quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Ministério Público Federal arquiva inquérito civil contra Anderson Torres pelos atos golpistas do 8/1

 Ao optar pelo arquivamento, o MPF avaliou "não haver elementos" para denunciar o então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal

Anderson Torres (Foto: Alan Santos/PR | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 O Ministério Público Federal (MPF) arquivou o inquérito civil contra Anderson Torres relacionado aos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023. Segundo a coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, “o MPF avaliou não haver elementos para denunciar o então secretário de Segurança Pública do Governo do Distrito Federal”. Torres também foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro (PL)

A defesa de Anderson Torres avalia que o arquivamento na esfera civil pode impactar as investigações em andamento no âmbito criminal. Ele chegou a ficar preso preventivamente por quatro meses pela suspeita de omissão nos atos golpistas. Torres foi colocado em liberdade em maio do ano passado por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)

Ao pedir o arquivamento do inquérito, o MPF destacou a "comprovação da inexistência de conduta tendente a facilitar ou promover a ocorrência dos atos levados a efeito em 8 de janeiro de 2023" por parte de Anderson Torres.

O advogado de Torres, Eumar Novacki, disse que espera ser notificado formalmente e que tem “confiança nas instituições”.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles

Toffoli suspende multas da Odebrecht e autoriza a empresa a renegociar acordo de leniência

 Decisão do ministro do STF se pauta em um pedido da Novonor, antiga Odebrecht, após descobertas da operação Spoofing sobre ilegalidades na Lava Jato

Dias Toffoli (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli determinou nesta quarta-feira (31) a suspensão do pagamento de multas pela empreiteira Novonor, antiga Odebrecht, no contexto do acordo de leniência firmado com o Ministério Público em 2016, no âmbito da operação Lava Jato. A decisão também autoriza a Novonor a buscar uma renegociação do acordo junto à Procuradoria-Geral da República, à Controladoria-Geral da União e à Advocacia-Geral da União, informa o g1.

Essas medidas surgem em decorrência das descobertas da operação Spoofing, deflagrada pela Polícia Federal em 2019. A operação trouxe à tona mensagens entre o então juiz parcial Sergio Moro e membros do Ministério Público, provando um conluio entre as partes na condução dos processos relacionados à investigação da Odebrecht na Lava Jato.

A Novonor solicitou à Justiça a suspensão do acordo de leniência para permitir que sua defesa avaliasse os documentos da Spoofing, identificando potenciais danos à empresa decorrentes dessas supostas ações coordenadas. Caso prejuízos fossem identificados, a empresa buscaria a renegociação do acordo de leniência para considerar essas perdas.

Na decisão, Toffoli destacou as informações obtidas até o momento no âmbito da Operação Spoofing: "ora, diante das informações obtidas até o momento no âmbito da Operação Spoofing, no sentido de que teria havido conluio entre o juízo processante e o órgão de acusação para elaboração de cenário jurídico-processual-investigativo que conduzisse os investigados à adoção de medidas que melhor conviesse a tais órgãos, e não à defesa em si, tenho que, a princípio, há, no mínimo, dúvida razoável sobre o requisito da voluntariedade da requerente ao firmar o acordo de leniência com o Ministério Público Federal que lhe impôs obrigações patrimoniais, o que justifica, por ora, a paralisação dos pagamentos, tal como requerido pela Novonor".

"Conforme ressaltado na inicial, deve-se oferecer condições à requerente para que avalie, diante dos elementos disponíveis coletados na Operação Spoofing, se de fato foram praticadas ilegalidades", afirma o ministro, que em setembro do ano passado, também com base nessa operação, invalidou todas as provas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Posse na Justiça: conheça a equipe e os principais desafios de Lewandowski

 

O novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Foto: reprodução

O novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, tomará posse nesta quinta-feira (1°) com uma série de desafios pendentes da gestão de Flávio Dino.

Entre eles, destacam-se o enfrentamento dos problemas de segurança pública no Rio de Janeiro e na Bahia, a elaboração de um plano de recompra de armas de fogo, a obrigatoriedade de câmeras em fardas policiais e o combate ao garimpo ilegal.

A cerimônia oficial de posse está marcada para as 11h, no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Vale destacar que Dino assumirá a cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 22.

Composição da Equipe

Lewandowski escolheu o procurador-geral de São Paulo, Mário Sarrubbo, para ocupar o cargo de secretário de Segurança Pública, área considerada prioritária pelo governo. Com mais de 30 anos de experiência no órgão, Sarrubbo possui histórico destacado em políticas criminais, ocupando o cargo mais alto do Ministério Público estadual desde 2020.

Para comandar a Secretaria Nacional de Justiça, o ministro nomeou Jean Uema em substituição a Augusto Arruda Botelho (PSB), que liderava a pasta na gestão anterior de Flávio Dino. Uema é atualmente chefe da Assessoria Especial do Ministério de Relações Institucionais, comandado por Alexandre Padilha.

Além disso, Lewandowski optou por manter as mulheres que atualmente ocupam secretarias no ministério: Sheila de Carvalho, Estela Aranha e Marta Machado.

Flávio Dino, Lula e Ricardo Lewandowski juntos no dia de anúncio de novo titular do Ministério da Justiça — Foto: Ricardo Stuckert / PR

Sheila de Carvalho, integrante do Comitê Nacional dos Refugiados, será promovida para liderar a Secretaria de Acesso à Justiça. Carvalho é associada ao Grupo Prerrogativas e atua como líder na Coalizão Negra por Direitos, defendendo políticas públicas de inclusão.

Estela Aranha permanecerá na chefia da Secretaria de Direitos Digitais, enquanto Marta Machado continuará à frente da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos.

André Garcia foi designado por Lewandowski como titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), e Manoel Carlos Almeida Neto ocupará o cargo de número dois no ministério.

Desafios à Frente

A segurança pública assume um papel prioritário nas ações iniciais do novo ministro, considerando a área como uma das mais criticadas na gestão Lula. De acordo com pesquisa Datafolha de dezembro, 50% da população avalia negativamente a atuação do governo federal na segurança pública.

Além disso, está em destaque a priorização da aprovação no Congresso de um projeto de lei que regulamenta as redes sociais. Com informações do Globo.

Estas prioridades se somam a propostas pendentes, incluindo um plano de recompra de armas de fogo restritas durante a gestão Lula, o enfrentamento efetivo do garimpo ilegal em terras indígenas e a análise da proposta de obrigatoriedade de câmeras nos uniformes policiais, uma iniciativa defendida por Dino que será examinada por Lewandowski.

Fonte: DCM

Daniel Alves pede e Justiça da Espanha nega julgamento a portas fechadas

 O Tribunal de Barcelona, no entanto, determinou que uma série de medidas sejam tomadas para proteger a identidade da jovem que acusa o ex-jogador de violação sexual

Dani Alves (Foto: Reuters/Phil Noble)

Acusado de violação sexual contra uma jovem de 23 anos, o ex-jogador Daniel Alves teve seu pedido negado e o Tribunal de Barcelona decidiu que o julgamento do ex-atleta será aberto ao público. No entanto, em meio ao reconhecimento do "evidente impacto midiático" do caso, uma série de medidas rigorosas foi estabelecida para proteger a privacidade da denunciante, relata o jornal O Globo.

O depoimento da vítima será realizado em sigilo, uma prática comum em casos de abuso sexual, visando proteger sua identidade e evitar que ela seja “duplamente vitimizada”.

Daniel Alves, que enfrenta um pedido do Ministério Público de nove anos de prisão, verá o julgamento se desenrolar ao longo de três sessões. Durante o processo, a vítima dará seu depoimento a portas fechadas, protegida por um biombo para evitar o "confronto visual" com o acusado.

O tribunal implementou medidas adicionais para garantir a segurança da vítima, incluindo a proibição de gravação de som ou imagem pela imprensa, assim como a proibição de fotografar a vítima ou seus familiares próximos que possam testemunhar. Os magistrados também determinaram que a vítima seja referida apenas como "denunciante", sem mencionar seu nome ou apelido, a fim de preservar sua identidade.

Vale ressaltar que, nas semanas que antecederam o julgamento, a mãe de Daniel Alves e outras pessoas próximas ao jogador divulgaram um vídeo tentando desacreditar a vítima, expondo seu nome completo e imagens de suas atividades sociais. A denunciante, ao apresentar a denúncia na mesma noite do abuso, expressou preocupação com a possibilidade de seus dados pessoais serem divulgados.

Ainda existe a possibilidade de que o julgamento seja interrompido, já que as partes continuam explorando a possibilidade de um acordo. Se um pacto for alcançado, Daniel Alves terá que admitir os fatos em troca de uma redução da pena. O ex-jogador da seleção brasileira permanece em prisão provisória desde 20 de janeiro de 2023, quando se contradisse perante o juiz.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Indústria do Brasil volta a crescer em janeiro e tem melhor desempenho em 1 ano e meio, mostra PMI

 Dados da S&P Global mostram que em janeiro o PMI do setor industrial brasileiro alcançou 52,8, ante 48,4 em dezembro, maior patamar desde julho de 2022

(Foto: China Daily/Reuters)

Reuters - O setor industrial do Brasil retomou o ritmo de crescimento no início de 2024 e registrou em janeiro o melhor desempenho em um ano e meio, com aumento da produção e do emprego, mostrou nesta quinta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

Dados da S&P Global mostram que em janeiro o PMI do setor industrial brasileiro alcançou 52,8, de 48,4 em dezembro. O índice volta a ficar em território de expansão pela primeira vez desde agosto e marca o patamar mais elevado desde julho de 2022. A marca de 50 separa crescimento de contração.

De acordo com o levantamento, as indústrias brasileiras registraram aumento na entrada de novos trabalhos, o que ajudou a elevar os volumes de produção no ritmo mais forte desde meados de 2022, interrompendo quatro meses seguidos de contração.

A elevação das encomendas foi a primeira em cinco meses e a mais forte em mais de um ano e meio, em meio a condições melhores da demanda no início do ano. No entanto, as novas encomendas de exportação continuaram a cair em janeiro.

"A demanda subjacente por produtos brasileiros se recuperou em janeiro, com as encomendas aumentando no ritmo mais rápido em mais de um ano e meio apesar da fraqueza persistente nas exportações", destacou a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima.

Esse cenário levou à expansão mais rápida dos níveis de emprego desde julho de 2022, com as empresas atribuindo as contratações a reajustes da equipe, novos processos industriais, tendências favoráveis de demanda e aumento dos requisitos de produção.

Embora as pressões sobre as cadeias de oferta tenham se intensificado, em parte devido às tensões no Mar Vermelho, a inflação de insumos perdeu força. Foram citados preços mais elevados de químicos, produtos alimentícios, metais e gás natural, mas eles foram compensados por valores mais baixos de várias outras matérias-primas, de acordo com o levantamento.

Somente cerca de 10% dos produtores elevaram seus preços de venda em janeiro, enquanto 7% ofereceram descontos, o que resultou em um leve avanço dos preços cobrados no mês.

Janeiro foi marcado ainda por uma melhora no nível geral de confiança, que chegou a um pico de 37 meses, em meio ao otimismo sobre o lançamento de novos produtos e investimentos, além da redução das pressões de preços e da queda dos juros.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

'Abin paralela': em depoimento à PF, Ramagem deverá implicar Bolsonaro e Heleno

 Ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência diz que mantinha contato direto com Bolsonaro e comunicação quase diária com Heleno: "era meu superior hierárquico"

(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

 O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL), disse que prestará depoimento no final de fevereiro no âmbito do inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga a suspeita de existência de uma ‘Abin Paralela’, que teria sido utilizada para espionar opositores e críticos da gestão do ex-mandatário.

Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, “uma das principais preocupações do entorno de Bolsonaro é que as investigações cheguem ao ex-presidente da República. A estratégia, agora, é empurrar a responsabilidade de uma eventual Abin Paralela para o general Augusto Heleno. Já Heleno - intimado a depor - deve descrever a relação com Ramagem e dizer que o antigo chefe da Abin despachava diretamente com Bolsonaro”.

De acordo com a reportagem, Ramagem disse que despachava diretamente com o ex-presidente e o general Heleno, que chefiava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Bolsonaro. "Com Heleno, na maioria das vezes, mas às vezes sem Heleno", destacou. O ex-chefe da Abin observou que, caso Heleno utilize essa abordagem em sua defesa, estará apenas relatando a realidade, uma vez que tinha contato direto com Bolsonaro, além de manter uma comunicação quase diária com Heleno. “Era meu superior hierárquico”, ressaltou. O depoimento de Heleno está marcado para a próxima terça-feira (6) na sede da PF, em Brasília (DF). 

Ramagem também manifestou insatisfação por ser convocado apenas um mês após as buscas realizadas pela Polícia Federal em endereços ligados a ele e também no seu gabinete parlamentar, em Brasília. O ex-chefe da Abin negou ter recebido qualquer pedido do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), mesmo sendo próximo do filho do ex-mandatário. 

Questionado sobre o episódio envolvendo a assessora de Carlos Bolsonaro, Luciana Paula Garcia da Silva Almeida, que solicitou a ele informações sobre inquéritos relacionados ao clã Bolsonaro, Ramagem classificou a assessora como "desavisada" e afirmou não ter respondido à mensagem.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1

Instituto Combustível Legal celebra fim da aplicação da bomba branca com um mercado mais ético para o consumidor

 "O fim da bomba branca diminuiu a oportunidade para empresários mal intencionadas e acaba com a propaganda enganosa”, enfatiza o presidente do ICL, Emerson Kapaz

Bomba de combustível (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

 O Instituto Combustível Legal (ICL) comemora o fim da bomba branca por cumprimento de decisão judicial de Ação Civil Pública, em tramite na 1ª Vara Federal e Cível de Uberlândia (MG). Desta forma, fica suspensa a permissão aos revendedores para comercialização de combustíveis de outros fornecedores no mesmo estabelecimento em todo território nacional. O ICL ainda parabeniza a ANP por revisar seu posicionamento sobre a operação da bomba branca. 

Estabelecida em novembro de 2021, a resolução 858 revisou diversas regras de comercialização de combustíveis e regulamentou a instalação de bombas brancas nos postos, que são bombas que ofertam ao consumidor um produto de origem distinta da marca exibida pelo posto. 

O Instituto Combustível Legal sempre se posicionou contra a regulamentação por entender que a mesma gera um aumento de irregularidades no setor, além de fomentar um problema estrutural com aumento dos custos regulatórios e fiscalizatórios. 

A bomba branca sempre promoveu riscos de falta de sinalização ao cliente, uma vez que nem sempre é possível identificar que a bomba escolhida para abastecer pode ser diferente das demais dentro de um mesmo posto. É necessário que a bomba tenha um aviso de que aquele combustível não é da mesma marca da bandeira. 

Também ampliou espaço para que distribuidoras não ortodoxas, que utilizam de mecanismos protelatórios para não pagamento de tributos, e sem preocupação com a garantia de qualidade dos produtos, entrassem em mercados leais e legais e comercializassem para rede de postos descompromissados com seus consumidores.

Ainda proporcionou concorrência desleal, distorção no mercado, além de ferir o dever de veracidade e de transparência na publicidade.

“Essa prática era proibida e, desde quando foi liberada por resolução, cresceu quase 200% nos postos da região Sudeste. Esta é uma decisão importante para garantir mais transparência e ética no setor de combustíveis. O fim da bomba branca diminuiu a oportunidade para empresários mal intencionadas e acaba com a propaganda enganosa, que induzia o consumidor ao erro”, enfatiza o presidente do ICL, Emerson Kapaz.

Fonte: Brasil 247

Ramagem diz que despachava na Abin diretamente com Bolsonaro e Heleno

 Ex-chefe da Abin afirma que tinha contato diário principalmente com o general: “Era meu superior hierárquico”.



O ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, disse nesta quinta-feira (31) ao Blog da Andréia Sadi, no portal g1, que vai depor no final de fevereiro no inquérito que apura a existência de uma Abin Paralela.


Ele se queixa de ser chamado um mês após as buscas realizadas pela Polícia Federal e nega qualquer pedido de Carlos Bolsonaro a ele, apesar de tê-lo como amigo.


Ramagem também falou sobre o pedido da assessora de Carlos, Luciana Paula Garcia da Silva Almeida, para que enviasse números de inquéritos que envolveriam o ex-presidente e os filhos. O ex-chefe da Abin chamou a assessora de “desavisada” e diz que não respondeu a mensagem.


Uma das principais preocupações do entorno de Bolsonaro é que as investigações cheguem ao ex-presidente da República. A estratégia, agora, é empurrar a responsabilidade de uma eventual Abin Paralela para general Augusto Heleno.


Já Heleno — intimado a depor — deve descrever a relação com Ramagem e dizer que o antigo chefe da Abin despachava diretamente com Bolsonaro.


Ramagem explicou à reportagem como era a relação com Bolsonaro e explicou que despachava diretamente com o ex-presidente e o general Heleno.

“Com Heleno, na maioria das vezes, mas às vezes sem Heleno”, diz.


Ramagem acredita que, se Heleno usar isso como defesa, ele só colocará a realidade. O ex-chefe da Abin tinha contato direto com Bolsonaro, além do contato quase que diário com Heleno: “Era meu superior hierárquico”.


Fonte: Agenda do Poder  com informação do blog da jornalista Andréia Sadi, do portal G1

Abbas pede cessar-fogo imediato e retirada total de Israel da Faixa de Gaza

 O presidente palestino exige o fim imediato do genocídio

Mahmoud Abbas (Foto: WAFA)

O presidente da Autoridade Palestina,  reafirmou na quarta-feira (31) a posição política inabalável do seu governo Palestina em relação à necessidade urgente de um cessar-fogo imediato, a retirada completa das forças de ocupação israelenses de Gaza e a rápida entrega de ajuda humanitária à região sitiada, informa a agência WAFA.

Falando numa extensa reunião do movimento Fatah em Ramallah, ele enfatizou a importância de evitar o deslocamento do povo palestino de suas terras, citando o trauma histórico da Nakba de 1948 e as repercussões duradouras que se abateram sobre o povo palestino durante décadas desde então. então.

O Presidente Abbas exigiu o fim das políticas de matança, destruição e ataques ao povo palestiniano na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Apelou também ao fim das políticas de limpeza étnica e de apartheid perpetuadas pelas autoridades de ocupação israelitas.

O Presidente Abbas afirmou a unidade das terras palestinas em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental sob a jurisdição do Estado da Palestina. Ele afirmou que o Estado da Palestina "não abandonará [o seu] povo em Gaza. Partilharemos os meios de subsistência, os salários e os estipêndios em Gaza e na Cisjordânia. Não permitiremos que os planos da ocupação separem Gaza do resto do território palestino nem anexar qualquer parte dele."

O Presidente destacou os esforços contínuos com parceiros internacionais e aliados regionais para pôr termo à agressão israelita em curso e prestar assistência abrangente ao povo palestiniano em Gaza, incluindo permitir-lhes regressar às suas casas que foram destruídas pelas forças de ocupação israelitas.

Ele deixou claro que a retenção por parte de Israel das receitas da desminagem palestina não impediria o Estado da Palestina de cumprir as suas responsabilidades, especialmente para com o povo de Gaza.

O Presidente acrescentou: "Dissemos ao mundo que depois de travar a guerra de genocídio e de deslocação travada pelas forças de ocupação israelitas, deve haver um caminho político claro baseado nos fundamentos da legitimidade internacional, na Iniciativa de Paz Árabe e no direito internacional. Isto caminho inclui todos os territórios palestinos ocupados em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental."

“[Este caminho] começa com o reconhecimento do Estado da Palestina como membro de pleno direito das Nações Unidas através de uma resolução do Conselho de Segurança”, continuou ele. “Isto será seguido por uma conferência internacional de paz que ponha fim à ocupação israelense das terras do Estado da Palestina, com Jerusalém Oriental como sua capital”.

O Presidente Abbas disse que este caminho deveria "incorporar a total independência do [Estado da Palestina] em todo o seu território nacional, sob a liderança da Organização para a Libertação da Palestina, o único e legítimo representante do povo palestino".

O Presidente sublinhou a importância da unidade palestiniana sob a égide da OLP, apelando ao fim das consequências da divisão pós-2007 e ao compromisso com a OLP como representante legítimo e único do povo palestiniano - com vista a alcançar um solução política baseada na legitimidade internacional.

Além disso, o Presidente Abbas reiterou o compromisso da liderança palestina em responsabilizar as autoridades israelitas pelos seus crimes contínuos contra o povo palestiniano em fóruns e tribunais internacionais.

Reconheceu a ação movida pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça para travar a guerra genocida travada pelas autoridades israelitas. O Presidente Abbas afirmou que esta acção legal marca o início dos esforços para travar a agressão, o genocídio e a limpeza étnica israelitas, com mais iniciativas planeadas na frente jurídica internacional.

Ele também destacou encaminhamentos anteriores feitos pelo Estado da Palestina ao Tribunal Internacional de Justiça e ao Tribunal Penal Internacional a este respeito.

Fonte: Brasil 247


Alvo de boicote desde o início dos ataques de Israel a Gaza, Starbucks reduz projeção anual de vendas

 As vendas comparáveis para o ano todo, tanto globalmente quanto nos Estados Unidos, agora são esperadas para crescer entre 4% e 6%, abaixo da faixa anterior de 5% a 7%

Starbucks (Foto: Reuters / Henry Nicholls)

 Na última terça-feira (30), a Starbucks revisou para baixo suas projeções anuais de vendas, indicando que os boicotes relacionados ao que é percebido como apoio ao genocídio palestino promovido por Israel estão afetando significativamente seus resultados corporativos, segundo o Al-Monitor.

Durante uma teleconferência pós-ganhos, a gigante do café, considerada a maior cadeia do mundo, alertou que a demanda enfraquecida em janeiro, juntamente com a lenta recuperação econômica na China, provavelmente terão impacto nos resultados financeiros do segundo trimestre. As vendas comparáveis para o ano todo, tanto globalmente quanto nos Estados Unidos, agora são esperadas para crescer entre 4% e 6%, abaixo da faixa anterior de 5% a 7%.

O CEO da Starbucks, Laxman Narasimhan, revelou que a empresa enfrentou uma queda nas vendas no último trimestre no Oriente Médio, especialmente após os ataques de Israel a Gaza. Mas as consequências do conflito não ficaram confinadas a essa região; elas também afetaram diretamente o mercado interno da Starbucks nos Estados Unidos. Narasimhan destacou que "eventos no Oriente Médio também tiveram impacto nos Estados Unidos", observando que "clientes ocasionais nos Estados Unidos, que costumam nos visitar à tarde, passaram a vir com menos frequência".

A Starbucks, juntamente com várias outras marcas com sede nos Estados Unidos e na Europa, tem sido alvo de boicotes por parte de consumidores estrangeiros desde o início do conflito em Gaza, em outubro passado, informa o Business Insider. A empresa de café agora enfrenta não apenas os desafios regionais decorrentes dos acontecimentos no Oriente Médio, mas também a perda de clientes nos Estados Unidos devido a "percepções equivocadas sobre nossa posição", conforme ressaltou Narasimhan.

O impacto econômico desses boicotes e a redução nas projeções de vendas evidenciam a crescente interconexão entre eventos geopolíticos e as operações corporativas globais. A Starbucks, como uma das marcas mais reconhecidas e disseminadas internacionalmente, está agora enfrentando não apenas as consequências diretas dos conflitos, mas também os desafios decorrentes das percepções do público em relação à sua posição em questões sensíveis. 

Fonte: Brasil 247 com informações do Al-Monitor

Frente Ampla continua liderando pesquisa eleitoral no Uruguai

 Quadro eleitoral no Uruguai evolui para uma vitória da Frente Ampla

Manifestação da Frente Ampla do Uruguai (Foto: Reprodução/Frente Ampla )

Prensa Latina – Faltando oito meses para as eleições nacionais, a Frente Ampla (FA) tem a preferência da maioria do eleitorado uruguaio, segundo pesquisa da publicação Portal Montevidéu.  

“Se as eleições nacionais se realizassem hoje, em que partido votaria?”  - foi a pergunta feita aos internautas, de 23 a 30 de janeiro, período em que foram contabilizadas 20.618 interações, segundo a fonte. 

Segundo os dados da pesquisa, a FA venceria em outubro de 2024 com 48,96 por cento dos votos, muito superior aos 39,01 por cento que alcançou em 2019, quando venceu o primeiro turno, mas como não alcançou 50 por cento dos votos, foi necessário um segundo turno, no qual Luis Lacalle Pou se tornou presidente, defendido por uma coalizão de partidos de direita que permanece até hoje.

O Partido Nacional do presidente obteve 22,34% na pesquisa do Portal Montevidéu.

Entre os partidos da coalizão governamental, o Colorado teve uma ligeira recuperação e somou 10,22% das preferências.

Fonte: Brasil 247 com Prensa Latina

Fusão entre Arezzo e grupo Soma deve criar maior grupo de moda do Brasil

 A Arezzo deterá 56% da nova entidade resultante da fusão, enquanto o Grupo Soma ficará com os 44% restantes

(Foto: Divulgação)

 De acordo com informações obtidas pelo site NeoFeed junto a fontes próximas ao assunto, a Arezzo está prestes a anunciar uma fusão com o Grupo Soma. A operação, que será totalmente baseada na troca de ações, está praticamente concluída, faltando apenas alguns detalhes para ser oficializada. Embora estivesse quase selado no sábado, 27 de janeiro, o negócio enfrentou algumas discordâncias, mas as negociações foram retomadas.

O CEO da Arezzo, Alexandre Birman, e o CEO do Grupo Soma, Roberto Jatahy, estão conduzindo diretamente as conversas. No entanto, acionistas institucionais de ambas as empresas expressaram insatisfação com o acordo, alegando não terem sido consultados sobre seus termos. Outra fonte indicou que o conselho de administração do Soma está resistindo à transação.

Segundo os termos discutidos, a Arezzo deterá 56% da nova entidade resultante da fusão, enquanto o Grupo Soma ficará com os 44% restantes. Após a divulgação da notícia pelo NeoFeed, Jatahy, que estava em São Paulo, viajou imediatamente para o Rio de Janeiro para acelerar as negociações. Se a transação se concretizar, Birman assumirá o cargo de CEO da holding.

Embora anunciada como fusão, uma fonte informou ao NeoFeed que se trata, na verdade, da incorporação do Grupo Soma pela Arezzo. Os rumores sobre o interesse da Arezzo no Grupo Soma surgiram em 2021, quando Birman começou a explorar a possibilidade do negócio. Naquela época, no entanto, o Grupo Soma estava avaliado em um valor superior ao da Arezzo, tornando a operação desafiadora. Esta dinâmica mudou recentemente, com a Arezzo valendo R$ 6,5 bilhões e o Grupo Soma, R$ 5,5 bilhões.

A Arezzo já adquiriu anteriormente a Reserva e a Baw. No Grupo Soma, os controladores detêm 36,31% das ações, conforme um acordo entre os fundadores das marcas, sendo a maior participação individual pertencente à família Jatahy. Entre os sócios do Grupo Soma estão o Opportunity e o BlackRock, detendo 6,51% e 5,33%, respectivamente. Na Arezzo, os controladores são Anderson e Alexandre Birman, possuindo uma fatia de 39,5%.

O NeoFeed procurou a Arezzo, porém não obteve retorno. Às 15h44, após a publicação desta matéria, a Arezzo emitiu um comunicado relevante confirmando que "a companhia está em entendimentos com o Grupo Soma em que ambos avaliam uma possível associação que poderá envolver a unificação das bases acionárias em uma única companhia com governança compartilhada", conforme assinado por Rafael Sachete da Silva, CFO e diretor de Relações com Investidores do Grupo. Poucos minutos depois, o Grupo Soma também divulgou um comunicado, assinado por Gabriel Silva Lobo Leite, CFO e diretor de RI, confirmando "que há conversas em andamento com a Arezzo&Co e seus acionistas de referência a respeito de possível associação mediante a junção de suas operações e bases acionárias, envolvendo as ações das respectivas companhias e a governança compartilhada do negócio combinado". Ambos os comunicados afirmam que não há nenhum documento vinculante, mas que a união das empresas prevê que Roberto Jatahy continuará à frente do comando das marcas sob gestão do Grupo Soma e Alexandre Birman liderará a holding.

Fonte: Brasil 247 com informações do site NeoFeed