segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Perfis nas redes sociais cobram operação contra Augusto Heleno

 Internautas fizeram as cobranças após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão na casa da família Bolsonaro

Augusto Heleno (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputadas)

 Perfis nas redes sociais cobraram mais explicações do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, que negou envolvimento em um esquema de espionagem ilegal feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Usuários fizeram as cobranças após uma operação da Polícia Federal apreender um celular do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos).

Um internauta escreveu: "não existe ABIN paralela, o que existe é uma agência de inteligência de Estado a fazer trabalho sujo e servir aos interesses pessoais do bolsonarismo fascista". "Quero mesmo saber quando a #PF vai visitar o canalha do general Heleno, conspirador e golpista?".

"Gravíssimo!", postou o deputado federal Nilton Tatto (PT-SP) na rede social X. "Ao que parece, Bolsonaro e Alexandre  Ramagem, provavelmente com participação do general Heleno, entre outros, montaram uma espécie de gestapo visando a espionagem e perseguição de alvos como juízes, políticos, professores, jornalistas, sindicalistas...".

De acordo com as investigações, Abin tentou favorecer familiares de Bolsonaro. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também lembrou que a Abin foi usada na gestão bolsonarista para monitorar o caso Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. Cerca de 30 mil pessoas foram monitoradas, informou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, no começo do mês.


 

Fonte: Brasil 247

Comissão da UE encerrará negociações de acordos comerciais com Mercosul, diz Macron

 Agricultores da França se opuseram especialmente às negociações

Emmanuel Macron (Foto: Twitter/Reprodução)

Reuters - O presidente da França, Emmanuel Macron, insistiu à Comissão Europeia que é impossível concluir as negociações do acordo comercial com os países do Mercosul e entende que a UE encerrou as discussões, disse seu gabinete em um comunicado nesta segunda-feira.    

Os agricultores realizaram grandes protestos na França nas últimas semanas, irritados com o aumento dos custos e com as importações baratas, seguindo movimentos semelhantes em outros países europeus, incluindo a Alemanha e a Polônia.  

Os agricultores da França se opuseram especialmente às negociações em andamento sobre um acordo comercial entre a UE e os países do Mercosul, que, segundo eles, permitiriam a importação de alimentos baratos que não atendem aos rígidos padrões da UE.    

"Macron reiterou com muita firmeza à Comissão o fato de que é impossível concluir as negociações nessas condições", disse um assessor presidencial francês a repórteres em uma reunião antes da cúpula da UE na quinta-feira.    O assessor acrescentou que a UE entendeu que é impossível chegar a um acordo nesse contexto e que as negociações da UE com os países do Mercosul haviam sido interrompidas.    

"A Comissão Europeia entendeu que é impossível chegar a um acordo nesse contexto. Acho que ela viu a situação na França, na Alemanha, na Polônia, na Holanda, em toda a Europa", disse ele. 

"Entendemos que a Comissão instruiu seus negociadores a encerrar a sessão de negociação em andamento no Brasil e, em particular, a cancelar a visita do vice-presidente da Comissão, que estava prevista para haver uma conclusão", acrescentou.    

Procurado, o Itamaraty disse que governo brasileiro não vai comentar oficialmente as declarações do presidente francês, embora uma fonte diplomática tenha ressaltado que as negociações não são feitas com países ou presidentes individuais, mas sim entre Mercosul e Comissão Europeia.      

Os negociadores comerciais da UE e do Mercosul se reuniram em Brasília por dois dias na semana passada, mas relataram "progresso limitado", de acordo com um diplomata envolvido nas negociações, que se mostrou cético quanto à possibilidade de o acordo ser concluído antes da reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) no próximo mês, como alguns esperavam.    

"As negociações estão avançando lentamente, mas na direção certa. Mas levará mais tempo", disse outro diplomata à Reuters. 

Fonte: Brasil 247

Padilha diz que houve ' contaminação' do governo Bolsonaro em todos os órgãos e que investigações 'têm que continuar'

 Declaração do ministro das Relações Institucionais foi feita após ele ser questionado sobre a operação da PF que teve o vereador Carlos Bolsonaro como alvo

Alexandre Padilha (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

 O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que as investigações em torno dos indícios de espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o mandato do Jair Bolsonaro (PL) "têm que continuar" em todas as instituições do governo.

"O clima e o ódio semeado durante quatro anos no governo anterior envolveu, contaminou, várias instituições civis e militares e a apuração sobre envolvimento individual em todas as instituições têm que continuar”, disse Padilha nesta segunda-feira (29), de acordo com o G1. Ainda conforme Padilha, houve uma "contaminação" dos órgãos governamentais durante o governo Bolsonaro.

A declaração de Padilha foi feita após ele ser questionado acerca da operação da Polícia Federal (PF), deflagrada no início da manhã desta segunda-feira, que teve o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Jair Bolsonaro, como alvo central no âmbito das investigações que apuram um esquema de monitoramento ilegal de opositores e críticos da gestão Bolsonaro.

Na semana passada, o ex-diretor da Abin e atualmente deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) também foi alvo de mandado de busca e apreensão expedido contra ele pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Rodrigo Bacellar se reúne com Rodrigo Neves e fecha apoio do União Brasil ao pré-candidato do PDT em Niterói

 Parte da base do ex-prefeito migrou para o União e trabalha para consolidar a aproximação dos dois grupos em alguns municípios do estado, especialmente em Niterói

Rodrigo Bacellar e Rodrigo Neves (Foto: Divulgação)

Blog do Ricardo Bruno, Agenda do Poder - Um encontro na manhã desta segunda-feira entre o presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacellar, e o ex-prefeito Rodrigo Neves sacramentou o apoio do União Brasil ao pedetista nas próximas eleições em Niterói.

Neves e Bacellar vivem uma relação amistosa com desdobramentos na política da antiga capital fluminense. Parte da base do ex-prefeito migrou para o União e trabalha para consolidar a aproximação dos dois grupos em alguns municípios do estado, especialmente em Niterói.

O atual vice-prefeito da cidade, Bagueira Leal, e o presidente da Câmara de Vereadores, Milton Cal – dois aliados estratégicos de Rodrigo Neves – já se inscreveram no União Brasil.

Também o deputado estadual Vitor Junior (PDT)ajudou na construção do acordo, que robustece ao centro a base eleitoral do pré-candidato do PDT.

Fonte: Brasil 247 com informação da Agenda do Poder

Jornalista Andreza Matais é demitida de O Estado de S. Paulo

 Ela atribuiu a demissão a uma 'mudança política' decidida pelo jornal

Jornalista Andreza Matais (Foto: Reprodução (Youtube))

 A jornalista Andreza Matais, editora-executiva de política do jornal O Estado de S. Paulo, foi demitida. Ela ainda chefiava a sucursal do periódico em Brasília. Leonêncio Nossa, executivo da redação na capital federal e subordinado direto de Matais, também foi demitido.

Em mensagem enviada aos colegas, a jornalista atribuiu sua demissão a uma 'mudança política' decidida pelo jornal. "Pessoal, tudo bem com todos? O jornal decidiu por uma mudança na política e isso inclui minha saída da empresa. Agradeço aos coordenadores e aos repórteres pela entrega, confiança e tamanho talento. Foi um privilégio ter convivido com cada um de vocês. Vou levar comigo as trocas que tive com cada um de vocês. Um grande beijo e sigo acompanhando agora como leitora o trabalho incrível dessa turma", diz a mensagem. 

A demissão ocorre meses após jornalistas do 'Estadão' protocolarem, conforme informou o Brasil 247, denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal por conta de assédio moral que teriam sofrido da jornalista. Ela nega as acusações. 

Fonte: Brasil 247

Internautas repercutem operação da PF e pedem a prisão de Carlos Bolsonaro

 Usuários também criticaram os familiares do ex-mandatário por terem fugido de barco antes da chegada dos policiais, em Angra dos Reis

Vereador Carlos Bolsonaro (Foto: Renan Olaz/CMRJ)

 Internautas repercutiram a operação da Polícia Federal (PF) que apreendeu um celular do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos). Investigadores apuram um esquema de espionagem ilegal feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL). 

Usuários também criticaram os familiares do ex-mandatário por terem fugido de barco antes da chegada dos policiais, em Angra dos Reis (RJ). Um perfil em rede social cobrou a prisão do parlamentar. "Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Eduardo Bolsonao e Flávio Bolsonaro fugiram de barco quando a Polícia Federal chegou na casa que eles estavam hospedados em Angra dos Reis. Carluxo na cadeia".

O deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE) ironizou o ex-mandatário. "Rapaz, o cara transportou cocaína em avião da FAB, é cheio de amigos milicianos, matou milhares na pandemia, agora, temos provas de que espionou ilegalmente um monte de gente. Pra completar, hoje, fugiu de barco da Polícia Federal. Esse ex-presidente tá mais pra um Pablo Escobar".

O ativista William De Lucca também fez ironias. "Talvez o Jair Bolsonaro tenha comido seis quilos de camarão preventivamente pra ir para o hospital entupido e fugir da polícia federal né?".

De acordo com as investigações, Abin tentou favorecer familiares de Bolsonaro. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também lembrou que a Abin foi usada na gestão bolsonarista para monitorar o caso Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. Cerca de 30 mil pessoas foram monitoradas, informou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, no começo do mês.

 

 

 

Fonte: Brasil 247

Jurista Pedro Serrano suspeita de vazamento interno em operação contra Carlos Bolsonaro

 Situação do clã Bolsonaro pode se complicar ainda mais, prevê o jurista

Pedro Serrano e Carlos Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Renan Olaz/CMRJ)

 O jurista Pedro Serrano afirmou que, caso seja verdadeira a informação de que integrantes da família Bolsonaro estavam pescando quando a PF bateu na porta de sua casa em Angra dos Reis (RJ), a própria corporação pode ter vazado informações da busca. Esta informação foi fornecida pelo assessor de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten

Neste caso, segundo o jurista, a situação do clã Bolsonaro pode se complicar ainda mais. "Se for verdadeiro que os Bolsonaros saíram do local da busca e apreensão pouco antes dela ocorrer há possibilidade de vazamento da busca, obviamente de dentro da PF. A corregedoria tem de investigar quem vazou e se houve desvio ou destruição de provas. Caso se demonstre o vazamento a coisa pode ficar feia para o clã", escreveu Serrano em postagem na plataforma social X (antigo Twitter).

Nesta segunda-feira (29), a PF cumpriu novos mandados de busca e apreensão em continuidade à Operação Vigilância Aproximada. A corporação busca identificar os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas. Um dos alvos é o filho de Jair Bolsonaro e vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Fonte: Brasil 247

'Querem me esculachar', diz Bolsonaro sobre operação da PF que teve o filho Carlos como alvo

 Carlos Bolsonaro foi alvo de operação no âmbito da investigação que apura um esquema de espionagem ilegal de opositores e críticos do governo Bolsonaro

Carlos e Jair Bolsonaro | Polícia Federal (Foto: Alan Santos/PR | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

 Jair Bolsonaro afirmou que o objetivo da operação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta segunda-feira (29) e que teve o vereador Carlos Bolsonaro como alvo, é “esculachar” com ele e sua família. "Querem me esculachar, me fazer passar por constrangimento", disse Bolsonaro à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Bolsonaro disse, ainda, que a intenção é encontrar algo que o envolva em algum crime, mas que isso "não vai acontecer", já que ele não teria envolvimento com a “Abin (Agência Brasileira de Inteligência) paralela”, alvo de investigação pelo esquema ilegal de monitoramento de opositores e críticos do governo Bolsonaro. "Estão jogando rede, pescando em piscina. Não tem peixe", afirmou.

Mais cedo, o advogado Fábio Wajngarten, que foi secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, afirmou que o ex-mandatário saiu para pescar por volta das 5h50, aproveitando as condições climáticas favoráveis. Carlos e o senador Flávio Bolsonaro também estavam presentes na embarcação.  

A PF chegou à residência em Angra dos Reis por volta das 7h e só teria entrado na casa às 7h30. No entanto, Bolsonaro e seus filhos estavam em alto mar, com sinal fraco de comunicação, sendo informados da operação por volta das 8h, quando retornaram à residência. A pescaria, porém, levantou suspeitas de que Bolsonaro e seus filhos tenham aproveitado a oportunidade para descartar possíveis provas em alto mar.

A ação da PF não se limitou à casa de Angra dos Reis, atingindo também o gabinete do vereador Carlos Bolsonaro e sua residência no Rio de Janeiro. Além disso, mandados foram cumpridos em Formosa (GO) e Salvador (BA). A investigação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem como objetivo avançar no "núcleo político", identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente pela Abin. 

Fonte: Brasil 247

Mensagens obtidas pela PF mostram que assessores de Carlos Bolsonaro pediram informações sigilosas a Ramagem

 Solicitações foram feitas diretamente a Alexandre Ramagem, que dirigiu a Abin durante o governo Bolsonaro, por meio de troca de mensagens em aplicativos

Alexandre Ramagem e Carlos Bolsonaro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Renan Olaz/CMRJ)

A Polícia Federal (PF) encontrou evidências de tentativas da equipe ligada ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) de obter informações sigilosas relacionadas a inquéritos envolvendo Jair Bolsonaro (PL) e seus familiares.

Segundo a coluna da jornalista Thais Bilenky, do UOL, “as solicitações foram feitas diretamente a Alexandre Ramagem, que foi diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no governo Bolsonaro”. Ainda conforme a reportagem, “as mensagens foram trocadas por WhatsApp. Ramagem respondia diretamente pelo mesmo canal, segundo os investigadores”.

Nesta segunda-feira, a PF conduziu uma operação de busca e apreensão nos endereços do vereador no âmbito de um inquérito que visa esclarecer um suposto esquema de espionagem ilegal da Abin durante o governo Bolsonaro. 

O vereador Carlos Bolsonaro foi o principal alvo da ação. O foco da investigação é a suspeita de que o grupo político ligado ao ex-mandatário se beneficiava de maneira ilegal do aparato de inteligência do Estado para monitorar opositores e criticos da gestão Bolsonaro, além de integrantes do próprio grupo e aliados.

Na semana passada, Ramagem, que atualmente é deputado federal pelo PL, foi alvo de mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no âmbito das investigações que apuram o escândalo da Abin.

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna da jornalista Thais Bilenki, do UOL

Israel rompe relações com agência da ONU e exige renúncia do chefe da coorporação

 Ministro das Relações Exteriores Israel Katz anuncia cancelamento de reuniões e insta Philippe Lazzarini a renunciar diante de alegações de conexão da agência da ONU com o Hamas

UNRWA em Gaza (Foto: Reuters)

 O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, anunciou nesta segunda-feira (29) o cancelamento de reuniões com o chefe da Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA), Philippe Lazzarini, pedindo explicitamente sua renúncia, destaca a CNN. A decisão foi motivada por alegações de Israel de que 12 funcionários da agência humanitária da ONU para os palestinos estariam envolvidos no ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro.

"Acabei de cancelar as reuniões do chefe da UNRWA, [Philippe Lazzarini], com funcionários do Ministério das Relações Exteriores em Israel na quarta-feira", afirmou Katz. "Lazzarini deveria tirar conclusões e renunciar”, acrescentou o ministro.

Katz já havia apelado às Nações Unidas no sábado (27) para que tomassem "medidas pessoais imediatas" contra a liderança da UNRWA. Lazzarini, em resposta, mencionou que a mais alta autoridade investigativa da ONU já havia agido e que uma revisão independente por especialistas externos estava em andamento. O chefe da UNRWA também destacou que a agência tomou "medidas imediatas" rescindindo contratos de funcionários suspeitos de envolvimento no ataque do Hamas em 7 de outubro.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

FMI e Argentina adiam para novembro a revisão final de empréstimo de 44 bilhões de dólares

 A expectativa é de que o conselho executivo do Fundo assine a prorrogação, bem como o financiamento de 4,7 bilhões de dólares em uma reunião na quarta-feira

(Foto: REUTERS/Mariana Nedelcu)

LONDRES (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) permitirá que a Argentina adie por dois meses a última revisão de seu empréstimo de 44 bilhões de dólares, dando ao governo mais tempo para aplicar reformas e potencialmente negociar um novo programa, segundo fontes com conhecimento direto do assunto.

As autoridades do governo do país e do FMI concordaram que a última revisão do pacote atual, inicialmente prevista para setembro, será adiada para novembro, disseram três fontes, que pediram para não serem identificadas porque a informação não é pública.

O Fundo e os países estão sujeitos a um cronograma de revisões sobre o progresso, que, uma vez assinadas pelo conselho executivo do FMI, desencadeiam o desembolso de parcelas de financiamento.

O governo e a equipe do Fundo concordaram recentemente com a sétima revisão do programa, que foi adiada em meio a uma mudança de governo quando o presidente Javier Milei assumiu o cargo em 10 de dezembro.

A expectativa é de que o conselho executivo do Fundo assine a prorrogação, bem como o financiamento de 4,7 bilhões de dólares em uma reunião na quarta-feira.

Um porta-voz do FMI não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Um porta-voz do Ministério da Economia da Argentina confirmou que o governo espera que a diretoria do Fundo se reúna em 31 de janeiro para discutir o programa, mas não quis fazer mais comentários.

O tempo adicional é para "garantir que o programa cumpra seus objetivos", disse uma das fontes. A quantidade total de revisões não foi alterada, disse a fonte, acrescentando que a prorrogação não implica em nenhum novo financiamento.

As três revisões restantes, a partir de maio, devem desencadear cerca de 1,9 bilhão de dólares em desembolsos.

"O país sempre poderia negociar um novo programa antes do término do empréstimo atual, mas agora ele tem mais espaço para respirar até o final do ano para decidir o que quer fazer", disse outra fonte.

O último relatório da equipe deve expressar novamente que o programa com a segunda maior economia da América do Sul saiu "significativamente dos trilhos", disseram duas fontes, depois que metas como o acúmulo de reservas internacionais e a redução do déficit fiscal primário não foram atingidas.

O FMI espera que o país conclua as audiências públicas sobre os preços da energia, compre de volta a dívida do governo mantida pelo banco central e resolva a dívida comercial externa, disse uma das fontes.

Fonte: Brasil 247 com Reuters