domingo, 28 de janeiro de 2024

Supremo da Venezuela confirma inelegibilidade de Maria Corina Machado, por corrupção e entrega do patrimônio nacional

 A opositora de direita está inabilitada para o exercício de cargos públicos por 15 anos

Maria Corina Machado (Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)

 Maria Corina Machado, opositora de direita na Venezuela,  está inelegível e inabilitada para o exercício de cargos públicos por 15 anos. O Supremo Tribunal de Justiça confirmou na última sexta-feira (26) a sentença nesse sentido emitida pela Controladoria-Geral da República em 2021. A sentença indica que ela está “envolvida nos fatos e participa do complô de corrupção orquestrado pelo usurpador Juan Guaidó, que levou ao bloqueio criminoso da República Bolivariana da Venezuela, bem como à flagrante desapropriação das empresas e riquezas do povo venezuelano no exterior, com a cumplicidade de governos corruptos".

Segundo a Justiça venezuelana, Maria Corina Machado descumpriu o artigo 191 da Constituição da República Bolivariana da Venezuela, que dispõe que os deputados à Assembleia Nacional não poderão aceitar ou ocupar cargos públicos sem perder a investidura, exceto em atividades docentes, acadêmicas, acidentais ou assistenciais, desde que não impliquem dedicação exclusiva, uma vez que aceitou o credenciamento como representante suplente da Delegação da República do Panamá junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) a partir de 20 de março, 2014, perdendo assim a investidura de Deputado à Assembleia Nacional.”

Machado não poderá participar como candidata nas eleições presidenciais que deverão ser realizadas no segundo semestre deste ano. 

Fonte: Brasil 247

Trump diz que fronteira dos EUA é 'arma de destruição em massa' por 'recorde histórico' de imigrantes

 O provável candidato do Partido Republicano à presidência dos EUA condenou a política fronteiriça do mandatário em exercício

Donald Trump (Foto: Reuters)

Sputnik - Donald Trump, o provável candidato republicano à presidência nos EUA, atacou no sábado (27) o governo de Joe Biden por permitir que o aumento da entrada de imigrantes na fronteira sul continue.

Trump, que busca retornar à Casa Branca em 2024, escreveu que as autoridades fronteiriças dos EUA registraram 302.000 entradas de imigrantes em dezembro, algo que ele descreveu como "um recorde histórico".

"Há apenas três anos, tínhamos a fronteira mais forte e segura da história dos EUA. Hoje temos uma catástrofe iminente. É a PIOR FRONTEIRA DA HISTÓRIA DO MUNDO, uma ferida aberta em nosso outrora grande país", argumentou Trump.

Ele afirmou que "terroristas" estavam entrando nos Estados Unidos sem controle, vindos de todas as partes do mundo, e que agora havia "100% de chance" de um grande ataque terrorista acontecer no país.

A disputa quanto à segurança fronteiriça entre os republicanos e os democratas no Congresso dos EUA escalou nesta semana, depois que a Suprema Corte permitiu que os agentes federais de patrulha da fronteira removessem as barreiras físicas colocadas pelo Texas. Greg Abbott, governador do estado, disse que estava pronto para um conflito com as autoridades federais.

Uma grande parte dos governadores republicanos expressaram solidariedade ao Texas no seu impasse com o governo federal, defendendo a proteção da fronteira do estado com o México contra a imigração ilegal.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Helder Barbalho deve ser reeleito presidente do Consórcio da Amazônia Legal

 O Consórcio da Amazônia Legal tem por missão acelerar o desenvolvimento sustentável da região amazônica

Helder Barbalho (Foto: Bruno Cecim/Ag.Pará)

 O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), deverá ser reeleito presidente do Consórcio da Amazônia Legal.

O grupo, formado pelos governadores da região, se reunirá na próxima segunda-feira (29), informa o Painel da Folha de S.Paulo. 

O governador desempenhou um papel fundamental nas articulações para que o Brasil seja a sede da COP 30, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas. A cidade de Belém, capital paraense, foi confirmada como sede da conferência, que será realizada em 2025.

A Amazônia Legal é uma área geográfica no Brasil, definida por legislação específica, que abrange nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. A região tem importância ambiental devido à presença da Floresta Amazônica.

O Consórcio da Amazônia Legal tem por missão acelerar o desenvolvimento sustentável da região amazônica de forma integrada e cooperativa, levando em conta as oportunidades e os desafios regionais.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Painel da Folha de S. Paulo

MST divulga Carta Compromisso e quer lançar candidaturas nas eleições de outubro

 Movimento social comemorou 40 anos neste sábado, em evento que reuniu militantes, lideranças políticas e ministros do governo Lula

MST realiza ato comemorativo dos seus 40 anos (Foto: Priscila Ramos )

Rede Brasil Atual - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lançou neste sábado (27) a “Carta Compromisso do MST com a Luta e o Povo Brasileiro”. Divulgada ao final da reunião da Coordenação Nacional do Movimento, a carta foi apresentada durante o ato político em comemoração aos 40 anos da organização, realizado hoje na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP).

“Nestas quatro décadas, enfrentamos inúmeras tentativas de criminalizar a luta social. Nenhuma organização sofreu tantas ameaças de Comissões de Parlamentares pelas forças conservadoras”, diz a Carta. O documento lembrou a CPI do MST, realizada ano passado com apoio da bancada ruralista e da extrema-direita bolsonarista.

A carta reafirma o apoio do MST ao governo Lula, mas também adota tom de cobrança, no seguinte trecho:

“Nos preocupamos que o primeiro ano do governo Lula terminou com o mesmo número de famílias acampadas do início do seu mandato. As possibilidades para resolver esse passivo são muitas, desde que haja determinação do governo em enfrentar a grilagem e a concentração agrária que historicamente marcou a estrutura fundiária brasileira.

Isso exige ainda um orçamento para o Ministério do Desenvolvimento Agrário e para o INCRA que seja capaz de retomar as políticas públicas para a reforma agrária em 2024, e que tenha condições reais de estruturar e fortalecer a organização daqueles e daquelas que produzem alimentos saudáveis, zelam pela natureza e promovem justiça social”.

O evento

A comemoração pelos 40 anos do MST, realizada neste sábado (27), em Guararema (SP), contou com a presença de lideranças políticas e reuniu cerca de mil pessoas.

Quatro ministros do governo participaram. Foram eles, Silvio Almeida (Direitos Humanos), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), e Luiz Marinho (Trabalho).

Ocupar espaços

Antes do ato político foi realizada uma coletiva sobre os 40 anos do MST, com Ceres Hadich, da direção nacional, e Jaime Amorim, da coordenação nacional do movimento. “Apesar da direita e de parte da imprensa nos chamarem de invasores, na verdade é o contrário. Quem sempre invade é o latifúndio”, disse Amorim.

Ele também afirmou que o movimento irá lançar candidaturas no próximo ano. “Precisamos ter representantes nas Câmaras Municipais e fazer a disputa com o fundamentalismo evangélico nos municípios”. Um dos nomes já sedimentados para enfrentar a disputa municipal é o de Rosa Amorim para a prefeitura de Caruaru, em Pernambuco. Hoje, Amorim é deputada pelo PT no estado. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Rede Brasil Atual

"Nenhum país se desenvolve sem uma indústria forte", diz Aloizio Mercadante

 Na primeira entrevista do novo podcast BrasilPod+, o presidente do BNDES explicou em detalhes a nova política industrial

(Foto: Brasil247)

 O economista Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), delineou os contornos da nova política industrial brasileira em uma entrevista exclusiva aos jornalistas Leonardo Attuch e Florestan Fernandes Júnior, da TV 247. Esta entrevista marca o início de uma nova série da TV 247, com o podcast BrasilPod+, que promete mergulhar nos desafios e nas potencialidades da economia e da sociedade brasileira.

Com uma eloquência pontuada por décadas de experiência política e econômica, Mercadante destacou a centralidade da indústria para o progresso de uma nação. "Um país como o Brasil precisa de indústria", afirmou veementemente, evidenciando a importância do setor como pilar fundamental para o desenvolvimento nacional.

As declarações do presidente do BNDES ecoaram a urgência de revigorar o tecido industrial brasileiro. "O Brasil se industrializou tardiamente", observou, ressaltando que a trajetória rumo à industrialização ganhou impulso a partir da crise de exportação de commodities em 1929. Ao mencionar líderes históricos como Getúlio Vargas, Mercadante realçou o papel crucial de figuras visionárias na construção das bases da industrialização brasileira. "Ele construiu as bases do processo de industrialização, com empresas como a Vale, a Petrobras e o BNDES", disse ele. 

No panorama atual, Mercadante confrontou a desafiadora realidade da desindustrialização, destacando que apenas 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é representado pelo setor industrial, depois de uma participação de 30% no fim da década de 80. "Entre 1930 e 1980, o Brasil foi um dos países que mais se industrializaram no mundo. Em 1980, 30% do PIB brasileiro era representado pela indústria. Com a crise dos anos 80, veio o Consenso de Washington, que hoje não é consenso nem mais em Washington. Ele foi devastador para a indústria dos países do Sul Global. Em 1980, o Brasil tinha uma indústria que era maior do que a da China e a da Coreia do Sul somadas", destaca.

Para retomar o terreno perdido, o presidente do BNDES apresentou a neoindustrialização como um horizonte a ser alcançado, enfatizando a necessidade premente de renovação do parque industrial nacional. A entrevista ocorre em meio ao anúncio do plano da Nova Indústria Brasil (NIB) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um investimento robusto de R$ 300 bilhões destinado a reconfigurar a indústria brasileira para um perfil mais inovador e sustentável. Mercadante enxerga nesse plano uma oportunidade única para impulsionar a neoindustrialização do país.

"A discussão sobre ter ou não política industrial está superada", afirmou Mercadante, enfatizando que o cerne do debate reside na definição da política industrial mais adequada. Em um mundo marcado pela revolução digital e pelo aquecimento global, o presidente do BNDES enfatizou a necessidade de uma abordagem proativa e sustentável para reverter a desindustrialização e enfrentar os desafios do século XXI. A Nova Indústria Brasil se propõe a fortalecer as cadeias agroindustriais, ampliar a produção de medicamentos, promover a infraestrutura sustentável e digitalizar a indústria nacional, entre outras medidas. Sob a gestão do BNDES, Finep e Embrapii, os recursos serão direcionados para iniciativas estratégicas que impulsionem o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

A concorrência chinesa e a produção de navios – Diante do cenário global, Mercadante enfatizou a necessidade de o Brasil se posicionar como um competidor na arena internacional, especialmente frente à ascensão da China. O presidente do BNDES ressaltou a importância de um governo capaz de afirmar os interesses nacionais e promover investimentos locais, exemplificando com a recente decisão de aumentar o imposto sobre importação de carros elétricos para fomentar a produção nacional. "Fizemos isso e eles trouxeram investimentos", diz ele. Mercadante também afirmou que o Brasil não deve ter receio de discutir mecanismos de proteção à indústria nacional e citou o caso do bilionário Elon Musk, que tem defendido protecionismo contra importações chinesas. "Proteção é uma palavra proibida para quem? Para o Musk não é", disse ele.

O presidente do BNDES também enfatizou a importância da produção de navios no Brasil. "Temos uma demanda gigantesca, com empresas como a Vale e a Petrobras. E os navios do futuro precisarão utilizar energia renovável. O Brasil precisa disputar esse mercado para se manter competitivo. Se não fizermos isso, perderemos nosso espaço na economia mundial", destaca.

A entrevista de Aloizio Mercadante inaugura uma série de diálogos no podcast BrasilPod+, prometendo um olhar profundo sobre os rumos da economia brasileira. Ative a notificação e assista a partir das 19h deste domingo na TV 247:

Fonte:Brasil 247

"Para que serve um banco de fomento se não for para induzir o crescimento", questiona Warde após críticas ao BNDES

 Banco vem sendo atacado pela imprensa corporativa por seu papel na nova política industrial brasileira. "A Lava Jato arrasou o mercado de infraestrutura do país", lembra o jurista

Walfrido Warde (Foto: Reprodução)

 O jurista Walfrido Warde questionou as críticas da imprensa corporativa ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pelo papel da instituição na Nova Indústria Brasil, política industrial lançada nesta semana pelo governo Lula (PT) para impulsionar o setor. Serão R$ 300 bilhões injetados na industrialização brasileira.

Warde lembrou que a Lava Jato corroeu o setor de infraestrutura do Brasil e que há mais de 10 anos o setor não é contemplado com uma perspectiva de futuro. Ele ainda destacou ser da natureza do BNDES fomentar o crescimento econômico. "A Lava Jato arrasou o mercado de infraestrutura do país. O editorial de O Globo e uma matéria de 1ª página da Folha advertem para o que seria o mal do intervencionismo e uma atuação do BNDES aos moldes do passado. Para que serve um banco de fomento se não for para induzir o crescimento da atividade econômica? Estamos há 10 anos, desde que a tal força tarefa confundiu empresa e empresário, sem algo de relevante no setor de infraestrutura. Agora, a iniciativa privada reage e se anima a investir porque sabe que este governo fará o mesmo", publicou o jurista no X, antigo Twitter, neste domingo (28).

Fonte: Brasil 247

Lula vai tentar tirar Tabata da eleição em SP, dizem petistas e membros do PSB

 Ação de Lula visa unificar partidos aliados do governo em torno da candidatura de Boulos

Tabata Amaral e Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)

Pessoas próximas do presidente Lula e lideranças do PSB avaliam como inevitável uma investida direta do presidente para tentar convencer a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) a abrir mão de sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo para apoiar Guilherme Boulos (PSOL). 

Até mesmo um ministério, no caso o da Ciência e Tenologia, hoje comandado pela presidente do PCdoB, Luciana Santos, poderia ser oferecido a Tabata para que ela abra mão da candidatura, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

No grupo político de Tabata e no PSB, a avaliação é de que a pré-candidatura será levada a cabo, mesmo com possíveis pressões externas.

Em dezembro, durante reunião ministerial, Lula pediu esforço maior por um acordo entre candidatos de partidos do governo na eleição municipal de 2024. Dirigindo-se ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que pertence às fileiras do PSB, citou especificamente o caso de São Paulo. 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Painel da Folha de S. Paulo

Moro poderá ser cassado, se tornar ficha suja e ficar inelegível até 2030

 Senador é acusado de cometer abuso de poder econômico na pré-campanha de 2022

Sergio Moro (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

 Além de perder o mandato, Sergio Moro (União Brasil-PR) pode se tornar ficha suja e ficar inelegível por oito anos caso saia derrotado na ação que tramita na Justiça Eleitoral desde o final de 2022. O julgamento que pode cassar Moro será realizado antes de março pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná. O desfecho do caso só ocorrerá depois de julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), já que há possibilidade de recurso contra a decisão da corte regional.

A ação aponta principalmente abuso de poder econômico durante a pré-campanha de Moro ligada ao pleito de 2022. De acordo com o PT e o PL, autores da ação, o ex-juiz fez gastos excessivos antes da campanha formal, o que desequilibrou a disputa entre os concorrentes.

A inelegibilidade está prevista em trecho da lei complementar 64/1990), alterada em 2010 pela Lei da Ficha Limpa (lei complementar 135/2010), destaca reportagem da Folha de S.Paulo. Nesta lei está definido que são consideradas inelegíveis todas aquelas pessoas que tenham sido alvo de "representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado [quando não cabe mais recurso] ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos oito anos seguintes".

Se a chapa encabeçada por Moro for derrubada, haverá nova eleição no Paraná para a cadeira no Senado.

Fonte: Brasil 247 com reportagem publicada na Folha de S. Paulo

O ‘Banco de Dave’ e a lógica criminosa do sistema financeiro

 A história contada no filme “Bank of Dave” se encaixa bem no contexto brasileiro, de ação predatória do setor financeiro sobre a população em geral

"Bank of Dave", filme da Netflix (divulgação) (Foto: Divulgação )

Por Milton Pomar (*) - O sistema financeiro existe para financiar o desenvolvimento. Lucrar com isso é resultado natural na lógica capitalista. No Brasil, a lógica criminosa do sistema financeiro resulta em “descontos de até 99% das dívidas”, e a anestesia geral, conseguida pela propaganda dos bancos e cartões e a cumplicidade da grande mídia, impede as pessoas de se perguntarem por que cargas d’água uma dívida monstruosa pode ser perdoada dessa forma absurda, justo por empresas que vivem de multiplicar dívidas no papel, com juros sobre juros, até que fiquem estratosféricas e, portanto, impagáveis, até mesmo para devedores que trafiquem armas ou drogas ilícitas.

Com executivos do setor transitando entre a direção do Banco Central e as empresas privadas com a maior desfaçatez, o domínio financeiro no Brasil segue impávido, extraindo as maiores taxas de juros e de lucros do mundo, graças ao seu controle na política e na mídia, e isso já há 50 anos pelo menos. Nem as cooperativas de crédito, que deveriam ser uma alternativa a ele, conseguiram se livrar da camisa-de-força de olhar para o passado, e de exigirem garantias e mais garantias, ao avaliarem emprestar para pequenas empresas que querem investir. 

A história contada em “Bank of Dave”, filme da Netflix (em português “David contra os bancos”) lançado em 2023, se encaixa bem no contexto brasileiro, de elevada concentração de bancos e cartões e de ação predatória do setor financeiro sobre os setores produtivos e a população em geral, obrigada a pagar mais caro no comércio, que está viciado na falsidade de vender “pelo mesmo preço à vista” em não sei quantas vezes “sem juros”, e cada rede varejista com o seu cartão de crédito próprio.

Apesar de tratar da tragédia mundial que é a atuação do setor financeiro sobre as economias dos países, responsável pelo empobrecimento de bilhões de pessoas no mundo e de aumento exponencial da riqueza dos milhares de ricos e muitos ricos, “O Banco de Dave” é um filme agradável, e tão simples quanto morar na pacata cidade de Burnley (88 mil habitantes, 400 km de distância de Londres), onde se passa a maior parte da história. 

Quem trabalha por conta própria se sentirá contemplada no filme, seja ela MEI, optante pelo Simples Nacional, ou o universo na “informalidade”, a maioria à margem da agiotagem “legal” praticada pelo sistema financeiro no Brasil. E Dave Fishwick, logo no início do filme, cita a bandidagem em grande escala dos bancos, cartões e seguro, que resultou primeiro na grande crise do setor imobiliário nos Estados Unidos, e em seguida do setor financeiro, em setembro de 2008, que rapidamente contaminou o mundo, com mais ou menos impactos na vida das pessoas. 

Bem que ele poderia ter citado também a megafraude cometida por grandes bancos em 2011, com a Taxa Libor, definida em Londres. Corrupção em escala sideral. Como se trata de dinheiro grande e de grandes empresas, pune-se com a cobrança de muito dinheiro, através de multas bilionárias, e a condenação de alguns gatos pingados. E abafa-se o caso o mais rápido possível, com a cumplicidade da grande mídia – quem se lembra no Brasil dos casos dos Precatórios, Banestado, Panamá Papers, …?

O melhor do “Banco de Dave” é que ele mostra que é possível enfrentar a lógica dominante da concentração bancária e da dificuldade de se obter capital para pequenos empreendimentos, e que há alternativas viáveis. Infelizmente, facilitar a concessão de empréstimos de pequenos valores para autônomos e pequenos empresários não é o suficiente para melhorar de verdade a situação financeira de três quartos da população brasileira, que segue endividada, apesar da boa intenção do programa “Desenrola” do governo federal. 

Aliás, enquanto o governo federal não alterar radicalmente o pagamento dos juros da dívida pública, que todos os anos drena metade dos recursos públicos federais, enriquecendo mais os donos e os executivos de bancos, cartões de crédito etc., não haverá recursos do Tesouro para o Bndes financiar a nova política industrial e a construção de ferrovias, fundamentais para o sucesso da “neoindustrialização” prometida. Sem isso, continuaremos passando longe do pleno emprego – condição necessária para melhorar o poder aquisitivo da população e reduzir o endividamento. 

E… enquanto continuar a aberração de o Banco Central ser politicamente independente do Estado (apesar de sustentado por ele…) e defensor da lógica dominante do sistema financeiro, não terá a menor chance de sucesso algo semelhante a um “Banco do Dave” no Brasil. Apesar disso, vale a pena assistir o filme – nem que seja apenas para ficar com vontade. 

(*) Geógrafo, Mestre em Políticas Públicas

Este artigo foi publicado originalmente no sul21

Sinner vence Medvedev de virada e conquista o primeiro Grand Slam da carreira

 Foi a primeira final de Australian Open sem a presença do Big-3 (Rafael Nadal, Novak DJokovic e Roger Federer) desde 2005

Jannik Sinner (Foto: Reuters/Issei Kato)

 Os fãs de tênis foram presenteados com uma final épica no Australian Open, marcando o fim de uma era sem a presença do trio dominante formado por Rafael Nadal, Novak Djokovic e Roger Federer. Em um duelo de tirar o fôlego, o italiano Jannik Sinner, de 22 anos e quarto do ranking, derrotou o russo Daniil Medvedev, 27 e 3º do ranking, em uma virada espetacular por 3 a 2, com parciais de 3/6, 3/6, 6/4, 6/4 e 6/3, após quase quatro horas de intensa competição, relata o ge.

Sinner, que disputava sua primeira final de Grand Slam, escreveu seu nome na história ao conquistar o tão sonhado título, enquanto Medvedev buscava seu segundo troféu de Grand Slam, após a derrota na final do Australian Open de 2022.

O italiano, proveniente de uma campanha impecável no torneio, não perdeu nenhum set nas cinco primeiras partidas e, na semifinal, surpreendeu o mundo ao eliminar o sérvio Novak Djokovic, o maior campeão da história do Australian Open, por 3 a 1. Por outro lado, Medvedev teve um caminho mais desafiador, com duas vitórias por 3 a 2 nas quartas de final e semifinal.

A batalha teve momentos intensos, especialmente quando o russo dominou os dois primeiros sets, quebrando o serviço de Sinner. No entanto, o italiano não se deixou abalar, conseguiu uma quebra crucial e mostrou resiliência nos sets seguintes.

O terceiro e quarto sets foram marcados pelo brilhantismo de Sinner, impulsionado pela vibrante torcida que lotou a quadra central do complexo. O público, dividido entre torcer pelo italiano e apoiar a ideia de um jogo mais longo e emocionante, testemunhou o equilíbrio crescente entre os dois competidores.

O quinto set foi o ápice da exaustiva disputa. Medvedev, visivelmente mais cansado pela longa jornada no torneio, esforçou-se para manter a igualdade, mas Sinner foi implacável. O italiano conseguiu superar o russo e conquistou seu primeiro título de Grand Slam.

Fonte: Brasil 247

"O Brasil é o país que mais perdeu com o neoliberalismo", diz Rafael Lucchesi

 Diretor da CNI diz que a política industrial chega em boa hora para promover a retomada do desenvolvimento nacional

(Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert/PR)

 Em uma entrevista à TV 247, Rafael Lucchesi, diretor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), fez declarações contundentes sobre o atual cenário econômico do Brasil e a necessidade de uma nova abordagem para impulsionar o desenvolvimento do país. Lucchesi argumentou que o Brasil enfrentou perdas significativas com a adoção do neoliberalismo, destacando a importância de uma política industrial como catalisadora da retomada do crescimento econômico nacional e elogiando a Nova Indústria Brasil, lançada nesta semana pelo governo Lula.

Lucchesi iniciou a entrevista enfatizando a postura adotada pelo governo dos Estados Unidos em relação à política industrial, especialmente sob a administração do presidente Joe Biden. Ele observou que o Brasil, ao contrário dos Estados Unidos, tem resistido à ideia de reorientar o crescimento industrial para gerar emprego e renda, atribuindo essa resistência a uma concepção ultrapassada que não tem trazido resultados positivos.

Segundo Lucchesi, o Brasil e outros países ocidentais seguiram as ideias do liberalismo nas últimas quatro décadas, mas o resultado foi uma regressão significativa, especialmente no que diz respeito à capacidade de criar cadeias de desenvolvimento econômico e social. Ele destacou que o Brasil foi o país mais prejudicado por essa abordagem, perdendo terreno para outras nações, principalmente a ascensão da China como superpotência industrial.

O diretor da CNI ressaltou a necessidade urgente de uma mudança de paradigma, especialmente diante das oportunidades oferecidas pela transição energética, bioeconomia e descarbonização. Ele observou que países como os Estados Unidos e a União Europeia estão investindo trilhões de dólares em políticas industriais robustas, enquanto o Brasil carece da mesma capacidade macroeconômica e fiscal para implementar iniciativas semelhantes.

Lucchesi defendeu veementemente a importância da política industrial, enfatizando que seu impacto fiscal é nulo e que os investimentos propostos são modestos em comparação com outras nações. Ele argumentou que a indústria é fundamental para a geração de empregos de qualidade, aumento da produtividade e impulso à economia de serviços.

O diretor da CNI também destacou a necessidade de uma abordagem diferenciada, focada em seis missões horizontais que abrangem diversos setores da economia, desde o agronegócio até a infraestrutura urbana sustentável. Ele enfatizou que a nova política industrial não se limita a resgatar estruturas do passado, mas sim a impulsionar uma "neoindustrialização" baseada em inovação, sustentabilidade e exportação.

Durante a entrevista, Lucchesi respondeu a críticas sobre a viabilidade e eficácia da política industrial, destacando que o Brasil tem um potencial significativo para liderar a transição para energias limpas e tecnologias verdes. Ele ressaltou que a indústria brasileira é sofisticada e capaz de competir globalmente, desde que receba o apoio e investimento necessários. "O Brasil foi o país que mais perdeu com o neoliberalismo e os críticos da política industrial estão presos ao passado", diz ele. Assista:

Fonte: Brasil 247

Michel Teló atrai público de 35 mil pessoas no aniversário de 80 anos de Apucarana

 



A exemplo do grupo Raça Negra, na sexta-feira, o show de Michel Teló voltou a lotar a Praça Rui Barbosa, na noite deste sábado. Cantor se apresentou para público de 35 mil pessoas na segunda noite de comemorações do aniversário de 80 anos da cidade.

Além dos sucessos de sua carreira solo, como “Ai Se Eu Te Pego”, “Fuzuê,  “Amanhã Sei Lá”, Teló também cantou músicas que marcaram fase no Grupo Tradição, como “Vaneira das Meninas Carinhosas” e “Barquinho”.

Michel Teló comandou ainda o “parabéns para você” para Apucarana, com a presença do prefeito Junior da Femac no palco elevando a bandeira do município ao lado da secretária da Cultura, Maria Agar e sua equipe.

Além da tradicional Prova Pedestre 28 de Janeiro, que na sua 61ª edição atingiu recorde de participantes (4,5 mil), o final de semana de comemorações dos 80 anos de Apucarana proporcionou aos apucaranenses dois grandes shows nacionais e a opção gastronômica com as barracas de alimentação montadas em frente às escadarias da Catedral Nossa Senhora de Lourdes.

As barracas de gastronomia, que irão atender neste domingo no período das 11 horas até 22 horas,  oferecem iguarias para todos os gostos: lanches de pernil, costela, Hot Dog, espetinho, lanche árabe,  comida japonesa, porções de frango, batata frita, torresmo,  pizza cone, doces artesanais, doces cristalizados, maçã do amor,  comida baiana, massas ravazzi, panqueca, cocada, morango no espeto,  crepe,  churros, pastel,  caldo de cana, salgados fritos e assados em geral, sorvete em massa e com casquinha, algodão doce, açaí, salada de frutas, peixe frito com acompanhamento, bebidas em geral, CHOPP, cerveja, refrigerante,  água, bolos de pote, yakisoba na chapa,  lanches de hambúrguer,  bolos recheados artesanais, pizza brotinho,  sucos naturais e panceta.

 Fonte: Prefeitura de Apucarana

sábado, 27 de janeiro de 2024

Jornalista de extrema direita disputará Prefeitura de Curitiba

 

Cristina Graeml. Foto: Reprodução

A jornalista Cristina Graeml tornou-se pré candidata do partido Por Mais Brasil (PMB) à prefeitura de Curitiba na sexta-feira, 26. Ela integra a lista de possíveis nomes na disputa, que inclui figuras como Beto Richa (PSDB), Luciano Ducci (PSB), Eduardo Pimentel (PSD), Goura (PDT) e Deltan Dallagnol (Novo-PR).

O PMB solicitou a mudança de nome no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em abril de 2021, passando de “Partido da Mulher Brasileira” para “Por Mais Brasil”, ainda em tramitação no TSE sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. A decisão pela mudança de nome, considerada partidária e irreversível, levou a executiva estadual a optar pela utilização imediata do novo nome.

Cristina Graeml, curitibana formada pela Universidade Federal do Paraná e jornalista há 34 anos, e atualmente trabalha no jornal Gazeta do Povo. Anteriormente, ela foi comentarista da Jovem Pan e acabou demitida após a eleição de Lula em outubro de 2022.

Na época, outros articulistas que defendiam Jair Bolsonaro na rádio também foram desligados como Caio Coppolla, Augusto Nunes e  Guilherme Fiuza.

Fonte: DCM