segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

VÍDEO: Carluxo fala em “maldade” e tenta afastar clã Bolsonaro do assassinato de Marielle

 

Carlos Bolsonaro. Foto: reprodução

Ao lado do pai, Jair, e dos irmãos, Eduardo e Flávio, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) pronunciou-se sobre uma discussão na Câmara do Rio em 3 de maio de 2017 com um assessor de Marielle Franco, assassinada em 2018, e abordou a relação do clã com a “maldade” em relação à vereadora.

Carluxo afirmou que sua relação com Marielle sempre foi “muito amistosa” e culpou a “imprensa” por divulgar a situação “de uma maneira extremamente suja”. As declarações foram feitas durante a “superlive” do último domingo (28).

Em seguida, o filho “02” do ex-presidente lamentou que as câmeras não tenham captado o momento da discussão dele com o assessor de Marielle. Segundo Carlos, a discussão começou quando o assessor, durante uma entrevista, o provocou chamando-o de fascista.

“Alegaram em um determinado momento que eu tive uma discussão com ela no corredor. E, por acaso, não foi com ela que foi a discussão. Foi com um assessor dela que estava dando uma entrevista, quando eu passei, ele me cutucou me chamando de fascista”, disse.

“Ela saiu do gabinete dela, viu que estava havendo uma discussão porque eu não fiquei satisfeito com aquela qualificação, é óbvio. E quis ficar a par do que estava acontecendo. É lógico que os ânimos ali esquentaram. Mas, ela foi inclusive uma das pessoas que apartaram a discussão.”

O vereador ainda tentou afastar qualquer ligação da família Bolsonaro com o assassinato de Marielle, usando como argumento a proximidade do gabinete da ex-esposa da vereadora com o seu próprio gabinete.

“A ex-esposa dela ocupa o gabinete que é do lado da porta do meu gabinete. Então, por lógica, por bom senso… Alguém de bom senso acredita realmente que se um de nós, nossa família, tivesse feito alguma maldade com a Marielle, aceitaria a colocação do gabinete do lado do meu?”, indagou. “Obviamente que não”, respondeu.

Confira:

Nesta segunda-feira (29), a Polícia Federal (PF) deu início a uma operação para apurar as atividades da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. Segundo informações da colunista Andréia Sadi, do G1, um dos focos da operação é Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Fonte: DCM

Paolla Oliveira volta a rebater bolsonaristas após ataques sobre corpo: “Pirarucu”

 

A atriz Paolla Oliveira. (Foto: Reprodução)

Paolla Oliveira voltou a comentar sobre os comentários ofensivos que recebeu recentemente em suas publicações. Durante entrevista ao Globo, a artista afirmou que tenta “não gastar energia” com isso, mas que, de fato, já teve momentos em que sentiu raiva e quis revidar os xingamentos feitos, em sua maioria, por bolsonaristas que criticavam a forma física da atriz.

“Não vou atrás. Mas, ao mesmo tempo, se estou na chuva é para me molhar, nem que seja um pouquinho. Às vezes, respondo ou levanto um tema. Algumas pessoas não notaram que quando se descredibiliza uma mulher, reduz, ofende, a sociedade não anda para a liberdade coletiva”, disse Paolla. “Às vezes, a minha vontade é de chamar, sim, de pirarucu (risos). Mas dá preguiça de gastar energia”.

Paolla disse também que já passou por momentos delicados devido aos comentários. Os ataques teriam até mesmo prejudicado sua relação com a comida, impactando na alimentação e saúde da atriz: “Entrei em muitas ciladas, deixei de comer muitas coisas. Me questionava horrores e vivia culpada. Suava ao pensar em comer um doce, tipo uma carolina”.

Fonte: DCM

Em áudio vazado, aliado de Jordy falou em "equipe do mal" e levantou suspeita sobre gabinete do ódio e Abin paralela

 "Não pode falar essa porr*. É 'off'", disse um aliado do deputado bolsonarista ao final de uma live gravada ainda em 2020. A PF está em operação para investigar a Abin paralela

Carlos Jordy e Antônio Rayol (Foto: Reprodução)

No nomento em que a Polícia Federal realiza a segunda operação em menos de uma semana para investigar o suposto esquema de espionagem ilegal feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro (PL), desta vez mirando o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), começam a circular vídeos antigos de bolsonaristas que já indicavam a existência de uma Abin paralela e de um gabinete do ódio no governo passado.

O vídeo com mais destaque é o do ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República de Jair Bolsonaro, Gustavo Bebianno, que revelou duas semanas antes de morrer que Carlos Bolsonaro queria montar uma "Abin paralela". No entanto, outro vídeo também já sugeria a existência dos grupos criminosos: em 6 de abril de 2020, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) - que foi alvo da PF recentemente por suposto envolvimento na intentona golpista de 8 de janeiro de 2023 - fez uma live ao lado do delegado aposentado da Polícia Federal Antônio Rayol, que mais tarde disputaria a Prefeitura de Niterói (RJ) contra Rodrigo Neves (PDT).

Ao final da live, sem saber que ainda estavam sendo gravados, Jordy, Rayol e aliados que acompanhavam a transmissão in loco comentaram sobre uma “equipe do mal” e produção de “dossiês”, levantando suspeitas sobre a Abin paralela e o gabinete do ódio. 

"Eu peguei pesado?", perguntou Rayol depois do encerramento da live, no que respondeu, segundo reportagem do jornal O Globo, seu filho, Pedro: "Jordy deu uma travada ali quando você falou: 'Nós vamos criar...'. Jordy já lembrou da equipe lá do mal, dos dossiês. Jordy deu uma travada ali".

Rayol se defendeu afirmando que não havia falado em "dossiê": "falei em gabinete de inteligência". Mesmo assim, seu filho o alertou e disse que o assunto deveria ficar em "off". "Não pode falar essa porra. Isso aí é off".

O assunto em questão durante a live era a criação de um "gabinete de inteligência" na Prefeitura de Niterói.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

"Dever cumprido", diz Renan Filho, após notificar a Vale sobre cobrança bilionária

 "Companhias precisarão apresentar providências para a devolução do que foi descontado indevidamente da outorga", disse o ministro

Renan Filho (Foto: Divulgação)

Por Renan Filho, em seu X – Minha semana termina com leveza. Depois de meses de trabalho árduo e dedicação praticamente exclusiva de uma valorosa equipe do Ministério dos Transportes, encaminhou hoje à Vale e à MRS uma notificação com base em recomendação do TCU para que respondam sobre valores devidos à União pelas renovações de concessões ferroviárias antecipadas, feitas no governo passado. Na prática, isso significa que as companhias precisarão apresentar providências para a devolução do que foi descontado indevidamente da outorga a título de ativos não amortizados a fim de ressarcir o país. O tribunal entende que esses ativos precisam ser abatidos como custo ao longo de 35 anos do novo contrato firmado a partir das renovações. Essa imagem aí do post, onde estou sentado no chão, feita pelo Tarelli, que trabalha aqui comigo, sem que eu percebesse, mostra momento de concentração para leitura dos documentos e traduz meu sentimento de dever cumprido. Por isso, resolvi postar. Saiba mais: 

247 – O Ministério dos Transportes acionou a Vale e a MRS Logística, cobrando uma quantia combinada de R$ 29,4 bilhões referente a concessões de ferrovias renovadas antecipadamente durante a gestão Bolsonaro. A notificação foi enviada na última sexta-feira (26), coincidindo com a retirada da indicação de Guido Mantega para a presidência da Vale pelo governo Lula. A medida é uma resposta a uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), que questionou a abordagem da Rumo ao descontar ativos não amortizados do valor da outorga durante a renovação, de acordo com reportagem da CNN.

A Vale confirmou ter recebido a notificação e está revisando o conteúdo do documento, conforme declarou a empresa. Além disso, destacou que continua comprometida com seus acordos e investimentos, incluindo projetos de expansão da mobilidade urbana em 33 municípios. Agora, a Vale tem um prazo de 15 dias para responder às demandas do Ministério dos Transportes; caso não haja uma resposta satisfatória, o governo planeja recorrer ao TCU com base nos precedentes estabelecidos em casos anteriores, como o da Rumo.

Essa medida do governo representa um movimento significativo no cenário das concessões ferroviárias renovadas sob a administração anterior. A controvérsia em torno dos descontos realizados pela Rumo levou o TCU a recomendar uma revisão das concessões da Vale e da MRS Logística. O desdobramento desse processo poderá ter impactos substanciais tanto para as empresas quanto para a política de concessões do governo.

Fonte: Brasil 247

Operação da PF que tem Carlos Bolsonaro como alvo mira núcleo político de esquema de espionagem ilegal na Abin

 Políciais federais cumprem 21 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de ligação com um esquema de espionagem ilegal de opositores do governo Bolsonaro

(Foto: Agência Brasil)

 A operação da Polícia Federal (PF) deflagrada na manhã desta segunda-feira (29) para apurar um suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin),tem como foco o núcleo político suspeito de participação no caso. Os policiais federais estão cumprindo 21 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal. Entre os alvos está o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Jair Bolsonaro (PL).

As investigações apontam que Carlos Bolsonaro é suspeito de receber informações da Abin através do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que dirigiu a Abin durante o governo Bolsonaro. O próprio Ramagem também está sendo investigado, tendo sido alvo de busca e apreensão na semana passada.

Segundo o jornal O Globo, “no inquérito, a PF separou os suspeitos em cinco núcleos: PF, em que são investigados os policiais cedidos à Abin durante a gestão de Ramage; Alta Gestão, acerca da cúpula da pasta; Subordinados; Evento Portaria 157, sobre uma ação em que foram monitorados envolvidos com uma Organização Não-Governamental (ONG); e Tratamento Log, sobre os servidores que acessam o sistema da Abin”. 

O esquema de espionage ilegal feito pela Abin veio a público em março do ano passado e revelou que a agência usava um programa secreto chamado FirstMile para monitorar a localização de pessoas pré-determinadas por meio de seus aparelhos celulares durante a gestão de Jair Bolsonaro. 

Após essa revelação, a Polícia Federal iniciou um inquérito que identificou que a ferramenta foi utilizada para monitorar opositores e críticos do da gestão Bolsonaro, incluindo governadores e até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).  

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Governo cobra R$ 29,4 bilhões da Vale sobre concessões que foram renovadas antecipadamente na gestão Bolsonaro

 Cobrança atende a recomendação do TCU e coincide com a disputa sobre o comando da mineradora

Guido Mantega e Lula (Foto: José Cruz/Agência Brasil | Divulgação/PT)

O Ministério dos Transportes acionou a Vale e a MRS Logística, cobrando uma quantia combinada de R$ 29,4 bilhões referente a concessões de ferrovias renovadas antecipadamente durante a gestão Bolsonaro. A notificação foi enviada na última sexta-feira (26), coincidindo com a retirada da indicação de Guido Mantega para a presidência da Vale pelo governo Lula. A medida é uma resposta a uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), que questionou a abordagem da Rumo ao descontar ativos não amortizados do valor da outorga durante a renovação, de acordo com reportagem da CNN.

A Vale confirmou ter recebido a notificação e está revisando o conteúdo do documento, conforme declarou a empresa. Além disso, destacou que continua comprometida com seus acordos e investimentos, incluindo projetos de expansão da mobilidade urbana em 33 municípios. Agora, a Vale tem um prazo de 15 dias para responder às demandas do Ministério dos Transportes; caso não haja uma resposta satisfatória, o governo planeja recorrer ao TCU com base nos precedentes estabelecidos em casos anteriores, como o da Rumo.

Essa medida do governo representa um movimento significativo no cenário das concessões ferroviárias renovadas sob a administração anterior. A controvérsia em torno dos descontos realizados pela Rumo levou o TCU a recomendar uma revisão das concessões da Vale e da MRS Logística. O desdobramento desse processo poderá ter impactos substanciais tanto para as empresas quanto para a política de concessões do governo.

Fonte: Brasil 247 com reportagem da CNN

Com camisa de Israel, Bolsonaro elogia Alexandre Ramagem: "cara fantástico"

 Alexandre Ramagem é investigado por usar sistema israelense para espionar brasileiros

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução Youtube)

 Durante uma transmissão na noite deste domingo, o ex-presidente Jair Bolsonaro apareceu vestindo uma camisa de Israel enquanto elogiava Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), referindo-se a ele como "um cara fantástico". As declarações surgem em meio a uma investigação sobre o uso de um sistema israelense, o First Mile, por Ramagem para espionar autoridades brasileiras.

Bolsonaro rejeitou as alegações de uma suposta "Abin paralela" e criticou as acusações de interferência na Polícia Federal. As declarações foram feitas durante a "Super Live" conduzida pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no último domingo (28). A Abin é acusada de monitorar ilegalmente autoridades e alvos do bolsonarismo, como opositores, jornalistas e intelectuais.

Na esteira das revelações sobre a Operação Vigilância Aproximada, conduzida pela Polícia Federal para desmantelar um esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro, as análises do professor João Cezar de Castro Rocha lançam luz sobre a intrincada relação entre a família Bolsonaro e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin.

As declarações do professor, em entrevista exclusiva à TV 247, destacam a profundidade das conexões entre Ramagem e os Bolsonaros, delineando um quadro que sugere uma coautoria nas ações ilícitas que agora vêm à tona. “Com o avanço das investigações, será muito mais difícil para Carlos Bolsonaro e para Jair Bolsonaro se manterem imunes a esta investigação”, diz ele.

João Cezar de Castro Rocha enfatiza que a relação entre Alexandre Ramagem e a família Bolsonaro é intrínseca e orgânica. Ele ressalta que Ramagem não teria agido sem a total anuência do presidente Bolsonaro, evidenciando que as ações do ex-diretor da Abin eram uma extensão da vontade do então presidente. A indicação de Ramagem para candidato a prefeito no Rio de Janeiro é citada como prova dessa ligação profunda.

O professor destaca que, com o avanço das investigações, torna-se cada vez mais difícil para Carlos Bolsonaro e Jair Bolsonaro escaparem das implicações. A apreensão de seis aparelhos da Abin com Ramagem e de quatro computadores reforça a necessidade de uma investigação abrangente.

Rocha argumenta veementemente que não pode haver espaço para conciliação diante de ações criminosas como as que estão sendo reveladas. Ele destaca a importância de não permitir que figuras ligadas ao governo Bolsonaro continuem exercendo cargos públicos, ressaltando a inaceitabilidade de desvios de função para favorecer interesses políticos.

O contexto da Operação Vigilância Aproximada – A operação deflagrada pela Polícia Federal tem como objetivo desmantelar um esquema criminoso de espionagem ilegal na Abin durante o governo Bolsonaro. Alexandre Ramagem, ex-diretor da agência, figura como um dos principais alvos da investigação. Os mandados de busca e apreensão, distribuídos em diversas cidades, revelam a amplitude das diligências e a seriedade das acusações.

Os investigados enfrentam acusações que vão desde invasão de dispositivo informático alheio até interceptação de comunicações sem autorização judicial. A suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais reflete a gravidade dos fatos investigados.

Fonte: Brasil 247

Alice Walker: "Temos que ser lúcidos para ver o que é real e não ser enganados"

 A escritora afro-americana vencedora do Prêmio Pulitzer por seu romance "A Cor Púrpura" fala sobre seu trabalho, o racismo nos Estados Unidos e sua admiração pela revolução cubana

Alice Walker (Foto: REUTERS/Kimberly White)

Por Salim Lamrani (*), no Infobae - Nascida em 1944, em Eatonton, Geórgia, em uma família de agricultores de oito pessoas, Alice Walker experimentou desde cedo a segregação racial que assolava o sul dos Estados Unidos. Na adolescência, consciente da realidade da opressão, envolveu-se na luta pela igualdade e contra as políticas discriminatórias impostas pelas autoridades supremacistas.

Depois de uma educação brilhante, dedicou-se à escrita e publicou seu primeiro livro de poesia aos 24 anos, enquanto seguia uma carreira acadêmica em universidades de prestígio, incluindo a Universidade da Califórnia, em Berkeley, onde lecionou estudos afro-americanos. Em 1983, ela se tornou a primeira mulher negra a ganhar o Prêmio Pulitzer por seu romance A Cor Púrpura, atualmente um dos cinco livros mais lidos nos Estados Unidos.

Feminista militante, Alice Walker coloca a liberdade e a justiça social no centro de sua ação. Fortemente influenciada pela Revolução Cubana e sua mensagem universal de emancipação, luta há anos contra as sanções econômicas que assolam a população da ilha. Também está profundamente envolvida na preservação do meio ambiente e na promoção do progresso humano.

No decorrer desta conversa com o InfobaeCultura, Alice Walker relembra sua infância no Sul segregacionista e seu compromisso com a luta contra o racismo institucional. Fala sobre a conquista do Prêmio Pulitzer e os obstáculos erguidos contra escritores negros. Finalmente,fala longamente sobre a Revolução Cubana, que foi uma profunda fonte de inspiração para ela e para muitos intelectuais de sua geração.

—Onde você nasceu e que lembranças você tem da sua infância?

"Nasci no sul dos Estados Unidos, no meio do campo, um lugar lindo, e cresci com meus pais, meus irmãos e minhas irmãs. Uma das minhas irmãs se mudou quando eu tinha um ano de idade porque não havia colégio para crianças negras em nossa cidade. Eu amava muito meus pais e era muito próxima dos meus avós. Lembro-me de muitas vezes fugir para visitá-los. Sua vida era muito simples: plantar, cultivar, comer, atender todas as minhas necessidades. A simplicidade de seu estilo de vida era perfeita para mim. Hoje tenho a mesma idade que eles tinham quando os conheci e percebo que emulei o estilo de vida deles ao optar por viver de forma muito simples, com galinhas e uma horta.

Tínhamos a nossa própria comunidade. Claro que havia segregação, mas quando somos crianças não nos apercebemos disso. Vivíamos em uma comunidade de pessoas que se preocupavam conosco. Nunca tivemos moradia digna. Eles poderiam nos forçar a nos mudar todos os anos. Meu pai e minha mãe trabalharam muito para evitar que a gente sentisse opressão no dia a dia. Raramente víamos pessoas brancas. Víamos apenas o proprietário da terra e quem pudesse nos obrigar a sair.

—Como a opressão racial se expressavaem um sistema comandado por homens brancos e ricos?

É preciso dizer que, na maioria dos casos, eles não eram tão ricos. Eles eram apenas brancos. E nem sempre eram homens. Nosso senhorio mais rigoroso era uma mulher, talvez até uma parente. Ela, claro, teria negado a possibilidade, pelo menos em público. Naquela sociedade, uma pessoa branca era automaticamente considerada superior a qualquer pessoa negra, mesmo que tivesse um diploma universitário e mesmo que fosse parente. Quando se considera a doença profunda dos Estados Unidos, cujos fundamentos foram a exploração de africanos e descendentes, fica mais fácil entender a tragédia de nossa atual situação política. Os EUA devem mais dinheiro do que jamais poderão pagar, e a depredação e escravização do próprio país não é impossível.

Eu era muito consciente de que éramos pobres. Éramos pobres porque trabalhávamos para pessoas que possuíam todas as terras, todas as boas moradias e todas as escolas. Meus pais conseguiram construir uma escola para nossa comunidade, mas os brancos a queimaram para nos privar da educação. Construímos outra. Estávamos bem cientes da luta pela educação em nossa comunidade. Os brancos nos odiavam, mas tínhamos amor por nós mesmos. Devo dizer que, quando crianças, fomos amplamente protegidos da humilhação diária que nossos pais sofriam.

Então, quando eu tinha 17 anos, saí de casa para me juntar ao movimento contra a opressão racial e pelos direitos civis. Meus pais ficaram um pouco assustados com nosso compromisso, mas o seu amor nos havia dado a energia para lutar.

—Você se casou com um homem branco, Melvin Rosenman, em uma época em que o casamento misto era ilegal no Estado da Geórgia. Quais foram as consequências dessa união?

Os casamentos mistos eram ilegais em todo o Sul, não apenas na Geórgia, onde eu nasci.Nos casamos em Nova York e fomos muito felizes. Depois, fomos para o Mississippi para desafiar a lei e questionar a decisão legal iníqua que tornou o ilegal o casamento para algumas pessoas. Não sou muito fã de casamento. Mas depois de 300 ou 400 anos de opressão, não podíamos continuar dizendo às pessoas que elas não poderiam se casar, que não poderiam se unir a alguém que amavam. Pareceu-me muito natural então rebelar-me contra essa discriminação.

—Em 1982, você se tornou a primeira mulher afro-americana a ganhar o Prêmio Pulitzer por seu décimo romance, A Cor Púrpura. O que mudou para você? Isso teve impacto na forma como as mulheres negras são percebidas na sociedade estadunidense?

As pessoas costumam dizer que é o primeiro romance de um/a escritor/a negro/a a ganhar o Prêmio Pulitzer. Mas, não nos esqueçamos que, no passado, as/os negras/os não eram consideradas/os para o Pulitzer. Na época, os Estados Unidos eram um país de apartheid semelhante à África do Sul. Poucas/os negras/os conseguiam encontrar uma editora. Há uma certa hipocrisia em tudo isso, porque as pessoas parecem querer acreditar que, por todos esses anos, qualquer um –branco ou negro– poderia ganhar o Pulitzer. Isso não é verdade. Inclusive, no júri que me concedeu o prêmio, havia pelo menos uma pessoa –uma mulher branca– que era absolutamente contra, porque meu livro tratava sobre afro-americanos sobre os quais ela,aparentemente, nada sabia.

Há muitos escritores negros brilhantes que deveriam ter ganhado todos os prêmios imagináveis, muito antes de eu nascer. Faço questão de dizer isso porque sei que você entende a estrutura do racismo em nosso país. Fingem que sou a única, como se nunca houvesse outros possíveis candidatos. Muitos escritores negros poderiam ter ganhado qualquer prêmio se tivessem sido autorizados a competir durante esse apartheid estadunidense.

—Você diz que A Cor Púrpura é um remédio para muitas pessoas porque as liberta e é por isso que faz tanto sucesso.

Acho que o livro faz com que as mulheres percebam que não precisam aceitar um relacionamento com homens que seja prejudicial à sua saúde física e mental. Há muitas outras relações possíveis no mundo. Elas podem se relacionar com outras mulheres e isso é uma grande libertação. Por que você deveria se relacionar apenas com homens se você não encontrou alguém que te trate bem?

É uma libertação também para os homens. O personagem de Señor é particularmente desagradável. Infelizmente, é baseado no meu amado avô, como ele era anos antes de eu nascer. É uma oportunidade para que os homens percebam outras facetas de sua personalidade além daquela que brutaliza às mulheres. Eles podem aprender a ver as mulheres como iguais. Não é impossível.

Então, eu acho que esse é um remédio muito bom para muitas pessoas nos Estados Unidos, mas também em todo o mundo, porque a opressão das mulheres é global. É algo realmente indigno do comportamento humano. Não deveria existir, assim como o abuso infantil. Na verdade, as mulheres são frequentemente maltratadas quando estão grávidas. Deveríamos refletir coletivamente sobre esta questão.

—A forma mais antiga de dominação é a do homem sobre a mulher. Você está totalmente comprometida com a luta pelos direitos das mulheres. O que falta fazer para alcançar a verdadeira igualdade?

Ainda há tudo a ser feito, o que é realmente exasperante. Em nosso país, as mulheres perderam o direito ao aborto. Se você não pode controlar seu próprio corpo, você é umaescrava. Retrocedemos 100 anos, o que significa que a luta pela liberdade é constante e eterna. Nem precisamos pensar na difícil situação das mulheres em outras partes do mundo, onde elas nunca tiveram um sopro de liberdade.

Trabalhei durante muitos anos, dez, sobre a circuncisão feminina e o perigo que isso representa para as pessoas, especialmente em África e em certos países do Médio Oriente, mas, também, noutras regiões. É um dos maiores insultos imagináveis à humanidade.

—Quais causas têm sido fonte de inspiração para você?

—A Revolução Cubana. Quando descobri que Fidel falava em nome de pessoas que eram exatamente como meus pais, pessoas cujos filhos não tinham sapatos, que tiveram que construir suas próprias escolas apenas para ver o proprietário queimá-las, foi natural para mim sentir que tinha encontrado um irmão, que havia alguém no mundo que podia ver todas aquelas injustiças e denunciá-las.

Ao seu lado estava Che. Gostaria também de mencionar a revolucionária Celia Sánchez, que era muito próxima do Che e de Fidel, mas de quem pouco se fala. Em Cuba, ela é homenageada; mas, fora de suas fronteiras, é ignorada porque o mundo só vê o revolucionário masculino, apesar de ter desempenhado um papel fundamental na Revolução Cubana.

—O que a Revolução Cubana simboliza para você? O que simboliza para as pessoas que são vítimas de algum tipo de opressão?

Simboliza uma coisa, entre outras: se você se rebelar, será punido. Cuba foi punida por se rebelar, por tentar ser diferente. Convenhamos: o opressor sempre tentará punir o oprimido que nega sua condição. Eles tornarão sua vida miserável e impedirão que você se dedique à construção de uma sociedade mais justa. É exatamente o que está acontecendo com Cuba.

Então, o que devemos fazer? Devemos continuar a nos rebelar? Devemos perseverar na construção de um sistema diferente? Resistir? Render-nos? Penso muitas vezes em Cuba, que hoje sofre e sempre sofreu. Lembro-me de ter ido lá numa altura em que não havia gasolina. Os carros ficavam sem gasolina e tinham que ser empurrados. Hoje, em Cuba, há escassez de matérias-primas alimentares para os mais pobres. Há uma escassez constante.

Isso dá a impressão de um fracasso; mas,precisamos nos fazer as perguntas certas. É um fracasso quando a maioria dos cubanos que nunca teriam recebido uma educação se não fosse pela Revolução agora tem diplomas universitários, apesar do estado de sítio a que estão submetidos? Os cubanos que deixam seu país em busca de uma vida melhor são educados e terão melhores oportunidades (No original, em espanhol, está sem interrogação; mas, vendo o sentido do texto, me parece uma pergunta... O que fazer? Deixamos mesmo como afirmação?).Temos de insistir nisso. Cuba, realmente, éum assunto fascinante.

—O que você acha da política dos EUA em relação a Cuba?

A política dos EUA é de punição coletiva. Temos a impressão de que somos governados por calvinistas do século XVIII, por pessoas que nos queimariam na fogueira. É uma política odiosa. De fato, essa situação dá aosEstados Unidos uma má fama. Gostaria que as pessoas compreendessem as consequências de tamanha dureza de coração, ainda maisquando afirmamos ser um país cristão. Nós garantimos que as crianças passem fome, que não tenham sapatos, que os idosos não tenham remédios. Lembro-me de visitar uma maternidade em Cuba e não havia quase nada. Não havia sabão. Não sei como o pessoal conseguia manter o local tão limpo com tanta falta de recursos. Era muito triste.

A vida nunca recompensa a mesquinhez. Essa é uma das razões pelas quais o meu país está sofrendo tanto. Achamos que somos ótimos;mas, basta olhar para a realidade das nossas próprias cidades, com tanta gente passando fome e vivendo nas ruas. Sofremos porque nossos líderes perderam toda a compaixão, se é que alguma vez tiveram alguma.

—Você encontrou-se com Fidel Castro em várias ocasiões. O que você pode nos dizer sobre ele?

Ele adorava conversar, como todos sabem, e tinha um grande senso de humor. Ele foi a pessoa mais culta que já conheci. Por outro lado, ele nunca tinha ouvido falar da circuncisão feminina e, quando contei a ele sobre isso, ele, literalmente, ficou pálido. Estava muito perturbado e queria encontrar uma maneira de acabar com essa prática bárbara. Foi ótimo, porque eu finalmente conheci um homem capaz de sentir o sofrimento das mulheres. Foi extraordinário. Gostei muito dele; me pareceu muito humanoe com a mente muito aberta.

Aprendi que nem ele nem Che sabiam dançar, o que é uma pena, porque a dança é realmente essencial para entender as conexões do corpo com a terra e a natureza. Também fiquei muito impressionada com sua capacidade de ouvir. Um dia, em uma de nossas reuniões, havia uma grande mesa e ele ouviu cada um de nós. Isso é algo que nunca aconteceria nos Estados Unidos, caso alguma vez tivéssemos a oportunidade de compartilhar a mesa do Presidente.

—Você publicou um poema chamado “Earnest and Faithful” (Sério e Fiel), em homenagem ao Che. Conte-nos sobre isso.

Vocês devem saber que eu gosto muito de traduzir nomes próprios. Ernesto e Fidel significam "Sério e Fiel", em inglês. É bonito e poético. Ambos eram sérios e fiéis, devotados à sua causa. Eles tinham uma fé inabalável e um grande amor pelo povo.

Tive a oportunidade de visitar o mausoléuonde estão os restos mortais do Che, em Santa Clara. Ele havia sido assassinado e enterrado secretamente na Bolívia. Ninguém sabia onde ele estava. Lembro-me daquela terrível foto de seu corpo sem vida, cercado pelos generais e pelas pessoas que haviam participado de sua captura. Foi muito doloroso para muitas pessoas ao redor do mundo. Fidel, então, empreendeu uma busca e, finalmente, o local onde os restos mortais do Che estavam foi descoberto e ele foi repatriado para Cuba. Tenho muita admiração, respeito e amor pelo Che.

—Na sua opinião, qual é o dever dos intelectuais?

Creio que temos que ser lúcidos o suficiente para ver o que é real e não nos deixar enganar por espelhos e fumaça. A situação no mundo é terrível e temos o dever de permanecer o mais vigilantes possível. Devemos isso às pessoas que lutaram tanto no passado. Não podemos deixar-nos enganar pelos poderes obscuros que sabem manipular tão bem a realidade.

—O que lhe indigna hoje?

Estou chocada com a magnitude do tráfico de crianças. Ouvimos histórias horríveis sobre campos de concentração e tráfico de crianças. Muitas dessas crianças são usadas para o tráfico de órgãos. É estarrecedor imaginar que a humanidade caiu tão baixo ao ponto de que há um comércio de crianças. É assustador e é algo que nunca veríamos em Cuba!

(*) Salim Lamrani é jornalista, escritor e professor titular da Universidade de La Reunión. Doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos pela Universidade Sorbonne-Paris IV. Especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos.

Artigo publicado em espanhol no site https://www.infobae.com/cultura/2024/01/21/alice-walker-tenemos-que-ser-lucidos-para-ver-lo-que-es-real-y-no-dejarnos-enganar/].

Tradução: Rose Lima

Operação contra Carlos Bolsonaro foi autorizada por Moraes e contou com apoio da PGR

 A operação foi solicitada pela PF e busca desvendar se Carlos Bolsonaro era um dos destinatários das informações obtidas ilegalmente pela 'Abin paralela'

Alexandre de Moraes e Carlos Bolsonaro (Foto: STF | Renan Olaz/CMRJ)

 A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (29) mais uma operação para apurar o esquema de espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro. Desta vez, o principal alvo é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Jair Bolsonaro (PL). A ação foi solicitada pela Polícia Federal e autorizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), sendo o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, o responsável por assinar a autorização para os mandados, informa Daniela Lima, do g1.

A suspeita da Polícia Federal recai sobre a atuação da Abin durante o mandato de Jair Bolsonaro. A agência teria atuado como um braço de coleta de informações ilegais, sem autorização judicial. Além disso, a agência também teria sido apontada como fonte de informações falsas, posteriormente disseminadas por perfis de extrema direita com o intuito de difamar instituições e autoridades. Outra frente da investigação aponta que a Abin teria sido acionada para proteger os filhos de Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Com Milei, preços sobem e vendas têm queda histórica na Argentina

 Preços na Argentina estão até 40% mais caros do que no exterior. Indústria não alimentícia e de bens duráveis e manufaturados prevê uma queda nas vendas de pelo menos 60% neste mês

Javier Milei (Foto: Reuters/Matias Baglietto)

 Desde que o ultradireitista Javier Milei assumiu a presidência da Argentina, em dezembro de 2023, os preços não param de subir e as vendas e a atividade econômica do país têm registrado quedas históricas, segundo conta o jornal local Página12

“Há um dado impactante que reflete melhor do que qualquer tecnicismo acadêmico o que está acontecendo hoje com os preços e a atividade na Argentina. 

Um CEO que possui supermercados em todo o país contou ao Página12 que, desde que Javier Milei assumiu a presidência e liberou os preços, a ‘venda de fronteira’ despencou 30%. 

Em outras palavras, os estrangeiros que antes cruzavam a fronteira para comprar óleo, farinha, alimentos e até combustíveis em estabelecimentos próximos ao Paraguai, Bolívia, Brasil e Uruguai agora preferem comprar em seus próprios países, onde os preços eram recentemente muito mais altos do que na Argentina. 

Além disso, esse efeito levou a uma diminuição nas vendas dos supermercados locais, pois também houve uma redução na demanda interna”.

Esse fenômeno não apenas prejudicou as empresas que atuam na fronteira, mas também teve um impacto direto nas vendas dos supermercados locais, com uma diminuição na demanda interna. Empresas fornecedoras enviam listas de aumentos semanais, resultando em produtos até 40% mais caros do que no exterior.

A situação é mais crítica para empresas multinacionais, que continuam a aumentar os preços sem limites. Surpreendentemente, vários CEOs que se reuniram com funcionários do governo não receberam restrições em relação aos aumentos de preços.

Na indústria não alimentícia e de bens duráveis e manufaturados, prevê-se uma queda nas vendas de pelo menos 60% neste mês. O colapso na indústria convencional e a diminuição da atividade na construção, decorrente do cancelamento de obras públicas desde dezembro, resultaram não apenas em uma redução na atividade, mas também em demissões mensais significativas.

No setor de consumo básico, que engloba alimentos, bebidas e bens de primeira necessidade, os supermercados em todo o país enfrentam uma queda média de 15% nas vendas. A crise se manifesta de maneira abrangente, afetando não apenas a economia, mas também o cotidiano dos cidadãos argentinos.

Diante desse cenário, a ilusão ideológica do presidente Milei em relação a um mercado livre e autorregulado, com a promessa de redução de preços, parece distante da realidade, deixando a população e o setor empresarial apreensivos quanto ao futuro econômico do país.

Fonte: Brasil 247 com informações do Página 12

Pagamento de precatórios injeta bilhões na economia e deve acelerar crescimento

 Com a liberação dos recursos dos precatórios pela equipe de Fernando Haddad, espera-se uma recuperação mais sólida

Ministro Fernando Haddad (Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS)

O pagamento de precatórios pelo governo brasileiro no final de 2023 está gerando expectativas positivas para a economia nacional. Economistas consultados pelo jornal Estado de S. Paulo indicam que essa medida tem o potencial de acelerar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. Os precatórios, que representam dívidas reconhecidas pela Justiça, estavam represados devido a políticas anteriores, e sua liberação agora é vista como uma tentativa de regularizar as finanças públicas e impulsionar a atividade econômica.

A injeção desses recursos na economia, estimados em R$ 40 bilhões, pode ter um impacto significativo no consumo das famílias e na recuperação econômica em geral. A perspectiva de um aumento do PIB e a dinamização do consumo são elementos que sinalizam uma possível melhoria no cenário econômico do país, com projeções mais próximas a 2% para o crescimento deste ano. Essa medida representa um esforço para estimular a demanda interna e fortalecer a economia em um período de desafios econômicos.

Com a liberação dos recursos dos precatórios, espera-se que o Brasil possa alcançar uma recuperação mais sólida, consolidando um cenário mais promissor para o crescimento econômico. Essa injeção de recursos é vista como uma oportunidade para impulsionar diversos setores e fomentar um ambiente econômico mais favorável, contribuindo para uma possível retomada do crescimento.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Antes de morrer, Bebianno revelou que Carlos Bolsonaro queria montar "Abin paralela" (vídeo)

 Nesta segunda-feira, a Polícia Federal deflagrou operação mirando Carlos Bolsonaro, que seria o destinatário de informações obtidas pelo grupo criminoso que atuava na Abin

Gustavo Bebianno e Carlos Bolsonaro (Foto: ABR | Renan Olaz/CMRJ/Divulgação)

 Duas semanas antes de falecer, em março de 2020, o ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República de Jair Bolsonaro (PL), Gustavo Bebianno, revelou que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicano-RJ) queria montar uma "Abin [Agência Brasileira de Inteligência] paralela". Nesta segunda-feira (29), a Polícia Federal deflagrou uma operação mirando exatamente Carlos Bolsonaro. A suspeita é de que ele era o destinatário de informações obtidas pelo grupo criminoso que atuava na Abin, realizando espionagem ilegal de opositores do governo Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247