sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Abin demite agente que vazou dados para blindar Flávio Bolsonaro

 

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Foto: reprodução

Cristiano Ribeiro, agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi recentemente desligado do serviço secreto pelo governo federal, segundo informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Uma investigação interna revelou que Ribeiro vazou informações confidenciais que foram utilizadas em uma matéria sobre um servidor da Abin, acusado de agir para “blindar” o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das rachadinhas.

Segundo fontes, Ribeiro fotografou a tela de seu computador na Abin e compartilhou as imagens com indivíduos externos à agência. Esse incidente ocorreu durante o governo Bolsonaro, e antes de sua demissão, Ribeiro foi alvo de uma operação de busca e apreensão conduzida pela Polícia Federal (PF), que examinou seus dispositivos eletrônicos.

A imagem vazada continha o organograma do Centro de Inteligência Nacional da Abin, com fotos e nomes dos servidores responsáveis por cada coordenação e seus respectivos substitutos. O CNI tem a responsabilidade de monitorar “assuntos de inteligência estratégica”.

A investigação interna da Abin indicou que o material vazado foi utilizado em uma reportagem do site “Intercept Brasil”, publicada em dezembro de 2020. A matéria baseou-se em depoimentos de uma fonte da Abin, que levantou suspeitas sobre Marcelo Bormevet, um policial federal à época lotado na agência, afirmando que ele teria produzido relatórios para proteger Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas.

Servidores trabalham na sede da Abin, em Brasília. Foto: reprodução

Na sequência, Bormevet foi dispensado de seu cargo apenas depois que Alexandre de Moraes ordenou seu afastamento por estar sob investigação no âmbito da suposta “Abin paralela” durante o governo Bolsonaro. O ministro do STF referenciou a reportagem do “Intercept Brasil” ao autorizar operações da PF.

Vale destacar que Ribeiro foi demitido da Abin pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A demissão foi oficializada após a conclusão de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) iniciado em 2021. O relatório pontuou que o agente infringiu o Regime Jurídico dos Servidores Públicos.

A apuração apontou o cometimento de duas irregularidades: “revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo” e “improbidade administrativa”. A demissão de Ribeiro foi, portanto, uma medida formal cumprida pelo governo Lula.

Fonte: DCM com informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles


ARAPONGAS: Em visita à Movelpar, governador destaca força das indústrias moveleiras do Paraná

 Ratinho Junior ressaltou que esta é maior edição da feira de móveis de Arapongas tanto em empresas participantes quanto em volume de negócios fechados. Ele também comemorou a presença de importadores de 18 países no evento, demonstrando o crescente potencial de exportação da produção regional.

Em visita à Movelpar, governador destaca força das indústrias moveleiras do Paraná (Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

Durante a sua visita à Arapongas nesta quinta-feira (1), onde inaugurou um novo pronto socorro com 140 leitos, o governador Carlos Massa Ratinho Junior também aproveitou para participar do último dia da Movelpar Home Show. No evento, que é o maior do segmento no Brasil, ele exaltou a força da feira e do setor moveleiro do Paraná como um todo, em especial das indústrias instaladas em Arapongas e região.

“É uma alegria participar da Movelpar mais uma vez, especialmente nesta que é a maior edição da história tanto em indústrias participantes quanto em volume de vendas”, disse Ratinho Junior, referindo-se aos 160 expositores e cerca de 17 mil visitantes esperado, que juntos devem ultrapassar o volume de operações da edição passada, quando foram movimentados cerca de R$ 650 milhões.

“O sucesso da Movelpar reflete o sucesso do parque moveleiro de Arapongas, que é uma referência para o Brasil e também para fora do Brasil, tendo em vista que tivemos aqui rodadas negócios com representantes de 18 países”, acrescentou o governador.

De acordo com o Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (SIMA), o polo engloba 42 municípios da região e representa 10% de toda a produção nacional de móveis. Atualmente, 1.009 empresas moveleiras atuam na região, empregando cerca 19,5 mil pessoas em toda a cadeia produtiva. Apenas em Arapongas funcionam 367 plantas industriais.

Atualmente, os móveis produzidos na região chegam a 60 países das Américas, Europa, Ásia, Oriente Médio e África. O volume de vendas internacionais faz com que a região responda, sozinha, por 12% dos móveis exportado pelo Brasil em valores.

Os números fizeram com que, em novembro de 2023, a cidade fosse oficialmente intitulada como a Capital Moveleira Nacional. O título foi concedido pelo governo federal com a publicação da Lei 14.728/2023, resultado do projeto de lei que tramitou no Congresso Nacional.

As recentes conquistas fizeram com que a organização da Movelpar Home Show e o SIMA optassem por torná-la anual, em substituição ao antigo sistema que funcionava a cada dois anos. Assim como nas edições anteriores, a de 2024 conta com o apoio do Governo do Estado por meio da Secretaria da Indústria, Comércio e Serviço, Fomento Paraná e o Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE)

“Este reconhecimento nacional que Arapongas recebeu, assim como o crescimento da Movelpar, são garantias de que novos empregos vão continuar a ser gerados na região. Com a Movelpar sendo realizada anualmente, as fábricas e empresas terão uma capacidade de vender e exportar ainda mais”, concluiu Ratinho Junior.


Fonte: AEN

Governador libera recursos para três novas unidades de Pronto Atendimento em Londrina

 Eles serão construídos nos bairros Parigot de Souza (Zona Norte), Parque das Indústrias (Zona Sul) e São Pedro (Zona Leste). Eles funcionam 24 horas por dia, com a oferta de consultas e triagem, exames, suturas e atendimento de emergência, além de aplicação de medicamentos e apoio diagnóstico para pacientes.

Governador libera recursos para três novas unidades de Pronto Atendimento em Londrina (Foto: Alessandro Vieira/CC)

Londrina, no Norte do Paraná, vai ganhar três novos Pronto Atendimentos Municipais (PAM), que vão receber investimentos de R$ 19,2 milhões do Governo do Estado e da Prefeitura de Londrina. O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta quinta-feira (1º) as ordens de serviço para início das obras dos PAMs, que serão construídos nos bairros Parigot de Souza (Zona Norte), Parque das Indústrias (Zona Sul) e São Pedro (Zona Leste).

A assinatura ocorreu durante a solenidade que marcou a aquisição do terreno onde será construído o Terminal Metropolitano de Londrina, que vai melhorar o fluxo do transporte coletivo na cidade e nos municípios do entorno.

Os novos investimentos, destacou o governador, ajudam a descentralizar os atendimentos de saúde no município. “Essas unidades vão trabalhar 24 horas para atender a população, dentro da estratégia que criamos para levar a saúde para mais perto dos paranaenses”, afirmou Ratinho Junior. “São mais de R$ 19 milhões de investimentos do Governo do Estado e da Prefeitura para atender as diferentes regiões da cidade”.

Cada PAM terá 800 metros quadrados de área, com capacidade para realizar cerca de 2,1 mil atendimentos mensais de baixa e média complexidade. Eles funcionam 24 horas por dia, com a oferta de consultas e triagem, exames, suturas e atendimento de emergência, além de aplicação de medicamentos e apoio diagnóstico para pacientes.

O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, explicou que o Governo do Estado destinou R$ 10,5 milhões para as obras, e a Prefeitura de Londrina, que ficará responsável pela gestão dos espaços, entrou ainda com uma contrapartida de R$ 8,7 milhões.

“Ao longo dos anos, Londrina cresceu muito e necessita de mais equipamentos públicos, principalmente na área da saúde. É a maior parceria do Governo do Estado neste projeto”, afirmou Beto Preto. “De uma cartada só, a Zona Leste, Zona Norte e a Zona Sul vão ter acesso aos Pronto Atendimentos Municipais, que têm uma planta moderna e vai se unir às outras duas unidades já presentes no município, que dá um salto de qualidade no atendimento”.

O objetivo dos projetos é descentralizar os atendimentos de saúde, especialmente das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), além de ofertar um serviço 24 horas para auxiliar nas demandas de urgência e emergência da Rede Hospitalar Estadual.

PRESENÇAS – Participaram da solenidade os secretários estaduais do Planejamento, Guto Silva; da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira; o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Jefferson Silva; a deputada federal Luísa Canziani; os deputados estaduais Tiago Amaral, Luiz Claudio Romanelli, Cloara Pinheiro, Tercílio Turini, Cobra Repórter e Alexandre Curi; os prefeitos de Cambé, Conrado Scheller; Ibiporã, José Maria Ferreira; Lupionópolis, Antonio Peloso Filho; e Prado Ferreira, Maria Edna de Andrade; a representante da Casa Civil em Londrina, Sandra Moya; o superintendente de Apoio aos Municípios da Casa Civil, Júnior Weiller; e outras autoridades municipais.

Fonte: AEN

Volkswagen anuncia investimentos de 16 bilhões de reais no Brasil

 Anúncio é mais um êxito do Governo Lula na captação de investimento externo. Presidente participará de lançamento de projetos da empresa em São Bernardo

Volkswagen (Foto: Divulgação)

 A Volkswagen confirma nesta sexta-feira (2) a ampliação do seu plano de investimento no Brasil, com foco em eficiência energética. Serão adicionados R$ 9 bilhões ao programa em curso, que teve início há dois anos. No total, serão R$ 16 bilhões entre 2022 e 2028, informa a Folha de S.Paulo.

A renovação do ciclo inclui os primeiros carros híbridos produzidos pela marca no país, além de uma picape que irá concorrer com Fiat Toro, RAM Rampage e Ford Maverick. 

A Volkswagen trabalha para reduzir emissões tanto de seus carros como de suas fábricas. Uma das ações é a utilização de biometano nas instalações. Segundo Ciro Possobom, presidente da montadora no Brasil, a divisão brasileira será a primeira a utilizar esse gás natural renovável em suas plantas de Anchieta (Grande São Paulo) e de Taubaté, ambas a partir de 2024.

O presidente da companhia afirma que, ao todo, serão 16 lançamentos. Quatro modelos serão inéditos. O anúncio será feito em São Bernardo do Campo (SP) com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Trabalhadores argentinos estão em estado de alerta e mobilização depois de repressão policial

 Central sindical permanece nas ruas com a palavra de ordem “A Pátria não se vende”

Argentinos protestam contra pacote de Milei (Foto: Reuters)

 A Central Operária da Argentina – Autônoma (CTA-A) permanece nesta sexta-feira (2) em estado de alerta e mobilização após a repressão policial aos manifestantes que rejeitaram as medidas do governo de Milei.

Na véspera, dezenas de pessoas, incluindo jornalistas, foram feridas com balas de borracha disparadas por policiais motorizados em frente ao Congresso durante o segundo dia consecutivo de protestos contra um pacote de leis apresentado pelo presidente Javier Milei, informa a Prensa Latina.

Além disso, as tropas usaram cassetetes, gás lacrimogêneo e caminhões com canhões de água para retirar os manifestantes das ruas e forçá-los a entrar em praças e calçadas.

Num comunicado, a CTA-A descreveu o que aconteceu como um ataque à democracia e às pessoas que defendem os direitos que conquistaram.

"A nossa Central exige que os deputados nos representem com dignidade e legislem pelo bem-estar dos trabalhadores e não pela voracidade das empresas transnacionais", afirma o texto.

O projeto debatido na Câmara, denominado Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, inclui aspectos altamente questionados como a atribuição de funções legislativas ao Executivo e o estabelecimento dos planos econômico, previdenciário, de segurança, de defesa, tarifário, emergencial, energia, saúde, administrativo e social.

"Denunciamos a operação absolutamente excessiva que culminou com pessoas feridas por balas de borracha, queimadas por spray de pimenta e detidas", acrescenta a mensagem do CTA-A.

Além disso, a central sindical condenou os ataques a jornalistas e deputados da Unão pela Pátria e da Frente de Esquerda.

"Declaramo-nos em estado de alerta e mobilização e exigimos a libertação imediata dos detidos. Voltamos a dizer que a Pátria não se vende, se defende", conclui.

Por sua vez, o Prémio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, denunciou a repressão e exigiu respeito pela Constituição.

Fonte: Brasil 247

Zanin manda Congresso apresentar em até 10 dias propostas para regular uso de softwares espiões

 Determinação do ministro do STF acontece em meio às investigações que apuram o uso ilegal de ferramentas espiãs pela Abin durante o governo Jair Bolsonaro

Cristiano Zanin (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin solicitou ao Congresso Nacional informações sobre a atuação das Casas legislativas na regulamentação do uso de ferramentas de monitoramento virtual de cidadãos, conhecidas como "softwares espiões". Zanin é relator de uma ação protocolada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que pede ao Supremo uma determinação ao Legislativo para regulamentar o tema.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Zanin estipulou um prazo de dez dias para que o Congresso apresente propostas legislativas relacionadas à regulamentação das chamadas ferramentas "espiãs". A Advocacia-Geral da União (AGU) e a PGR terão cinco dias para se manifestar sobre o assunto.

A ação, protocolada em dezembro do ano passado pela PGR, também solicitou ao STF que estabelecesse normas temporárias para o uso dos softwares até a regulamentação por parte dos legisladores. Sobre esse aspecto, o ministro determinou que o pedido seja analisado pelo plenário da Corte. 

O pedido de Zanin surge em meio às investigações da Polícia Federal (PF) sobre o suposto aparelhamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fins políticos durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Os softwares espiões, segundo as diligências, podem ter sido utilizados ilegalmente para monitorar opositores e críticos da gestão bolsonarista, como apontado pela PF no caso da suposta existência de uma “Abin paralela”. A PF também investiga se outras ferramentas similares teriam sido utilizadas no esquema.

Fonte: Brasil 247 com informação do jornal O Estado de S. Paulo

Lula, Boulos e cúpula do PT participam hoje de filiação de Marta Suplicy

 O presidente Lula assinará a ficha de filiação de Marta ao PT

Lula e Marta Suplicy (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy retorna nesta sexta-feira (2) ao Partido dos Trabalhadores.  A cerimônia de filiação terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  O ato acontecerá na Casa de Portugal, centro cultural emblemático localizado no bairro da Liberdade, em São Paulo. O evento está programado para as 18 horas.

A volta de Marta ao PT acontece para compor como vice a chapa de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo, 

Segundo Marta, Lula, que é presidente de honra do PT, será responsável pela assinatura de sua filiação, informa a CNN.

Também estarão presentes no evento a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e os ministros Fernando Haddad, da Fazenda; Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Alexandre Padilha, das Relações Institucionais; e Luiz Marinho, do Trabalho.

Guilherme Boulos (PSOL), candidato a prefeito de São Paulo, também estará entre as principais lideranças presentes. 

A chapa Boulos-Marta será um importante polo de aglutinação da esquerda e centro esquerda, além de amplos setores democráticos para garantir o retorno das forças progressistas à Prefeitura de São Paulo.

Fonte: Brasil 247

Investimentos das montadoras para esta década no Brasil já somam mais de R$ 40 bilhões

 Indústria retomou grandes projetos após a volta do presidente Lula ao poder

Presidente Lula recebe executivos da BYD no Palácio da Alvorada (Foto: Ricardo Stuckert)

A indústria automobilística brasileira está em movimento, com investimentos anunciados que alcançam a marca de R$ 41,4 bilhões para os próximos dez anos, de acordo com reportagem da jornalista Marli Olmos, do Valor. As montadoras têm revelado planos ambiciosos para o mercado nacional, destacando-se a Volkswagen, que nesta semana comunicou sua intenção de injetar mais R$ 9 bilhões no setor, alcançando um investimento total de R$ 16 bilhões.

A confiança no cenário econômico, após a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, e nas reformas em andamento, como a tributária, impulsiona esse aporte significativo. Além disso, o setor automotivo brasileiro começa a delinear sua matriz energética, com a introdução de novos carros híbridos movidos a etanol, marcando uma transição rumo à eletrificação.

Os recursos planejados para os próximos anos se somam aos investimentos já realizados, totalizando um montante expressivo. Embora a entrada de veículos elétricos no mercado brasileiro seja gradual, as montadoras, como a Volkswagen, direcionam seus esforços para o desenvolvimento de plataformas híbridas e ecologicamente sustentáveis. Com exceção das marcas chinesas BYD e Great Wall Motors, que começam a produção no país este ano, não se esperam grandes expansões industriais entre as montadoras estabelecidas, dada a capacidade excedente.

Os investimentos não apenas impulsionam a inovação tecnológica, mas também prometem manter a estabilidade do emprego e fortalecer a economia nacional, em um cenário de perspectivas otimistas para o futuro do setor automobilístico brasileiro.

Fonte: Brasil 247 com reportagem da jornalista Marli Olmos, do Valor

Brasil alcançou 87 novos mercados para o agronegócio em 2023

 Entre os mercados recentemente abertos, destacam-se países da Ásia, Europa, África e América do Sul

Presidente Lula discursa durante lançamento do Plano Safra 2023 (Foto: Foto: Jodson Alves/AgÊncia Brasil)

 O agronegócio brasileiro continua a conquistar novos espaços no mercado internacional, alcançando a marca de 87 novos mercados abertos em apenas um ano. Esse feito representa um avanço significativo para o setor, que tem sido um dos principais pilares da economia do país.

Essa informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que destacou a importância das parcerias comerciais e dos esforços contínuos para expandir a presença dos produtos agropecuários brasileiros em diversos países ao redor do mundo, segundo reportagem da agência Sputnik.

Entre os mercados recentemente abertos, destacam-se países da Ásia, Europa, África e América do Sul. Essa diversificação é fundamental para reduzir a dependência de determinados mercados e ampliar as oportunidades para os produtores brasileiros.

O Brasil é reconhecido internacionalmente pela qualidade e pela variedade de seus produtos agrícolas, desde grãos como soja e milho até carnes, frutas, café e açúcar, entre outros. Essa diversidade coloca o país em posição estratégica no comércio global de alimentos.

Além disso, a abertura de novos mercados fortalece a economia brasileira, gerando empregos, aumentando a renda no campo e contribuindo para o desenvolvimento sustentável das regiões produtoras.

O MAPA ressalta que o trabalho de abertura de mercados é contínuo e envolve negociações técnicas, diplomáticas e sanitárias, visando garantir a segurança alimentar e o cumprimento das normas internacionais.

Nesse contexto, o agronegócio brasileiro reafirma sua posição de destaque no cenário global, consolidando-se como um dos principais protagonistas na produção e na exportação de alimentos para o mundo.

Fonte: Brasil 247 com reportagem da agência Sputnik

PF investiga suspeita de fraudes em contratação da Saúde em Roraima

 Operação Higeia investiga irregularidades na contratação de cirurgias ortopédicas

(Foto: Divulgação/Polícia Federal)

Polícia Federal - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (2/2), em conjunto com a CGU, a operação Higeia. O objetivo é investigar a existência de uma estrutura criminosa organizada que teria atuado para fraudar procedimentos licitatórios na área da prestação de serviços de traumatologia e ortopedia, culminando na adesão de uma ata de registro de preço licitada pelo governo do Acre.

Foram expedidos dez mandados de busca e apreensão pelo Tribunal Federal da 1ª Região, para serem cumpridos em Boa Vista/RR, Cuiabá/MT e Goiânia/GO, além da determinação para bloqueio de bens de mais de R$ 30 milhões dos investigados.

As investigações indicam que a contratação foi feita sem um estudo técnico preliminar comprovando a necessidade interna do serviço, desconsiderando auditorias anteriores do TCU e da CGU que indicaram suspeitas de direcionamento de licitação e superfaturamento da contratação da empresa pelo governo do Acre.

Além disso, também foi ignorada a recomendação da própria Controladoria Geral do Estado de Roraima para a não contratação destes mesmos serviços.

Fonte: Brasil 247 com informações da Polícia Federal

Mortes em ações policiais crescem 15% na Bahia em 2023

 Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública apontam que no ano passado 1.689 pessoas morreram em decorrência de ações policiais, ante 1.468 em 2022

(Foto: Raul Golinelli/GOVBA)

 A letalidade policial na Bahia cresceu 15% em 2023 em comparação com o ano anterior. Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública apontam que no ano passado 1.689 pessoas morreram em decorrência de ações policiais, ante 1.468 em 2022. 

Segundo a Folha de S. Paulo, “em números absolutos, a Bahia é o estado com mais mortes em intervenções policiais, seguido do Rio de Janeiro (869 casos), Pará (529), Goiás (516) e São Paulo (504). Neste último, houve um aumento de 38% nos indicadores de letalidade neste primeiro ano da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) em comparação com 2022".

Os números registrados na Bahia contrastam com a tendência nacional, onde houve uma queda de 2,3% na letalidade policial, passando de 6.445 casos em 2022 para 6.296 em 2023. Proporcionalmente, o Amapá mantém a liderança com a maior taxa de mortes em ações policiais, registrando 20 casos para cada 100 mil habitantes. A Bahia ocupa a segunda posição, com uma taxa de 11 casos para cada 100 mil moradores.

Apesar da alta no índice de letalidade policial, os dados repassados pelo Governo da Bahia ao Ministério da Justiça e Segurança Pública apontam que o número de homicídios dolosos caiu de 4.936 para 4.622, uma redução de 6,4%. A quantidade de latrocínios também registrou queda, passando de 87 em 2022 para 66 no ano passado. As lesões corporais seguidas de morte foram reduzidas de 81 em 2022 para 63. Os feminicídios tiveram queda de 107 para 105 casos.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Lula anuncia investimento de R$ 5,8 bilhões no túnel Santos-Guarujá e celebra avanços na infraestrutura do litoral paulista

 Presidente participa do lançamento da obra do primeiro túnel imerso da América Latina e da entrega de unidades habitacionais, além de comemorar os 132 anos do Porto de Santos

Presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participa nesta sexta-feira (2), na Baixada Santista, do anúncio das obras do Túnel Santos-Guarujá, um projeto que promete transformar a mobilidade na região e impulsionar o turismo. O túnel, o primeiro do tipo na América Latina, terá 860 metros entre as margens, incluindo embocaduras, e ficará imerso sob o fundo do canal a uma profundidade de 21 metros. Com um investimento robusto de R$ 5,8 bilhões, a iniciativa faz parte das obras do Novo PAC e será realizada por meio de uma parceria público-privada (PPP).

A expectativa é que o túnel beneficie mais de 5 milhões de pessoas, incluindo os 1,6 milhão de habitantes da Baixada Santista e os mais de 4 milhões de turistas que visitam Guarujá e o litoral Norte paulista anualmente. Atualmente, cerca de 80 mil pessoas cruzam o canal diariamente, enfrentando longas filas. Com o túnel, as travessias deverão durar menos de dois minutos, proporcionando maior eficiência e conforto. Além disso, a obra visa aumentar a segurança das embarcações que utilizam o porto santista para operações.

Durante sua visita à região, o presidente Lula também participa de uma solenidade em comemoração aos 132 anos do Porto de Santos, considerado o maior do hemisfério Sul. O porto, responsável por quase 30% da balança comercial do Brasil, registrou uma movimentação recorde de 15,6 milhões de toneladas de cargas em dezembro de 2023, representando um crescimento de 29,1% em relação ao mesmo período de 2022. O acumulado desde janeiro do último ano atingiu a marca de 173,3 milhões de toneladas.

Além dos avanços na infraestrutura portuária, o presidente Lula participa da entrega de 90 unidades do conjunto habitacional Parque da Montanha, no Guarujá (SP). Com um investimento conjunto do Governo Federal e da prefeitura local no valor de R$ 58,3 milhões, o projeto beneficia 649 famílias que viviam em palafitas no Complexo Prainha, em Vicente de Carvalho, às margens do porto. O Parque da Montanha é o maior conjunto habitacional em execução na Baixada Santista, com um total de 814 moradias já entregues nos últimos seis anos. O entorno do conjunto habitacional conta com estrutura de drenagem, esgoto, iluminação e pavimentação, totalizando 10 mil metros quadrados de asfalto.

Fonte: Brasil 247

Novo diretor-adjunto diz que Abin quer esclarecer irregularidades

 Cepik nega obstrução da agência a investigação contra gestão anterior

(Foto: Reprodução/YouTube)

Agência Brasil – O novo diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Marco Cepik, disse que a direção da Abin vê com “tranquilidade e entusiasmo” a possibilidade de esclarecer possíveis irregularidades na gestão anterior da agência.

“A direção vê com a máxima tranquilidade e com entusiasmo o completo esclarecimento do que aconteceu aqui durante a gestão de Ramagem [deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin] e não há nenhum risco de obstrução desse processo por parte da administração”, disse em entrevista exclusiva à TV Brasil, que foi ao ar no programa Repórter Brasil desta quinta-feira (1º).

Marco Cepik foi indicado ao cargo após a exoneração de Alessandro Moretti, na última terça-feira (30). A demissão ocorreu após a Polícia Federal (PF) deflagrar operação para investigar suposto esquema de produção de informações clandestinas dentro da Abin durante a gestão do então diretor e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Um dos alvos da investigação é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. As investigações têm apontado que opositores do ex-presidente teriam sido monitorados ilegalmente. Pelas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, irmão do vereador, classificou a operação como "ato ilegal, além de "imoral".

Segundo Cepik, seu antecessor não é investigado e não há nenhum tipo de suspeição sobre ele. “Mas para que não haja nenhum tipo de dúvida quanto a isso, o governo e ele decidiram pela exoneração”.

Sobre a possível participação de servidores da Abin nas irregularidades, ele disse que, se essa for uma hipótese investigativa, será conduzida pela Corregedoria da Abin, pela Corregedoria-Geral da União e pela Polícia Federal.

“Se essa ferramenta foi utilizada, queremos saber para que, quando, por quê, com que finalidade, não importa quem foi, se forem servidores mais antigos, mais jovens, se forem policiais federais que estavam ocupando cargos comissionados aqui na gestão Ramagem, tudo isso vai ser devidamente esclarecido”, apontou.

Antes de ser indicado ao cargo de diretor-adjunto, Cepik foi diretor da Escola de Inteligência da Abin. Segundo ele, em março do ano passado, a direção da Abin instaurou uma sindicância interna, que depois foi transferida para Corregedoria-Geral da União, para apurar o uso indevido de ferramentas de geolocalização como o software espião first mile e também de outras ações que foram conduzidas sob a gestão anterior.

Ele ressaltou também que para a instituição é do máximo interesse a identificação exata do que foi feito com a ferramenta e quais as pessoas que podem ter sido espionadas, mas essa é uma decisão que o juízo terá que tomar. “No devido momento, o Supremo Tribunal Federal e a justiça vão determinar quais informações do inquérito deverão vir a público e em que momento, para que não haja prejuízo da correta apuração”.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

CCJ da Alerj discute caso da deputada Lucinha, apontada como braço político da maior milícia do Rio

 Ela foi suspensa do parlamento pela Justiça em dezembro

Lucinha (Foto: Divulgação/Alerj)

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) está prestes a iniciar as discussões sobre o futuro da deputada Lucinha (PSD), suspensa do parlamento pela Justiça em dezembro em meio a acusações de ser um braço político da maior milícia do estado. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa realizará uma reunião sigilosa às 10h desta sexta-feira (2) para escolher o relator do caso, informa o g1.

Lúcia Helena Pinto de Barros foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal como parte de uma investigação em andamento. O caso ganhou destaque pela gravidade das acusações e pelo possível impacto nas estruturas políticas do Rio de Janeiro.

A reunião da CCJ, por decisão do Tribunal de Justiça do Rio, será fechada devido à classificação do processo como super sigiloso. Os olhares estão voltados para a escolha do relator.

Assim que o relator for escolhido, a defesa de Lucinha será notificada e terá um prazo de 48 horas para apresentar sua defesa por escrito. Ao término desse período, a CCJ se reunirá novamente na próxima terça-feira para analisar o relatório e elaborar um projeto de resolução.

O projeto de resolução, que definirá o futuro da deputada, deve ser concluído na quarta-feira, e a votação poderá ocorrer na quinta-feira seguinte. Essa votação final determinará se a Alerj acatará ou não a determinação da Justiça para afastar Lucinha de seu cargo.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1


Sobrecarregadas, mães solo enfrentam transtornos de saúde mental

 Mulheres relatam dificuldades para criar filhos sozinhas e lidar com ansiedade, depressão e estresse; pesquisa da FGV mostra que 11 milhões de brasileiras são mães solo

(Foto: Shlomaster/Pixabay)

 “Eu sentia muita taquicardia e tinha medo de tudo. Me vinham aquelas crises e eu não conseguia entender o que era. Naquela época, saúde mental não era um assunto tão discutido como hoje”, lembra a manicure e motorista de aplicativo Ione Lais de Almeida, 41 anos. Ela conta que foi diagnosticada com síndrome do pânico em 2021, 15 anos depois do nascimento da segunda filha, hoje com 17 anos. Desde então, ela cria sozinha os três filhos e é uma das 11 milhões de brasileiras que foram mães solo nos últimos anos. Como ela, muitas outras também sofrem impactos da sobrecarga de tarefas e de responsabilidades.

A falta de suporte na maternidade também teve impactos na saúde mental da engenheira química Fabiana Morais, 31 anos. Moradora de Barueri, na Grande São Paulo, ela conta que passou a entender melhor o que sentia somente anos depois, quando começou a fazer terapia. “Ansiedade, raiva, tristeza. Todos os sentimentos vinham misturados e não conseguia perceber cada um deles separadamente. Eu sentia tudo junto, me cobrava muito para ser melhor como mãe, mas vivia com uma angústia enorme. Era tipo nadar, nadar, nadar e morrer na praia”, recorda a engenheira, mãe de Lucas, de 11 anos.

Para ela, toda sua dedicação era em vão. “Parecia que, por mais que eu me esforçasse, não era reconhecida. Me dava uma tristeza ver o pai do meu filho ganhar vários elogios de pai perfeito. Eu, que lutava todos os dias, era somente julgada”, completa.

A maternidade solo, por si só, não é uma condição que provoca o surgimento de transtornos de saúde mental, como explica a psicóloga Marina Cohen, do Hospital Israelita Albert Einstein. No entanto, a sobrecarga que pode surgir a partir dela é um fator importante a ser considerado nos atendimentos. “Os transtornos mentais são sempre multifatoriais. Então, é sempre ideal ter um olhar transversal para a saúde mental. Não é apenas a maternidade solo, mas uma soma de fatores e condições”, diz a especialista. 

Segundo a assistente social Aline Cordeiro Moreira, que atua nas unidades do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) administradas pelo Hospital Israelita Albert, essa sensação de sobrecarga é relatada com frequência pelas mães que buscam assistência na rede pública de saúde. “Costumo dizer nos atendimentos que nós não somos guerreiras, mas mulheres sobrecarregadas do cuidado. Sempre falo com essas mulheres sobre o quanto essa sociedade vai colocando a gente nessa condição de sobrecarga”. 

Ela comenta que a mulher é condicionada a essa situação de ser responsável pelo cuidado. “Aprende a brincar de boneca, a arrumar a casa, a brincar de fazer a comidinha, a lavar a louça. Então, desde a infância, nós somos treinadas dentro dessa sociedade patriarcal, e isso vem causando uma sobrecarga”, explica a assistente social.

A importância da rede de apoio - Segundo a psicóloga, a principal medida que protege as mães solo dos transtornos de saúde mental é a construção de uma rede de apoio. Formada por um conjunto de laços e vínculos com pessoas e/ou instituições, essa rede pode ser importante quando surgem desafios logísticos, psicológicos e financeiros. 

No entanto, para muitas mães, criar uma rede de apoio depende de muito esforço, já que nem sempre há presença familiar – e a figura do parceiro (no caso de casais heterossexuais) é, muitas vezes, ausente. “As pessoas não se envolvem para ajudar, mas para condenar. Eu acho que a sociedade acaba julgando muito uma mãe solteira. Eu tive apoio das pessoas em volta que não eram da família, mas se sensibilizavam e ajudavam”, conta a manicure Ione. Ela lembra de uma vizinha que via sua carga de estresse e se oferecia para cuidar do filho mais velho, enquanto ela estava com a recém-nascida. “Mas não era aquela rede de apoio fixa, que você sempre pode contar”.  

Buscar uma rede fora do círculo familiar, como fez a manicure, é uma alternativa sugerida pela psicóloga do Einstein Marina Cohen. A especialista afirma que estimular a criação de grupos de apoio deve ser uma prioridade nas unidades de saúde. 

“Esses grupos são um dispositivo muito usado nos serviços de saúde pública para promover esse espaço de troca de experiências e de construção de rede. Esse espaço comunitário é importante porque ali dentro dessa rede, que envolve a escola, os espaços de convivência, as pessoas da comunidade, surgem laços comunitários que ajudam as mães a superarem os desafios logísticos da maternidade solo”, explica a psicóloga.

“Muitas vezes, a primeira coisa que ocorre [com a maternidade solo] é que essa mãe se isola, tanto por estigma quanto porque ela vai perdendo esses vínculos comunitários. É realmente essencial ela ter alguma sensação de pertencimento”, completa. 

Aumenta o número de lares chefiados por mães solo - Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que, entre os anos de 2012 e 2022, o número de domicílios com mães solo cresceu quase 18% no Brasil, passando de 9,6 milhões para 11,3 milhões. O estudo considera os domicílios chefiados por mães solo como aqueles em que a pessoa de referência é uma mulher com ao menos um filho e onde não há a presença de um cônjuge. 

“O termo mãe solo é mais adequado e abrangente do que mães solteiras para caracterizar a solidão e os desafios que as mulheres sem rede de apoio enfrentam no dia a dia para cuidar de seus filhos”, explica uma das responsáveis pela pesquisa, a economista da FGV Janaína Feijó. 

O estudo da FGV também mostrou que, em 2022, cerca de 45% das mães solo que trabalhavam no Brasil estavam no mercado informal. Ione, por exemplo, é um dos casos: ela precisou optar por trabalhar como manicure e motorista de aplicativo para ter renda e, assim, conciliar os cuidados com os filhos e o trabalho sem um horário fixo.

Segundo Feijó, o trabalho informal é muitas vezes a única saída, mas pode significar rendimentos menores e mais instáveis, desprovidos de proteção social. “A mãe solo, ao buscar conciliar responsabilidades familiares e trabalho, tende a procurar ocupações que ofereçam jornadas mais flexíveis.”, afirma. 

Para a manicure Ione, as políticas públicas não acompanham as necessidades das mães que criam seus filhos sozinhas. Com os rendimentos e direitos menores que são característicos do trabalho informal, ela conta que é mais difícil pagar por alguns serviços que poderiam facilitar o seu dia a dia:  

“Se o governo oferecesse creche em período ampliado, já ajudaria muito. Tem mães que trabalham até às 20h, por exemplo. Quem fica com as crianças depois do horário da escola ou da creche? Ela precisa pagar aluguel, luz, comida e ainda pagar alguém para ficar com o filho depois da creche. É impossível fechar a conta”, diz a mãe de três.

Mesmo trabalhando no mercado formal, a engenheira Fabiana Morais também relata algumas das mesmas dificuldades. Para ela, “o sistema não é pensado para as mães solteiras”, e um exemplo disso é o horário de saída das creches públicas e particulares. “É claro que depende do nosso esforço também, mas se a gente não tiver apoio da família, do governo, de amigos, a gente não consegue dar conta”. 

“Eu trabalho de casa e tenho que buscar meu filho na escola, mas alguns dias eu estou em reunião e não consigo sair. Por sorte, eu tenho várias pessoas que podem me ajudar, mas, muitas vezes, elas também estão ocupadas. Então, eu tenho que me sacrificar e sair da reunião. A longo prazo, isso pode me prejudicar no trabalho”, desabafa. 

“Em diversas entrevistas de emprego que eu fiz no passado, os entrevistadores não querem saber de você, eles querem saber com quem você vai deixar seu filho, como você vai fazer quando ele ficar doente, e só depois eles vão perguntar das suas competências. Isso é exaustivo porque você se esforça na carreira, mas, no fim do dia, você ainda vai ser vista só como mãe”, finaliza a engenheira.  

Fonte: Por Patrícia Figueiredo, da Agência Einstein 


Moraes defende punição às big techs que induzirem voto

 Presidente do TSE também defendeu regulamentação das redes sociais

Ministro Alexandre de Moraes participa da sessão plenária do STF (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

Agência Brasil – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, defendeu nesta quinta-feira (1°) punição às big techs (empresas que dominam o mercado de tecnologia) por divulgação de conteúdos falsos que induzem o voto do eleitor. Ele também se mostrou favorável à regulamentação das redes sociais, serviços de mensagens privadas e inteligência artificial.

Na abertura dos trabalhos da Justiça Eleitoral em 2024, Moraes afirmou que as empresas de tecnologia, proprietárias das plataformas de redes sociais e de serviços de mensagens privadas, faturam financeiramente com a disseminação de desinformação, notícias fraudulentas e discursos de ódio a determinados grupos de eleitores, e por isso, devem ser responsabilizadas por influenciarem o processo de escolha do eleitor.

“Elas devem ser responsáveis por aquilo que ganham frutos econômicos, por aqueles conteúdos em que seus algoritmos impulsionam, indicam, levam aos eleitores e eleitoras”, disse.

O ministro citou outras práticas que também devem ser alvos de penalidades, como manutenção de contas inautênticas, as negativas para pedidos de retirada imediata de conteúdos e contas com discurso de ódio e antidemocráticos, além da falta de alerta sobre o uso de inteligência artificial nos conteúdos.

A opinião de Moraes vai ao encontro da visão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o tema. Na cerimônia de abertura do Ano Judiciário, no Supremo Tribunal Federal (STF), também nesta terça-feira, Lula pediu a punição às empresas que permitem prática de crimes em suas plataformas.

Regulamentação

Moraes cobrou ainda regras nacionais para o funcionamento das redes sociais e dos serviços de mensagem privada no país.

“Há necessidade de uma regulação geral por parte do Congresso Nacional em defesa da democracia. Não é possível mais permitir o direcionamento de discursos falsos, o induzimento de discursos de ódio, desinformação maciça sem qualquer responsabilidade por parte das chamadas big techs.”

Segundo ele, a Corte eleitoral irá regulamentar o tema neste ano, quando serão realizadas eleições municipais em outubro. As resoluções estão sob relatoria da vice-presidente da Corte, Cármen Lúcia.

“Não há mais como se admitir que as redes sociais sejam terra de ninguém, terra sem lei, onde não haja responsabilidade”, acrescentou.

Ele anunciou ainda a criação de um grupo, composto por servidores do TSE e agentes da Polícia Federal, para aprimorar o monitoramento e identificar quem divulga conteúdos falsos e de discurso de ódio nas redes sociais.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil