quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Autarquia de Saúde de Apucarana forma 7ª turma de Residência Multiprofissional


Foi realizada ontem (30), no Cine Teatro Fênix, a formatura da 7ª turma do Programa de Residências Multiprofissionais da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana (AMS). Vinte formandos, entre enfermeiros, psicólogos, profissionais de educação física, nutricionistas, dentistas, fisioterapeutas e assistentes sociais, receberam o certificado de pós-graduação depois de 2 anos atuando nos serviços da saúde pública do município.

Os formandos integram as 7ª turmas das Residências Multiprofissionais em “Atenção Básica/Saúde da Família”, em “Saúde Mental”, e “Enfermagem Obstétrica”. O prefeito Junior da Femac destaca o diferencial dos formandos fazerem uma pós-graduação 100% dentro do SUS e de uma Autarquia Municipal de Saúde. “Vocês atenderam no dia a dia as mais de 5 mil pessoas que buscam nossos serviços de saúde diariamente. Passaram por 2 anos nessa experiência profissional única. São admirados pela vitória que estão conquistando hoje e com certeza irão fazer a saúde pública acontecer de forma mais humanizada”, disse o prefeito.

A coordenadora da comissão de Residência Multiprofissional, Angélica Ferreira Domingues, parabenizou os formandos. “Os programas de residências movimentam positivamente os profissionais de saúde da rede pública, os cidadãos e as pessoas que utilizam o sistema de saúde. Nossos residentes saem prontos para atuar no SUS e em qualquer sistema de saúde”, afirma Angélica.

O coordenador da Residência Médica, Odarlone Orente, e superintendente da Atenção Básica em Saúde da AMS, enfatiza a importância dos residentes na prestação dos serviços da rede pública municipal. “Cada um dos residentes contribui significativamente dentro do objetivo de darmos o melhor para as pessoas que procuram nossas Unidades Básicas de Saúde”, avalia Odarlone.

Os programas de residências, de acordo com o secretário municipal da saúde, Emídio Bachiega, são um orgulho para Autarquia Municipal de Saúde e para cidade. “É um programa que prepara profissionais já formados para atuar no SUS. A excelência do trabalho desenvolvido dentro das residências multiprofissionais e médica da AMS permitiu que o Ministério da Saúde ampliasse a partir deste ano o número de vagas ofertadas, passado de 27 para 48. Certamente uma grande conquista para saúde de nosso município”, comemora Bachiega.

A residência é uma especialização latu sensu que associa teoria e prática, portanto, estes profissionais se capacitam e prestam serviços em diversos pontos da rede pública de saúde da cidade (Unidades Básicas de Saúde, UPA, Hospital da Providência e Materno Infantil, em escolas, clínicas e em outros ambientes públicos). Desde a implantação em 2016, somando os formando de hoje, são 151 profissionais especializados em nosso município.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

"Combate ao crime organizado não é sair dando tiro a esmo", diz Dino em balanço de sua gestão

 Ministro deixa nesta quarta-feira o posto de ministro da Justiça. "Nossa preocupação foi consolidar o Sistema Único de Segurança Pública", afirmou

Flávio Dino (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

De saída nesta quarta-feira (31) do Ministério da Justiça, o ministro Flávio Dino fez um balanço sobre sua gestão à frente da pasta no que se refere à segurança pública. Dino classificou que sua gestão foi pautada em "consolidar" o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), "constituindo de verdade e pela primeira vez na nossa história um sistema nacional, articulado, organizado e que consiga dar conta do crescimento da dimensão nacional e transnacional do crime organizado".

O ministro destacou vários números da segurança pública no Brasil em 2023, e exaltou principalmente o que chama de "asfixia financeira" do crime organizado. "Isto é combate ao crime organizado de verdade, a chamada descapitalização. Nós retiramos das facções criminosas [narcotráfico] R$ 7 bilhões no ano de 2023 pela ação da PF e PRF", disse. 

Dino também falou contra ações policiais violentas e frisou a importância da "inteligência" no combate ao crime. "Combate ao crime organizado não é sair dando tiro a esmo, não é invadir bairros populares e fuzilar idosos, crianças e mulheres. Isso não é combate ao crime organizado. Isso é alimentar o ódio. E isso não é eficiente, não é sério. Nós aplicamos uma política de inteligência policial, tecnologia, descapitalização e enfrentar as facções criminosas naquilo que é vital: que é o domínio do dinheiro, a destinação dos bens e a comunicação desse escritório do crime que há no sistema penitenciário, alimentando o fenômeno das duas principais organizações criminosas no Brasil, que nasceram no ventre do sistema penitenciário".

Dino ainda relatou um aumento das prisões efetuadas pelas polícias estaduais e federal, mas explicou que a posição do governo é por "estimular alternativas penais". "Temos uma posição em que precisamos estimular as alternativas penais. Nós precisamos, portanto, entender que punição não é sinônimo de prender. A prisão, o cárcere, deve ser preservado a crimes cometidos com violência e grave ameaça a pessoa, mas esse não é um tema que o governo decida. Esse é um tema que depende da lei de execução penal, que fará agora 40 anos, e evidentemente do Poder Judiciário. Eu estou vendo daqui o prédio do Supremo. Quem sabe eu consiga, lá, ajudar na construção dessa política penitenciária mais eficiente - não é leniente, não é negligente. É falsa a ideia de que nós temos uma posição doutrinária que é fraca, tímida no combate ao crime organizado. Não. O que defendemos é o uso proporcional da força. O que nós defendemos é o uso moderado da força, em que crimes mais graves recebem uma resposta penal igualmente grave, e crimes mais leves são respondidos por alternativas penais. Nós conseguimos, contudo, esse dado. Enquanto essa política penal penitenciária está em construção no país, há mandados de prisão a cumprir. E eu chamo atenção que os estados federados, ou seja, as polícias estaduais, aumentaram as prisões em 8,71%. Nós gostaríamos, evidentemente, em um país ideal, que as prisões caíssem. Mas nesse momento, óbvio, dada a conjuntura que o Brasil atravessa e o mundo, nós temos um crescimento dos mandados de prisão, que é um indicador de que as polícias estão funcionando melhor".

O ministro registrou "o menor número de crimes violentos, letais e intencionais desde 2010. Portanto, pegando a trajetória, em 14 anos temos o menor número de crimes violentos, letais e intencionais em 2023. Tenho certeza de que com a gestão do ministro Lewandowski esse número vai cair ainda mais. É claro que 40 mil crimes violentos, letais e intencionais ainda é um patamar muito alto. Tirando janeiro, em todos os meses tivemos números melhores do que o ano pretérito, firmando, ao meu ver, um caminho virtuoso que nós temos que perseverar para termos números cada vez melhores", finalizou.

Fonte: Brasil 247

Dino defende uso de câmeras por policiais e diz que deixa 'proposta pronta' para Lewandowski analisar

 "É claro que caberá a ele e à equipe dele avançar com isto", disse Flávio Dino sobre proposta que torna obrigatório o uso do equipamento pelas forças de segurança

(Foto: Agência Brasil)

 O ministro da Justiça, Flávio Dino, que está deixando o cargo nesta quarta-feira (31) para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu o uso de câmeras corporais acopladas nos uniformes das forças de segurança e afirmou que o novo ministro, Ricardo Lewandowski, já irá encontrar pronta uma proposta para o tema. Lewandowski assumirá a pasta nesta quinta-feira (1). 

“As câmeras protegem os bons policiais, ajudam a produzir boas provas para o julgamento dos juízes. Por isso, as câmeras trazem muitos dados positivos. Houve um processo participativo, que começou há oito meses. Os estados foram ouvidos, houve audiência pública, houve consulta pública. O ministro Lewandowski vai encontrar no gabinete dele uma proposta de portaria, já apreciada pela consultoria jurídica, tratando do assunto. É claro que caberá a ele e à equipe dele avançar com isto”, disse Dino durante a entrevista coletiva em que apresentou um balanço de sua gestão à frente da pasta. 

Ainda de acordo com Dino, “há uns quatro meses mandamos uma proposta de projeto de lei à Casa Civil, o doutor Wellington, que é o secretário de assuntos jurídicos da Casa Civil, meu amigo e um grande profissional do Direito, fez uma devolutiva criticando corretamente alguns pontos do projeto. Nós corrigimos aquilo que a Casa Civil sugeriu e nós devolvemos à Casa Civil. É um só artigo, dizendo que as câmeras são equipamentos de proteção individual dos policiais e, por isso, assim como colete, assim como capacete, assim como a botina, assim como a farda, ela é um equipamento obrigatório”. 

Na entrevista, Dino ressaltou, ainda, que “no mês de junho de 2023, o ministro Fachin [ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin],determinou que o Rio de Janeiro começasse a implantação de câmeras. No mês de julho o governador editou um decreto sobre isso. Quando os senhores e senhoras forem olhar daqui a pouco os dados completos, vão encontrar que a letalidade policial no Rio de Janeiro no segundo semestre é muito menor do que a letalidade policial no Rio de Janeiro no primeiro semestre”. 

“Então, creio, que ninguém vai dizer que é coincidência, porque seria muita coincidência. Então há o início da implantação no Rio de Janeiro e a letalidade policial despenca. E alguém vai dizer: ‘mas os homicídios subiram’. Não. Ou seja, a ideia de que polícia que mata menos é polícia ineficiente é uma ideia falsa, porque quem pegar os dados do Rio de Janeiro vai constatar que a polícia do Rio de Janeiro, no segundo semestre, teve uma taxa de letalidade menor e a trajetória de homicídios não explodiu, mostrando que não há causa e efeito entre matar pessoas e combater homicídios. Acho que isso sugere que as câmeras são uma boa experiência”, completou. 

Fonte: Brasil 247

Ex-número 2 da Abin diz que enviou à PF todo material sobre software espião

 Alessandro Moretti foi demitido da Agência Brasileira de Inteligência na terça-feira

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

 Em meio as denúncias de irregularidades na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o ex-diretor-adjunto Alessandro Moretti afirmou que, durante sua gestão como diretor-geral em exercício, determinou o início de uma apuração interna sobre o uso ilegal de um software capaz de obter informações de georreferenciamento de celulares. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, em uma nota divulgada nesta quarta-feira (31), Moretti também destacou que todo o material probatório coletado durante essa investigação foi compartilhado com a Polícia Federal. 

A PF está atualmente conduzindo uma investigação sobre possíveis casos de aparelhamento político na Abin durante o governo Jair Bolsonaro (PL). O caso, popularmente conhecido como "Abin paralela", resultou na exoneração de Moretti do cargo de diretor-adjunto na terça-feira (30) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em seu comunicado, Moretti ressaltou que a apuração conduzida na Abin foi feita com total independência e contribuiu significativamente para o inquérito da Polícia Federal. Ele também destacou que a agência está passando por uma fase de transição, agora integrando a estrutura da Casa Civil da Presidência da República.

"Importante lembrar que a Abin se encontra em fase de transição, após deixar de ser subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional-GSI e passar a integrar a estrutura da Casa Civil da Presidência da República", diz um trecho da nota. "Diversas medidas foram adotadas e muitas outras estão sendo implementadas pela atual gestão para a modernização da gestão da Agência, o que garantiu, inclusive, a citada apuração ampla e independente", ressaltou o ex-número 2 da Abin no texto. 

Ainda conforme a reportagem, “Moretti disse que nenhum país, em especial uma nação continental como o Brasil, pode prescindir de uma inteligência profissional e cumpridora dos princípios que regem o Estado democrático de Direito”.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Gonet diz que vai propor no CNMP debate sobre o combate às organizações criminosas

 "Minha intenção é propor essa tarefa: combater as organizações criminosas mas também proteger a infância", afirmou o procurador-geral da República

Paulo Gonet (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Procurador-geral da República, Paulo Gonet afirmou ao jurista Walfrido Warde e ao jornalista Reinaldo Azevedo, no programa 'Reconversa' exibido nesta terça-feira (30), que pretende propor no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) um debate sobre o combate ao crime organizado. "Esse é um problema premente. As soluções têm que ser buscadas imediatamente", classificou. 

"Eu vou ter, em breve, a primeira reunião do Conselho Nacional do Ministério Público, que é um órgão que o procurador-geral da República preside. O CNMP reúne todos os ramos do Ministério Público, tem lá representantes da sociedade, do Congresso, do Judiciário, dos ramos do Ministério Público estadual, federal, do trabalho e militar. Ali se torna um fórum de debate dessas instituições que não se confundem, que têm autonomia, são distintas entre si em relação a alguns aspectos. O que eu vou propor é que nós façamos um esforço conjunto para atacar esse problema das organizações criminosas. A vida democrática não depende só do apreço às políticas democráticas, mas também diz respeito à gente poder até sair às ruas, ter tranquilidade, poder eleger o modo como nós vamos ser felizes, como nós vamos viver, sem pressões do medo, espúrias, do egoísmo das outras pessoas. Isso é a destruição do Estado a longo prazo, é gerar uma anomia, porque inclusive as organizações criminosas brigam entre si. Então é o caos. A gente tem que atacar esse fenômeno".

Gonet defendeu uma "atuação transversal" das instituições para combater este problema e disse ser importante combater o crime em todas as suas faces, inclusive na cooptação de menores. "A gente tem que ter uma atuação transversal. Então todas as instituições, unidas, para combater esse mal que são as organizações criminosas, que ameaçam tão gravemente o nosso modo de vida. Nós temos que atuar para coibir a prática no momento em que está acontecendo o crime, mas temos também que punir quem cometeu o crime, nós temos que ver aonde é que está surgindo o lucro, como é que as organizações criminosas estão recebendo esse recurso, o que eles fazem com esse recurso. Vamos estancar a fonte de recursos dessas pessoas. Para isso a gente tem organizações que lidam com aspectos financeiros. Nós temos que ter cooperação internacional para isso. Certas facções criminosas já têm conexões com a máfia". 

"Então temos que ter essa atuação, mas não só nesse aspecto criminal. É também uma atuação para que os projetos constitucionais ganhem concretude, e cito de modo mais importante a proteção à infância. Porque se você não promove educação, não promove os valores de uma família bem estruturada, que é capaz de produzir o cidadão que vai buscar o bem, se você não promove condições para que as pessoas não precisem entrar no crime como uma única forma de subsistência, você vai estar combatendo também as organizações criminosas", acrescentou. 

"Lá no CNMP a minha intenção é propor essa tarefa: combater as organizações criminosas mas também proteger a infância, porque nossa esperança está ali. Se eles não tiverem perspectivas de um horizonte de vida saudável, vão ser esses pobres do crime, que não vão chegar a superar a infância", finalizou o PGR.

Fonte: Brasil 247

Lula diz que países ricos têm que ajudar no combate ao tráfico internacional e promete "jogar pesado" contra crime organizado

 "Muitas vezes um país rico acha que combater a droga será resolvido colocando base na Amazônia. O problema é saber como é que um país rico vai cuidar dos seus usuários", disse

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reuters/Adriano Machado)

Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que os países ricos têm de cuidar de seus usuários de drogas para ajudarem no combate ao tráfico internacional, e prometeu que seu governo vai atuar com firmeza contra a "indústria multinacional do crime organizado".

Durante entrevista coletiva de balanço da gestão de Flávio Dino à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Lula afirmou que é necessário um investimento pesado em inteligência para capturar os chefes das organizações criminosas, que disse terem se tornado empresas multinacionais de maior porte do que companhias como General Motors e Petrobras.

"O crime organizado hoje não é uma coisa fácil de combater, porque o crime organizado virou uma grande indústria multinacional, maior que a General Motors, maior que a Volkswagen, maior que a Petrobras. É uma coisa muito poderosa", disse Lula em pronunciamento com a presença de Dino e do futuro ministro da Justiça, o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski.

"É uma coisa tão difícil que muitas vezes um país rico como os Estados Unidos acha que combater a droga será resolvido colocando base militar na Amazônia, ou colocando base militar na Colômbia. O problema não é de droga, o problema é saber o seguinte: como é que um país rico vai cuidar dos seus usuários", acrescentou.

Lula afirmou que, ao contrário dos usuários de crack, que afirmou andarem como "zumbis" pelas cidades, os usuários de cocaína e de drogas químicas "lidam com milhões".

Ele defendeu ainda a necessidade de "humanizar" o combate ao que chamou de "pequeno crime", cometido por "pessoas mais humildes", ao mesmo tempo que disse ser necessário "jogar muito pesado" contra o que chamou de "indústria internacional do crime organizado".

Para isso, disse Lula, é necessário "investir em muita inteligência, porque pegar essa gente é sempre mais complicado".

O presidente lembrou que o narcotráfico internacional envia essas drogas a portos de todo o mundo, como os de Amsterdã e dos Estados Unidos, o que mostra como essas organizações são bem estruturadas.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Recusa da França para acordo União Europeia-Mercosul gera racha com Alemanha e abre polêmica no bloco

 "O governo alemão continua firmemente comprometido com a conclusão das negociações com os países do Mercosul, o mais rápido possível", disse um porta-voz do Ministério da Economia

Bandeiras do Mercosul e União Europeia (Foto: Bandeiras do Mercosul e União Europeia)

Sputnik - Desde o começo desta semana, Emmanuel Macron tem verbalizado que a ratificação do acordo entre União Europeia e Mercosul não tem chances de ser finalmente ratificado uma vez que "é impossível fechá-lo".

Não só o mandatário disse isso à Comissão Europeia como também membros do seu governo. Nesta quarta-feira (31), o ministro da Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, afirmou que o acordo comercial com o Mercosul não deve ser assinado, segundo a Folha de São Paulo.

No entanto, há quem esteja irritado com esse posicionamento. De acordo com a coluna de Jamil Chade no UOL, para a Alemanha, rejeitar o acordo não faz sentido, principalmente diante do interesse exportador do setor de carros.

"O governo alemão continua firmemente comprometido com a conclusão das negociações com os países do Mercosul, o mais rápido possível", disse um porta-voz do Ministério da Economia alemão, em resposta ao veto francês.

Berlim destacou que, há poucas semanas, o chanceler alemão Olaf Scholz telefonou para o presidente argentino Javier Milei. Ambos "concordaram que as negociações devem ser finalizadas rapidamente".

A Comissão Europeia também rejeitou na terça-feira (30) a opinião francesa de que Bruxelas tinha posto fim às negociações com o Mercosul, dizendo que ainda pretendia concluir o acordo de livre comércio com o bloco sul-americano, o qual está sendo negociado há 25 anos.

O Brasil também reagiu à declinação de Paris. A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Tatiana Prazeres, disse ontem (30) que as tratativas ocorrem no âmbito dos blocos, e não entre países: "O Mercosul negocia com a Comissão [Europeia], não com Estados-membros", afirmou.

O colunista ainda chama atenção para o fato de que, se durante o governo de Jair Bolsonaro, a França alegava questões ambientais para refutar o acordo, agora se agarra a questões sociais para impedir a entrada de produtos brasileiros no seu mercado.

Os alemães propuseram uma divisão do acordo UE-Mercosul em dois. Com isso, o trecho que lida com a aplicação de tarifas poderia entrar em vigor, enquanto o restante continuaria sendo negociado, principalmente no que se refere aos temas ambientais.

"As negociações para um acordo com o Mercosul estão se arrastando há mais de 20 anos [...] Fazemos acordos excessivamente complexos e acabamos nos prejudicando porque não conseguimos alcançar nada em nenhuma das áreas econômicas […] Todo acordo que não é concluído fortalece os outros e nos enfraquece. Às vezes, é possível ver que as pessoas ficam presas em uma única questão. Nas [negociações com] o México é a política energética, no Mercosul é a política agrícola, e todos os outros setores sofrem com isso [...] portanto, também devemos considerar se esses acordos comerciais devem ser divididos em partes para que possam ter efeito", disse Hildegard Müller, diretora da Associação da Indústria Automotiva alemã (VDA, na sigla em inglês).

Segundo ela, a UE não consegue avançar em nenhum acordo e projetos com a Austrália e México também enfrentam barreiras, relata a mídia.

Não é a primeira vez que Macron diz ser contra, mas este é o momento de maior pressão de agricultores franceses contra o governo, o que levou o presidente a sinalizar de forma mais incisiva sua rejeição.

Na visão de analistas e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os argumentos franceses escondem um protecionismo, que não quer abrir seu mercado para o Mercosul.

Segundo Jamil Chade, Paris já avisou que não aceitaria o caminho da divisão do acordo proposto pelos exportadores em Berlim.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik


AO VIVO – Lula elogia atuação de Dino na Justiça em despedida: “Trabalho extraordinário”

O ministro Flávio Dino e o presidente Lula. (Foto: Reprodução)

 Nesta quarta-feira (31), o ministro Flávio Dino realizou um balanço do ano de 2023 na segurança pública. As declarações ocorreram durante coletiva transmitida ao vivo na internet. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também participou da reunião.

O ex-STF Ricardo Lewandowski, novo titular da Justiça, também participou do evento – o ministro toma posse nesta quinta-feira (1). Dino, também a partir de quinta, volta ao posto de senador até o dia 22 de fevereiro, data em que está marcada sua posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Em declarações iniciais, Lula elogiou o trabalho de Dino à frente da pasta.

“Esse encontro que nós estamos realizando é um encontro de prestação de contas de um companheiro que prestou serviço extraordinário ao meu governo, num primeiro ano muito difícil, e que a partir de amanhã não será mais ministro da Justiça”, afirmou.

Dados da atuação de Flávio Dino frente a pasta

Dino, durante o encontro, apresentou dados sobre segurança no ano passado:

  • Crimes violentos letais intencionais (homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e feminicídio): redução de 4,17% entre 2022 e 2023 (de 42.190 para 40.429)
  • Roubo de veículos: redução de 9,78% entre 2022 e 2023 (de 147.231 para 132.825)
  • Roubo a instituições financeiras: redução de 40,91% entre 2022 e 2023 (de 220 para 130)
  • Roubo de carga: redução de 11,06% entre 2022 e 2023 (de 13.101 para 11.652)
  • Apreensão de armas ilegais por órgãos federais: aumento de 25,5% entre 2022 e 2023 (de 8.502 para 10.672)
  • Registro de novas armas: redução de 79% entre 2022 e 2023 (de 135.915 para 29.344)
  • Concessão de porte de armas: redução de 56% entre 2022 e 2023 (de 5.675 para 2.469)

O ministro, ao citar a queda no número de armas em circulação, atribuiu a medida aos decretos editados pelo governo Lula para restringir e desincentivar o acesso a armas de fogo. Segundo ele, houve uma “redução do armamentismo irresponsável” através da política petista.

“Nós mostramos que menos armas [representam] menos crimes, essa é a síntese do panorama que nós apresentamos em 2023”, disse.

Confira a transmissão ao vivo da reunião:

Fonte: DCM

Hang é condenado em R$ 85 milhões por coagir empregados a votarem em Bolsonaro


Ex-presidente Jair Bolsonaro e Luciano Hang. (Foto: Reprodução)

Leonardo Sakamoto

O juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis, condenou as lojas Havan e seu proprietário Luciano Hang a pagarem mais de R$ 85 milhões por intimidar seus empregados a votarem em Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de 2018. À decisão, cabe recurso.

De acordo com a ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), o proprietário teria promovido campanhas políticas em prol do candidato com o envolvimento obrigatório de empregados em “atos cívicos” na empresa.

Ele é acusado de ameaçar fechar lojas e dispensar empregados caso Fernando Haddad (PT), adversário de seu candidato, ganhasse a eleição. Além disso, os trabalhadores teriam sido constrangidos a responder enquetes internas promovidas pela Havan em seus terminais de computadores, informando em quem votariam – num momento em que já era conhecida a preferência do dono da empresa.

Segundo os procuradores responsáveis pelo caso, “os réus valeram-se de sua condição de empregadores para impor sua opinião política a respeito dos candidatos à Presidência da República e para vincular, de maneira absolutamente censurável, a manutenção dos postos de trabalho de seus colaboradores, valendo-se de métodos humilhantes, vexatórios e, até mesmo, de ‘pesquisas eleitorais’ obrigatórias sem qualquer respaldo em lei”.

Em nota enviada ao UOL, o empresário Luciano Hang classificou como “descabida e ideológica” a decisão.

“É um total absurdo. Inclusive, na época dos acontecimentos foram feitas diversas perícias nomeadas pela própria Justiça do Trabalho e nada ficou comprovado, não houve irregularidades. O juiz deveria seguir as provas, o que não fez, seguiu a sua própria ideologia. Mais uma vez o empresário sendo colocado como bandido”, afirma.

A Justiça do Trabalho calculou o valor a ser pago como multa e indenização da seguinte forma: a) R$ 500 mil para cada loja da Havan existente na época por descumprimento de cautelar que impedia o assédio eleitoral; b) danos morais coletivos de R$ 1 milhão (a ser revertido para o Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de SC); c) dano moral individual de R$ 1 mil para cada empregado contratado até outubro de 2018; d) juros e correção monetária.

Com isso, o valor calculado pela Justiça é de mais de R$ 85 milhões, sendo que o total ainda pode sofrer alterações. A decisão determina que a sentença seja cumprida dez dias após esgotados todos os recursos. E obriga Havan e Hang a não repetirem a se absterem de tentar influenciar o voto de seus funcionários.

‘Conto com cada um de vocês’

Diante de denúncias recebidas, o MPT demandou à Justiça, durante as eleições de 2018, que a empresa e seus representantes se abstivessem de assediar, discriminar, violar a intimidade, coagir, intimidar, admoestar e influenciar o voto dos empregados e que veiculasse essa decisão tanto no âmbito da empresa quanto em contas em redes sociais.

“Estamos sendo coagidos a votar no Bolsonaro, através de vídeos do proprietário da Havan Sr. Luciano Hang, a maioria dos trabalhadores não concorda com os atos, mais (sic) ficam calados para não perder o emprego”, afirma uma das denúncias registradas pelo MPT. “Hang reuniu centenas de funcionários no saguão da loja e por 38 minutos fez verdadeira ‘lavagem cerebral’ nos colaboradores, com ameaças diretas de fechamento de lojas caso seu candidato perca as eleições”, diz outra.

A ação civil pública destacou declarações de Hang, em um vídeo dirigido aos seus empregados, no dia 2 de outubro daquele ano: “a esquerda, nos últimos 30 anos, e estou dizendo hoje, o PSDB, o PT, principalmente, esses partidos de esquerda como PSOL, PC do B, PDT, são partidos alinhados com o comunismo. E o comunismo do mal, aquele comunismo que quer destruir a sociedade, destruir a família, destruir os empregos”.

Ele também afirmou que “talvez a Havan não vai abrir mais lojas. E aí se eu não abrir mais lojas ou se nós voltarmos para trás? Você está preparado para sair da Havan? Você está preparado para ganhar a conta da Havan? Você que sonha em ser líder, gerente, e crescer com a Havan, você já imaginou que tudo isso pode acabar no dia 7 de outubro? E que a Havan pode um dia fechar as portas e demitir os 15 mil colaboradores”.

E concluiu: “não vote em comunistas e em socialistas que destruíram este país. Nós somos hoje frutos dos votos errados que nós demos no passado. Nós não podemos errar. Conto com cada um de vocês. Dia 7 de outubro vote 17, Bolsonaro para nós mudarmos o Brasil. Obrigado pessoal. Conto com cada um de vocês”.


Justiça fala em ‘voto de cabresto’

Ainda em outubro de 2018, o juiz Carlos Alberto Pereira de Castro atendeu ao pedido de tutela antecipada, impondo multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento. Em sua decisão, o magistrado considerou que Hang havia reeditado o “voto de cabresto” ao tentar “impor a grupos de pessoas a escolha política ditada por uma pessoa dotada de maior poderio dentro de certas comunidades”. Segundo ele, o empresário manteve uma “conduta flagrantemente amedrontadora” contra os empregados.

Uma curadoria diária com as opiniões dos colunistas do UOL sobre os principais assuntos do noticiário.

Contudo, de acordo com o MPT, o proprietário da Havan não cumpriu plenamente a decisão. “Após a concessão da liminar, a conduta de influenciar o voto dos empregados não foi cessada. Desde o momento em que recebeu o mandado de intimação, o empresário Luciano Hang demonstrou não apenas inconformismo com a medida [exposto via redes sociais], mas também pouca disposição no seu cumprimento”, diz a ação.

Na época, o proprietário da Havan repudiou, em entrevistas a veículos de imprensa, as denúncias de que estaria coagindo os empregados.

A ação civil pública traz declarações de outro vídeo divulgado por Hang, nas redes sociais, questionando a liminar: “eu não tô pegando e ‘ó, tu vota no Bolsonaro senão você vai morrer’, pondo a arma na cara dele, isso é coação, pessoal, (…) nós estamos no século 21, o pessoal do Ministério do Trabalho (sic) tem que entender que o país mudou, que se a gente não tratar bem esse pessoal aqui eles vão embora, não é isso? (…) se eu não ganhar o coração dele ele vai embora amanhã, então nós temos que fazer uma empresa do bem e ganhar eles assim ‘vota no Bolsonaro’ e falar por que o Bolsonaro é o melhor”.

Subscreveram a ação inicial os procuradores do Trabalho Alice Nair Feiber Sônego, Bruna Bonfante, Elisiane dos Santos, Lincoln Roberto Nóbrega Cordeiro, Luciano Arlindo Carlesso, Luiz Carlos Rodrigues Ferreira e Sandro Eduardo Sardá.

‘Não cabe ao empregador fazer empregados de claque’

“Não cabe ao empregador, no ambiente de trabalho de seus empregados, promover atos políticos em favor ou desfavor de candidatos ou agremiações, fazendo-os de ‘claque’. Nem há como ponderar que a participação dos empregados é livre e espontânea, na medida em que o eventual não comparecimento, ainda mais durante o expediente, poderia ser facilmente constatado e penalizado com represálias injustas”, afirmou o juiz na sentença proferida no dia 22 de janeiro.

O magistrado Carlos Alberto Pereira de Castro questionou, em sua decisão, se um empregador pode declarar seu voto para um candidato a seus empregados. “Entendo que sim, especialmente se o faz de modo ainda mais aberto, em declarações públicas, na imprensa ou em redes sociais. Deriva do processo democrático que cada um possa exercer plenamente seus direitos políticos, seja um empresário, seja um empregado”, afirma.

“Porém, há uma distância considerável entre apenas declarar seu apoio político a qualquer candidato ou agremiação político-partidária que seja e a forma como se deu a abordagem no caso presente.”

Castro criticou a enquete realizada entre os funcionários para saber da intenção de voto: “A mera formulação de pesquisas de cunho eleitoral já invade a intimidade e a privacidade dos empregados, pois o voto é secreto e deve-se garantir que a pessoa não queira manifestar-se a respeito”.

E também a ameaça de Hang de fechar lojas caso Bolsonaro perdesse: “Em uma prática que já é discutível sem se tratar de questões políticas, promoveu o mesmo réu em estabelecimento da Havan uma manifestação em que não só fez campanha para um candidato às eleições, mas colocou em xeque a continuidade de todos os contratos de trabalho firmados pela ré Havan, caso houvesse resultado desfavorável sob a sua ótica”.

Na avaliação do magistrado, “o empregador, em sua relação com empregados, ainda que tenha por finalidade única a atividade político-partidária (caso dos partidos políticos), não pode querer que seus contratados sejam, invariavelmente, seguidores do mesmo perfil ideológico”.

Ele afirma que se a reação do Poder Judiciário fosse, neste caso, no sentido oposto ao que sustentou o MPT, um “lamentável precedente” seria aberto, autorizando empregadores a exercer sua influência, com o receio natural da perda do emprego pelo resultado das urnas, ainda que não expressamente mencionada, aos empregados.

Luciano Hang acusa agentes públicos de militância política

Na nota enviada ao UOL, o empresário ressalta que todas as determinações na liminar da Justiça do Trabalho haviam sido cumpridas, com informações levadas a todos os colaboradores sobre a livre expressão do voto, com o envio de mala direta no e-mail dos colaboradores e colocado no display eletrônico de cada loja.

“Tudo foi feito de modo a garantir a liberdade dos colaboradores”, afirma Hang. Afinal, temos até hoje em nosso quadro, colaboradores de várias outras ideologias políticas. Aliás, importante lembrar que o voto é secreto e cada um votou conforme sua convicção.”

E afirma que a denúncia não partiu de colaboradores, mas de sindicatos e agentes públicos que, segundo ele, teriam militância política. “Estamos tranquilos e vamos recorrer da decisão, afinal, nada foi feito de errado e isso já havia sido comprovado lá atrás. Ainda acreditamos na Justiça brasileira”, diz.

Os réus contestaram a competência da Justiça do Trabalho para analisar o caso e pediram segredo de Justiça no trâmite, mas ambos as demandas foram negadas.

De acordo com a sentença, os réus alegaram que não houve coação, que Luciano Hang não falou para todos os seus empregados, mas apenas aos do centro administrativo de Brusque (SC), que a camisa verde e amarela usada por ele no evento com a presença de funcionários “buscava trazer maior atenção da população em tempos de Copa do Mundo, não se relacionando a candidatos” sustentam não haver indícios de prova em relação à pesquisa eleitoral.

MPT recebeu 3.505 denúncias de assédio eleitoral na última eleição

O caso da Havan e de Hang é paradigmático porque há ações tramitando sob o mesmo tema ajuizadas na eleição passada.

O Ministério Público do Trabalho recebeu 3.505 denúncias de assédio eleitoral, em 2022, um número mais de 17 vezes maior que o total de 2018. A instituição diz que denunciou cerca de 2,5 mil empresas e instituições públicas, firmou 487 termos de ajustamento de conduta, ajuizou 93 ações e fez 1.498 recomendações.

O grande número de denúncias de assédio, há dois anos, levou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, a vir a público relembrar que isso é um crime. “Não é possível que, em pleno século 21, se pretenda coagir o empregado em relação ao seu voto”, desabafou.

Em 2022, no Pará, o dono de uma empresa de tijolos e telhas que havia prometido R$ 200 por voto em Jair Bolsonaro, caso ele se reeleja, teve que pagar uma indenização e se retratar após intervenção do MPT. Na Bahia, uma empresária que pediu, em vídeo, que produtores rurais “demitam sem dó” os funcionários que votarem em Lula, também teve que se desculpar publicamente e pagar multa. No Espírito Santo, uma empresa está sendo investigada por conta de um empregador que disse aos funcionários que, dependendo de quem escolherem nas eleições, “não vão poder reclamar” se ficarem sem emprego.

Uma recomendação do MPT, alertando aos patrões que assédio eleitoral é crime e pode gerar um grande prejuízo para o bolso deles, veio a público após a repercussão de mensagens trocadas por empresários bolsonaristas em um grupo de WhatsApp, fato revelado por uma série de reportagens do portal Metrópoles. Além da defesa de um golpe de Estado em caso de vitória de Lula, o grupo também discutiu uma sugestão de um dos membros para que fossem pagos “bônus” a empregados que votassem alinhados a eles.

Originalmente publicado na coluna de Leonardo Sakamoto, no Uol

Bolsonarista que ameaçou Zanin em banheiro de aeroporto pede desculpas na Justiça


O empresário Luiz Carlos Bassetto se filmou importunando o hoje ministro do STF Cristiano Zanin. Reprodução

 Após um ano sem ser localizado, o empresário Luiz Carlos Bassetto apresentou-se à Justiça apresentando um pedido de retratação pelas ofensas e ameaças proferidas ao então advogado e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, há aproximadamente um ano. Na época, Zanin não era membro da corte e atuava como advogado do ex-presidente Lula.

No documento encaminhado à 6ª Vara Criminal de Brasília, Bassetto, por meio de sua defesa, retrata-se, afirmando que “retira tudo que tenha dito, de forma a declarar publicamente e perante este Ilustrado Juízo, que o querelante (Cristiano Zanin) não faz jus às ofensas perpetradas”.

Em janeiro do ano anterior, Bassetto gravou e divulgou um vídeo no qual Zanin escovava os dentes no aeroporto de Brasília. Na ocasião, o empresário insultou o então advogado, chamando-o de “bandido”, “safado” e “vagabundo”. Bassetto também afirmou que o ministro merecia ser agredido por todos que encontrasse na rua e expressou o desejo de “meter a mão na orelha” de Zanin.

Com o pedido de retratação, a defesa de Bassetto busca a extinção da pena pelo crime de difamação, alegando que não houve intenção de difamar Zanin e que as ofensas ocorreram “dias após os famigerados acontecimentos de 8 de janeiro, troca de governo e fortes discussões ideológicas e políticas”.

Fonte: DCM

Caixa conclui pagamento da parcela do Bolsa Família de janeiro

 Recebem nesta quarta-feira beneficiários com NIS de final 0

(Foto: Roberta Aline/MDS)

Agência Brasil - A Caixa Econômica Federal conclui o pagamento da parcela de janeiro do novo Bolsa Família. Recebem nesta quarta-feira (31) os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final zero.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas, com o novo adicional, o valor médio do benefício sobe para R$ 685,61. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 21,12 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,48 bilhões.

Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Cadastro - Desde julho do ano passado, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, 3,7 milhões de famílias foram canceladas do programa em 2023 por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família.

O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes vínculos de emprego formal, renda e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.

Em compensação, outras 2,85 milhões de famílias foram incluídas no programa no ano passado. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício.

Regra de proteção - Cerca de 2,4 milhões de famílias estão na regra de proteção em janeiro. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 373,07.

Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em fevereiro.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil