sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Secretário do Tesouro diz que governo pode manter déficit zero com arrecadação surpreendente com super-ricos

 Rogério Ceron afirmou que os dados superaram as expectativas

O secretário do Tesouro, Rogério Ceron (Foto: Divulgação)

 A arrecadação surpreendente proveniente dos super-ricos está gerando otimismo no governo, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. Ele revelou, em entrevista à Folha de S. Paulo, que, caso a tendência de aumento nas receitas se mantenha, o bloqueio de despesas pode ser totalmente evitado na primeira avaliação do Orçamento de 2024. A entrada significativa de recursos, especialmente a tributação sobre ativos mantidos em paraísos fiscais e fundos de investimento exclusivos, superou as expectativas iniciais, sinalizando um início positivo para as contas públicas.

Esses resultados animadores diminuem a pressão por mudanças na meta fiscal, apontou Ceron. A possibilidade de alcançar o déficit zero neste ano ganha força com o desempenho atual da arrecadação, alinhado com as projeções orçamentárias. Embora ainda não haja revisões nas estimativas de arrecadação, a Receita Federal está reavaliando cada medida, mantendo o governo atento a possíveis ajustes ao longo do ano.

Apesar do otimismo, o secretário ressaltou a importância de permanecer vigilante diante das incertezas e dos desafios fiscais. A busca por equilíbrio nas despesas e a necessidade de medidas cautelosas são destacadas como fundamentais para assegurar a estabilidade financeira do país.

Fonte: Brasil 247 com entrevista à Folha de S. Paulo

"Delações da Odebrecht foram obtidas sob tortura", diz Tony Garcia

 Tony Garcia, agente infiltrado, denuncia métodos ilegais na obtenção das delações da Odebrecht durante a Lava Jato, que estão sendo revistos por Toffoli

Tony Garcia (à esq.) e dias Toffoli (Foto: Reprodução-TV247 I Divulgação)

 O empresário Tony Garcia, empresário usado como agente infiltrado pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro, fez revelações graves sobre os bastidores da operação Lava Jato. Garcia acusou o Ministério Público Federal (MPF) de obter as delações dos diretores da Odebrecht sob tortura psicológica e manipulação.

Em uma postagem nas redes sociais, Tony Garcia expôs detalhes perturbadores sobre os métodos empregados para forçar os acordos de delação premiada. Segundo suas afirmações, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima teria admitido que os métodos exigiam "prisões longas", pressão sobre familiares e "vazamentos" na imprensa de falsas delações que comprometiam os presos.

"Tenho ele GRAVADO dentro do MPF PRPR me dizendo como gostava de fazer os acordos. Marcelo Odebrecht e Leo Pinheiro foram vítimas desses métodos, só tiveram seus acordos homologados por Sergio Moro após envolverem falsamente e obrigatoriamente o presidente Lula. Sem isso, morreriam na cadeia", alegou Tony Garcia em suas declarações.

As revelações de Garcia lançam luz sobre práticas obscuras que marcaram a Lava Jato. O contexto em que essas revelações emergem é crucial. Dias Toffoli, ministro do STF, determinou recentemente a suspensão do pagamento de multas pela empreiteira Novonor, antiga Odebrecht, no contexto do acordo de leniência firmado com o Ministério Público em 2016. Essa decisão foi tomada após descobertas feitas pela operação Spoofing, deflagrada em 2019, que expôs mensagens comprometedoras entre Sergio Moro e membros do Ministério Público, evidenciando um conluio na condução dos processos relacionados à investigação da Odebrecht na Lava Jato.

A Novonor solicitou à Justiça a suspensão do acordo de leniência para avaliar possíveis danos à empresa decorrentes dessas ações coordenadas. Toffoli, embasado pelas informações obtidas até o momento na Operação Spoofing, destacou a existência de dúvidas razoáveis sobre a voluntariedade da empresa ao firmar o acordo de leniência.

Essas revelações e desdobramentos apontam para uma crise profunda na credibilidade das investigações da Lava Jato e levantam questões sobre a legitimidade de suas conclusões. A suspensão das multas e a possibilidade de renegociação do acordo de leniência comprovam a seriedade das acusações levantadas por Tony Garcia e evidenciam a necessidade urgente de investigação e revisão dos processos conduzidos durante a operação.

PF prende pai e filho suspeitos de vender dados de Barroso

 A quadrilha hackeava sistemas federais, roubava os dados e depois vendia por meio de redes sociais. Os 'clientes' era facções criminosas e integrantes das forças de segurança

(Foto: Polícia Federal/ Divulgação)

Na manhã desta quinta-feira (1), a Polícia Federal (PF) realizou a prisão preventiva de um pai e seu filho em Vinhedo, região de Campinas, no âmbito da Operação I-Fraude. A investigação foca na invasão de sistemas federais e no vazamento de dados de autoridades e pessoas públicas, revelando uma trama criminosa de dimensões alarmantes.

Os agentes da PF encontraram os dois suspeitos em sua residência durante uma operação que também incluiu mandados de busca e apreensão no local. A confirmação da prisão ocorreu durante uma audiência de custódia na Justiça Federal de Campinas, realizada na tarde do mesmo dia.

De acordo com informações obtidas pelo g1, entre as vítimas desse ciberataque estão autoridades de destaque, como o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

A PF esclareceu que a quadrilha responsável pelo crime hackeava sistemas federais, obtinha dados sensíveis e os comercializava por meio de redes sociais. Os 'clientes' eram membros de facções criminosas e integrantes das forças de segurança, como policiais.

Estima-se que o grupo criminoso tenha lucrado pelo menos R$ 10 milhões entre os anos de 2010 e 2024. A Justiça Federal bloqueou cerca de R$ 4 milhões nas contas dos envolvidos como medida para ressarcir eventuais danos causados.

A descoberta das atividades ilegais ocorreu após a identificação de uma invasão em bancos de dados de sistemas federais. Os dados pessoais de milhares de pessoas, incluindo diversas autoridades, eram posteriormente disponibilizados para consulta em um painel online.

Esse painel era oferecido principalmente em plataformas de redes sociais, contando com aproximadamente dez mil 'assinantes' e uma média de dez milhões de consultas mensais. Os criminosos ofereciam diferentes "planos" de mensalidades, dependendo do número de consultas realizadas.

A PF revelou que, entre os usuários desse painel, estavam membros de facções criminosas, e até mesmo integrantes das forças de segurança. Para estes últimos, o serviço era oferecido gratuitamente, contudo, o servidor deveria enviar uma foto de sua carteira funcional para comprovação de identidade.

Os crimes cometidos, que incluem invasão de dispositivo informático, lavagem de bens ou valores e organização criminosa, podem acarretar penas de até 23 anos de reclusão. 

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

PF encontra indícios de que Bolsonaro recebia informações da 'Abin paralela'

 Dossiês produzidos pela 'Abin paralela' eram impressos e entregues ao Palácio do Planalto. PF também investiga se Augusto Heleno tinha conhecimento e autorizou a espionagem ilegal

Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Correa/PR | Reprodução)

 A Polícia Federal (PF) encontrou indícios que sugerem que Jair Bolsonaro (PL) teria sido um dos destinatários das informações provenientes de um esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante a gestão do ex-diretor Alexandre Ramagem, hoje deputado federal. Os elementos foram apresentados à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), marcando um novo capítulo nas investigações em andamento, informa o UOL.

As provas colhidas até o momento indicam que documentos e dossiês produzidos pela chamada "Abin paralela" eram impressos e entregues diretamente ao Palácio do Planalto durante o período da presidência de Jair Bolsonaro. Essa descoberta lança luz sobre a possível utilização política e ilegal dos serviços de inteligência do país.

A investigação da PF aponta que, em fevereiro de 2020, Alexandre Ramagem teria impresso duas listas de inquéritos eleitorais em tramitação na PF do Rio de Janeiro. Essas listas, consideradas sigilosas, reforçam as suspeitas de interferência indevida por parte de Bolsonaro na Superintendência da PF do Rio durante o mesmo período. Os investigadores agora se concentram em identificar a origem dessas informações, analisando os acessos ao sistema da Polícia Federal.

Além disso, o episódio coincide com a intensificação do uso do sistema de monitoramento First Mile pela Abin durante as eleições de 2020. Com metade das 60 mil consultas ao sistema ocorrendo nesse período, a investigação sugere uma instrumentalização da Abin para fins eleitorais, alinhados aos interesses do núcleo político.

A descoberta de dossiês impressos em buscas e apreensões, abordando temas como o assassinato de Marielle Franco, levanta a possibilidade de que tais materiais eram produzidos para serem destinados a receptores externos à Abin, possivelmente no Palácio do Planalto.

A PF também investiga se o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, tinha conhecimento e autorizou as operações de espionagem ilegal conduzidas por Ramagem. Nesse contexto, o general foi intimado para prestar depoimento, ampliando a rede de investigações sobre as possíveis conexões de altos escalões do governo na trama.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Preços ao produtor no Brasil caem em dezembro e fecham 2023 com maior deflação desde 2014

 O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação

Reais (Foto: José Cruz / Agência Brasil)

(Reuters) - Os preços ao produtor no Brasil recuaram 0,18% em dezembro e fecharam 2023 com deflação acumulada de 4,98%, taxa mais baixa para um ano desde o início da série histórica em 2014.

Em 2022, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia acumulado alta de 3,16%.

O dado mensal do IPP divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) marcou o segundo resultado negativo em sequência, após recuo de 0,34% em novembro.

Ao longo do ano passado, os preços ao produtor registraram queda durante a maior parte do primeiro semestre, passando a subir entre agosto e outubro e voltando a cair nos últimos dois meses do ano.

"Ao analisar o resultado de 2023, é preciso lançar luz também sobre a apreciação cambial acumulada no ano, que amenizou o custo de importação de insumos, tornou os bens finais produzidos no exterior mais competitivos e reduziu o montante recebido em reais pelo exportador brasileiro”, explicou Felipe Câmara, analista do IPP no IBGE.

Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que no acumulado do ano as que tiveram as maiores variações foram produtos químicos (-17,25%), refino de petróleo e biocombustíveis (-15,45%), papel e celulose (-15,23%) e metalurgia (-9,77%).

Já as principais influências no acumulado da indústria geral vieram de refino de petróleo e biocombustíveis (-1,85 ponto percential), outros produtos químicos (-1,51 p.p.), metalurgia (-0,60 p.p.) e alimentos (-0,60 p.p.).

Já o resultado de dezembro foi puxado pelos preços 4,05% menores do refino, particularmente do óleo diesel.

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

População detona Rogério Marinho por defender anistia a congressistas após investigações contra deputados do PL

 Internautas também cobraram a prisão de Jair Bolsonaro

Senador Rogério Marinho (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Internautas fizeram críticas ao senador Rogério Marinho (PL-RN), que apresentou nessa quarta-feira (31) ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para anistiar parlamentares acusados de irregularidades. 

Perfis nas redes sociais reagiram. "Anistia é o c***, Bolsonaro preso, lugar de bandido é na cadeia. Líder da oposição no Senado, o bolsonarista Rogério Marinho prega anistia a seus pares para, segundo ele, apaziguar o país. Tá com medo de que??".

Outra pessoa escreveu: "líder da oposição no Senado, o bolsonarento Rogério Marinho prega anistia a seus pares para, segundo ele, apaziguar o país. Tá com medinho?".

A reunião entre os congressistas ocorreu após membros do PL serem alvos de operações da Polícia Federal nas últimas semanas - o deputado federal Carlos Jordy (RJ) e pré-candidato à Prefeitura do Rio Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). 

No caso de Jordy, mensagens obtidas pelos investigadores mostraram que Jordy teria passado orientações sobre atos golpistas a bolsonaristas no estado do Rio de Janeiro. 

A PF também apura um esquema de espionagem ilegal feita pela ABIN, que no governo Bolsonaro era subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), chefiado pelo então general Augusto Heleno. Ramagem foi diretor-geral da ABIN. 

Na Operação Vigilância Aproximada, da Polícia Federal, investigadores apreenderam nesta semana três notebooks, 11 computadores e quatro celulares em endereços ligados ao vereador. De acordo com a PF, a Abin tentou favorecer familiares de Bolsonaro.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou que "a organização criminosa infiltrada" na ABIN usou "métodos ilegais para a realização de ações clandestinas direcionadas contra pessoas ideologicamente qualificadas como opositoras".

O magistrado também lembrou que a Abin foi usada na gestão bolsonarista para monitorar o caso Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. Cerca de 30 mil pessoas foram monitoradas, informou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, no começo do mês.

 

 

Fonte: Brasil 247

Vendas de diesel e gasolina no Brasil batem recorde em 2023, mostra ANP

 Forte demanda por diesel no último mês do ano passado reflete uma antecipação das compras dos postos de combustíveis diante da retomada de impostos federais

Bomba de combustível (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

(Reuters) - As vendas de diesel B pelas distribuidoras no país somaram recorde de 65,5 bilhões de litros em 2023, alta de 3,6% na comparação com o ano anterior, enquanto as de gasolina C também registraram volumes históricos, apontaram dados da reguladora ANP nesta quinta-feira.

O avanço das vendas de diesel B -- que já conta com adição de biodiesel -- reflete boas safras agrícolas e melhora em indicadores econômicos, um cenário que deve se manter em 2024, ainda que em menor escala, disse à Reuters o analista de mercado da consultoria StoneX Bruno Cordeiro.

As safras de milho e soja no ciclo 2022/2023 bateram recordes, impulsionando o uso do combustível tanto para a atividade produtiva, quanto para o escoamento dos grãos.

"Isso acaba permitindo um aumento da demanda por frete devido principalmente ao uso de caminhões e trens para o envio dos produtos agrícolas para os campos e posteriormente dos produtos agrícolas para demanda doméstica e para exportação, através dos portos", disse Cordeiro.

A StoneX está revisando suas projeções de vendas de diesel para 2024, mas Cordeiro adiantou que seguirá acima da previsão anterior que apontava para um novo recorde, de 66 bilhões de litros.

"Isso se dá exatamente por perspectivas de safras fortes, tanto de soja quanto de milho, apesar das estimativas serem de uma produção menor frente a 2023, ainda são safras bem fortes. E também é um PIB que cresce, mas cresce menos", disse Cordeiro.

"Esses dois fatores devem permitir que a gente tenha um crescimento portanto menor da demanda por diesel B em 2024", ponderou.

Em dezembro passado, as vendas das distribuidoras de diesel B somaram 5,34 bilhões de litros, alta de 6% ante o mesmo mês de 2022, um recorde para o mês, segundo Cordeiro.

O especialista explicou que a forte demanda por diesel no último mês do ano passado reflete uma antecipação das compras dos postos de combustíveis diante da retomada de impostos federais em janeiro deste ano, o que também impulsionou as importações.

GASOLINA - As vendas de gasolina C, já com adição de etanol anidro, somaram recorde de cerca de 46 bilhões de litros em 2023, alta de 6,9% ante o ano anterior, enquanto as de etanol hidratado foram de aproximadamente 16 bilhões de litros, alta de 5,1% no período.

O resultado reflete um consumo de gasolina importante ao longo do primeiro semestre, enquanto a paridade do combustível fóssil se manteve bem favorável ante o etanol hidratado, seu concorrente direto nas bombas.

"O consumo (de gasolina) foi muito elevado ao longo da primeira metade do ano, no caso da gasolina, permitindo que ela tivesse resultado bem positivo no fechamento anual", afirmou, pontuando que o cenário se inverteu no segundo semestre.

Dessa forma, em dezembro, as vendas de gasolina somaram 4,12 bilhões de litros, queda de 7,1% ante o mesmo mês do ano anterior, principalmente devido à paridade de preços mais favoráveis ao biocombustível.

Cordeiro destacou que há atualmente ainda uma tendência de continuidade dessa paridade mais favorável ao etanol nas bombas, principalmente no Estado de São Paulo, devido uma alta estocagem do biocombustível.

As vendas de etanol hidratado em dezembro somaram 1,85 bilhão de litros, alta de 40,3% versus o mesmo mês de 2022.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Internautas não perdoam e "Bolsonaro preso" fica entre os assuntos mais comentados nas redes

 Usuários compartilharam imagens da retirada simbólica das grades da Praça dos Três Poderes

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução Youtube)

Internautas cobraram a prisão de Jair Bolsonaro (PL) e compartilharam nas redes sociais imagens da retirada simbólica das grades da Praça dos Três Poderes em Brasília (DF), invadida no dia 8 de janeiro de 2023 por bolsonaristas que defendiam um golpe de Estado.

Na rede social X, a expressão "Bolsonaro preso" chegou à seção Assuntos do Momento. "Grande dia! Os presidentes dos Três Poderes, Lula, Luís Roberto Barroso e Rodrigo Pacheco, retiram as grades em frente ao STF. As grades tinham sido colocadas após ataques de bandidos golpistas no 8 de janeiro", afirmou um internauta.

Outra pessoa escreveu: "sejamos honestos, a essa altura, com tudo o que sabemos sobre o Jair Bolsonaro, existem dois caminhos possíveis: (1) Bolsonaro preso pelo resto da sua vida ou (2) a desmoralização total do @STF_oficial e, em última instância, de todo o nosso ordenamento jurídico...".

Fonte: Brasil 247

Consumo de café no Brasil cresce 1,64% em 22/23, diz Abic, que indica alta em preços

 Demanda de café pela indústria do Brasil, segundo consumidor global atrás dos Estados Unidos, mostrou recuperação

Adoçante aspartame no café (Foto: Pixabay)

(Reuters) - O consumo de café do Brasil somou 21,675 milhões de sacas de 60 kg no ano comercial 2022/23 (de novembro a outubro), alta de 1,64% em relação ao ciclo anterior, em meio a preços mais baixos nas gôndolas no período, indicaram dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) nesta quinta-feira.

Com os resultados de 2022/23, a demanda de café pela indústria do Brasil, segundo consumidor global atrás dos Estados Unidos, mostrou recuperação na comparação como o período anterior, quando o país havia registrado uma queda de 1%.

O avanço no volume consumido ocorreu em meio a uma queda de 13,5% no preço do café nas gôndolas, apontou a Abic. No período anterior, o custo mais alto havia limitado a demanda.

Mais recentemente, os preços da matéria-prima subiram, disse o presidente da Abic, Pavel Cardoso, chamando a atenção para a necessidade de repasse de custos ao varejo, após uma seca nas regiões produtoras de café conilon, como o Espírito Santo.

Em entrevista a jornalistas para apresentar os dados, ele lembrou ainda da forte demanda internacional pelo produto brasileiro da variedade conilon, depois de problemas na oferta de grãos robusta em países como Vietnã e Indonésia.

A indústria de torrado e moído do Brasil usa volumes importantes de conilon/robusta no "blend", juntamente com o café arábica, e está reagindo à alta de custos com repasses.

Cardoso estimou que os repasses de preços para o varejo deverão girar em torno de 10% entre janeiro e fevereiro, e disse que o setor poderá elevar em até mais 7% o valor do produto em março, dependendo do movimento das bolsas e do mercado físico, ponderando que os reajustes dependem de cada empresa.

Ele comentou ainda que a magnitude da alta do café é menos acentuada do que em períodos anteriores, quando a indústria foi levada a repassar custos maiores, o que impactou o consumo na temporada 2021/22, quando a safra do Brasil, maior produtor mundial, foi afetada por problemas climáticos severos, como seca e geadas.

Assim, o presidente da Abic disse acreditar que, mesmo com um repasse de preços, o consumo de café no Brasil tenha condições de manter o ritmo de crescimento de 1% a 2% na nova temporada (2023/24).

O faturamento da indústria local caiu 2,78% em 2023, para 22,89 bilhões de reais, evidenciando preços menores, já que as vendas aumentaram em volumes em 2022/23, segundo dados da Abic.

O consumo de café torrado e moído, principal categoria vendida, somou 20,6 milhões de sacas em 2022/23, alta de 1,46% na comparação com o período anterior, enquanto as vendas do produto solúvel somaram 1,05 milhão de sacas, avanço de 5,21%.

Segundo levantamento da Abic, no período o consumo per capita de café em grãos no Brasil ficou em 6,40 quilos por habitante/ano, alta de 7,47%, justificada pela base populacional do IBGE, que não cresceu.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

StoneX reduz números de safra e exportação de soja do Brasil; pouco altera milho

 A demanda por soja no Brasil foi estimada em 57,5 milhões de toneladas, ante 55 milhões na temporada passada

Caminhão carregado de soja em Mato Grosso (Foto: Paulo Whitaker / Reuters)

(Reuters) - A safra de soja do Brasil em 2023/24 foi estimada nesta quinta-feira em 150,35 milhões de toneladas, queda de 1,6% ante a estimativa anterior, em meio a impactos das intempéries na temporada atual, de acordo com levantamento da consultoria StoneX.

"A colheita está em andamento, destacando que os rendimentos do que foi plantado logo no início do ciclo têm mostrado resultados mais fracos", disse a especialista de inteligência de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi.

Em comparação ao recorde do ano passado, espera-se uma produção 4,8% menor, caso seja confirmada a estimativa atual.

"Contudo, a tendência é que as produtividades melhorem, uma vez que as áreas semeadas mais tarde se depararam com um clima menos adverso", acrescentou ela.

Apesar dos ajustes negativos de produtividade reportados em alguns Estados, em decorrência do clima, as produtividades esperadas para Maranhão, Tocantins, Piauí e Pará aumentaram, com a ocorrência de chuvas mais significativas no período recente, disse a StoneX em relatório.

Com a redução na expectativa de produção, as projeções de exportações foram reduzidas de 95 milhões para 93 milhões de toneladas, contra um recorde de 101,86 milhões de toneladas no ano anterior.

Já o consumo interno deve se manter "aquecido", disse a consultoria, destacando o aumento da mistura de biodiesel de 12% para 14%. A maior parte do biocombustível no país tem no óleo de soja a principal matéria-prima.

A demanda por soja no Brasil foi estimada em 57,5 milhões de toneladas, ante 55 milhões na temporada passada.

O balanço de oferta e demanda "deve se manter ajustado", com estoques finais na casa de 2 milhões de toneladas, um pouco acima do visto no ano anterior, segundo comunicado.

MILHO QUASE ESTÁVEL - Em meio à expectativa de uma produção levemente maior na primeira safra de milho e à redução marginal na segunda, a produção total do cereal do Brasil em 2023/24 ficou estimada em 124,5 milhões de toneladas, praticamente inalterada em comparação com o relatório do mês anterior.

Na comparação anual, deve ocorrer uma queda de quase 15 milhões de toneladas na produção, com uma recuo principalmente na primeira safra, em meio a condições de mercado e de clima menos favoráveis.

Não houve alterações nos números projetados para a temporada 2023/24, com a exportação estimada em 45 milhões de toneladas e a demanda doméstica em 84 milhões de toneladas.

A StoneX revisou sua estimativa de produção no verão para 25,9 milhões de toneladas, 0,4% acima do número divulgado no início de janeiro, apesar de um corte na colheita do Rio Grande do Sul, maior produtor de milho na primeira safra.

A produção gaúcha foi reduzida, em 5,2% relação ao estimado no último mês, para 5 milhões de toneladas, mas ainda crescerá mais de 50% na comparação com a temporada passada, afetada pela seca.

A redução no Rio Grande do Sul foi compensada por expectativas mais favoráveis em outros Estados.

Fonte: Brasil 247 com Reuters


Marina Silva testa positivo para covid-19

 Não é a primeira vez que a ministra contrai a doença

Marina Silva (Foto: Reprodução/Twitter/@MarinaSilva)

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, testou positivo para covid-19. Em nota divulgada nesta quinta-feira (1º), o ministério informou que Marina não apresenta sintomas graves e se recupera em casa.

A presença da ministra era esperada na divulgação do balanço do Fundo Amazônia em 2023, em Brasília, e uma entrevista coletiva, com a participação dela e da diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello, estava programada para acontecer em seguida. Em virtude do resultado positivo para covid, a ministra cancelou sua participação e está despachando de casa.

“A ministra do MMA, Marina Silva, foi diagnosticada com Covid-19 nesta quinta-feira, 1° de fevereiro. Com vacinação em dia e sem sintomas graves, ela se recupera em casa e despacha remotamente. Em razão do risco de transmissão, a agenda pública da ministra foi cancelada”, informou o ministério em nota.

Não é a primeira vez que a ministra contrai covid-19. Em maio do ano passado, Marina foi internada no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (InCor), em São Paulo, após apresentar resultado positivo para a doença. Ela recebeu alta depois de quatro dias.

Fonte: Brasil 247

BNDES aprova R$ 800 milhões para financiar processadora de soja da Copasul

 A nova unidade industrial da Copasul, que representa investimento total de 1,4 bilhão de reais, terá capacidade de processar até 988 mil toneladas de soja ao ano

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (Foto: Reuteres/Sergio Moraes)

(Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de 800 milhões de reais à Cooperativa Agrícola Sul Mato-Grossense (Copasul) para a implantação de uma nova unidade de processamento de soja em Naviraí (MS), disse a instituição bancária em nota nesta quinta-feira.

A nova unidade industrial da Copasul, que representa investimento total de 1,4 bilhão de reais, terá capacidade de processar até 988 mil toneladas de soja ao ano, contemplando também a implantação de um complexo para recebimento, armazenagem e expedição de grãos, segundo o BNDES.

Em 2023, a Copasul movimentou mais de 1,2 milhão de toneladas de soja, com forte impacto econômico no Estado do Mato Grosso do Sul, disse o banco.

O apoio à cooperativa está alinhado à estratégia do banco de ampliar os investimentos em armazenagem nas diversas regiões do país, afirmou o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Ele lembrou que o déficit na capacidade estática de armazenagem do Brasil é de cerca de 126,9 milhões de toneladas, o que reforça a importância desse tipo de investimento, especialmente em regiões onde há maior defasagem.

O financiamento é o primeiro contratado pelo BNDES diretamente com a Copasul e foi viabilizado com uma combinação de diferentes instrumentos. A maior parte do valor é financiado com recursos do próprio banco, pela linha BNDES Finem, sendo o restante complementado por programas agrícolas do Plano Safra -- neste caso, o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e o Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop).

APORTE EM ARMAZENAGEM - Paralelamente, o BNDES afirmou que planeja aportar até 175 milhões de reais em um novo fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), em parceria com a AGI Brasil, empresa que atua na fabricação de equipamentos para armazenagem de granéis, e com a gestora de recursos Opea Capital.

O FIDC lançado em parceria com a AGI tem perspectiva de financiar até 250 milhões de reais, ao longo de dois anos, para a compra de equipamentos de manuseio e armazenagem de grãos, atendendo principalmente ao segmento de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).

O FIDC oferecerá condições mais vantajosas para regiões em que há maior déficit de armazenagem, podendo chegar a taxa equivalente a CDI mais 1,51% ao ano. O fundo prevê também que pelo menos 60% do valor investido em direitos creditórios seja associado ao segmento de MPMEs.

Em 2023, o BNDES mais que triplicou o número de operações para financiar novas estruturas de armazenagem de grãos no país. Ao longo do ano, o banco aprovou 13 financiamentos para diferentes cooperativas e empresas do agronegócio, totalizando 241,5 milhões de reais.

Já por meio de suas operações indiretas, realizadas pela rede de agentes financeiros credenciados, o BNDES emprestou cerca de 1,7 bilhão de reais no âmbito do Plano Safra 2023/2024 em programas com foco em armazenagem, como o PCA.

O banco respondeu por cerca de 30% dos recursos repassados pelo PCA na atual safra, segundo o comunicado.

Fonte: Brasil 247 com Reuters