sábado, 27 de janeiro de 2024

"Suzano cospe no prato em que comeu", diz Lindbergh, após ataque da empresa ao BNDES

 Deputado vê 'cinismo' de CEO da empresa do ramo de papel e celulose após críticas a investimentos do governo na economia: "foi a quinta que mais recebeu créditos do BNDES"

Lindbergh Farias (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Reprodução)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) expressou sua indignação diante das críticas do presidente da Suzano, Walter Schalka, aos investimentos governamentais na economia. Em um tweet publicado neste sábado (27), Lindbergh destacou o que considera "cinismo" por parte do CEO da Suzano, que recentemente questionou a eficácia dos subsídios governamentais no passado.

No centro da polêmica está uma declaração de Schalka ao jornal O Globo, na qual ele abordou a "maturidade na economia brasileira para as empresas serem independentes de apoios governamentais". O presidente da Suzano afirmou que os subsídios não foram bem-sucedidos no passado.

Lindbergh, por sua vez, criticou a postura de Schalka, alegando que é "muito cínico" da parte do CEO da Suzano questionar os subsídios governamentais que foram essenciais para a ascensão da empresa no mercado. O deputado ressaltou a importância desses incentivos para o crescimento econômico e acusou a elite brasileira de ser "mesquinha e excludente".

"Cuspindo no prato que comeu! O presidente da Suzano, a QUINTA EMPRESA QUE MAIS RECEBEU CRÉDITOS DO BNDES, afirma que os subsídios governamentais não deram certo no passado e, por isso, o governo tem que se retirar da economia. É muito CINISMO criticar aquilo que foi essencial pra Suzano ser uma gigante no mercado de celulose. Isso é a elite brasileira: MESQUINHA e EXCLUDENTE!", escreveu o parlamentar.

Já o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, em sua resposta às críticas de Schalka, destacou a importância histórica da parceria entre o BNDES e a Suzano. Ele sugeriu que o BNDES deveria ser o "convidado especial" para a celebração do centenário da Suzano, ressaltando a contribuição significativa do banco para o desenvolvimento da empresa ao longo das décadas.

A Suzano é apontada como a quinta empresa brasileira que mais recebeu crédito em sua história, totalizando R$ 15,273 bilhões, segundo dados do BNDES. Esses recursos foram direcionados principalmente por meio de subsídios e crédito mais acessível, beneficiando a empresa no setor de papéis e celulose. O presidente do BNDES afirmou que a Suzano foi a primeira empresa privada a receber recursos do banco, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento do setor no Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Apucarana celebra aniversário com o plantio de 80 cerejeiras


 A programação comemorativa aos 80 anos de Apucarana, teve mais um evento na manhã deste sábado (27), no Parque Ecológico da Raposa. O prefeito Junior da Femac, o secretário do meio ambiente, Gentil Pereira, comandaram o plantio coletivo de 33 mudas de cerejeiras japonesas, nas duas laterais da entrada do parque, junto a represa. Mais 47 mudas de cerejeiras foram plantas, também neste sábado, no Parque Biguaçu e no Parque Jaboti.

 O ato também marcou a reinauguração das bicas de água do Parque da Raposa, que foram totalmente recuperadas e, a partir de agora, serão acionadas aos sábados e domingos para o laser os frenquentadores do parque.

Participaram do plantio coletivo, os vereadores Mauro Bertoli e Mário Felipe; Lauro Kuchpil e Sérgio Bobig, ambos do Conselho Municipal do Meio Ambiente; o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan).

Antes do plantio das cerejeiras, foi apresentado um breve histórico do Parque da Raposa. A área de preservação ambiental teve o primeiro lote desapropriado e comprado pelo município, pelo ex-prefeito Carlos Roberto Scarpelini. Depois, nos anos 90, o ex-prefeito José Domingos Scarpelini decretou de utilidade pública e  comprou o restante da área que hoje compõe o Paque Ecológico da Raposa.

E, em 2019, o atual prefeito Junior da Femac promoveu uma ampla revitalização do parque, com melhorias no acesso e recuperação do canal e escadarias na saída da represa, além da instalação de parque infantil e áreas com mesas e bancos.

Ao discursar, o prefeito Junior da Femac lembrou que em sua gestão já foram plantadas na área urbana, parques e áreas de preservação mais de 38 mil árvores. Ele também citou que foram soltos cerca de um milhão de alevinos no Jaboti, Schmidt e em alguns rios do município. “Faço questão de enaltecer o trabalho do secretário Gentil Pereira e toda sua equipe do meio ambiente”, frisou o prefeito.

O Secretário Gentil Pereira disse que há alguns anos Apucarana figurava na 55ª posição no ranking de sustentabilidade no Paraná. “Hoje já somos top 3 no estado em sustentabilidade”, comemorou Pereira, citando ainda que essa conquista só foi possível com o respeito e amor que o prefeito Junior da Femac tem pela natureza.

O ato ecológico teve a participação da Banda Municipal Maestro João Florindo, que entoou o Hino Nacional Brasileiro. E teve ainda a benção da área de preservação pelo pastor Daniel da Igreja Assembleia de Deus.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

MST diz que retomada da reforma agrária pode combater a pobreza

 Encontro da coordenação nacional do movimento define prioridades e celebra os 40 anos de existência da organização

Encerramento do encontro da coordenação nacional do MST (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

 Para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a retomada da reforma agrária é uma forma de enfrentar a pobreza no Brasil. Segundo um dos membros da coordenação nacional do movimento, Jaime Amorim, a redistribuição de terras improdutivas poderia ser uma forma de garantir renda para famílias que atualmente vivem sem condições mínimas.

“A reforma agrária é uma alternativa para enfrentar a pobreza. Se o governo quiser, a forma mais barata, mais fácil de garantir trabalho para as pessoas é a reforma agrária. Não existe nenhuma política mais barata de geração de trabalho e de emprego”, disse neste sábado (27), durante o encerramento do encontro da coordenação nacional do MST, que ocorreu ao longo da semana. O evento foi também uma celebração dos 40 anos de fundação do movimento social.

Esse modelo de produção rural tem, segundo Amorim, grande potencial de gerar ocupações e rendimentos que vão para além dos assentados. “Porque quando você assenta [concede terras] uma família, você não está criando um trabalho. Você está empregando ou dando trabalho para toda a família. Além de que nas safras e nos plantios, nas colheitas, utiliza sempre força de trabalho das pessoas que vivem ao redor.” 

Amorim criticou, no entanto, a falta, até o momento, de diretrizes para fazer a distribuição de terra para as famílias dispostas ao trabalho no campo. “Infelizmente, ainda não existe um programa de reforma agrária do governo que determina a meta, que determina a estruturação. Nós tivemos um ano muito ruim, sem verba para reforma agrária”, reclamou durante a entrevista coletiva em que a coordenação divulgou as visões do MST a partir dos debates dos últimos dias.

VIOLÊNCIA - A organização de grupos armados para combater movimentos de camponeses e de populações indígenas é um ponto de preocupação para o MST.

“A gente precisa denunciar o que tem sido essa tentativa efetiva, não só uma tentativa, mas uma organização efetiva dessa milícia no campo brasileiro, que é esse movimento que eles têm denominado de Invasão Zero. Então isso é uma afronta contra a democracia, isso é uma afronta contra o direito legítimo da organização popular e da luta pela terra e das lutas populares no nosso país”, destacou Ceres Hadich, que compõe a direção nacional do MST.

No último domingo (21), uma comunidade pataxó hã-hã-hãe foi atacada por um grupo de homens que tentou retomar à força uma fazenda ocupada pelos indígenas e reivindicada como território tradicional. De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o ataque que resultou na morte de uma mulher foi planejado por um grupo autointitulado Invasão Zero.

Apesar da violência, o MST não demonstra a intenção de desistir dos métodos tradicionais de luta, como as ocupações de terras e as manifestações. “Nós vamos continuar fazendo luta pela reforma agrária, fazendo ocupações massivas. Vamos para a estrada, vamos fazer caminhada para dizer primeiro, existe terra improdutiva e muitas”, enfatizou Jaime Amorim.

DIÁLOGO COM A SOCIEDADE: Para além da disputa política, Ceres acredita que a divulgação da produção das famílias assentadas pela reforma agrária ajuda a sociedade a entender o papel do MST.

“Sem dúvida nenhuma essa simbologia muito concreta do alimento chegar à mesa das pessoas tem ajudado nesse processo de diálogo com a sociedade brasileira,” diz tanto sobre a venda direta dos produtos nas feiras e lojas do movimento, como nas doações realizadas pelos produtores.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Homens armados no Irã matam 9 paquistaneses e deixam 3 feridos dias após ataques de mísseis

 Ação acontece em meio aos esforços dos dois países para consertarem laços após ataques retaliatórios na semana passada

Homem observa TV após ataque do Paquistão dentro do Irã (Foto: REUTERS/Akhtar Soomro)

Sputnik Brasil - Neste sábado (27), homens armados não identificados mataram nove trabalhadores paquistaneses no Irã, disseram o embaixador do Paquistão e um grupo de direitos humanos. "Profundamente chocado com o horrível assassinato de nove paquistaneses em Saravan. A embaixada estenderá total apoio às famílias enlutadas. Pedimos ao Irã que estenda a cooperação total nesta matéria", disse o embaixador do Paquistão em Teerã, Muhammad Mudassir Tipu, citado pela agência Reuters.

O grupo de direitos humanos Haalvash afirmou que as vítimas eram trabalhadores paquistaneses que viviam em uma oficina mecânica onde trabalhavam. Outros três ficaram gravemente feridos, disse.

A mídia estatal do Irã identificou os mortos apenas como cidadãos estrangeiros e declarou que nenhum indivíduo ou grupo assumiu a responsabilidade pelos tiroteios em Saravan, na agitada província de Sistão-Baluchistão. "É um incidente horrível e desprezível e nós o condenamos inequivocamente. Estamos em contato com as autoridades iranianas e sublinhamos a necessidade de investigar imediatamente o incidente e responsabilizar os envolvidos", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Paquistão, Mumtaz Zahra Baloch.

Os tiroteios ocorreram quando os embaixadores do Paquistão e do Irã estavam retornando aos seus postos depois de serem chamados de volta quando os países vizinhos trocaram ataques com mísseis na semana passada, visando o que cada um deles disse serem alvos militantes, ressalta a mídia.

A empobrecida região do Sistão-Baluchistão tem sido palco de confrontos esporádicos entre forças de segurança e militantes separatistas e contrabandistas que transportam ópio do Afeganistão, o maior produtor mundial da droga.

A agência brtiânica ainda afirma que o Irã tem alguns dos preços de combustível mais baixos do mundo e isto também levou ao aumento do contrabando de combustível para o Paquistão e o Afeganistão, apesar da repressão por parte dos guardas de fronteira iranianos.

Fonte: Brasil 247 com informações da Sputnik Brasil

Putin ridiculariza 'Russofobia' na Europa em memorial da Segunda Guerra Mundial

 "O regime em Kiev exalta os cúmplices de Hitler, os membros da SS... Em vários países europeus, a Russofobia é promovida como política de Estado", disse o presidente russo

Vladimir Putin, presidente da Rússia, e Alexander Lukashenko, presidente da Bielorrússia (Foto: Sputnik/Dmitry Azarov/Pool via REUTERS)

MOSCOW, Jan 27 (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, repreendeu a Europa no sábado por "Russofobia" e criticou os Estados Bálticos pelos direitos humanos durante a inauguração de um memorial da Segunda Guerra Mundial. Desde que enviou tropas russas para a Ucrânia há quase dois anos, Putin tem feito comparações com a luta contra os nazistas para mobilizar sua nação.

"O regime em Kiev exalta os cúmplices de Hitler, os membros da SS... Em vários países europeus, a Russofobia é promovida como política de Estado", disse Putin na região de Leningrado, durante o 80º aniversário do fim do cerco nazista.

Ele afirmou que os objetivos dos alemães na época eram roubar os recursos da União Soviética e eliminar seu povo. A Ucrânia, que fazia parte da União Soviética e sofreu devastação nas mãos das forças de Hitler, rejeita comparações como pretextos infundados para uma guerra de conquista.

Em seu discurso, Putin também criticou os Estados Bálticos em relação às violações de direitos humanos. Estônia, Letônia e Lituânia - que eram governadas por Moscou durante a Guerra Fria, mas agora são membros da União Europeia e da aliança militar da OTAN - têm sido alguns dos críticos mais fervorosos da invasão russa na Ucrânia.

"Nos Estados Bálticos, dezenas de milhares de pessoas são declaradas subumanas, privadas de seus direitos mais básicos e sujeitas a perseguições", disse Putin, referindo-se às repressões migratórias. Moscou acusa repetidamente as nações bálticas de xenofobia e de tratarem as minorias russas como "cidadãos de segunda classe".

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Ministro Paulo Teixeira diz que tem pressa para retomar reforma agrária

 “Nós já estamos preparados para desencadear esse processo”, afirmou o chefe da pasta do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar durante evento do MST

Paulo Teixeira e um ato do MST (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados | Clarice Lissovsky/MST)

 O Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse neste sábado (27) que tem pressa para retomar a reforma agrária. “O tempo político nosso é o tempo da pressa. A bandeira política nossa é a reforma agrária”, enfatizou ao discursar no encerramento do encontro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O encontro reuniu ao longo da semana os dirigentes do movimento na Escola Nacional Florestan Fernandes em Guararema, na Grande São Paulo. O espaço é um centro de formação do MST, que comemora 40 anos de fundação. Em entrevista coletiva mais cedo, os representantes dos sem-terra reclamaram dos poucos avanços na redistribuição de terras durante o primeiro ano de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro afirmou, no entanto, que está preparado para superar os obstáculos e conduzir um programa que garanta terras para as famílias camponesas. “Sobre a reforma agrária, nós vamos tocar em todos esses pilares da dificuldade histórica do Brasil. Nós já estamos preparados para desencadear esse processo de reforma agrária”, disse.

CONFLITOS AGRÁRIOS - A violência no campo foi outro tema que Teixeira prometeu enfrentar. "Nós estamos mapeando todos os conflitos no campo e vamos denunciar essa milícia que se forma no Brasil e que matou uma indígena no sul do Bahia, nesta semana. Não vamos admitir que os movimentos indígenas, os movimentos quilombolas e os movimentos pela reforma agrária sofram violência. E nós vamos continuar lutando contra elas e contra aqueles que as praticam”, destacou.

No último domingo (21), uma comunidade pataxó hã-hã-hãe foi atacada por um grupo de homens que tentou retomar à força uma fazenda ocupada pelos indígenas e reivindicada como território tradicional. De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) o ataque, que resultou na morte de uma mulher, foi planejado por um grupo autointitulado “Invasão Zero”.

Também participaram do evento os ministros dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio de Almeida; do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; da Secretaria de Governo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

VÍDEO – Racista parte para cima de vizinha em MG: “Macaca, imunda, encardida”

Racista profere sequência de insultos à vítima em MG. Foto: reprodução

 Em Boa Esperança, Minas Gerais, um homem proferiu uma série de insultos racistas contra uma mulher negra. A vítima filmou as agressões e o vídeo viralizou nas redes sociais desde sexta-feira (26).

Os ataques começaram após vizinhos supostamente reclamarem do barulho feito pelos cachorros do homem. Equivocadamente, ele teria associado a mulher ao suposto incomodo e iniciou os insultos racistas, chamando-a de “preta”, “macaca”, “imunda”, “vagabunda” e outros termos de cunho racista.

Enquanto a vítima filmava a cena com seu celular, o agressor, demonstrando total descontrole, ironizava a situação dizendo “ai que medo”. Em um momento lamentável, ele também proferiu ofensas de cunho sexual.

O vídeo ainda registra o som do choro de uma criança, identificada como a filha de 4 anos da mulher agredida. Em meio às ofensas, a mulher pede para o agressor parar, afirmando que ele estava assustando a criança, mas ele ignorou o apelo, disparando a campainha da casa da vítima.

Informações não confirmadas sugerem que a Polícia Militar foi acionada, e o agressor teria alegado ser vítima de homofobia ao chegar ao local.

Fonte: DCM

Malafaia se revolta com queda nos preços dos alimentos e ataca mídia: “Jornalismo vagabundo parcial”


O pastor bolsonarista Silas Malafaia. Foto: reprodução

 O pastor bolsonarista Silas Malafaia ficou revoltado com o fato de a mídia destacar a queda nos preços dos alimentos observada em pouco mais de um ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi às redes sociais expressar sua indignação.

No X, antigo Twitter, o simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou os jornalistas do Jornal Nacional, da TV Globo, de “vagabundos” por noticiarem que supermercados estão oferecendo produtos com preços mais acessíveis.

“INACREDITÁVEL! Depois de muito tempo, anteontem assisti ao JN da Globo. Propaganda vergonhosa e descarada do governo Lula. Tiveram a cara de pau de dizer que os supermercados estão com preços mais baixos fazendo promoções. É de um cinismo incomparável, enganando o povo. JORNALISMO VAGABUNDO PARCIAL!”, escreveu Malafaia.

Vale destacar que dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgados em 28 de dezembro de 2023 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam uma queda média de 2,4% nos preços dos alimentos – uma situação não vista desde 2017.

Confira:

Fonte: DCM

Abin seguia Pajero de Anderson Torres a mando de Ramagem

 

Abin espionava Pajero de Anderson Torres a mando de Ramagem. Foto: Divulgação

Anderson Torres, à época secretário de Segurança do Distrito Federal, teve seu veículo, uma Pajero Full, monitorado ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em 2019. A ordem para a espionagem foi emitida por Alexandre Ramagem, que chefiava a Abin na época.

Os detalhes sobre a operação contra Torres estão entre os 120 gigabytes de documentos recuperados no sistema da Abin pela Controladoria-Geral da União (CGU).

A CGU entregou esse conjunto de arquivos, incluindo oito gigabytes de materiais impressos por agentes da agência, à Polícia Federal. Esses documentos subsidiaram a operação que teve Ramagem como um dos alvos da investigação que ocorreu na quinta-feira (25).

Um dos documentos revela uma mensagem de WhatsApp atribuída a Ramagem, ordenando aos agentes da Abin que descobrissem quem era o motorista da Pajero Full que compareceu a um jantar na Residência Oficial da Presidência da Câmara, ocupada por Rodrigo Maia no primeiro ano do governo Bolsonaro. Outro arquivo, com os resultados da espionagem, indica que Torres estava conduzindo o veículo.

Anderson Torres ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação

Alvos do monitoramento ilegal suspeitam que o jantar ocorreu em outubro de 2019, durante a disputa entre Bolsonaro e Luciano Bivar pelo comando do PSL. Na época, lideranças do partido foram à casa de Maia para discutir a possibilidade de fundi-lo ao DEM.

A jornalista Ana Flor revelou que a Abin monitorou ilegalmente pessoas ligadas aos filhos de Bolsonaro. Torres, próximo a Eduardo Bolsonaro e amigo do senador Flávio Bolsonaro, pertencia a uma ala da Polícia Federal que divergia do grupo de Ramagem na corporação.

Torres assumiu o Ministério da Justiça em abril de 2021, após a saída de André Mendonça para o STF. A defesa de Anderson Torres afirmou que “não tem conhecimento destes fatos oficialmente” e que, “se necessário, oportunamente se manifestará nos autos”.

Fonte: DCM

Pastor que pediu a Deus quebrar mandíbula de Lula diz que recebeu ligações da PF


Pastor que pediu a Deus que arrebentasse a mandíbula de Lula diz ter recebido ligação da Polícia Federal. Foto: Divulgação

 O pastor Anderson Silva, líder da igreja ‘Vivo por Ti’, relatou nesta sexta-feira ter recebido duas ligações da Polícia Federal referentes à sua participação em um podcast com o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

Em maio passado, durante o podcast, o religioso fez um pedido polêmico: “Senhor, arrebenta a mandíbula de Lula”. O episódio ganhou destaque à época, levando o ministro da Justiça, Flávio Dino, a encaminhar uma gravação à PF para investigação.

Em uma publicação em seu Instagram, o pastor Anderson afirmou que, durante os telefonemas dos agentes, a ideia de que teria ameaçado o presidente da República foi refutada. Ele alega ser vítima de “perseguição” e esclareceu sua posição:

“Eu falei para o delegado que não incitei o crime contra ninguém. Eu não desacreditei as instituições, por mais que não creia na maioria delas, e citei a Bíblia como um pastor: Salmos Capítulo 2, Salmos Capítulo 3, Salmos Capítulo 58 e Apocalipse 2:22. E o delegado foi tomando nota: ‘qual versículo é? O que você quis dizer’…”

Fonte: DCM


Abandonado, Weintraub lança candidatura em SP e ataca Bolsonaro, Salles e Nunes

 

O ministro da Educação, Abraham Weintraub. Foto: Divulgação

Nesta sexta-feira, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub surpreendeu ao anunciar sua pré candidatura avulsa à prefeitura de São Paulo, sem filiação a um partido político.

Rompido com o ex-presidente Jair Bolsonaro desde 2020, Weintraub fez uma transmissão ao vivo em suas redes sociais para comunicar a decisão, aproveitando para alfinetar Bolsonaro e criticar seus futuros adversários nas urnas: o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).

Durante a transmissão, Weintraub afirmou ser pré-candidato a prefeito de São Paulo e encorajou seus seguidores a não aceitarem a imposição política de Bolsonaro, Valdemar, Kassab e Tarcísio, que sugeriam que a escolha nas eleições seria entre Nunes e Boulos.

“Sou pré-candidato a prefeito de São Paulo. Você que está me ouvindo não precisa aceitar a canção de Bolsonaro, Valdemar, Kassab e Tarcísio de ‘ou você vota no Nunes ou o Boulos ganha’. Talvez eu ganhe, provavelmente não vou ganhar (…) mas pelo menos você vai para uma eleição com dignidade,” declarou o ex-ministro.

Fonte: DCM

Servidores da Abin são convocados a depor após cúpula da agência ter se reunido durante operação da PF

 Uma reunião interna da Abin, convocada pelo atual diretor-geral no dia da operação que mirava a agência, foi considerada suspeita.

Uma reunião interna da cúpula da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) convocada pelo atual diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, na quinta-feira (25), dia da operação que mirava a agência, entrou na mira da Polícia Federal. A PF convocou três servidores para depor buscando informações sobre o teor do encontro.


A operação na quinta-feira trouxe a público mais uma linha de investigação da polícia, além das que já existiam na primeira fase da apuração, a de que a direção atual da Abin estaria atrapalhando as investigações.


Embora isso tenha surgido nos relatos do delegado responsável pelo caso para o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que autorizou a ação, não havia na decisão do ministro nenhuma diligência a ser cumprida sobre o tema.


Após investigadores tomarem ciência da reunião, a PF decidiu intimar servidores para depor nesta sexta-feira (26). Um dos objetivos, de acordo com pessoas familiarizadas com o inquérito, é apurar se a cúpula da Abin sob Lula tentou interferir nas investigações.


Na quinta-feira, a reunião começou por volta das 11h, quando Moraes ainda não havia retirado o sigilo da decisão em que autorizou a operação nas dependências da Abin.


Até então, não era de conhecimento público que a atual cúpula da Abin também era citada pela PF no pedido que motivou a operação que investiga a suposta espionagem ilegal da agência.

De acordo com a PF, há indício de “conluio” entre a atual gestão e servidores que atuaram no governo passado e são investigados, o que a agência nega.


Os agentes federais chegaram ao prédio da Abin por volta das 6h e saíram de lá à noite.


Funcionários da agência negaram qualquer tipo de tentativa de interferência e dizem que a reunião foi convocada para gestão de crise, o que, dizem, é normal em situações em que o órgão tem a sua imagem atingida por algo de vulto.


Investigadores da Polícia Federal relataram no pedido a Moraes haver indícios de que a cúpula da Abin tentou obstruir antes as investigações.


Eles dizem ainda que os diretores da agência barraram o acesso a documentos e por isso foi necessário realizar medidas de busca e apreensão na sede da agência mais de uma vez. Além disso, apontam que a cúpula do órgão chegou a passar informações erradas à PF, dificultando a apuração.


Já servidores da Abin negam esses relatos e dizem que nenhum pedido da PF relativo a essa investigação ficou sem resposta.


A operação desta quinta-feira mirou o ex-diretor da agência Alexandre Ramagem, que comandou o órgão na gestão de Jair Bolsonaro e hoje é deputado federal, e outros policiais que trabalham no órgão.


Para a PF, houve “conluio de parte dos investigados com a atual alta gestão da Abin”, que teria causado prejuízos à investigação e também à própria agência.


O órgão cita o número dois da agência, Alessandro Moretti, e diz que, em reunião com investigados, ele afirmou que a apuração sobre o caso tinha “fundo político e iria passar”. Moretti é delegado da PF.


Para pessoas envolvidas no caso, houve falta de vontade por parte da cúpula da Abin de elucidar a investigação.


A Abin também nega esses pontos. Integrantes da agência ressaltam que no dia da citada reunião de Moretti, no final de março, os servidores não estavam sendo investigados ainda. E que o “fundo político” citado se referia à rixa de bastidor entre a cúpula das duas corporações, Abin e PF, não a investigações.


A primeira vez que a PF realizou operação nas dependências da Abin ocorreu em outubro, também autorizada por Moraes, para apurar uso irregular de seu sistema de geolocalização.


Já a tomada de depoimentos desta sexta-feira acontece quando o comando da agência corre risco de exoneração. Aliados do presidente Lula apostam na saída de Moretti e têm dúvidas sobre a permanência do diretor-geral.


A operação da PF na quinta-feira ocorre numa investigação sobre o suposto uso político da Abin contra adversários políticos do ex-presidente Bolsonaro.


O principal alvo da operação é Ramagem, pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro. A PF chegou a pedir a suspensão do mandato do parlamentar, mas a medida não teve a concordância da PGR e foi negada por Moraes.


As suspeitas que vieram à tona na operação causaram reação política em Brasília, com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, falando em “um dos maiores escândalos da história” e a “ponta de um novelo que envolveu dezenas de milhares de pessoas”.


Por outro lado, o caso deve causar ainda mais tensão na relação de parte do Congresso com o Supremo, já que foi a segunda operação em pouco mais de uma semana com buscas dentro da sede do Legislativo.


Bolsonaristas tentam articular medidas para rever os poderes do STF na volta do recesso, em fevereiro, e dizem que há perseguição política.


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) escreveu em rede social: “Mais um capítulo da ditadura do Judiciário. Cabe ao Senado brecar esta perseguição e preservar as liberdades”.


A PF mira o uso pela Abin do software espião FirstMile, de fabricação israelense, e apura se a agência produziu relatórios sobre ministros do STF e opositores de Bolsonaro. Em outra frente, a investigação encontrou indícios de que a Abin atuou para fornecer informações sobre investigações em andamento para Jair Renan e Flávio Bolsonaro, filhos do ex-presidente.


O deputado Ramagem negou qualquer utilização ou relação com softwares de espionagem da Abin. “Nenhum plano de operação, em três anos de Abin, assinado por mim, colocava a utilização do FirstMile [como um pedido]”, disse o deputado, em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira.


A operação, batizada de Vigilância Aproximada, investiga uma “organização criminosa que se instalou na Abin com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial”.


O programa espião investigado pela PF tem capacidade de obter informações de georreferenciamento de celulares. Segundo pessoas com conhecimento da ferramenta, não permite acesso a conteúdos de ligação ou de trocas de mensagem.


De acordo com a PF, a “Abin Paralela” criada na gestão Ramagem tentou atrelar Moraes e o também ministro do STF Gilmar Mendes à facção criminosa PCC. Para a corporação, as informações sobre a tentativa de ligar os ministros ao PCC foram encontradas em documentos apreendidos na Abin.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.