quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Posse da nova cúpula diretiva do TRE Paraná acontece no dia 1º de fevereiro

 

Logo após a solenidade administrativa de posse, será realizada coletiva de imprensa

Foto: Arquivo/TRE-PR

A nova cúpula diretiva do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) tomará posse na próxima quinta-feira (1º), às 14h, na sala de sessões do edifício-sede em Curitiba.

Na cerimônia, o presidente eleito, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, e o novo vice-presidente e corregedor, desembargador Luiz Osório Moraes Panza, anunciarão os principais eixos da nova gestão e apresentarão o Calendário Eleitoral de 2024, destacando as especificidades do processo eleitoral no Paraná.


Logo após a solenidade administrativa de posse, será realizada coletiva de imprensa.

SERVIÇO
Coletiva de Imprensa de apresentação da cúpula diretiva 2024-2025
Data: 01/02/2024
Hora: Início às 14h
Local: Sala de sessões no edifício-sede do TRE-PR, na rua João Parolin, nº 224

Fonte: Bem Paraná

Ramagem é excluído de grupos da oposição e do PL depois de operação de busca e apreensão deflagrada pela Polícia Federal

 Agentes cumpriram 21 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Ramagem em Brasília, duas cidades no interior de Minas Gerais e no Rio de Janeiro

Alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (25), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi excluído de grupo da oposição e do PL do Congresso horas após os agentes realizarem busca e apreensão em endereços ligados ao político.


Ramagem foi um dos quatro alvos da corporação em uma ação que investiga se a Agência Brasileira de Informação (Abin), comandada pelo político durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi usada pelo então chefe do Executivo para monitorar a localização de pessoas via celular, através do programa First Mile. 


Nesta manhã, os agentes cumpriram 21 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Ramagem em Brasília, duas cidades no interior de Minas Gerais e no Rio de Janeiro.


Aliados do político afirmam que o procedimento é praxe quando um parlamentar da oposição é alvo de busca e apreensão. 


Como os investigadores da PF e o Supremo Tribunal Federal (STF) passam a ter acesso ao celular dos investigados, é uma forma de evitar a exposição de estratégias tecidas pela oposição dentro dos grupos.


O procedimento foi feito também na última semana, quando o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) também foi alvo de busca e apreensão da PF, mas no caso de inquérito que apura possíveis financiadores dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro. 


Ele foi reincluído no grupo no dia seguinte na sexta-feira, um dia após a operação.


Nesta quinta-feira, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), sete policiais federais e três servidores da Abin foram alvos de uma operação da Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira, contra um suposto monitoramento ilegal feito pelo órgão durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).


Policiais federais cumprem 21 mandados de busca e apreensão. 


A decisão que autorizou a operação também determinou medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As diligências de busca e apreensão ocorrem em Brasília/DF (18), Juiz de Fora/MG (1), São João Del Rei/MG (1) e Rio de Janeiro/RJ (1).


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Prerrogativas pede ao STF que divulgue lista de espionados pela Abin durante governo Bolsonaro

 A “Abin paralela” espionou 30 mil pessoas. Dados foram guardados em Israel

Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem (Foto: Carolina Antunes/PR)

 O Grupo Prerrogativas enviou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que a Corte determine a publicidade dos dados das cerca de 30 mil pessoas afetadas pela espionagem ilegal da Abin durante o governo Bolsonaro. 

"Ante o exposto, considerando-se as informações oficiais divulgadas pela Polícia Federal na data de hoje, no sentido de que um grupo criminoso criou uma estrutura paralela na ABIN e utilizou ferramentas e serviços da agência para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal, acessando clandestinamente dados sigilosos de 30 mil pessoas, requer-se a esse Colendo Supremo Tribunal Federal que determine a publicidade da lista com o nome das pessoas monitoradas ilegalmente pela ABIN, viabilizando-se a reparação aos direitos fundamentais à intimidade, a vida privada e a proteção de dados, conforme assegurado pelo art. 5°, inciso X, da Constituição Federal", diz o pedido. 

Polícia Federal cumpriu, nesta quinta-feira (25), mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin, na Operação Vigilância Aproximada. A operação apura um esquema de espionagem montado na Abin para monitorar, ilegalmente, autoridades públicas e cidadãos comuns.

Fonte: Brasil 247

PF diz que atual gestão da Abin tentou interferir nas investigações sobre espionagem do governo Bolsonaro

 Segundo a PF, houve "conluio de parte dos investigados com a atual alta gestão da Abin"

Abin (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

 A Polícia Federal (PF) afirma que a atual direção da Abin tentou interferir nas investigações sobre a espionagem ilegal conduzida pelo governo Bolsonaro, à medida que o governo do presidente Lula não consegue ter absoluto controle sobre a agência.

A corporação disse, segundo a Folha de S. Paulo, que "a direção atual da Abin realizou ações que interferiram no bom andamento da investigação", no pedido endereçado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. 

Segundo a PF, houve "conluio de parte dos investigados com a atual alta gestão da Abin", causando prejuízos à investigação e também à própria agência.

A PF cita que o diretor adjunto da Abin, Alessandro Moretti teria afirmado a investigados que a apuração sobre o caso tinha "fundo político e iria passar".

Polícia Federal cumpriu, nesta quinta-feira (25), mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin, na Operação Vigilância Aproximada. A operação apura um esquema de espionagem montado na Abin para monitorar, ilegalmente, autoridades públicas e cidadãos comuns.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Tebet diz que veto a emendas parlamentares pode ser revisto em março

 Governo reavalia estimativa de receitas para 2024

Simone Tebet (Foto: Lula Marques/Ag. Brasil)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quinta-feira (25) que o governo está fazendo levantamento sobre as estimativas de receitas para avaliar uma possível revisão do veto de R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares do Orçamento deste ano.

Na última terça-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, mas vetou cerca de um terço das emendas parlamentares de comissão, um tipo de emenda coletiva designado pelas comissões temáticas do Congresso. Estavam previstos R$ 16,7 bilhões nestas ações, mas, com o veto, a previsão caiu para R$ 11,1 bilhões. O veto ainda pode ser derrubado pelos parlamentares.

"Nós tivemos que fazer vetos e os vetos não são simples. Eu não posso pegar uma parte da ação e da programação e cortar. Ou eu corto a linha de programação inteira ou não posso cortar. Como eu não sei os acordos do Congresso Nacional que foram feitos, aquilo que eles realmente fazem questão, nós fizemos provisoriamente um primeiro veto nas ações, nas linhas de programação, e podemos, lá para fevereiro, fazer qualquer alteração, como sempre fizemos, no momento certo", afirmou a ministra, após participar do lançamento da Agenda Transversal Ambiental do governo federal, em Brasília. O documento que sistematiza as ações do Plano Plurianual 2014/2027 na área de meio ambiente.

Tebet justificou a necessidade de corte à queda na inflação, que reduz a arrecadação de tributos, e também à estimativa de receitas após a aprovação de medidas econômicas no ano passado, que resultaram em projeções menores de arrecadação.

"Vários fatores nos levaram a este corte. Primeiro, o IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo], graças a Deus, foi menor do que o previsto. Significa menos inflação, comida mais barata na mesa dos brasileiros, e isso significa menos arrecadação. Nós preferimos arrecadar menos do que ter um processo inflacionário no Brasil e perder o controle", argumentou a ministra.

"Agora, nós temos que ver as ações, as medidas provisórias e os projetos de lei que nós apresentamos e o Congresso aprovou no final do ano, o que isso significa em receita real. Aquilo tinha estimativa de receita a depender de como o Congresso aprovasse. O Congresso não aprovou tudo do jeito que nós queríamos, o que faz parte do jogo democrático, nem esperávamos que votariam 100%. Vamos fazer o levantamento. Ainda temos a questão da medida provisória da desoneração. Vamos chegar num meio-termo? Vamos chegar num consenso? De que forma é, quanto vai valer para 2024, quanto vai valer para 2025? Portanto, só após do carnaval eu acredito que nós vamos ter sinalização do que estamos falando de estimativa de receita para o ano de 2024", acrescentou a ministra. 

Ainda segundo Tebet, no próximo Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas do governo federal, que será apresentado na segunda quinzena de março, será possível ter clareza sobre o que fazer em relação a recomposição dos cortes. 

Fonte: Brasil 247



Políticos e internautas criticam espionagens. "Gestapo do Bolsonaro" fica entre os assuntos mais comentados nas redes

 Perfis nas redes sociais repercutiram as conclusões de investigadores, de que a Agência Brasileira de Inteligência prestou serviços ilegais durante o governo Bolsonaro

Jair Bolsonaro (à esq.) e Alexandre Ramagem Rodrigues (Foto: Carolina Antunes/PR | Reprodução)

Políticos e internautas destacaram a gravidade da espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra cerca de 30 mil pessoas durante o governo Jair Bolsonaro (PL), quando a Abin era comandada por Alexandre Ramagem. De acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a Abin também foi usada na gestão bolsonarista para monitorar o caso Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018.

Na rede social X, antigo Twitter, a expressão "Gestapo do Bolsonaro" chegou à seção Assuntos do Momento. Gestapo quer dizer Geheime Staatspolizei, a polícia secreta criada na Alemanha nazista.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) também lembrou que, de acordo com investigadores, a agência tentou favorecer familiares de Bolsonaro. "O esquema de espionagem ilegal da Abin durante o governo passado visava municiar de informações o senador Flávio Bolsonaro e Jair Renan Bolsonaro, ambos filhos de Jair Bolsonaro. O absurdo é tamanho que a Abin teria produzido provas para favorecer Flávio Bolsonaro e Jair Renan. Passou da hora do ex-presidente ser preso".

Outro internauta escreveu: "rapaz! Flávio Bolsonaro se enrolou todo e acabou entregando o pai ao tentar explicar que Bolsonaro não confiava na Abin e por isso ele consultava uma equipe de inteligência não oficial, mas não era uma Abin paralela. Como assim? kkk".

Fonte: Brasil 247

Internautas resgatam denúncias feitas por Gustavo Bebianno sobre uso ilegal da Abin no governo Bolsonaro

 O ex-ministro citou Carlos Bolsonaro como um dos articuladores de um esquema de espionagens ilegais contra opositores do bolsonarismo

Carlos Bolsonaro (círculo) e Gustavo Bebianno (Foto: Reuters | Reprodução)

 Internautas lembraram nesta quinta-feira (25) as denúncias feitas pelo ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Gustavo Bebianno (1964-2020) sobre espionagens ilegais feitas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL). 

Duas semanas antes de falecer, março de 2020, Bebianno afirmou que o atual vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) queria montar uma agência de inteligência paralela com o objetivo de espionar seus adversários políticos.

agência tentou favorecer familiares de Bolsonaro, de acordo com investigadores. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também lembrou que a Abin foi usada na gestão bolsonarista para monitorar o caso Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. Cerca de 30 mil pessoas foram monitoradas, informou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, no começo do mês. 

 

 

Fonte: Brasil 247

Correia cobra a prisão de Bolsonaro e aliados após denúncias de espionagem ilegal

 O parlamentar também sugeriu que bolsonaristas pretendiam usar a Agência Brasileira de Inteligência para tentar um golpe de Estado

Rogério Correia (Foto: Agência Câmara)

 O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) cobrou nesta quinta-feira (25) a prisão de Jair Bolsonaro (PL), do ex-diretor-geral da Polícia Federal (PF) Alexandre Ramagem, do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto e do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno. O parlamentar repercutiu as apurações da PF sobre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que, segundo investigadores, fez espionagem ilegal contra opositores do governo bolsonarista. 

"Esta turma eu conheço da #CPMI do golpe. Foram escolhidos a dedo. Precisam ser presos. Espionaram, incitaram, planejaram, conspiraram, formaram quadrilhas, financiaram e comandaram os executores. Dissemos e provamos nas audiências que eram golpistas. 39 anos para Bolsonaro!", escreveu o parlamentar na rede social X. 

De acordo com as investigações, Abin tentou favorecer familiares de Bolsonaro. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também lembrou que a Abin foi usada na gestão bolsonarista para monitorar o caso Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. Cerca de 30 mil pessoas foram monitoradas, informou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, no começo do mês.

Fonte: Brasil 247

Hamas está pronto para observar cessar-fogo se CIJ emitir tal decisão e Israel concordar

 CIJ emitirá sua ordem sobre o pedido de medidas provisórias no caso contra Israel na sexta-feira

(Foto: Reuters)

(Sputnik) - O movimento palestino Hamas afirmou nesta quinta-feira (25) que está pronto para observar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, caso a Corte Internacional de Justiça (CIJ) emita tal veredicto e se Israel concordar em aderir a ele.

A CIJ emitirá sua ordem sobre o pedido de medidas provisórias no caso contra Israel, que envolve alegações de genocídio na Faixa de Gaza, na sexta-feira (26). 

O Hamas declarou em seu canal no Telegram: "Se a corte em Haia decidir por um cessar-fogo, o Hamas respeitará o cessar-fogo, desde que o inimigo também o respeite".

A África do Sul apresentou uma ação na CIJ em dezembro, acusando Israel de intenção genocida em Gaza, em meio a um crescente número de mortes civis no enclave palestino sitiado, alvo de ataques israelenses constantemente. Ela busca comprovar que a campanha militar de Israel tem caráter genocida e visa os habitantes de Gaza como parte do povo palestino em geral.

públicas sobre a ação da África do Sul. Em sua exposição, os representantes da África do Sul instaram a CIJ a obrigar Israel a encerrar sua operação militar na Faixa de Gaza, garantir que os residentes do enclave tenham acesso a alimentos, água e ajuda humanitária, e abster-se de ações que possam agravar a situação.

Israel, por sua vez, argumentou que a escalada do conflito na Faixa de Gaza começou com o ataque do Hamas em 7 de outubro e insistiu em seu "direito à autodefesa". 

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

FAA interrompe expansão da produção do Boeing MAX e deve atingir companhias aéreas e fornecedores

 O motivo foi a explosão de uma parte da fuselagem de um avião da Boeing operado pela companhia aérea norte-americana Alaska Airlines

Avião da Boeing (Foto: REUTERS/Peter Cziborra)

WASHINGTON (Reuters) - A indústria aeroespacial enfrenta transtornos cada vez maiores devido à explosão de uma parte da fuselagem de um avião da Boeing operado pela Alaska Airlines depois que os reguladores dos Estados Unidos congelaram aumentos na produção do jato 737 MAX, levantando preocupações sobre os planos de crescimento de companhias aéreas e fornecedores em todo o mundo.

A Agência Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) anunciou a intervenção sem precedentes nos cronogramas de produção na noite de quarta-feira, em uma decisão de dois gumes que também viu o fim da suspensão parcial do modelo MAX 9 uma vez que as inspeções foram feitas.

A FAA disse que o pedido significava que a Boeing poderia continuar produzindo jatos MAX no ritmo mensal atual, mas não poderia aumentar esse ritmo. A agência não ofereceu nenhuma estimativa de quanto tempo a limitação iria durar e não especificou o número de aviões que a Boeing pode produzir a cada mês.

As ações da Boeing recuavam mais de 5% nos EUA, assim como também mostravam queda os papéis de fornecedores como Spirit AeroSystems e Howmet Aerospace. Em Londres, os papéis do fornecedor britânico Senior também eram negociados em baixa.

A capacidade de retomar os voos foi um alívio para as companhias norte-americanas Alaska Airlines e United Airlines, que usam o MAX 9, que foram forçadas a cancelar milhares de voos e pretendem começar a retomar o serviço com os aviões na sexta-feira e no domingo, respectivamente.

Mas os especialistas dizem que a resposta da FAA aos controles de qualidade "inaceitáveis" após a perda de uma tampa de porta a 16.000 pés em 5 de janeiro poderá atrasar algumas entregas de novos aviões às companhias aéreas e prejudicar os fornecedores que já se recuperam de uma crise anterior do MAX e da pandemia.

Esse efeito cascata começou a surgir nesta quinta-feira, quando a Southwest Airlines, uma cliente fiel da Boeing, alterou seus planos de frota para 2024, dizendo que esperava receber menos entregas de aeronaves 737 MAX.

A Boeing está buscando aumentar a produção de sua família 737 MAX para acompanhar a demanda e preencher uma lacuna no mercado de jatos com a fabricante europeia de aviões Airbus.

Analistas expressaram preocupação de que um escrutínio extra das fábricas da Boeing após a ruptura dos plugues das portas do MAX 9 moderasse os aumentos de produção do MAX 8, uma importante fonte de dinheiro para a Boeing e muitos fornecedores.

"Os problemas de garantia de qualidade que vimos são inaceitáveis", disse o administrador da FAA, Mike Whitaker, em um comunicado anunciando o congelamento de qualquer expansão na produção do MAX até que os problemas fossem resolvidos. "É por isso que teremos mais pessoal no local, examinando e monitorando de perto as atividades de produção e manufatura."

A Boeing disse que continuará a cooperar "total e transparentemente" com a FAA e seguiria a orientação da agência ao tomar medidas para fortalecer a segurança e a qualidade.

Em outubro, o CEO da Boeing, Dave Calhoun, disse que a empresa planejava atingir a produção de 38 aviões MAX por mês até o final de 2023.

O último cronograma master do 737 da Boeing, que define o ritmo de produção para os fornecedores, prevê que a produção aumente para 42 jatos por mês em fevereiro, 47,2 em agosto, 52,5 em fevereiro de 2025 e 57,7 em outubro de 2025, informou a Reuters em dezembro.

No entanto, o ritmo de produção da própria Boeing pode ficar atrás do cronograma master do fornecedor.

Calhoun enfrentou perguntas de senadores sobre o incidente da Alaska Airlines em uma série de reuniões na quarta-feira no Capitólio. A presidente do Comitê de Comércio do Senado, Maria Cantwell, disse que realizaria audiências para investigar a causa raiz dos lapsos de segurança da Boeing.

"O público aéreo norte-americano e os trabalhadores das linhas da Boeing merecem uma cultura de liderança na Boeing que coloque a segurança à frente dos lucros", disse Cantwell.

Calhoun disse que a Boeing restauraria a confiança do público em seus aviões.

PLANOS DE LINHA DE PRODUÇÃO

A decisão da FAA pode impactar os planos de construção de uma nova linha 737 MAX em Everett, Washington, até meados de 2024, após o fim da produção do icônico 747 da Boeing na enorme fábrica.

A linha, prevista para ser a quarta linha do 737 no geral e a primeira fora da fábrica de Renton, também no subúrbio de Seattle, é necessária para atender à forte demanda.

A Boeing não quis comentar sobre qualquer impacto potencial na linha Everett.

Uma vez acusada de ser muito branda com a Boeing, a FAA reforçou a supervisão desde que os acidentes anteriores do MAX levaram ao encalhe mundial, mas a intervenção de quarta-feira abre um novo território, disseram especialistas.

Analistas da Jefferies disseram que a suspensão da expansão da FAA parecia "restritiva" e carecia de um cronograma definitivo.

"Essas ações provavelmente pressionarão qualquer aumento de produção no curto prazo, mas parecem estar mais relacionadas ao timing", acrescentaram.

Algumas companhias aéreas podem ser afetadas "significativamente" por qualquer congelamento no aumento da produção, disse uma fonte sênior da indústria, embora muitas na indústria já tenham levado em conta alguns atrasos à medida que as empresas aeroespaciais continuam a se recuperar da pandemia.

A United, por exemplo, tem 100 entregas MAX programadas para este ano, de acordo com um documento regulatório de outubro.

O anúncio da FAA ocorreu horas depois de a Boeing entregar seu primeiro 737 MAX a uma companhia aérea chinesa desde março de 2019, encerrando um congelamento de quase cinco anos e concedendo uma trégua às tensas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Fonte: Brasil 247 com Reportagem de Valerie Insinna e David Shephardson em Washington, Lisa Barrington em Seul e Tim Hepher em Paris; reportagens adicionais de Rajesh Kumar Singh em Chicago, Sophie Yu em Pequim e Abhijith Ganapavaram em Bengaluru

Chanceleres de Venezuela e Guiana conversam sobre o Essequibo em Brasília sem mudar de posição

 O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, também participou da conversa

Palácio do Itamaraty, sede da diplomacia brasileira (Foto: Agência Brasil)

Os ministros das Relações Exteriores da Venezuela e da Guiana se reuniram nesta quinta-feira (25) em Brasília para discutir a antiga disputa sobre a soberania do Essequibo, sem que nenhum dos governos tenha mudado sua posição sobre o território, informou a agência Télam. 

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, se encontrou com seu homólogo guyanês, Hugh Hilton Todd, em uma reunião que segue o compromisso assumido em dezembro pelos presidentes Nicolás Maduro e Irfaan Ali para evitar o uso da força em meio a tensões que levantaram o temor de um conflito armado na região.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, também participou da conversa e afirmou após o encontro que "Guiana e Venezuela se comprometeram, reconhecendo as diferenças entre ambas as partes, a continuar seu diálogo com base nos parâmetros estabelecidos pela Declaração de Argyle".

Argyle é a cidade de São Vicente e Granadinas, onde ocorreu a reunião entre Maduro e Ali em dezembro.

"Espero que nossos irmãos venezuelanos e guyaneses continuem construindo a confiança necessária para pensar em um horizonte comum, no qual os laços entre bons vizinhos contribuam para o bem-estar de ambos os povos", acrescentou Vieira, segundo a agência de notícias Sputnik.

Enquanto isso, Gil enfatizou a importância de elaborar um "roteiro" para resolver a disputa diplomaticamente, instou a Guiana a "reafirmar que nenhuma das partes recorrerá a ameaças ou ao uso da força" e expressou o desejo de que terceiros não se envolvam na questão.

"Rejeitemos categoricamente a possibilidade de terceiras partes interferirem ou se beneficiarem de qualquer discussão ou controvérsia entre Guiana e Venezuela", sublinhou Gil, de acordo com a agência AFP.

O encontro de hoje havia sido acordado em dezembro passado em São Vicente e Granadinas, que também enviou um representante a Brasília.

Desde aquela cúpula de dezembro, a tensão entre Venezuela e Guiana aumentou com a chegada de um navio de guerra britânico às águas guyanesas, que Caracas considerou provocativa e respondeu mobilizando mais de 5.600 soldados em exercícios militares perto da fronteira disputada.

A situação não escalou, mas as posições de ambos os lados permanecem inabaláveis.

Venezuela sustenta que o Essequibo  faz parte de seu território desde os tempos coloniais, embora nunca tenha estado sob soberania espanhola ou venezuelana.

Caracas apela ao Acordo de Genebra, assinado em 1966, pouco antes da independência da Guiana do Reino Unido, que estabeleceu as bases para uma solução negociada e anulou uma sentença arbitral de 1899 que definiu as fronteiras que Georgetown está pedindo à Corte Internacional de Justiça (CIJ) para ratificar.

A disputa, que nunca havia gerado tensões, começou a se intensificar em 2015, quando a empresa de petróleo dos Estados Unidos ExxonMobil descobriu grandes depósitos de petróleo na área reivindicada pela Venezuela.

O conflito continuou a aumentar em 2020, quando a Guiana decidiu levar o caso à Corte Internacional de Justiça (CIJ), que se declarou competente, apesar da objeção da Venezuela.

A situação se agravou no final do ano passado, quando a Venezuela realizou um referendo sobre sua política em relação ao Essequibo e estabeleceu a criação de um estado naquele território, que a Guiana interpretou como uma tentativa de anexação.

Fonte: Brasil 247