terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Atividades físicas ajudam a combater os sintomas da endometriose

 Se exercitar é uma ótima opção para melhorar a qualidade de vida das mulheres que sofrem com a doença, que pode desencadear dores intensas e levar à infertilidade

(Foto: FreePik)

Por Thais Szegö (Agência Einstein) - Um estudo realizado por médicos da Universidade do Cairo, no Egito, e da Universidade Beirut Arab, no Líbano, mostra que a prática de atividades físicas é uma aliada para reduzir os desconfortos provocados pela endometriose, uma condição caracterizada pelo crescimento do endométrio (tecido que reveste o útero) fora do órgão e em partes da área pélvica, como ovários, trompas, intestino e bexiga.

As 20 participantes do estudo, de 26 e 32 anos, tinham endometriose e realizaram exercícios de força, mobilidade do quadril, alongamento e respiração. As voluntárias fizeram 20 minutos de esteira no final das sessões que duraram de 30 a 60 minutos por dia, três vezes por semana. Os pesquisadores analisaram os quadros após quatro semanas e, novamente, após oitos semanas. Eles observaram uma grande diminuição na dor das mulheres, e também nas alterações posturais da pelve e do quadril causadas pela doença.

Normalmente, o tratamento da endometriose envolve a prescrição de medicamentos e, em casos mais graves, há indicação cirúrgica. O estudo, no entanto, comprova que existem outras formas de combater os sintomas e de melhorar a qualidade de vida. “A atividade física estimula a liberação de endorfinas, um hormônio que tem ação analgésica, ajudando a amenizar as dores provocadas pela enfermidade”, explica o ginecologista Sérgio Podgaec, vice-presidente da área de ensino do Hospital Israelita Albert Einstein.

O médico diz que geralmente quem tem endometriose sente dores na região pélvica durante a menstruação e que as pacientes têm outros sintomas, como dores crônicas, cólicas intestinais intensas, incômodo durante a relação sexual, dor ao urinar e evacuar e dificuldade para engravidar. Se não tratada, a doença pode levar à infertilidade.

“Os exercícios ajudam a manter o peso saudável, o que pode reduzir os níveis de estrogênio e aliviar os sintomas potencialmente”, acrescenta o ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana Fernando Prado, doutor pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pelo Imperial College London, no Reino Unido, membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva e da Sociedade Europeia de Reprodução Humana.

Segundo os especialistas ouvidos pela Agência Einstein, os sintomas podem interferir na vida pessoal e profissional por causa da dor incapacitante, além de comprometer a saúde emocional, fazendo com que as pacientes fiquem mais ansiosas e tristes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu, em maio de 2021, a doença como um problema de saúde pública e aponta que 176 milhões de mulheres sofrem da condição em todo o mundo — no Brasil, a estimativa do Ministério da Saúde é de que sete milhões tenham endometriose.

Outros benefícios dos exercícios no combate à doença

Os benefícios dos exercícios físicos vão além da diminuição do desconforto, segundo os especialistas. Eles ajudam também a fortalecer a musculatura do core, região que engloba a pelve, o quadril, o abdômen e as costas, oferecendo mais suporte estrutural e aliviando a tensão nas áreas afetadas pela doença. Manter-se ativa também combate a constipação, aumenta a energia, reduz a ansiedade e melhora o sono e o humor.

As modalidades aeróbicas de baixo e médio impacto são as mais indicadas para oferecer os ganhos sem o risco de causar mais desconfortos. Os médicos, no entanto, orientam que cada pessoa procure aquela modalidade que mais gosta para que possa ter frequência na atividade.

A prática não precisa necessariamente ser adaptada ao ciclo menstrual, mas ela pode precisar de ajustes dependendo dos sintomas. “É essencial que a mulher respeite sua dor”, afirma Podgaec.

“É importante ouvir o próprio corpo e ajustar a intensidade e o tipo de exercício conforme necessário. Logo antes da menstruação, há retenção de líquidos, o intestino pode mudar seu hábito, as mamas ficam mais inchadas e o abdômen dolorido, o mesmo vale para os primeiros dias do ciclo”, diz Prado. “Dessa forma, nesses dias é melhor pegar mais leve para que não haja piora dos sintomas ou o surgimento de incômodos maiores.”

Exagerar também não é uma boa ideia, pois pode provocar lesões, risco que todos correm quando abusam na malhação. “Exercícios muito intensos podem aumentar a inflamação e piorar os sintomas”, alerta o especialista em reprodução humana. Por essas razões, o ideal é avaliar a capacidade de cada organismo e contar com orientação de um profissional de educação física ou um fisioterapeuta.

Fonte: Brasil 247 com ifnormações da Agência Einstein

MPF inicia investigação sobre conduta do Conselho Federal de Medicina ao questionar vacinação infantil contra a Covid

 Ministério Público Federal em São Paulo apura possível viés em pesquisa do CFM sobre direito dos pais em não vacinar crianças; deputada do PSol denuncia caráter político da ação

Fachada do Conselho Federal de Medicina (Foto: CFM)

 O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo iniciou uma investigação preliminar contra o Conselho Federal de Medicina (CFM) por lançar uma pesquisa que questiona a vacinação infantil contra a Covid, levantando a possibilidade de os pais decidirem não imunizar seus filhos. A apuração foi aberta em resposta a preocupações sobre a conduta da entidade, destaca o Metrópoles.

A pesquisa realizada pelo CFM indagou aos médicos brasileiros se os pais de crianças com até cinco anos têm o direito de optar por não vaciná-las contra a doença. A investigação, nesse estágio inicial, permite que procuradores solicitem informações aos envolvidos e requisitem dados a órgãos públicos para esclarecer o caso. Caso prossiga, o processo se transformará em um inquérito.

No início deste mês, o CFM provocou questionamentos, indagando se os pais têm o direito de escolher não imunizar suas crianças e se a vacinação contra a Covid-19 é obrigatória para crianças entre 6 meses e 4 anos e 11 meses. Esse grupo etário é alvo de recomendação de vacinação pelo governo federal, com o esquema de imunização composto por três doses.

O MPF tomou a iniciativa após um pedido da deputada Luciene Cavalcante (Psol-SP). A parlamentar acusou a pesquisa do CFM de possuir um caráter político e pessoal, buscando confrontar opiniões pessoais da classe médica com estudos científicos que comprovam a necessidade da obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 para crianças entre 6 meses e 5 anos.

Cavalcante destacou também a postura negacionista do CFM durante a pandemia, ressaltando que o presidente da entidade foi um "árduo defensor" dos ataques do ex-presidente Jair Bolsonaro à vacinação contra a doença que já vitimou 700 mil brasileiros desde 2020. A investigação visa esclarecer se a pesquisa do CFM é de fato baseada em critérios científicos ou se reflete uma posição política da entidade.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula diz que "não há clima" para diretor-adjunto seguir na Abin e manda recado a Bolsonaro: "quem não deve, não teme"

 Presidente defendeu que antes de qualquer decisão uma investigação rigorosa seja feita sobre a suposta participação de Alessandro Moretti no esquema da Abin paralela

Presidente Lula e Abin (Foto: Reprodução/Abin | REUTERS/Ueslei Marcelino

 O presidente Lula (PT) afirmou nesta terça-feira (30) que, se comprovada a participação do diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no esquema da ‘Abin paralela’ do governo passado, “não há clima” para a permanência de Alessandro Moretti no cargo.

Questionado se estaria “seguro” quanto à atual cúpula da Abin, o presidente afirmou que “a gente nunca está seguro” e disse que a montagem do comando da agência foi feita pelo diretor-geral escolhido por ele, Luiz Fernando Corrêa, por quem nutre "muita confiança". “O companheiro que eu indiquei para ser o diretor-geral da Abin é o companheiro que foi o meu diretor-geral da Polícia Federal entre 2007 e 2010. É uma pessoa que tenho muita confiança e por isso eu chamei, já que eu não conhecia ninguém dentro da Abin. E esse companheiro montou a equipe dele, e dentro da equipe dele tem um cidadão, que é o que está sendo acusado, que mantinha relação com o Ramagem, que é o ex-diretor da Abin do governo passado. Se isso for provado, não há clima para esse cidadão continuar. Mas antes de você fazer a condenação, é importante que a gente investigue corretamente, que a gente apure, que a gente garanta o direito de defesa. Se você se deixar levar apenas pela manchete de jornal, você é teoricamente contra a pena de morte mas você está matando as pessoas sem dar chance das pessoas se defenderem. Todo mundo é inocente até que se prove o contrário”.

Sobre as alegações de Jair Bolsonaro (PL) de que a Polícia Federal estaria, a mando do governo federal, promovendo uma perseguição contra sua família, Lula classificou a acusação como “asneira”. Nesta segunda-feira (29), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi alvo de operação de busca e apreensão por suposta participação na ‘Abin paralela’. Lula salientou que a PF apenas cumpriu uma decisão judicial do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Ele falou uma grande asneira. O governo brasileiro não manda na Polícia Federal, muito menos na Justiça. Você tem um processo, investigação, decisão de um ministro do STF que mandou fazer busca e apreensão sobre suspeita de utilização com má fé da Abin, dos quais um delegado que era responsável era ligado à família Bolsonaro. E a Polícia Federal foi cumprir um mandado da Justiça. Eu não vejo nenhum problema se é uma decisão judicial. O que eu espero é que as pessoas que estão sendo investigadas sejam investigadas, que tenham direito à presunção da inocência, que eu não tive, e eu acho que as pessoas que não devem não temem”. 

Fonte: Brasil 247

ONG Transparência Internacional ataca Lula, Dino, Zanin, Gonet e instituições brasileiras

 Entidade, que atuou no ataque à democracia brasileira, sugere que o Brasil se tornou mais corrupto após indicações ao STF e à PGR

Lula recebe Paulo Gonet e Flavio Dino 14/12/2023 (Foto: Ricardo Stuckert)

 A ONG Transparência Internacional, que desempenhou papel relevante no processo de ataque à democracia e à economia nacional, com seu apoio à Operação Lava Jato, reabriu sua guerra particular contra o Brasil ao divulgar um relatório que sugere que o País se tornou um país mais corrupto em 2023. Os motivos alegados pela ONG são absolutamente despropositados: as indicações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal, com as escolhas dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino, bem como o fato de o governo não ter seguido a lista tríplice ao escolher Paulo Gonet como novo procurador-geral da República.

Em seu novo ataque às instituições brasileiras, a Transparência Internacional alega que o governo Lula estaria falhando na "reconstrução dos mecanismos de combate à corrupção", segundo reportagem divulgada pelo Valor nesta terça-feira. A realidade, no entanto, é que o "combate à corrupção" derrubou uma presidente honesta, Dilma Rousseff, e alçou ao poder grupos claramente associados à corrupção, durante o período Temer-Bolsonaro. Além disso, a atuação da Transparência Internacional serviu a grandes interesses econômicos, que nem sempre foram revelados de forma transparente.

Artigos publicados no Brasil 247 pelo jornalista Joaquim de Carvalho revelaram como a Transparência Internacional foi parte do projeto de poder do ex-juiz suspeito Sergio Moro e do ex-deputado cassado Deltan Dallagnol. Reportagem do portal Consultor Jurídico também aponta que a ONG receberia ganhos financeiros com as multas direcionadas à "fundação Lava Jato", que Dallagnol tentou criar. Artigo do jornalista Marcio Chaer, editor do Conjur, também destaca como a Transparência Internacional se envolveu em grandes oportunidades comerciais, que foram abertas após empresas brasileiras serem atingidas pela Lava Jato. Ao que tudo indica, portanto, os relatórios da ONG atendem mais aos seus interesses econômicos do que ao combate à corrupção.

Fonte: Brasil 247 com reportagem divulgada pelo Valor

"Paralisia da Abreu e Lima foi um crime contra a economia brasileira", diz Lula

 "A irresponsabilidade da paralisia da empresa, por conta de denúncia nem sempre comprovada, levou o país a ter um prejuízo", afirmou o presidente, que retomou as obras na refinaria

Lula e Jean Paul Prates na refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE) 18/01/2024 (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Lula (PT) concedeu entrevista nesta terça-feira (30) à CBN Recife e falou sobre a retomada das obras de ampliação da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco. "A paralisia da Abreu e Lima foi um crime contra a economia brasileira, contra a economia de Pernambuco e contra a independência de combustível do Brasil".

"Essa refinaria vai produzir mais 130 mil barris de petróleo. Quando estiver pronta, essa refinaria vai dar um faturamento anual de R$ 100 bilhões. Só para Pernambuco são quase R$ 8 bilhões só em ICMS. Ou seja, em uma demonstração de que a irresponsabilidade da paralisia da empresa, por conta de denúncia nem sempre comprovada, levou o país a ter um prejuízo, que a gente agora está tentando recuperar", acrescentou.

Sem citá-la nominalmente, o presidente criticou o modus operandi da Lava Jato, que destruiu a economia do país com base, muitas vezes, em falsas acusações. "O ideal em qualquer país do mundo é que quando você recebe uma denúncia, uma acusação, você pune aquela pessoa e não pune a empresa. Aqui no Brasil se preferiu punir as empresas. (...) Ela agora está voltando a funcionar, estamos gerando por volta de 7 ou 8 mil empregos ali. Ela vai gerar, direto e indireto, 30 mil empregos. E o que é importante é que vai ajudar a distribuição de riqueza naquele estado, em todas as cidades vizinhas".

Fonte: Brasil 247

Carlos Bolsonaro é excluído do grupo de WhatsApp da Câmara após operação da PF

 A ação foi realizada pelo presidente da Casa, Carlo Caiado (PSD), no mesmo dia em que a PF deflagrou a operação que investiga suposto esquema de espionagem ilegal da Abin

Carlos Bolsonaro (Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro)

 O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi removido do grupo de WhatsApp da Câmara Municipal do Rio na tarde desta segunda-feira (29), mesmo dia em que foi deflagrada a operação da Polícia Federal (PF) que investiga o esquema de espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro (PL).

O responsável pela ação foi o presidente da Casa, Carlo Caiado (PSD), que no entanto, não explicou aos parlamentares o motivo da remoção. A informação foi primeiramente divulgada primeiro pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, e confirmada pelo Globo

Na segunda-feira (29), a PF vasculhou a casa da família Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ). Carlos, seu pai e seus irmãos estavam na residência quando os policiais federais chegaram com os mandados de busca e apreensão. No entanto, teriam deixado o local em uma lancha e retornado horas depois.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Daniela Lima, da Globonews, vira alvo preferencial da direita após erro de informação sobre computador da Abin

 Apresentadora divulgou que a PF havia apreendido um computador da Abin em um endereço de Carlos Bolsonaro e a Globo depois corrigiu a informação

Daniela Lima (Foto: Reprodução)

 Um erro da jornalista Daniela Lima, apresentadora da Globonews, alimentou as narrativas da direita após a operação da Polícia Federal que atingiu o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Daniela havia divulgado que a PF havia apreendido um computador da Abin em um endereço de Carlos Bolsonaro, mas a Globo depois corrigiu a informação.

Tal equívoco despertou solidariedade entre jornalistas, mas também fez com que a apresentadora da Globo se tornasse o alvo preferencial da direita na chamada "disputa de narrativas". Confira algumas reações:


 

Fonte: Brasil 247

Empresa de Elon Musk, faz primeiro implante de chip cerebral em humano

 Objetivo da Neuralink é fazer com que humanos possam controlar dispositivos eletrônicos apenas com o pensamento

Elon Musk (Foto: REUTERS/Gonzalo Fuentes)

Um paciente humano recebeu o primeiro implante de chip cerebral da "Neuralink", empresa do bilionário Elon Musk, no domingo (28). O anúncio foi feito pelo próprio empresário em uma rede social na noite desta segunda-feira (29), informa o G1.

Os estudos com implantes cerebrais em humanos foram autorizados pela Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla inglês) em maio de 2023. Quatro meses depois, a empresa abriu inscrições para voluntários.

Musk escreveu no X, antigo Twitter que o primeiro produto da Neuralink foi chamado de "Telepathy" (Telepatia). O dispositivo permite que humanos controlem dispositivos eletrônicos, como computadores e celulares, apenas com o pensamento.

"Os primeiros usuários serão aqueles que perderam o uso dos membros. Imagine se Stephen Hawking pudesse se comunicar mais rápido do que um digitador rápido ou um leiloeiro. Esse é o objetivo", afirmou.

De acordo com Musk, o paciente que recebeu o primeiro implante está se recuperando bem. Ele disse ainda que os resultados iniciais mostram uma detecção promissora de picos de neurônios.

O estudo conduzido pela Neuralink utiliza um robô para introduzir um implante de Interface Cérebro-Computador (ICC) por meio de um procedimento cirúrgico. O dispositivo é instalado em uma região do cérebro que controla a intenção de movimento.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula diz que "jamais" trabalharia para tirar Tabata Amaral da eleição em São Paulo

 O presidente também falou sobre a perspectiva para a eleição em Recife, rasgando elogios ao atual prefeito, João Campos

(Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)

 O presidente Lula (PT) concedeu entrevista nesta terça-feira (30) à CBN Recife e foi questionado sobre reportagem da Folha de S. Paulo que afirmava que sua intenção seria convencer a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) a abrir mão de sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo para apoiar Guilherme Boulos (Psol). Em troca, a parlamentar poderia ser contemplada com um ministério, como o da Ciência e Tecnologia, hoje comandado pela presidente do PCdoB, Luciana Santos.

Lula afirmou que "jamais" trabalharia para "corromper" a deputada em troca de um cargo. "É uma desfaçatez de quem fez a matéria. Primeiro porque não conhece minha relação com a Tabata, e eu tenho uma relação de muito respeito com uma jovem que tem um futuro político nesse país, e eu jamais iria tentar corrompê-la com um cargo para ela não ser candidata a prefeita. Ela sabe o que ela pode fazer, ela tem noção do que é São Paulo. Se ela quiser ser candidata a prefeita - e vai ser, porque ela tem um partido político que vai decidir - não é o presidente Lula que vai impedir". 

Lula destacou que a missão principal será "derrotar o bolsonarismo" na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB) conta com o apoio de Jair Bolsonaro (PL) e poderá ter um candidato a vice escolhido por ele. "Todo mundo sabe que eu tenho um candidato em São Paulo, que é o Boulos. Todo mundo sabe que eu trabalhei para que a Marta Suplicy voltasse para o PT e vai ser candidata a vice do Boulos. E será maravilhosa a disputa política e democrática. Se a Tabata for candidata e o Boulos for candidato, quem for melhor e for para o segundo turno eu estarei apoiando. Se os dois forem para o segundo turno, aí sim vai ter divergência. Mas o que nós precisamos é derrotar o bolsonarismo na cidade de São Paulo"

Recife - O presidente também foi questionado sobre a situação em Recife e rasgou elogios ao atual prefeito, João Campos (PSB). Lula disse esperar uma aliança do PT com o PSB neste ano e sinalizou que seu partido poderá indicar o candidato a vice na chapa encabeçada por Campos. No entanto, o presidente destacou ser necessário, primeiro, entender se Campos pretende disputar ou não o governo de Pernambuco em 2026. "Temos que trabalhar a nossa aliança com o PSB com muito carinho a nível nacional. Acho que Pernambuco é um estado em que a gente tem condições de fazer aliança política. É importante lembrar que na última reunião para o governo do estado, o companheiro Humberto Costa, que estava no meio de um mandato no Senado, portanto poderia ser candidato a governador e não ia perder nada, ele retirou para que a gente fizesse a aliança com o PSB. Eu acho que o João Campos tem clareza de que é importante uma aliança com o PT. Então o que eu espero é que eles façam uma composição de chapa. Eu acho que isso tem que se acertar em Pernambuco, porque eu não tenho um nome para indicar". 

"Agora, é importante que a gente ouça o prefeito, porque tem duas visões importantes: uma é saber se o João Campos vai ser candidato a governador em 2026. Aí, quem for candidato a vice será prefeito de verdade. Nós temos que levar em conta isso na conversa com o João Campos. Se ele não for candidato a governador e for terminar o mandato dele até 2028, o vice pode ser um. Se ele for candidato na perspectiva de disputar as eleições, o candidato pode ser outro. Agora, isso tem que ser acertado em uma mesa de conversa em Pernambuco, é o companheiro João Campos, que está tendo um trabalho extraordinário. Ele é uma surpresa agradabilíssima para o povo de Recife, jovem talentoso. Ao mesmo tempo ele tem a matutês do avô, do Miguel Arraes, e tem a sabedoria do Eduardo Campos. Ele é muito preparado politicamente, um extraordinário gestor, competente para montar uma equipe e está com a cabeça política muito no lugar. Eu acho que vai ser possível a gente construir essa aliança".

Fonte: Brasil 247

Discípulo do clã, Zé Trovão assume em áudio que Bolsonaro é “maior mau exemplo pra política”

 Sem saber que estava sendo gravado, Zé Trovão, da 'ala ideológica', não poupa críticas a Bolsonaro, atribuindo-lhe a entrega da Presidência para Lula em 2022

(Foto: Reprodução/Twitter)

 Em um áudio vazado, o deputado federal Zé Trovão (PL-SC), conhecido bolsonarista da chamada "ala ideológica", surpreende ao fazer críticas a Jair Bolsonaro (PL), classificando-o como "o maior mau exemplo para a política". O parlamentar, eleito com 71 mil votos em Santa Catarina, foi gravado sem saber, em uma conversa com aliados, destaca o jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Investigado por suposto envolvimento em atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, no áudio Zé Trovão responsabiliza Bolsonaro por "entregar" a Presidência para Lula em 2022. 

O deputado bolsonarista critica Bolsonaro por sua abordagem agressiva, afirmando que ele "quer resolver as coisas no grito, na guerra". Fontes indicam que a conversa ocorreu três meses após a última eleição presidencial.

Na mesma gravação, o deputado faz um desabafo sobre seu assessor, Jackson Schubert, sugerindo que este não concorda com as críticas feitas pelo parlamentar a políticos do mesmo espectro. Zé Trovão explica: “Falei [para o assessor Jackson]: ‘cara não é assim que funcionam as coisas. Tu 'tá' viajando. Tu tem que ter um pouco mais de centro, Jackson. Um pouco mais de maturidade para as coisas, cara. Maturidade é o princípio da vida do homem, cara. Se você continuar nessa pegada…'”.

Em seguida, Zé Trovão desferiu suas críticas a Bolsonaro, declarando: “Jackson, a vida política é isso, cara. Não resolve as coisas no grito, na guerra, não, mano. Eu não sou o Bolsonaro, velho. Que é outro mau exemplo para a política. O maior mau exemplo para a política é o Bolsonaro. Entregou a Presidência da República para o Lula, porque quis desse jeito”.

Zé Trovão se pronunciou publicamente e reiterou as críticas: “eu já disse que não concordo com muitas coisas do Bolsonaro. Mas não tem sentido eu falar que Bolsonaro é mau exemplo. Ele é o maior exemplo, não mau. Somente em alguns momentos ele deixou de fazer coisas que eram importantes para não gerar desagrado nacional. Tudo o que tenho devo ao Bolsonaro”, disse Zé Trovão.

Ele acrescentou: "essa parte do áudio ['Bolsonaro é o maior mau exemplo'], para mim, está esquisita. Eu nunca disse que era mau exemplo para ninguém. Eu disse que ele cometeu erros. Não concordo com tudo o que ele fez, mas concordo com 99% do que ele fez. Na minha plena convicção e consciência, eu jamais diria que Bolsonaro é mau exemplo. Mau exemplo é bandido, corrupto, criminoso. Isso ele nunca foi."

O deputado concluiu sua defesa afirmando que Bolsonaro não entregou a eleição para Lula: "o cara [atual presidente] que teve mais de 60 milhões de votos e não pode sair na rua… Como não se pode questionar mais nada no país, a gente tem que aceitar a eleição. Infelizmente, a gente perdeu a eleição”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles

Congresso vai debater reformulação geral dos órgãos de inteligência, diz Renan Calheiros

 "As democracias não convivem com estruturas paraestatais, paralelas e clandestinas", aponta o senador

Renan Calheiros (Foto: Pedro França/Agência Senado)

A investigação da Polícia Federal sobre uma "Abin paralela" irá provocar uma reformulação geral dos órgãos de inteligência no País. O anúncio foi feito pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), um dos parlamentares mais experientes do Congresso Nacional. "As democracias não convivem com estruturas paraestatais, paralelas e clandestinas. É imperioso reformular o modelo atual de 'inteligência', que é a tradução de crises e crimes. Na reabertura do Congresso, devemos debater e votar um novo órgão que sirva ao Estado e não a pessoas", disse ele, em seu X (antigo Twitter). Saiba mais sobre o caso:

Agência Brasil – A Polícia Federal (PF) investiga se o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) usava assessores para solicitar informações de forma ilegal por meio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A suspeita está no relatório de investigação que baseou a operação desta segunda-feira (29) contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em uma das mensagens obtidas pelos investigadores, Luciana Almeida, apontada como assessora de Carlos Bolsonaro, entra em contato com Priscila Pereira e Silva, identificada como assessora do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, para solicitar "ajuda " da "Abin paralela".

De acordo com a mensagem de WhatsApp, que faz parte do inquérito, a solicitação envolvia dados sobre as investigações contra Jair Bolsonaro e seus filhos.

“Bom diaaaa. Tudo bem? Estou precisando muito de uma ajuda. Delegada PF. Dra. Isabela Muniz Ferreira – Delegacia da PF Inquéritos Especiais Inquéritos: 73.630 / 73.637 (Envolvendo PR e 3 filhos).  Escrivão: Henry Basílio Moura", diz a mensagem. 

Após avaliar o material apreendido, a PF passou a suspeitar que os contatos entre Carlos Bolsonaro e Ramagem eram feitos por meio de seus assessores.

"Destaca-se que conforme se depreende da IPJ 183071/2024 que a comunicação entre os investigados del. Alexandre Ramagem e Carlos Bolsonaro se dá precipuamente por meio de seus respectivos assessores”, diz a PF no relatório.

Na decisão na qual autorizou as buscas e apreensões contra Carlos Bolsonaro e os demais envolvidos na investigação, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), argumenta que as provas obtidas até o momento demonstram a existência de uma "organização criminosa" para realizar ações clandestinas na Abin.

"Os elementos de prova colhidos até o momento indicam, de maneira significativa, que a organização criminosa infiltrada na Abin também se valeu de métodos ilegais para a realização de ações clandestinas direcionadas contra pessoas ideologicamente qualificadas como opositoras, bem como para fiscalizar indevidamente o andamento de investigações em face de aliados políticos", escreveu Moraes.

Na quinta-feira (21), o ministro também autorizou buscas contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin durante o governo de Jair Bolsonaro.

De acordo com o processo, Ramagem, policiais e delegados da PF que estavam cedidos para a Abin, além de servidores do órgão, teriam participado de uma organização criminosa para monitorar ilegalmente autoridades públicas. O caso é conhecido como "Abin paralela".

A Agência Brasil busca contato com a defesa de Carlos Bolsonaro. 

Pelas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, irmão do vereador, classificou a operação como "ato ilegal, além de "imoral".

"Esse estado de coisas não pode permanecer, não pode uma ordem judicial ter uma ampliação dessa forma. Isso é ato ilegal, além de imoral", declarou.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Lula deve demitir Moretti, o número dois da Abin

 Enquanto isso, Luiz Fernando Corrêa, o chefe da Abin indicado por Lula, permanece sob avaliação

Presidente Lula e Abin (Foto: Reprodução/Abin | REUTERS/Ueslei Marcelino)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está prestes a tomar uma decisão significativa na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), cogitando demitir Alessandro Moretti, atual diretor-adjunto da instituição. A medida foi considerada necessária diante das crescentes suspeitas envolvendo a conduta da cúpula da Abin em relação a investigações da Polícia Federal durante o governo anterior.

Enquanto isso, Luiz Fernando Corrêa, o chefe da Abin indicado por Lula, permanece sob avaliação. Até o momento, Lula não identificou indícios que comprometam diretamente Corrêa, que assumiu o cargo em maio de 2023. A exoneração de Moretti deve ser oficializada no Diário Oficial da União, com expectativa para esta terça-feira (30/1), segundo reportagem do Metrópoles.

A decisão de Lula reflete a necessidade de transparência e integridade na gestão da Abin, especialmente diante das alegações de uma possível “Abin paralela” durante o governo de Jair Bolsonaro. As suspeitas levantadas pela Polícia Federal sobre a atuação da agência em dificultar investigações ilegais demandaram ação imediata do atual governo para restaurar a confiança na instituição.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do Metrópoles

Investigações da PF indicam que Jair Bolsonaro é o alvo final de Alexandre de Moraes

 Carlos Bolsonaro, alvo de ações de busca e apreensão no dia de ontem, é apenas o chefe do núcleo político da quadrilha – e não o chefe da quadrilha em si

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução | Antonio Augusto/Secom/TSE)

 A nota divulgada na noite de ontem pelo Supremo Tribunal Federal sobre a ação que atingiu o vereador Carlos Bolsonaro, alvo de ações de busca e apreensão, indica que o alvo final do ministro Alexandre de Moraes, que investiga uma "Abin paralela", que espionou adversários e obteve informações sensíveis sobre aliados políticos, é o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro. Carlos seria apenas o chefe do núcleo político da quadrilha – e não o chefe da quadrilha em si. O "capo di tutti capi" seria o próprio Jair Bolsonaro, beneficiário das ações criminosas.

Nota do Supremo Tribunal Federal – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a pedido da Polícia Federal e autorizou ação de busca e apreensão contra mais quatro pessoas investigadas no procedimento criminal que apura o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitoramento ilegal de autoridades públicas. A operação policial teve parecer favorável da Procuradoria Geral da República (PGR).

Entre os investigados está Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), vereador no Rio de Janeiro. Em 25/1, o ministro já havia autorizado medida semelhante contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da agência, e outras 11 pessoas.

De acordo com a PF, os novos investigados integravam o chamado núcleo político da organização criminosa que teria sido criada na Abin para espionar ilegalmente pessoas e autoridades públicas, por meio de um sistema de inteligência capaz de monitorar dispositivos móveis sem a necessidade de interferência das operadoras de telefonia e sem autorização judicial.

As investigações apontam pedidos de Carlos a Ramagem, por meio de suas assessoras, de acesso a informações a inquéritos em andamento em unidades sensíveis da Polícia Federal. Esse seria um indicativo, segundo a PF, de que o núcleo político possivelmente se valia do então diretor da Abin “para obtenção de informações sigilosas e/ou ações ainda não totalmente esclarecidas”.

Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes verificou que os elementos de prova colhidos até o momento indicam que a organização criminosa teria utilizado métodos ilegais para realizar ações clandestinas contra pessoas ideologicamente qualificadas como opositoras e para “fiscalizar” indevidamente o andamento de investigações contra aliados políticos.

Assim, o relator considerou que a solicitação de busca e apreensão residencial, profissional e pessoal dos investigados foi devidamente justificada, pois visa colher elementos de prova relacionados à prática de infrações penais em apuração.

Leia a íntegra da decisão que autorizou a operação.

Fonte: Brasil 247

PF apreende três notebooks, 11 computadores e quatro celulares em endereços ligados a Carlos Bolsonaro

 Houve apreensões em uma residência na cidade de Angra dos Reis (RJ), em outra casa na Barra da Tijuca, no comitê do vereador e na Câmara Municipal do Rio

Carlos Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

 Policiais federais apreenderam nesta segunda-feira (29) três notebooks, 11 computadores e quatro celulares em endereços ligados ao vereador do Rio de Janeiro (RJ) Carlos Bolsonaro (Republicanos). A Operação Vigilância Aproximada, da Polícia Federal (PF), investiga um esquema de espionagem ilegal feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com informações publicadas no portal G1, investigadores apreenderam um celular e três notebooks na casa em que o vereador estava no município de Angra dos Reis (RJ). Em outra casa, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade do Rio, policiais federais apreenderam um computador, dois celulares antigos, dez pendrives, uma caneta espiã e uma agenda,

Foram apreendidos documentos de empresas, um computador e diversas mídias no comitê do vereador na capital. Também houve apreensões na Câmara dos vereadores do Rio: nove computadores no gabinete; um celular, documentos em geral.

Segundo as investigações, a Abin tentou favorecer familiares de Bolsonaro no esquema de espionagem. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também lembrou que a Abin foi usada na gestão bolsonarista para monitorar o caso Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. Cerca de 30 mil pessoas foram monitoradas, informou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, no começo do mês.

Fonte: Brasil 247 com informações publicadas no portal G1