas da comunidade, surgem laços comunitários que ajudam as mães a superarem os desafios logísticos da maternidade solo”, explica a psicóloga.

“Muitas vezes, a primeira coisa que ocorre [com a maternidade solo] é que essa mãe se isola, tanto por estigma quanto porque ela vai perdendo esses vínculos comunitários. É realmente essencial ela ter alguma sensação de pertencimento”, completa. 

Aumenta o número de lares chefiados por mães solo - Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que, entre os anos de 2012 e 2022, o número de domicílios com mães solo cresceu quase 18% no Brasil, passando de 9,6 milhões para 11,3 milhões. O estudo considera os domicílios chefiados por mães solo como aqueles em que a pessoa de referência é uma mulher com ao menos um filho e onde não há a presença de um cônjuge. 

“O termo mãe solo é mais adequado e abrangente do que mães solteiras para caracterizar a solidão e os desafios que as mulheres sem rede de apoio enfrentam no dia a dia para cuidar de seus filhos”, explica uma das responsáveis pela pesquisa, a economista da FGV Janaína Feijó. 

O estudo da FGV também mostrou que, em 2022, cerca de 45% das mães solo que trabalhavam no Brasil estavam no mercado informal. Ione, por exemplo, é um dos casos: ela precisou optar por trabalhar como manicure e motorista de aplicativo para ter renda e, assim, conciliar os cuidados com os filhos e o trabalho sem um horário fixo.

Segundo Feijó, o trabalho informal é muitas vezes a única saída, mas pode significar rendimentos menores e mais instáveis, desprovidos de proteção social. “A mãe solo, ao buscar conciliar responsabilidades familiares e trabalho, tende a procurar ocupações que ofereçam jornadas mais flexíveis.”, afirma. 

Para a manicure Ione, as políticas públicas não acompanham as necessidades das mães que criam seus filhos sozinhas. Com os rendimentos e direitos menores que são característicos do trabalho informal, ela conta que é mais difícil pagar por alguns serviços que poderiam facilitar o seu dia a dia:  

“Se o governo oferecesse creche em período ampliado, já ajudaria muito. Tem mães que trabalham até às 20h, por exemplo. Quem fica com as crianças depois do horário da escola ou da creche? Ela precisa pagar aluguel, luz, comida e ainda pagar alguém para ficar com o filho depois da creche. É impossível fechar a conta”, diz a mãe de três.

Mesmo trabalhando no mercado formal, a engenheira Fabiana Morais também relata algumas das mesmas dificuldades. Para ela, “o sistema não é pensado para as mães solteiras”, e um exemplo disso é o horário de saída das creches públicas e particulares. “É claro que depende do nosso esforço também, mas se a gente não tiver apoio da família, do governo, de amigos, a gente não consegue dar conta”. 

“Eu trabalho de casa e tenho que buscar meu filho na escola, mas alguns dias eu estou em reunião e não consigo sair. Por sorte, eu tenho várias pessoas que podem me ajudar, mas, muitas vezes, elas também estão ocupadas. Então, eu tenho que me sacrificar e sair da reunião. A longo prazo, isso pode me prejudicar no trabalho”, desabafa. 

“Em diversas entrevistas de emprego que eu fiz no passado, os entrevistadores não querem saber de você, eles querem saber com quem você vai deixar seu filho, como você vai fazer quando ele ficar doente, e só depois eles vão perguntar das suas competências. Isso é exaustivo porque você se esforça na carreira, mas, no fim do dia, você ainda vai ser vista só como mãe”, finaliza a engenheira.  

Fonte: Por Patrícia Figueiredo, da Agência Einstein 


Moraes defende punição às big techs que induzirem voto

 Presidente do TSE também defendeu regulamentação das redes sociais

Ministro Alexandre de Moraes participa da sessão plenária do STF (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

Agência Brasil – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, defendeu nesta quinta-feira (1°) punição às big techs (empresas que dominam o mercado de tecnologia) por divulgação de conteúdos falsos que induzem o voto do eleitor. Ele também se mostrou favorável à regulamentação das redes sociais, serviços de mensagens privadas e inteligência artificial.

Na abertura dos trabalhos da Justiça Eleitoral em 2024, Moraes afirmou que as empresas de tecnologia, proprietárias das plataformas de redes sociais e de serviços de mensagens privadas, faturam financeiramente com a disseminação de desinformação, notícias fraudulentas e discursos de ódio a determinados grupos de eleitores, e por isso, devem ser responsabilizadas por influenciarem o processo de escolha do eleitor.

“Elas devem ser responsáveis por aquilo que ganham frutos econômicos, por aqueles conteúdos em que seus algoritmos impulsionam, indicam, levam aos eleitores e eleitoras”, disse.

O ministro citou outras práticas que também devem ser alvos de penalidades, como manutenção de contas inautênticas, as negativas para pedidos de retirada imediata de conteúdos e contas com discurso de ódio e antidemocráticos, além da falta de alerta sobre o uso de inteligência artificial nos conteúdos.

A opinião de Moraes vai ao encontro da visão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o tema. Na cerimônia de abertura do Ano Judiciário, no Supremo Tribunal Federal (STF), também nesta terça-feira, Lula pediu a punição às empresas que permitem prática de crimes em suas plataformas.

Regulamentação

Moraes cobrou ainda regras nacionais para o funcionamento das redes sociais e dos serviços de mensagem privada no país.

“Há necessidade de uma regulação geral por parte do Congresso Nacional em defesa da democracia. Não é possível mais permitir o direcionamento de discursos falsos, o induzimento de discursos de ódio, desinformação maciça sem qualquer responsabilidade por parte das chamadas big techs.”

Segundo ele, a Corte eleitoral irá regulamentar o tema neste ano, quando serão realizadas eleições municipais em outubro. As resoluções estão sob relatoria da vice-presidente da Corte, Cármen Lúcia.

“Não há mais como se admitir que as redes sociais sejam terra de ninguém, terra sem lei, onde não haja responsabilidade”, acrescentou.

Ele anunciou ainda a criação de um grupo, composto por servidores do TSE e agentes da Polícia Federal, para aprimorar o monitoramento e identificar quem divulga conteúdos falsos e de discurso de ódio nas redes sociais.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Sisu 2024: matrícula de selecionados começa nesta sexta-feira

 Estudantes tem até o dia 7 para se inscrever na instituição

(Foto: Reprodução)

 - Começa nesta sexta-feira (2) o prazo de matrícula dos selecionados na primeira chamada do processo seletivo de 2024 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O resultado foi publicado definitivamente na quarta-feira (31) após atrasos decorrentes de problemas técnicos.

A matrícula ou o registro acadêmico devem ser feitos até o dia 7 de fevereiro na instituição em que os selecionados foram admitidos.

O Ministério da Educação (MEC) alerta que cabe ao candidato “observar as condições, os procedimentos e os documentos para a matrícula, bem como se atentar para os dias, horários e locais de atendimento definidos por cada instituição, em edital próprio.”

O Sisu 2024 teve única etapa de inscrição para todo ano e ofertou 264.181 vagas, em 6.827 cursos de graduação, de 127 instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil. A seleção do candidato assegura apenas a expectativa de direito a vaga para a qual se inscreveu, explica o MEC. Além disso, a matrícula ou seu registro acadêmico estão condicionados a comprovação, junto a instituição para a qual foi selecionado.

A universidade ou faculdade deve oferecer acesso gratuito à internet para a inscrição, nos dias e horários de funcionamento regular da instituição, não podendo ser cobradas quaisquer taxas relativas ao processo seletivo.

Lista de espera - Quem não for selecionado nesta etapa, pode manifestar interesse pela lista de espera por vagas vindas da desistência dos selecionados na primeira chamada, até o dia 7 de fevereiro.

A participação na lista de espera deve ser feita por meio da página do Sisu no portal Acesso Único.

“A lista de espera poderá ser utilizada durante todo o ano de 2024 pelas instituições públicas de educação superior participantes, para preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas na chamada regular”, detalha o ministério.

De acordo com o cronograma do Sisu 2024, a convocação dos candidatos em lista de espera pelas instituições de ensino superior ocorrerá em 16 de fevereiro.

Sisu - Desde 2010, o sistema informatizado gerenciado pelo MEC reúne as vagas de graduação ofertadas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil que participam do processo seletivo vigente, sendo a maioria delas oferecida por instituições federais (universidades e institutos).

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil


ARAPONGAS: Após investimento de R$ 18,3 milhões, novo pronto-socorro do Honpar passa a ter 140 leitos

 Estrutura faz parte do Hospital Norte Paranaense (Honpar) e recebeu R$ 18,3 milhões do Governo do Estado em um convênio com a Associação Norte Paranaense de Combate ao Câncer. Um dos maiores do Paraná, ele vai ampliar a capacidade de atendimento de 1.500 para 8.500 pacientes ao mês na região.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior inaugurou nesta quinta-feira (1) a primeira etapa do novo pronto-socorro do Hospital Norte Paranaense (Honpar), em Arapongas, no Vale do Ivaí, para ampliar a oferta de serviços de urgência e emergência na região (Foto: Jonathan Campos/AEN)

O governador Carlos Massa Ratinho Junior inaugurou nesta quinta-feira (1) a primeira etapa do novo pronto-socorro do Hospital Norte Paranaense (Honpar), em Arapongas, no Vale do Ivaí, para ampliar a oferta de serviços de urgência e emergência na região. A construção da estrutura recebeu um investimento de R$ 18,3 milhões do Governo do Estado, por meio de um convênio firmado com a Associação Norte Paranaense de Combate ao Câncer, entidade sem fins lucrativos responsável pela gestão do Honpar.

“É um projeto fantástico e moderno, que vai atender toda a região Norte do Paraná. Ele tem uma robustez tanto no número de leitos, quanto na qualidade dos equipamentos, com uma das maiores estruturas do País”, afirmou Ratinho Junior. “É mais um projeto que sai do papel dentro da nossa estratégia de levar a saúde para mais perto das pessoas”.

Localizado às margens da PR-444, o pronto-socorro tem cerca de 4 mil metros quadrados de área construída e 140 leitos, um dos maiores do Paraná. Ele vai ampliar a capacidade de atendimento mensal do Honpar, de 1.500 para cerca de 8.500 pacientes. Com a nova estrutura em funcionamento, a cobertura assistencial para a população de Arapongas e região também aumentará em aproximadamente 150%, atingindo mais de 500 mil habitantes.

Segundo o governador, a conclusão do projeto conjunto reforça a estratégia de regionalização da saúde em parceria com os municípios, entidades filantrópicas e a iniciativa privada para ampliação dos serviços e melhoria dos atendimentos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná.

“Além dos novos leitos de urgência e emergência, o parque hospitalar da Honpar atende várias especialidades, como cardiologia e oncologia. Por isso queremos lançar também uma nova ala de quimioterapia, para dar suporte às pessoas que fazem o tratamento oncológico”, salientou Ratinho Junior, referindo-se a uma segunda etapa do processo de ampliação da estrutura do Hospital Norte Paranaense.

“Esta é mais uma marca da regionalização da saúde promovida pelo Governo do Estado, que olha para o Interior”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Esse prédio novo vai ser revertido na atuação dos profissionais da saúde em prol do povo paranaense”.

Ele também destacou que a licitação que definiu a empresa responsável pela execução da obra pelo critério de menor preço gerou uma economia de quase 20% em relação ao valor originalmente projetado, o que permitirá a aplicação do valor excedente em outras benfeitorias do Honpar.

Ele vai ampliar a capacidade de atendimento mensal do Honpar, de 1.500 para cerca de 8.500 pacientes. Foto: Geraldo Bubniak/AE

HONPAR – O novo pronto-socorro do Honpar integra o complexo hospitalar que é uma referência para a saúde no Norte do Paraná, atendendo pacientes encaminhados pelo SUS de mais de 150 municípios paranaenses, além de pacientes de outros estados por meio da Central Nacional de Alta Complexidade (CNRAC).

A nova estrutura foi entregue nesta quinta junto com um hospital de retaguarda, que também inclui consultórios, salas de espera, triagem, observação e politraumatismo, Unidades de Terapia Intensiva (UTI), além de espaços equipados para exames de ultrassonografia, raio-x e tomografia e serviços de radioterapia e oncologia, Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria.

“Com esta ampliação, nos tornamos referência em saúde para o Paraná e para o Brasil, com um dos maiores prontos-socorros do Estado”, destacou o prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre. “Um novo hospital, com mais de 500 leitos, também está sendo construído no mesmo terreno, também um dos maiores do Paraná. Isso amplia a capacidade e moderniza a saúde, salvando vidas e fazendo com que os trabalhadores tenham onde ser atendidos”.

Com mais de mil profissionais, o hospital oferece uma ampla gama de serviços, incluindo pronto-socorro, internação, cirurgias, diagnóstico por imagem, terapia intensiva e transplantes. O Honpar também funciona como um importante centro de ensino e pesquisa. A oferta de residência médica em diversas especialidades contribui para a formação de profissionais de saúde qualificados.

O acesso direto à PR-444 e a proximidade com as rodovias BR-369, PR-218 e PR-376 farão com que os deslocamentos das equipes móveis de atendimento de urgência e emergência sejam mais rápidos, evitando também a sobrecarga de demanda de outros hospitais e unidades de saúde.

Outra vantagem é com relação aos atendimentos que requerem suporte aéreo, com a implantação de um heliponto na área interna do novo pronto-socorro. Até então, os helicópteros precisavam pousar em um terreno ao lado do antigo pronto-socorro, com conclusão do transporte dos pacientes via ambulância, causando mais demora no tratamento, além de transtornos no trânsito da região.

Fonte: AEN

Irã não iniciará uma guerra, mas responderá a agressores, diz presidente

 "Não iniciaremos nenhuma guerra, mas se alguém quiser nos intimidar, receberá uma forte resposta", disse o presidente Ebrahim Raisi

Ebrahim Raisi (Foto: Reprodução)

Reuters - O Irã não iniciará uma guerra, mas "responderá fortemente" a qualquer um que tentar intimidá-lo, afirmou o presidente Ebrahim Raisi na sexta-feira, um dia depois que os Estados Unidos disseram que estavam planejando ataques a instalações iranianas no Iraque e na Síria.

Esta semana, houve especulação crescente sobre como Washington poderia retaliar depois que três soldados norte-americanos foram mortos no último sábado em um ataque à sua base na Jordânia por um grupo apoiado pelo Irã.

A CBS News, citando autoridades norte-americanas, informou na quinta-feira que os Estados Unidos haviam aprovado planos para ataques de vários dias no Iraque e na Síria contra diversos alvos, incluindo instalações iranianas nesses países.

"Não iniciaremos nenhuma guerra, mas se alguém quiser nos intimidar, receberá uma forte resposta", disse Raisi em um discurso televisionado.

"Antes, quando eles (norte-americanos) queriam conversar conosco, diziam que a opção militar estava na mesa. Agora eles dizem que não têm intenção de entrar em conflito com o Irã", declarou Raisi.

"O poder militar da República Islâmica na região não é e nunca foi uma ameaça para nenhum país. Pelo contrário, ele garante a segurança na qual os países da região podem confiar", acrescentou Raisi.

Os Estados Unidos avaliaram que o drone que matou três de seus soldados e também feriu mais de 40 outras pessoas foi fabricado pelo Irã, segundo quatro autoridades norte-americanas disseram à Reuters.

Fontes disseram que a Guarda Revolucionária do Irã estava retirando oficiais superiores da Síria.

Assessores iranianos auxiliam grupos armados tanto no Iraque, onde os EUA têm cerca de 2.500 soldados, quanto na Síria, onde têm 900.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

TSE homologa lista tríplice para vaga no TRE do Paraná, que julgará cassação de Moro

 Lista com os nomes indicados seguirá para o presidente Lula, que decidirá quem será o escolhido para a vaga aberta para a corte regional

Sergio Moro (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

 O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) homologou na quinta-feira (1) a lista tríplice com os nomes dos advogados para ocupar uma vaga no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná. A Corte será responsável por julgar uma ação que poderá resultar na cassação do mandato do senador e ex-juiz suspeito Sergio Moro (União Brasil-PR) nas próximas semanas. Segundo a Folha de S.Paulo, os advogados selecionados são Roberto Aurichio Junior, José Rodrigo Sade e Graciane Aparecida do Valle Lemos. Agora, a lista tríplice seguirá para análise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Não há um prazo legal para o presidente Lula (PT) definir um nome, mas a expectativa dos partidos que encabeçam a ação eleitoral contra Moro é que a escolha seja feita até semana que vem”, destaca a reportagem.

O julgamento do processo contra Moro só pode ocorrer quando a corte regional estiver completa, composta por sete juízes, como estipulado pelo Código Eleitoral em casos que envolvem a possível cassação de mandato. O fim do mandato do então juiz Thiago Paiva dos Santos no final de janeiro abriu a vaga que deverá ser preenchida por um dos três advogados.

Na ação de investigação judicial eleitoral, o PT e pelo PL acusam Moro por suposto abuso de poder econômico na pré-campanha relacionada ao pleito de 2022. Moro nega as acusações, e as siglas buscam a cassação do mandato, a inelegibilidade do senador por oito anos, além da convocação de uma nova eleição para a vaga de senador do Paraná.

O relator do processo, Luciano Falavinha, liberou o caso para votação no colegiado nesta terça-feira (30), pedindo uma data de sessão para julgar o caso. Entretanto, o novo presidente do TRE, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, afirmou que o colegiado ainda não estará completo em 8 de fevereiro,o que suspendeu a data inicial.

Ainda segundo a reportagem, Bengtsson, que assumiu a presidência nesta quinta-feira para um mandato de dois anos, destacou a necessidade de aguardar a chegada do sétimo membro da corte antes de designar a data do julgamento.  A lista tríplice foi inicialmente definida pelo Tribunal de Justiça do Paraná em novembro, a partir da inscrição de advogados interessados. 

Em janeiro, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, determinou a publicação urgente do edital da lista tríplice, acelerando o trâmite do caso. Após o período de impugnações, a lista foi votada na primeira sessão do TSE após o recesso.

Fonte: Brasil 247

Inscrições para o Prouni do 1º semestre terminam nesta sexta-feira

 Programa oferece bolsas integrais e parciais em universidades privadas

(Foto: Juca Varella/Agência Brasil)

 Os interessados em participar do processo seletivo do primeiro semestre de 2024 do Programa Universidade para Todos (Prouni) poderão se inscrever até as 23h59 (horário de Brasília) desta sexta-feira (2).

O Prouni oferta bolsas de estudo (integrais e parciais) em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de educação superior privadas. 

Nesta edição do primeiro semestre, o Ministério da Educação (MEC) oferecerá 406.428 bolsas de estudo, sendo 308.977 integrais (100% do valor da mensalidade) e 97.451 parciais (50%), distribuídas em 15.482 cursos, de 1.028 instituições de educação superior privadas.    

O prazo final de inscrições foi ampliado em um dia, após anúncio do MEC na quinta-feira (1º). 

Anualmente, o Prouni tem duas edições, com oferta de bolsas no primeiro e no segundo semestres, para ingresso no ensino superior.

Inscrições - As inscrições para concorrer às bolsas de estudo devem ser feitas exclusivamente pela internet, no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior do ProUni,  no ícone “Inscreva-se”. Para acessá-lo, é preciso entrar com login e senha, na conta no site Gov.br , de serviços digitais do governo federal.  As inscrições são gratuitas.

A inscrição no processo seletivo do Prouni é condicionada ao cumprimento dos requisitos de renda, exceto para o candidato que é professor da rede pública de ensino. 

O candidato que atender a todos os requisitos exigidos para concessão da bolsa de estudo deverá preencher seus dados pessoais e o questionário socioeconômico disponibilizado.

Em seguida, deve escolher até duas opções de cursos de graduação, na ordem de preferência, com a indicação do nome da instituição de ensino pretendida, a localidade (município e unidade federativa) e o turno.

O MEC disponibilizou um vídeo com o passo a passo para fazer a inscrição e para esclarecer dúvidas. 

Requisitos - Criado em 2004, o ProUni tem como público-alvo o estudante sem diploma de nível superior.

De acordo com a legislação (Lei 1.096/2005) que determina os requisitos de renda para quem quer concorrer ao ProUni, a bolsa integral da mensalidade da universidade privada é destinada ao estudante com renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e meio.

Para a bolsa parcial (50% do valor), o candidato precisa comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até três salários mínimos.

Além disso, o candidato deverá obrigatoriamente ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023 ou o Enem 2022 e alcançado, pelo menos, 450 pontos de média e nota diferente de zero na redação.

Os treineiros — candidatos que não concluíram o ensino médio e participam do exame para se autoavaliar — não podem utilizar a nota obtida no exame para ingressar em universidades públicas ou privadas.

Também é preciso atender a pelo menos uma das seguintes condições:  ser pessoa com deficiência (PcD); ser professor da rede pública de ensino, exclusivamente para os cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica; cursado o ensino médio integralmente em escola da rede pública ou ser egresso da rede privada de ensino, mesmo que não tenham estudado com bolsas integrais.

Resultado - Até o fim desta sexta-feira, último dia de inscrição, o candidato pode acompanhar a classificação parcial no site. A nota de corte do ProUni será a média do Enem do último candidato pré-selecionado para a bolsa de estudo em determinado curso.

O processo seletivo do primeiro semestre do Prouni 2024 terá duas chamadas. A divulgação da lista da primeira chamada dos candidatos pré-selecionados está prevista para 6 de fevereiro, também no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior do ProUni. O resultado da segunda chamada será conhecido em 27 de fevereiro. 

De acordo com o cronograma do Prouni 2024/1, a próxima etapa do processo será a comprovação dos dados informados pelos pré-selecionados nas instituições de ensino, no período de 6 a 20 de fevereiro.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil



Vale realiza assembleia nesta sexta-feira e decide se mantém ou não o presidente no cargo

 Eduardo Bartolomeo enfrenta resistência da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que manifestou interesse em substituí-lo; Lula quer Mantega

Lula (Foto: Reuters)

 Os acionistas da Vale estão considerando adiar a decisão sobre a sucessão na empresa, buscando mais tempo após a controvérsia gerada pela tentativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de indicar Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, para a presidência. Uma reunião extraordinária do conselho de administração está agendada para esta sexta-feira, 2, com o objetivo de avaliar se o atual presidente, Eduardo Bartolomeo, permanece no cargo. A expectativa é que não haja uma decisão definitiva, prolongando o debate sobre a sucessão até maio, quando o mandato de Bartolomeo termina, aponta reportagem do Estado de S. Paulo.

Bartolomeo enfrenta resistência da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que manifestou interesse em substituí-lo. Há uma preocupação entre alguns acionistas em evitar que a mudança de liderança na Vale seja interpretada como uma derrota para Lula ou o governo, dada a importância estratégica da empresa no cenário econômico nacional. Neste contexto, o nome de Luiz Henrique Guimarães, ex-presidente da Cosan e membro do conselho da Vale, ressurgiu como uma possibilidade relevante na disputa pela sucessão.

Diante das diversas opções em análise, incluindo a proposta de um mandato mais curto para Bartolomeo ou sua inclusão em uma lista tríplice para a sucessão, o conselho busca ganhar tempo para avaliar todas as variáveis.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo

Moraes vota para condenar mais 12 réus pelo 8/1

 Acusações incluem os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, golpe de Estado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa

Alexandre de Moraes e terroristas bolsonaristas em Brasília - 08.01.2023 (Foto: Marcelo Camargo/ABr | Ruters)

 O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu seu voto nesta sexta-feira (2) condenando mais 12 réus pelos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e destruídas. O magistrado, que também é o relator do caso, propôs penas que variam de 12 a 17 anos de prisão para os acusados, informa o g1.

O julgamento ocorre no plenário virtual do Supremo, onde as denúncias oferecidas pela Procuradoria-Geral da República são analisadas de forma individual pelos ministros, que têm até o dia 9 de fevereiro para inserir seus votos no sistema eletrônico.

As acusações feitas pela PGR incluem crimes graves, como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, golpe de Estado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa. 

As defesas, por sua vez, pedem ao STF que rejeite as acusações da PGR, alegando falta de provas e solicitando a absolvição dos réus. 

Os 12 réus em julgamento são: Layton Costa Cândido Nunes, Tiago Mendes Romualdo, Watlila Socrates Soares do Nascimento, Leonardo Silva Alves Grangeiro, Marcelo Cano, Jorge Luiz dos Santos, Juvenal Alves Albuquerque, Gabriel Lucas Lott Pereira, Robinson Luiz Filemon Pinto Junior, Lucivaldo Pereira de Castro, Marcos dos Santos Rabelo e Manoel Messias Pereira Machado.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1