quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Hang é condenado em R$ 85 milhões por coagir empregados a votarem em Bolsonaro


Ex-presidente Jair Bolsonaro e Luciano Hang. (Foto: Reprodução)

Leonardo Sakamoto

O juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis, condenou as lojas Havan e seu proprietário Luciano Hang a pagarem mais de R$ 85 milhões por intimidar seus empregados a votarem em Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de 2018. À decisão, cabe recurso.

De acordo com a ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), o proprietário teria promovido campanhas políticas em prol do candidato com o envolvimento obrigatório de empregados em “atos cívicos” na empresa.

Ele é acusado de ameaçar fechar lojas e dispensar empregados caso Fernando Haddad (PT), adversário de seu candidato, ganhasse a eleição. Além disso, os trabalhadores teriam sido constrangidos a responder enquetes internas promovidas pela Havan em seus terminais de computadores, informando em quem votariam – num momento em que já era conhecida a preferência do dono da empresa.

Segundo os procuradores responsáveis pelo caso, “os réus valeram-se de sua condição de empregadores para impor sua opinião política a respeito dos candidatos à Presidência da República e para vincular, de maneira absolutamente censurável, a manutenção dos postos de trabalho de seus colaboradores, valendo-se de métodos humilhantes, vexatórios e, até mesmo, de ‘pesquisas eleitorais’ obrigatórias sem qualquer respaldo em lei”.

Em nota enviada ao UOL, o empresário Luciano Hang classificou como “descabida e ideológica” a decisão.

“É um total absurdo. Inclusive, na época dos acontecimentos foram feitas diversas perícias nomeadas pela própria Justiça do Trabalho e nada ficou comprovado, não houve irregularidades. O juiz deveria seguir as provas, o que não fez, seguiu a sua própria ideologia. Mais uma vez o empresário sendo colocado como bandido”, afirma.

A Justiça do Trabalho calculou o valor a ser pago como multa e indenização da seguinte forma: a) R$ 500 mil para cada loja da Havan existente na época por descumprimento de cautelar que impedia o assédio eleitoral; b) danos morais coletivos de R$ 1 milhão (a ser revertido para o Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de SC); c) dano moral individual de R$ 1 mil para cada empregado contratado até outubro de 2018; d) juros e correção monetária.

Com isso, o valor calculado pela Justiça é de mais de R$ 85 milhões, sendo que o total ainda pode sofrer alterações. A decisão determina que a sentença seja cumprida dez dias após esgotados todos os recursos. E obriga Havan e Hang a não repetirem a se absterem de tentar influenciar o voto de seus funcionários.

‘Conto com cada um de vocês’

Diante de denúncias recebidas, o MPT demandou à Justiça, durante as eleições de 2018, que a empresa e seus representantes se abstivessem de assediar, discriminar, violar a intimidade, coagir, intimidar, admoestar e influenciar o voto dos empregados e que veiculasse essa decisão tanto no âmbito da empresa quanto em contas em redes sociais.

“Estamos sendo coagidos a votar no Bolsonaro, através de vídeos do proprietário da Havan Sr. Luciano Hang, a maioria dos trabalhadores não concorda com os atos, mais (sic) ficam calados para não perder o emprego”, afirma uma das denúncias registradas pelo MPT. “Hang reuniu centenas de funcionários no saguão da loja e por 38 minutos fez verdadeira ‘lavagem cerebral’ nos colaboradores, com ameaças diretas de fechamento de lojas caso seu candidato perca as eleições”, diz outra.

A ação civil pública destacou declarações de Hang, em um vídeo dirigido aos seus empregados, no dia 2 de outubro daquele ano: “a esquerda, nos últimos 30 anos, e estou dizendo hoje, o PSDB, o PT, principalmente, esses partidos de esquerda como PSOL, PC do B, PDT, são partidos alinhados com o comunismo. E o comunismo do mal, aquele comunismo que quer destruir a sociedade, destruir a família, destruir os empregos”.

Ele também afirmou que “talvez a Havan não vai abrir mais lojas. E aí se eu não abrir mais lojas ou se nós voltarmos para trás? Você está preparado para sair da Havan? Você está preparado para ganhar a conta da Havan? Você que sonha em ser líder, gerente, e crescer com a Havan, você já imaginou que tudo isso pode acabar no dia 7 de outubro? E que a Havan pode um dia fechar as portas e demitir os 15 mil colaboradores”.

E concluiu: “não vote em comunistas e em socialistas que destruíram este país. Nós somos hoje frutos dos votos errados que nós demos no passado. Nós não podemos errar. Conto com cada um de vocês. Dia 7 de outubro vote 17, Bolsonaro para nós mudarmos o Brasil. Obrigado pessoal. Conto com cada um de vocês”.


Justiça fala em ‘voto de cabresto’

Ainda em outubro de 2018, o juiz Carlos Alberto Pereira de Castro atendeu ao pedido de tutela antecipada, impondo multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento. Em sua decisão, o magistrado considerou que Hang havia reeditado o “voto de cabresto” ao tentar “impor a grupos de pessoas a escolha política ditada por uma pessoa dotada de maior poderio dentro de certas comunidades”. Segundo ele, o empresário manteve uma “conduta flagrantemente amedrontadora” contra os empregados.

Uma curadoria diária com as opiniões dos colunistas do UOL sobre os principais assuntos do noticiário.

Contudo, de acordo com o MPT, o proprietário da Havan não cumpriu plenamente a decisão. “Após a concessão da liminar, a conduta de influenciar o voto dos empregados não foi cessada. Desde o momento em que recebeu o mandado de intimação, o empresário Luciano Hang demonstrou não apenas inconformismo com a medida [exposto via redes sociais], mas também pouca disposição no seu cumprimento”, diz a ação.

Na época, o proprietário da Havan repudiou, em entrevistas a veículos de imprensa, as denúncias de que estaria coagindo os empregados.

A ação civil pública traz declarações de outro vídeo divulgado por Hang, nas redes sociais, questionando a liminar: “eu não tô pegando e ‘ó, tu vota no Bolsonaro senão você vai morrer’, pondo a arma na cara dele, isso é coação, pessoal, (…) nós estamos no século 21, o pessoal do Ministério do Trabalho (sic) tem que entender que o país mudou, que se a gente não tratar bem esse pessoal aqui eles vão embora, não é isso? (…) se eu não ganhar o coração dele ele vai embora amanhã, então nós temos que fazer uma empresa do bem e ganhar eles assim ‘vota no Bolsonaro’ e falar por que o Bolsonaro é o melhor”.

Subscreveram a ação inicial os procuradores do Trabalho Alice Nair Feiber Sônego, Bruna Bonfante, Elisiane dos Santos, Lincoln Roberto Nóbrega Cordeiro, Luciano Arlindo Carlesso, Luiz Carlos Rodrigues Ferreira e Sandro Eduardo Sardá.

‘Não cabe ao empregador fazer empregados de claque’

“Não cabe ao empregador, no ambiente de trabalho de seus empregados, promover atos políticos em favor ou desfavor de candidatos ou agremiações, fazendo-os de ‘claque’. Nem há como ponderar que a participação dos empregados é livre e espontânea, na medida em que o eventual não comparecimento, ainda mais durante o expediente, poderia ser facilmente constatado e penalizado com represálias injustas”, afirmou o juiz na sentença proferida no dia 22 de janeiro.

O magistrado Carlos Alberto Pereira de Castro questionou, em sua decisão, se um empregador pode declarar seu voto para um candidato a seus empregados. “Entendo que sim, especialmente se o faz de modo ainda mais aberto, em declarações públicas, na imprensa ou em redes sociais. Deriva do processo democrático que cada um possa exercer plenamente seus direitos políticos, seja um empresário, seja um empregado”, afirma.

“Porém, há uma distância considerável entre apenas declarar seu apoio político a qualquer candidato ou agremiação político-partidária que seja e a forma como se deu a abordagem no caso presente.”

Castro criticou a enquete realizada entre os funcionários para saber da intenção de voto: “A mera formulação de pesquisas de cunho eleitoral já invade a intimidade e a privacidade dos empregados, pois o voto é secreto e deve-se garantir que a pessoa não queira manifestar-se a respeito”.

E também a ameaça de Hang de fechar lojas caso Bolsonaro perdesse: “Em uma prática que já é discutível sem se tratar de questões políticas, promoveu o mesmo réu em estabelecimento da Havan uma manifestação em que não só fez campanha para um candidato às eleições, mas colocou em xeque a continuidade de todos os contratos de trabalho firmados pela ré Havan, caso houvesse resultado desfavorável sob a sua ótica”.

Na avaliação do magistrado, “o empregador, em sua relação com empregados, ainda que tenha por finalidade única a atividade político-partidária (caso dos partidos políticos), não pode querer que seus contratados sejam, invariavelmente, seguidores do mesmo perfil ideológico”.

Ele afirma que se a reação do Poder Judiciário fosse, neste caso, no sentido oposto ao que sustentou o MPT, um “lamentável precedente” seria aberto, autorizando empregadores a exercer sua influência, com o receio natural da perda do emprego pelo resultado das urnas, ainda que não expressamente mencionada, aos empregados.

Luciano Hang acusa agentes públicos de militância política

Na nota enviada ao UOL, o empresário ressalta que todas as determinações na liminar da Justiça do Trabalho haviam sido cumpridas, com informações levadas a todos os colaboradores sobre a livre expressão do voto, com o envio de mala direta no e-mail dos colaboradores e colocado no display eletrônico de cada loja.

“Tudo foi feito de modo a garantir a liberdade dos colaboradores”, afirma Hang. Afinal, temos até hoje em nosso quadro, colaboradores de várias outras ideologias políticas. Aliás, importante lembrar que o voto é secreto e cada um votou conforme sua convicção.”

E afirma que a denúncia não partiu de colaboradores, mas de sindicatos e agentes públicos que, segundo ele, teriam militância política. “Estamos tranquilos e vamos recorrer da decisão, afinal, nada foi feito de errado e isso já havia sido comprovado lá atrás. Ainda acreditamos na Justiça brasileira”, diz.

Os réus contestaram a competência da Justiça do Trabalho para analisar o caso e pediram segredo de Justiça no trâmite, mas ambos as demandas foram negadas.

De acordo com a sentença, os réus alegaram que não houve coação, que Luciano Hang não falou para todos os seus empregados, mas apenas aos do centro administrativo de Brusque (SC), que a camisa verde e amarela usada por ele no evento com a presença de funcionários “buscava trazer maior atenção da população em tempos de Copa do Mundo, não se relacionando a candidatos” sustentam não haver indícios de prova em relação à pesquisa eleitoral.

MPT recebeu 3.505 denúncias de assédio eleitoral na última eleição

O caso da Havan e de Hang é paradigmático porque há ações tramitando sob o mesmo tema ajuizadas na eleição passada.

O Ministério Público do Trabalho recebeu 3.505 denúncias de assédio eleitoral, em 2022, um número mais de 17 vezes maior que o total de 2018. A instituição diz que denunciou cerca de 2,5 mil empresas e instituições públicas, firmou 487 termos de ajustamento de conduta, ajuizou 93 ações e fez 1.498 recomendações.

O grande número de denúncias de assédio, há dois anos, levou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, a vir a público relembrar que isso é um crime. “Não é possível que, em pleno século 21, se pretenda coagir o empregado em relação ao seu voto”, desabafou.

Em 2022, no Pará, o dono de uma empresa de tijolos e telhas que havia prometido R$ 200 por voto em Jair Bolsonaro, caso ele se reeleja, teve que pagar uma indenização e se retratar após intervenção do MPT. Na Bahia, uma empresária que pediu, em vídeo, que produtores rurais “demitam sem dó” os funcionários que votarem em Lula, também teve que se desculpar publicamente e pagar multa. No Espírito Santo, uma empresa está sendo investigada por conta de um empregador que disse aos funcionários que, dependendo de quem escolherem nas eleições, “não vão poder reclamar” se ficarem sem emprego.

Uma recomendação do MPT, alertando aos patrões que assédio eleitoral é crime e pode gerar um grande prejuízo para o bolso deles, veio a público após a repercussão de mensagens trocadas por empresários bolsonaristas em um grupo de WhatsApp, fato revelado por uma série de reportagens do portal Metrópoles. Além da defesa de um golpe de Estado em caso de vitória de Lula, o grupo também discutiu uma sugestão de um dos membros para que fossem pagos “bônus” a empregados que votassem alinhados a eles.

Originalmente publicado na coluna de Leonardo Sakamoto, no Uol

Bolsonarista que ameaçou Zanin em banheiro de aeroporto pede desculpas na Justiça


O empresário Luiz Carlos Bassetto se filmou importunando o hoje ministro do STF Cristiano Zanin. Reprodução

 Após um ano sem ser localizado, o empresário Luiz Carlos Bassetto apresentou-se à Justiça apresentando um pedido de retratação pelas ofensas e ameaças proferidas ao então advogado e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, há aproximadamente um ano. Na época, Zanin não era membro da corte e atuava como advogado do ex-presidente Lula.

No documento encaminhado à 6ª Vara Criminal de Brasília, Bassetto, por meio de sua defesa, retrata-se, afirmando que “retira tudo que tenha dito, de forma a declarar publicamente e perante este Ilustrado Juízo, que o querelante (Cristiano Zanin) não faz jus às ofensas perpetradas”.

Em janeiro do ano anterior, Bassetto gravou e divulgou um vídeo no qual Zanin escovava os dentes no aeroporto de Brasília. Na ocasião, o empresário insultou o então advogado, chamando-o de “bandido”, “safado” e “vagabundo”. Bassetto também afirmou que o ministro merecia ser agredido por todos que encontrasse na rua e expressou o desejo de “meter a mão na orelha” de Zanin.

Com o pedido de retratação, a defesa de Bassetto busca a extinção da pena pelo crime de difamação, alegando que não houve intenção de difamar Zanin e que as ofensas ocorreram “dias após os famigerados acontecimentos de 8 de janeiro, troca de governo e fortes discussões ideológicas e políticas”.

Fonte: DCM

Caixa conclui pagamento da parcela do Bolsa Família de janeiro

 Recebem nesta quarta-feira beneficiários com NIS de final 0

(Foto: Roberta Aline/MDS)

Agência Brasil - A Caixa Econômica Federal conclui o pagamento da parcela de janeiro do novo Bolsa Família. Recebem nesta quarta-feira (31) os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final zero.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas, com o novo adicional, o valor médio do benefício sobe para R$ 685,61. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 21,12 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,48 bilhões.

Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Cadastro - Desde julho do ano passado, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, 3,7 milhões de famílias foram canceladas do programa em 2023 por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família.

O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes vínculos de emprego formal, renda e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.

Em compensação, outras 2,85 milhões de famílias foram incluídas no programa no ano passado. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício.

Regra de proteção - Cerca de 2,4 milhões de famílias estão na regra de proteção em janeiro. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 373,07.

Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em fevereiro.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Juíza dos EUA anula "inexplicável" plano de pagamento de US$ 56 bilhões da Tesla para Elon Musk

 Decisão, que pode ser alvo de recurso, anula o maior pacote de remuneração de uma empresa dos Estados Unidos a executivos

Elon Musk (Foto: REUTERS/Gonzalo Fuentes)

Reuters - Uma juíza norte-americana rejeitou na terça-feira o pacote de pagamento recorde de 56 bilhões de dólares da Tesla para Elon Musk, chamando a remuneração de "uma soma inexplicável" que é injusta para os acionistas da montadora de carros elétricos.

As ações da Tesla caíram cerca de 3% após o fechamento do mercado norte-americano na véspera e alguns investidores avaliaram que a decisão da juíza de Delaware possa levar a Tesla a reformular sua governança.

O conselho de administração da Tesla tem sido criticado por não conseguir supervisionar seu combativo presidente-executivo, que já enfrentou os órgãos reguladores e comanda várias outras empresas ao mesmo tempo.

A decisão, que pode ser alvo de recurso, anula o maior pacote de remuneração de uma empresa dos Estados Unidos a executivos. A juíza considerou que a remuneração baseada em ações foi negociada por diretores que pareciam estar em dívida com Musk, atualmente classificado pela revista Forbes como o homem mais rico do mundo.

"Envolvido pela retórica do 'all upside', ou talvez com os olhos arregalados pelo apelo de superstar de Musk, o conselho nunca fez a pergunta de 55,8 bilhões de dólares: o plano (de remuneração) era mesmo necessário para que a Tesla mantivesse Musk e atingisse seus objetivos?", escreveu a juíza Kathaleen McCormick.

A juíza orientou o acionista da Tesla que contestou o plano de pagamento a trabalhar com a equipe jurídica de Musk para implementar a decisão.

A decisão ocorre no momento em que a Tesla tem alertado sobre desaceleração do crescimento e em que o setor de veículos elétricos está reavaliando a demanda. A Tesla se tornou a montadora mais valiosa do mundo sob o comando de Musk, mas grande parte desse valor se baseia nas expectativas de avanços futuros, como carros autônomos.

"Nunca registre sua empresa no Estado de Delaware", disse Musk na rede social X, a plataforma de mídia social conhecida como Twitter até ser comprada pelo bilionário em 2022.

"Bom dia para os mocinhos", disse Greg Varallo, advogado do acionista da Tesla Richard Tornetta, que entrou com o processo em 2018.

REMUNERAÇÃO DE MUSK - "O tamanho incrível do maior plano de remuneração a executivos da história dos EUA - uma soma inexplicável - parece ter sido calibrado para ajudar Musk a alcançar o que ele acreditava que seria 'um bom futuro para a humanidade'", escreveu McCormick em seu parecer de 201 páginas.

Musk disse durante o julgamento da remuneração, que durou uma semana, em novembro de 2022, que o dinheiro seria usado para financiar viagens interplanetárias.

"É uma maneira de levar a humanidade a Marte", disse o bilionário. "Portanto, a Tesla pode ajudar a potencialmente conseguirmos isso."

O acordo salarial de 10 anos da Tesla com Musk, firmado em 2018, valeria cerca de 51 bilhões de dólares ao preço de fechamento das ações da Tesla na terça-feira, levando em conta o custo para Musk exercer as opções.

Isso seria cerca de um quarto de sua fortuna de 210,6 bilhões de dólares, conforme calculado pela revista Forbes, que atualmente está cerca de 2 bilhões de dólares à frente do presidente-executivo da empresa de bens de luxo LVMH, Bernard Arnault.

A decisão também ocorre no momento em que a Tesla está preparando outra rodada de negociações de remuneração com o presidente-executivo. Musk disse na X este mês que não se sentia à vontade para liderar a Tesla, a menos que tivesse 25% do controle de votos. O bilionário possuía cerca de 13% da empresa na época e disse que as negociações não começariam até que McCormick tomasse uma decisão.

"Dada a forma como ela descreve o processo do conselho - por meio do depoimento dos diretores - não há como sua mais recente exigência de 25% ser aprovada", disse Brian Quinn, professor da Faculdade de Direito do Boston College. "Ela está morta na chegada."

McCormick escreveu que muitos dos diretores do conselho da Tesla, incluindo os membros atuais Kimbal Musk, irmão de Elon Musk, e James Murdoch, filho do magnata da mídia Rupert Murdoch, não tinham independência por causa de seus laços pessoais estreitos com o presidente-executivo. Dois dos outros diretores atuais da Tesla, Robyn Denholm e Ira Ehrenpreis, demonstraram falta de independência na decisão sobre a remuneração, disse.

Atualmente, o conselho tem oito membros, incluindo o presidente-executivo.

Ross Gerber, presidente e CEO da Gerber Kawasaki Wealth & Investment Management e investidor da Tesla, disse à Reuters que a decisão mostrou que a empresa precisa substituir pelo menos três diretores por membros independentes antes de negociar um novo pacote de remuneração para Musk.

"Essencialmente, toda a estrutura corporativa da Tesla foi considerada, como se não fosse apropriada para uma empresa pública", disse Gerber.

Os diretores da Tesla argumentaram durante o julgamento que a empresa estava pagando para garantir que um dos empresários mais dinâmicos do mundo continuasse a dedicar sua atenção à fabricante de veículos elétricos. Antonio Gracias, um diretor da Tesla de 2007 a 2021, chamou o pacote de "um ótimo negócio para os acionistas".

Os advogados de Tornetta afirmaram que o conselho da Tesla nunca disse aos acionistas que as metas eram mais fáceis de serem alcançadas do que a empresa estava reconhecendo e que as projeções internas mostravam que Musk se qualificaria rapidamente para receber grande parte do pacote de remuneração.

A equipe jurídica do autor da ação também argumentou que o conselho tinha o dever de oferecer um pacote salarial menor ou procurar outro presidente-executivo e que deveria ter exigido que Musk trabalhasse em tempo integral na Tesla em vez de permitir que ele se concentrasse em projetos paralelos, como a SpaceX e a X.

Kristin Hull, fundadora da Nia Impact Capital, investidora da Tesla, descreveu o conselho de administração como sendo submisso a Musk, um problema que, segundo ela, é comum em outras grandes empresas de tecnologia. "Esse é um show de parças", disse ela sobre a situação.

O pacote de remuneração concedeu opções a Musk envolvendo aproximadamente 304 milhões de ações que o bilionário pode comprar por cerca de 23,33 dólares cada, bem abaixo da cotação de 191,59 dólares do papel na terça-feira. Musk ganhou todas as 12 parcelas dos prêmios de opção de compra de ações à medida que a Tesla atingia metas financeiras e operacionais cada vez maiores.

Musk não exerceu nenhuma das opções e, quando o fizer, deverá manter as ações por cinco anos antes de vendê-las, de acordo com McCormick. O executivo não recebe salário na Tesla.

O valor da Tesla aumentou de 50 bilhões de dólares, quando o pacote de remuneração foi negociado, para um número brevemente superior a 1 trilhão de dólares em 2021.

Amit Batish, da Equilar, uma empresa de pesquisa de remuneração de executivos, estimou em 2022 que o pacote de Musk era cerca de seis vezes maior do que a remuneração combinada dos 200 executivos mais bem pagos em 2021.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Ministro dos Direitos Humanos aciona AGU para processar deputados bolsonaristas por ofensas na Câmara

 Silvio Almeida busca reparação legal após acusações infundadas de ligações com o crime organizado durante audiência parlamentar tumultuada

Silvio Almeida (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 O Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, tomou medidas legais contra os deputados bolsonaristas Gilvan da Federal e Marcos Pollon, ambos do PL, acionando a Advocacia-Geral da União (AGU) em resposta às ofensas proferidas contra sua pessoa durante uma audiência na Câmara no último mês, destaca o Metrópoles.

No dia 5 de dezembro, Almeida compareceu a uma audiência conjunta dos colegiados de Segurança Pública e Fiscalização Financeira e Controle. No entanto, a sessão foi abruptamente encerrada devido ao acalorado conflito verbal entre os deputados bolsonaristas e o ministro.

Sem apresentar provas, Gilvan da Federal acusou o Ministério dos Direitos Humanos de ter ligações com o Comando Vermelho, uma alegação prontamente refutada por Almeida. Em meio ao caos, Marcos Pollon repetiu a acusação, indagando sobre a suposta relação do ministro com o crime organizado durante seus dias como advogado.

Após obter a aprovação da Consultoria Jurídica do ministério, Silvio Almeida formalizou o pedido à AGU no dia 22 deste mês. Ele solicitou que seja apresentada uma queixa-crime contra Gilvan da Federal e um pedido formal de esclarecimentos a Marcos Pollon. Em sua solicitação, Almeida destacou que os parlamentares lançaram insinuações sobre sua conduta. “Os parlamentares insinuaram a prática de fatos criminosos a mim, em clara ofensa à minha honra, especificamente como ministro”, escreveu Almeida.

Fonte: Brasil 247

Clã Bolsonaro se apavora com possibilidade de divulgação de aliados que foram espionados ilegalmente pela Abin

 Aliados bolsonaristas desconfiam estar entre os monitorados e atribuem este fato a Carlos Bolsonaro, que teria criado um 'clima de conspiração' em torno do pai

Assessores de Flávio Bolsonaro na Alerj defenderam a família

A investigação da Polícia Federal (PF) sobre o esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) deixou em pânico o núcleo da família Bolsonaro. O temor é que uma possível divulgação dos alvos inclua não somente opositores e críticos da gestão do ex-mandatário, mas também “aliados e amigos do clã”, diz a jornalista Andréia Sadi em sua coluna no G1.

A análise realizada pela PF aponta para a existência de cerca de 1,5 mil monitoramentos ilegais, segundo informações obtidas pelo blog. Fontes da Abin mencionam um número ainda maior, chegando a 1,8 mil. No início de janeiro, o diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, disse que o órgão estava lidando com aproximadamente 30 mil pessoas espionadas ilegalmente, mas existe a dúvida se esses números representam indivíduos ou monitoramentos, uma vez que existe a possibilidade de que uma mesma pessoa tenha sido monitorada mais de uma vez. 

“Aliados de Bolsonaro, nos bastidores, não descartam que estejam entre os nomes espionados ilegalmente. Atribuem essa avaliação ao clima de conspiração criado, principalmente, por Carlos Bolsonaro junto ao pai, durante seu mandato”, destaca a reportagem. A desconfiança é atribuída às atitudes alimentadas pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) ao longo do tempo, inclusive em relação a aliados próximos, como o vice Hamilton Mourão. 

Entre as preocupações do clã Bolsonaro está a análise de um computador apreendido pela PF no gabinete de Carlos Bolsonaro. Nesta linha, já estariam sendo montadas estratégias defensivas, incluindo a possibilidade de atribuir as ações a assessores sem o consentimento do vereador e sugerir que a suposta "Abin paralela" teve o aval do general Augusto Heleno, que chefiou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Bolsonaro.

Heleno foi intimado pela PF e deverá prestar depoimento na próxima terça-feira (6) na sede da corporação, em Brasília (DF), no âmbito do inquérito que apura o suposto esquema de espionagem clandestina dentro da Abin, a mando do então diretor da agência, Alexandre Ramagem. Na época, a Abin era subordinada à pasta comandada pelo militar.

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Andréia Sadi, em sua coluna no G1


Taxa média de desemprego em 2023 foi de 7,8%, menor patamar desde 2014, diz IBGE

 Estimativa do número de empregados com carteira de trabalho assinada cresceu 5,8% no ano e chegou a 37,7 milhões de pessoas, o mais alto da série

Lula e ministro do Trabalho, Luiz Marinho (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Ana Volpe/Agência Senado | REUTERS/Amanda Perobelli)

Infomoney A taxa de desocupação chegou a 7,4% no trimestre encerrado em dezembro de 2023, um recuo de 0,3 ponto percentual (p.p.) em comparação com o trimestre de julho a setembro. O consenso LSEG era de que a taxa fosse para 7,6% no trimestre encerrado em dezembro.

Com o resultado, a taxa média anual do índice foi de 7,8% em 2023, o que representa uma retração de 1,8 p.p. frente a de 2022, quando marcou 9,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (31) pelo IBGE.

O resultado anual é o menor desde 2014, confirmando a tendência já apresentada em 2022 de recuperação do mercado de trabalho após o impacto da pandemia da COVID-19. O patamar está próximo do início da série histórica, em 2012, quando a taxa média foi de 7,4%. A menor taxa da série foi em 2014, com 7,0%.

A tendência é confirmada quando se observa a queda na população desocupada média de 2022 para 2023: redução de 17,6%, chegando a 8,5 milhões de pessoas. Por outro lado, a população ocupada média voltou a bater o recorde da série e chegou a 100,7 milhões de pessoas em 2023, resultado 3,8% acima de 2022. Frente à média de 2012 (89,7 milhões de pessoas), representa um aumento de 12,3%. O nível médio da ocupação (percentual ocupados na população em idade de trabalhar) também cresceu e chegou a 57,6% em 2023, 1,6 p.p. a mais que em 2022 (56,0%).

Empregados com carteira e sem carteira atingem patamar recorde em 2023 - A estimativa anual do número de empregados com carteira de trabalho assinada cresceu 5,8% no ano e chegou a 37,7 milhões de pessoas, o mais alto da série. Também a contingente anual de empregados sem carteira assinada no setor privado mostrou aumento, de 5,9%, chegando a 13,4 milhões de pessoas, também o pico da série.

O número de trabalhadores domésticos cresceu 6,2%, chegando a 6,1 milhões de pessoas. A taxa anual de informalidade passou de 39,4% para 39,2% enquanto a estimativa da população desalentada diminuiu 12,4%, alcançando 3,7 milhões de pessoas.

Rendimento médio aumenta e massa de rendimento bate recorde em 2023 - O valor anual do rendimento real habitual foi estimado em R$ 2.979, um aumento de 7,2% (ou R$199) na comparação com 2022. O resultado chega perto do maior patamar da série, em 2014 (R$ 2.989). Já o valor anual da massa de rendimento real habitual chegou a R$ 295,6 bilhões, o maior da série, com alta de 11,7% (mais R$ 30,9 bilhões) em relação a 2022.

Destaca-se que, a partir desta divulgação, os indicadores da Retrospectiva Anual de Mercado de Trabalho da PNAD Contínua serão calculados com o banco de dados anual por visita da pesquisa, refazendo inclusive a série histórica de tais indicadores. O banco anual de referência é o acumulado de primeiras visitas, exceto 2020-2022, que utilizou o acumulado de quintas visitas, devido à pandemia de Covid -19 e a resultante queda da taxa de resposta das primeiras visitas nesse período. Os valores dos indicadores estão disponíveis no SIDRA em PNAD Contínua Anual – Assunto Mercado de Trabalho.

Desocupação têm queda e carteira assinada bate recorde no quarto trimestre de 2023 - Considerando apenas o índice do trimestre de outubro a dezembro de 2023, a PNAD Contínua divulgada hoje mostra que a taxa de desocupação (7,4%) recuou 0,3 p.p. na comparação com o trimestre de julho a setembro 7,7%) e 0,5 p.p. se comparada à do mesmo trimestre de 2022 (7,9%). Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, e a menor para um trimestre encerrado em dezembro desde 2014.

“A queda da taxa de desocupação ocorreu fundamentalmente por uma expansão significativa da população ocupada, ou seja, do número de pessoas trabalhando, chegando ao recorde da série, iniciada em 2012”, explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy. A população ocupada chegou a 101,0 milhões, crescimento de 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) na comparação com o tri anterior e 1,6% (mais 1,6 mi) no confronto interanual.

“Destaca-se, ainda, o aumento do número de carteira assinada, que chega ao seu maior nível da série”, complementa Adriana. O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) teve alta de 1,6% no trimestre e de 3,0% no ano, chegando ao ápice da série da PNAD Contínua: 37,973 milhões.

A população desocupada foi de 8,1 milhões, recuo de 2,8% no trimestre e 5,7% no ano, marcando o menor contingente desde o tri encerrado em março de 2015. A taxa composta de subutilização ficou em 17,3%, recuo de 0,3 p.p. frente ao trimestre encerrado em setembro (17,6%) e queda de 1,2 p.p. ante o mesmo trimestre de 2022 (18,5%), sendo a menor taxa desde o tri encerrado em junho de 2015 (17,3%). Já a população subutilizada foi de 19,9 milhões de pessoas, o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016. A taxa de informalidade foi de 39,1%.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney


Polícia investiga morte de jovem após encontro com jogador do sub-20 do Corinthians

 A vítima teve sangramento na região íntima e sofreu quatro paradas cardíacas

Dimas Cândido de Oliveira Filho (Foto: Divulgação)

Na noite desta terça-feira (31), no bairro do Tatuapé, em São Paulo, uma jovem de 19 anos perdeu a vida após manter uma relação sexual com Dimas Cândido de Oliveira Filho, meia que integra a equipe sub-20 do Corinthians. O caso está sendo investigado pelo 30º Distrito Policial como morte suspeita, e as autoridades buscam esclarecer as circunstâncias do episódio, informa o ge.

Segundo informações do tenente Lucas Sarri, policial militar que atendeu a ocorrência, a vítima apresentava sangramento na região íntima e sofreu quatro paradas cardíacas. O oficial relatou que foram acionados para verificar uma entrada no Pronto Socorro Tatuapé, encontrando a jovem em estado crítico. "Ela teve quatro paradas cardiorespiratórias seguidas, evoluindo a óbito. O que levantamos no local do PS é que momentos antes, ela estava no apartamento do jogador", explicou o tenente.

Dimas foi conduzido ao 30º Distrito Policial para prestar depoimento. Em sua declaração às autoridades, o jogador admitiu ter mantido relações sexuais com a jovem, mas afirmou que ela começou a passar mal em determinado momento. A defesa do atleta alega que a relação foi consensual, e a advogada Fabiana Moura destacou: "meu cliente fez tudo o que podia pela garota. Chamou o SAMU, foi para o hospital junto com ela na ambulância e tentou prestar todos os socorros. Temos que esperar o laudo do IML, mas ele é inocente".

O jogador negou ter feito uso de drogas ou bebidas alcoólicas, conforme consta no Boletim de Ocorrência. No hospital, o pai da vítima, identificado como policial militar da reserva, revelou que a filha informou que se encontraria com uma amiga para assistir ao jogo do Corinthians. A polícia realizou uma perícia no apartamento onde o encontro ocorreu.

Dimas, que pertence ao Coimbra, de Minas Gerais, foi contratado pelo Corinthians em abril do ano passado por empréstimo. Em 2023, ele participou de 12 jogos pelo clube. 

Fonte: Brasil 247 com informações do ge

Governo espera que juros caiam a terreno mais neutro e PIB pode crescer mais de 2%, diz Mello

 Secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, disse que o crescimento em 2024 tende a ser mais equilibrado e melhor distribuído pelos setores econômicos

Guilherme de Mello (Foto: Divulgação)

Reuters - O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse nesta quarta-feira que o governo espera que os juros caiam para terreno mais neutro, ao mesmo tempo que previu crescimento talvez acima de 2% da economia em 2024.

Em entrevista à GloboNews, o secretário defendeu que o crescimento em 2024 tende a ser mais equilibrado e distribuído de forma melhor pelos setores econômicos.

Ele disse ainda que as condições estão dadas para continuidade da queda da taxa de juros -- atualmente em 11,25% ao ano -- e que o governo acredita que a inflação vai convergir para a meta este ano, ficando muito mais próximo do objetivo do que esteve em 2023.

Mello também afirmou que o governo está confiante em cumprir a meta de zerar o déficit primário neste ano.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Bope faz operação no Complexo da Penha contra o Comando Vermelho

 Objetivo, segundo a corporação, é impedir a expansão do Comando Vermelho para a Zona Oeste. Há relatos de intenso tiroteio

Operação policial no Complexo da Penha (Foto: Reprodução/TV Globo)

 O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) deu início a uma operação nesta quarta-feira (31) nas favelas do Complexo da Penha, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro, informa o g1. Moradores da região relataram intensos tiroteios logo nas primeiras horas da manhã, enquanto a tropa de elite da Polícia Militar mobilizava seus recursos para combater criminosos envolvidos em ações ilícitas na Zona Oeste da cidade.

De acordo com informações fornecidas pela Polícia Militar, a operação tem como objetivo impedir a movimentação de criminosos que estariam envolvidos em atividades criminosas na Zona Oeste. Criminosos atearam fogo a barricadas em vielas das comunidades da Fé, Sereno e Caixa D‘água, numa tentativa de conter o avanço dos blindados utilizados pelo Bope.

Até o momento desta reportagem, não há informações sobre feridos, prisões ou apreensões durante a operação, que continua em curso.

Dados do serviço de inteligência revelam que o Comando Vermelho (CV), que domina a região da Penha, está em um conflito territorial com a milícia que atua nas áreas de Gardênia Azul, Muzema, Rio das Pedras, Conjunto Cesar Maia e Morro do Banco. A disputa pelo controle desses territórios tem gerado uma onda de violência que persiste há pelo menos um ano.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Crise humanitária se agrava em Gaza e palestinos comem grama e bebem água suja para tentar sobreviver

 Crise humanitária atinge a totalidade da população do enclave, de cerca de 2,2 milhões de palestinos, que enfrenta o risco iminente de morrer por desnutrição

Faixa de Gaza: campo de refugiados palestinos (Foto: IBRAHEEM ABU MUSTAFA/REUTERS)

Pouco mais de um mês após o início da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, a situação humanitária atingiu níveis alarmantes, com 2,2 milhões de palestinos, a totalidade da população do enclave, enfrentando o risco iminente de morrer por desnutrição. A ofensiva teve início em 7 de outubro, em resposta a um ataque coordenado pelo Hamas contra o território de Israel.

Em dezembro, a ONG Human Rights Watch (HRW) acusou o governo israelense de submeter civis à fome como parte da guerra e relatos indicam que as restrições impostas por Israel ao fornecimento de alimentos, água e combustível para o território agravaram ainda mais a crise.

Segundo o jornal O Globo, palestinos em Gaza relataram recorrer à ingestão de grama e água suja para sobreviver, enquanto crianças choram e imploram por comida nas ruas. Os escassos suprimentos ainda encontrados em Gaza são comercializados por mais que o dobro de seu valor original.

A escassez de alimentos também impacta as gestantes, com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) alertando para o aumento do risco de abortos espontâneos, nascimentos prematuros e crianças nascendo abaixo do peso. A situação é especialmente difícil para as 50 mil mulheres grávidas em Gaza.

Hanadi Gamal Saed el-Jamara, mãe de sete filhos, descreve a agonizante realidade de sua família, onde a fome e a sede se tornaram uma ameaça constante. “Estamos morrendo lentamente”, disse ela à CNN. “Acho que é até melhor morrer pelas bombas, pelo menos assim seremos mártires. Mas agora estamos morrendo de fome e sede”, completou. —

A situação é agravada pelo estado de saúde do marido, que sofre de câncer e diabetes. Toda a família também sofre de diarreia e desnutrição.

Os deslocamentos em massa, a destruição de bairros e a perda de vidas tornaram os últimos 100 dias de guerra especialmente difíceis para os habitantes de Gaza. A suspensão do financiamento à UNRWA (agência de assistência humanitária da ONU) por vários países ocidentais piorou a situação ao privar a população de assistência humanitária.

A Unicef alertou para a vulnerabilidade extrema das crianças em Gaza, onde todas as 350 mil crianças menores de cinco anos enfrentam risco grave de desnutrição. “A organização já havia denunciado que o enclave passou a ser, após a guerra, o lugar ‘mais perigoso do mundo’ para uma criança”, destaca a reportagem. Condições de vida insalubres, falta de eletricidade e a impossibilidade de refrigerar alimentos perecíveis agravam a crise humanitária.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

'Abin paralela' teria espionado diplomatas estrangeiros

 O temor é de que o vazamento da identidade dos alvos espionados ilegalmente possa expor o Brasil a sérias crises diplomáticas

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

 A quebra de sigilo das espionagens feitas ilegalmente pela pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL), por meio do software israelense FirstMile, tem gerado preocupações nos investigadores da Polícia Federal sobre possíveis consequências diplomáticas para o Brasil, informa Rodrigo Rangel, do Metrópoles. Além de políticos e jornalistas, outras figuras importantes tiveram seus passos monitorados, o que poderia expor o país a constrangimentos políticos e embaraços com governos estrangeiros.

Os alvos incluem diplomatas estrangeiros oficialmente credenciados para atuar no Brasil, que foram monitorados devido a diferentes razões, como suspeitas de envolvimento com espionagem ou terrorismo internacional. Um exemplo citado é o monitoramento de funcionários da Embaixada da Rússia, sob a suspeita de oferecerem apoio a Sergey Cherkasov, um suposto espião a serviço do Kremlin que foi preso e condenado no Brasil por usar falsa identidade brasileira.

Agentes da Abin, que tem como responsabilidade monitorar ações de espionagem no território brasileiro, alerta para as implicações diplomáticas caso as identidades e atividades desses alvos sejam expostas publicamente. Diplomatas de países com os quais o Brasil mantém boas relações também foram mencionados como alvos sensíveis, e há o risco de turbulências diplomáticas caso os governos desses diplomatas descubram que foram alvo da inteligência brasileira.

Outro aspecto levantado pelas fontes da Abin é o "risco de confiança" relacionado às informações delicadas compartilhadas por serviços secretos estrangeiros como parte de cooperações. Se essas informações não forem devidamente protegidas, existe o risco de os serviços estrangeiros perderem a confiança na inteligência brasileira.

Diante desse cenário, a Abin expressou suas preocupações dentro do governo e considera buscar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nas próximas semanas para solicitar medidas adicionais de segurança em relação aos dados obtidos pela Polícia Federal através da quebra de sigilo.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Jet ski utilizado na "pescaria" do clã Bolsonaro não voltou para casa e PF suspeita de uso para transportar e esconder provas

 Uma das três embarcações usadas na suposta pescaria não voltou do mar enquanto os policiais realizavam buscas e apreensões contra Carlos Bolsonaro

Carlos e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Globonews)

Na manhã de segunda-feira (29), a Polícia Federal (PF) desencadeou em Angra dos Reis (RJ) uma operação de buscas e apreensões contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Durante a execução dos mandados, a PF constatou que uma das três embarcações usadas pela família para supostamente pescar não retornou do mar enquanto os policiais cumpriam os mandados. As autoridades agora investigam se o jet ski desaparecido foi utilizado para transportar e esconder possíveis provas ou materiais suspeitos pertencentes a Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos em propriedades de conhecidos na região, informa o Metrópoles.

O clã teria deixado a casa por volta das 6h40 em um barco e dois jet skis. Às 8h40, os agentes da PF chegaram ao local após viajarem de helicóptero da cidade do Rio. Por volta de 9h30, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) retornou em um dos jet skis. Carlos Bolsonaro só retornou por volta das 11h, acompanhado por Jair Bolsonaro.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por sua vez, não retornou na parte da manhã, assim como o jet ski que utilizava. Isso levanta suspeitas de que o senador possa ter conduzido a embarcação até a casa de conhecidos na região. Flávio afirmou em entrevistas que estava em um almoço, mas essa versão causa estranheza aos investigadores, pois há relatos de que, pouco após a polícia sair do local, ele retornou à residência.

O advogado da família e ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, contradiz a versão da PF. Ele afirma que, ao chegar à casa dos Bolsonaros por volta de 12h45, Flávio já estava lá. Wajngarten nega a versão policial e alega que o clã saiu para o mar antes das 6h.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

TRE-PR marca para 19/2 julgamento que pode levar à cassação de Sergio Moro

 O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná julgará duas ações contra o ex-juiz parcial e senador por suposto abuso de poder econômico na pré-campanha de 2022

Sergio Moro (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

 O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) agendou para o próximo dia 19 de fevereiro, segundo o Metrópoles, o julgamento de duas ações que acusam o ex-juiz parcial e senador Sergio Moro  (União Brasil-PR) de abuso de poder econômico durante a pré-campanha de 2022. A decisão foi tomada pelo desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, que liberou as ações para julgamento na última terça-feira (30).

As ações foram movidas pelo PT e PL e tramitam em conjunto no TRE-PR devido à similaridade de seus aspectos. Caso as acusações sejam confirmadas durante o julgamento, a pena pode resultar na cassação do mandato de Moro.

O desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, responsável pela liberação das ações para julgamento, instruiu que as mesmas sejam incluídas na pauta "na primeira data possível". 

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles