quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Políticos e internautas criticam espionagens. "Gestapo do Bolsonaro" fica entre os assuntos mais comentados nas redes

 Perfis nas redes sociais repercutiram as conclusões de investigadores, de que a Agência Brasileira de Inteligência prestou serviços ilegais durante o governo Bolsonaro

Jair Bolsonaro (à esq.) e Alexandre Ramagem Rodrigues (Foto: Carolina Antunes/PR | Reprodução)

Políticos e internautas destacaram a gravidade da espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra cerca de 30 mil pessoas durante o governo Jair Bolsonaro (PL), quando a Abin era comandada por Alexandre Ramagem. De acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a Abin também foi usada na gestão bolsonarista para monitorar o caso Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018.

Na rede social X, antigo Twitter, a expressão "Gestapo do Bolsonaro" chegou à seção Assuntos do Momento. Gestapo quer dizer Geheime Staatspolizei, a polícia secreta criada na Alemanha nazista.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) também lembrou que, de acordo com investigadores, a agência tentou favorecer familiares de Bolsonaro. "O esquema de espionagem ilegal da Abin durante o governo passado visava municiar de informações o senador Flávio Bolsonaro e Jair Renan Bolsonaro, ambos filhos de Jair Bolsonaro. O absurdo é tamanho que a Abin teria produzido provas para favorecer Flávio Bolsonaro e Jair Renan. Passou da hora do ex-presidente ser preso".

Outro internauta escreveu: "rapaz! Flávio Bolsonaro se enrolou todo e acabou entregando o pai ao tentar explicar que Bolsonaro não confiava na Abin e por isso ele consultava uma equipe de inteligência não oficial, mas não era uma Abin paralela. Como assim? kkk".

Fonte: Brasil 247

Internautas resgatam denúncias feitas por Gustavo Bebianno sobre uso ilegal da Abin no governo Bolsonaro

 O ex-ministro citou Carlos Bolsonaro como um dos articuladores de um esquema de espionagens ilegais contra opositores do bolsonarismo

Carlos Bolsonaro (círculo) e Gustavo Bebianno (Foto: Reuters | Reprodução)

 Internautas lembraram nesta quinta-feira (25) as denúncias feitas pelo ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Gustavo Bebianno (1964-2020) sobre espionagens ilegais feitas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL). 

Duas semanas antes de falecer, março de 2020, Bebianno afirmou que o atual vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) queria montar uma agência de inteligência paralela com o objetivo de espionar seus adversários políticos.

agência tentou favorecer familiares de Bolsonaro, de acordo com investigadores. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também lembrou que a Abin foi usada na gestão bolsonarista para monitorar o caso Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. Cerca de 30 mil pessoas foram monitoradas, informou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, no começo do mês. 

 

 

Fonte: Brasil 247

Correia cobra a prisão de Bolsonaro e aliados após denúncias de espionagem ilegal

 O parlamentar também sugeriu que bolsonaristas pretendiam usar a Agência Brasileira de Inteligência para tentar um golpe de Estado

Rogério Correia (Foto: Agência Câmara)

 O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) cobrou nesta quinta-feira (25) a prisão de Jair Bolsonaro (PL), do ex-diretor-geral da Polícia Federal (PF) Alexandre Ramagem, do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto e do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno. O parlamentar repercutiu as apurações da PF sobre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que, segundo investigadores, fez espionagem ilegal contra opositores do governo bolsonarista. 

"Esta turma eu conheço da #CPMI do golpe. Foram escolhidos a dedo. Precisam ser presos. Espionaram, incitaram, planejaram, conspiraram, formaram quadrilhas, financiaram e comandaram os executores. Dissemos e provamos nas audiências que eram golpistas. 39 anos para Bolsonaro!", escreveu o parlamentar na rede social X. 

De acordo com as investigações, Abin tentou favorecer familiares de Bolsonaro. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também lembrou que a Abin foi usada na gestão bolsonarista para monitorar o caso Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. Cerca de 30 mil pessoas foram monitoradas, informou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, no começo do mês.

Fonte: Brasil 247

Hamas está pronto para observar cessar-fogo se CIJ emitir tal decisão e Israel concordar

 CIJ emitirá sua ordem sobre o pedido de medidas provisórias no caso contra Israel na sexta-feira

(Foto: Reuters)

(Sputnik) - O movimento palestino Hamas afirmou nesta quinta-feira (25) que está pronto para observar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, caso a Corte Internacional de Justiça (CIJ) emita tal veredicto e se Israel concordar em aderir a ele.

A CIJ emitirá sua ordem sobre o pedido de medidas provisórias no caso contra Israel, que envolve alegações de genocídio na Faixa de Gaza, na sexta-feira (26). 

O Hamas declarou em seu canal no Telegram: "Se a corte em Haia decidir por um cessar-fogo, o Hamas respeitará o cessar-fogo, desde que o inimigo também o respeite".

A África do Sul apresentou uma ação na CIJ em dezembro, acusando Israel de intenção genocida em Gaza, em meio a um crescente número de mortes civis no enclave palestino sitiado, alvo de ataques israelenses constantemente. Ela busca comprovar que a campanha militar de Israel tem caráter genocida e visa os habitantes de Gaza como parte do povo palestino em geral.

públicas sobre a ação da África do Sul. Em sua exposição, os representantes da África do Sul instaram a CIJ a obrigar Israel a encerrar sua operação militar na Faixa de Gaza, garantir que os residentes do enclave tenham acesso a alimentos, água e ajuda humanitária, e abster-se de ações que possam agravar a situação.

Israel, por sua vez, argumentou que a escalada do conflito na Faixa de Gaza começou com o ataque do Hamas em 7 de outubro e insistiu em seu "direito à autodefesa". 

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

FAA interrompe expansão da produção do Boeing MAX e deve atingir companhias aéreas e fornecedores

 O motivo foi a explosão de uma parte da fuselagem de um avião da Boeing operado pela companhia aérea norte-americana Alaska Airlines

Avião da Boeing (Foto: REUTERS/Peter Cziborra)

WASHINGTON (Reuters) - A indústria aeroespacial enfrenta transtornos cada vez maiores devido à explosão de uma parte da fuselagem de um avião da Boeing operado pela Alaska Airlines depois que os reguladores dos Estados Unidos congelaram aumentos na produção do jato 737 MAX, levantando preocupações sobre os planos de crescimento de companhias aéreas e fornecedores em todo o mundo.

A Agência Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) anunciou a intervenção sem precedentes nos cronogramas de produção na noite de quarta-feira, em uma decisão de dois gumes que também viu o fim da suspensão parcial do modelo MAX 9 uma vez que as inspeções foram feitas.

A FAA disse que o pedido significava que a Boeing poderia continuar produzindo jatos MAX no ritmo mensal atual, mas não poderia aumentar esse ritmo. A agência não ofereceu nenhuma estimativa de quanto tempo a limitação iria durar e não especificou o número de aviões que a Boeing pode produzir a cada mês.

As ações da Boeing recuavam mais de 5% nos EUA, assim como também mostravam queda os papéis de fornecedores como Spirit AeroSystems e Howmet Aerospace. Em Londres, os papéis do fornecedor britânico Senior também eram negociados em baixa.

A capacidade de retomar os voos foi um alívio para as companhias norte-americanas Alaska Airlines e United Airlines, que usam o MAX 9, que foram forçadas a cancelar milhares de voos e pretendem começar a retomar o serviço com os aviões na sexta-feira e no domingo, respectivamente.

Mas os especialistas dizem que a resposta da FAA aos controles de qualidade "inaceitáveis" após a perda de uma tampa de porta a 16.000 pés em 5 de janeiro poderá atrasar algumas entregas de novos aviões às companhias aéreas e prejudicar os fornecedores que já se recuperam de uma crise anterior do MAX e da pandemia.

Esse efeito cascata começou a surgir nesta quinta-feira, quando a Southwest Airlines, uma cliente fiel da Boeing, alterou seus planos de frota para 2024, dizendo que esperava receber menos entregas de aeronaves 737 MAX.

A Boeing está buscando aumentar a produção de sua família 737 MAX para acompanhar a demanda e preencher uma lacuna no mercado de jatos com a fabricante europeia de aviões Airbus.

Analistas expressaram preocupação de que um escrutínio extra das fábricas da Boeing após a ruptura dos plugues das portas do MAX 9 moderasse os aumentos de produção do MAX 8, uma importante fonte de dinheiro para a Boeing e muitos fornecedores.

"Os problemas de garantia de qualidade que vimos são inaceitáveis", disse o administrador da FAA, Mike Whitaker, em um comunicado anunciando o congelamento de qualquer expansão na produção do MAX até que os problemas fossem resolvidos. "É por isso que teremos mais pessoal no local, examinando e monitorando de perto as atividades de produção e manufatura."

A Boeing disse que continuará a cooperar "total e transparentemente" com a FAA e seguiria a orientação da agência ao tomar medidas para fortalecer a segurança e a qualidade.

Em outubro, o CEO da Boeing, Dave Calhoun, disse que a empresa planejava atingir a produção de 38 aviões MAX por mês até o final de 2023.

O último cronograma master do 737 da Boeing, que define o ritmo de produção para os fornecedores, prevê que a produção aumente para 42 jatos por mês em fevereiro, 47,2 em agosto, 52,5 em fevereiro de 2025 e 57,7 em outubro de 2025, informou a Reuters em dezembro.

No entanto, o ritmo de produção da própria Boeing pode ficar atrás do cronograma master do fornecedor.

Calhoun enfrentou perguntas de senadores sobre o incidente da Alaska Airlines em uma série de reuniões na quarta-feira no Capitólio. A presidente do Comitê de Comércio do Senado, Maria Cantwell, disse que realizaria audiências para investigar a causa raiz dos lapsos de segurança da Boeing.

"O público aéreo norte-americano e os trabalhadores das linhas da Boeing merecem uma cultura de liderança na Boeing que coloque a segurança à frente dos lucros", disse Cantwell.

Calhoun disse que a Boeing restauraria a confiança do público em seus aviões.

PLANOS DE LINHA DE PRODUÇÃO

A decisão da FAA pode impactar os planos de construção de uma nova linha 737 MAX em Everett, Washington, até meados de 2024, após o fim da produção do icônico 747 da Boeing na enorme fábrica.

A linha, prevista para ser a quarta linha do 737 no geral e a primeira fora da fábrica de Renton, também no subúrbio de Seattle, é necessária para atender à forte demanda.

A Boeing não quis comentar sobre qualquer impacto potencial na linha Everett.

Uma vez acusada de ser muito branda com a Boeing, a FAA reforçou a supervisão desde que os acidentes anteriores do MAX levaram ao encalhe mundial, mas a intervenção de quarta-feira abre um novo território, disseram especialistas.

Analistas da Jefferies disseram que a suspensão da expansão da FAA parecia "restritiva" e carecia de um cronograma definitivo.

"Essas ações provavelmente pressionarão qualquer aumento de produção no curto prazo, mas parecem estar mais relacionadas ao timing", acrescentaram.

Algumas companhias aéreas podem ser afetadas "significativamente" por qualquer congelamento no aumento da produção, disse uma fonte sênior da indústria, embora muitas na indústria já tenham levado em conta alguns atrasos à medida que as empresas aeroespaciais continuam a se recuperar da pandemia.

A United, por exemplo, tem 100 entregas MAX programadas para este ano, de acordo com um documento regulatório de outubro.

O anúncio da FAA ocorreu horas depois de a Boeing entregar seu primeiro 737 MAX a uma companhia aérea chinesa desde março de 2019, encerrando um congelamento de quase cinco anos e concedendo uma trégua às tensas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Fonte: Brasil 247 com Reportagem de Valerie Insinna e David Shephardson em Washington, Lisa Barrington em Seul e Tim Hepher em Paris; reportagens adicionais de Rajesh Kumar Singh em Chicago, Sophie Yu em Pequim e Abhijith Ganapavaram em Bengaluru

Chanceleres de Venezuela e Guiana conversam sobre o Essequibo em Brasília sem mudar de posição

 O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, também participou da conversa

Palácio do Itamaraty, sede da diplomacia brasileira (Foto: Agência Brasil)

Os ministros das Relações Exteriores da Venezuela e da Guiana se reuniram nesta quinta-feira (25) em Brasília para discutir a antiga disputa sobre a soberania do Essequibo, sem que nenhum dos governos tenha mudado sua posição sobre o território, informou a agência Télam. 

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, se encontrou com seu homólogo guyanês, Hugh Hilton Todd, em uma reunião que segue o compromisso assumido em dezembro pelos presidentes Nicolás Maduro e Irfaan Ali para evitar o uso da força em meio a tensões que levantaram o temor de um conflito armado na região.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, também participou da conversa e afirmou após o encontro que "Guiana e Venezuela se comprometeram, reconhecendo as diferenças entre ambas as partes, a continuar seu diálogo com base nos parâmetros estabelecidos pela Declaração de Argyle".

Argyle é a cidade de São Vicente e Granadinas, onde ocorreu a reunião entre Maduro e Ali em dezembro.

"Espero que nossos irmãos venezuelanos e guyaneses continuem construindo a confiança necessária para pensar em um horizonte comum, no qual os laços entre bons vizinhos contribuam para o bem-estar de ambos os povos", acrescentou Vieira, segundo a agência de notícias Sputnik.

Enquanto isso, Gil enfatizou a importância de elaborar um "roteiro" para resolver a disputa diplomaticamente, instou a Guiana a "reafirmar que nenhuma das partes recorrerá a ameaças ou ao uso da força" e expressou o desejo de que terceiros não se envolvam na questão.

"Rejeitemos categoricamente a possibilidade de terceiras partes interferirem ou se beneficiarem de qualquer discussão ou controvérsia entre Guiana e Venezuela", sublinhou Gil, de acordo com a agência AFP.

O encontro de hoje havia sido acordado em dezembro passado em São Vicente e Granadinas, que também enviou um representante a Brasília.

Desde aquela cúpula de dezembro, a tensão entre Venezuela e Guiana aumentou com a chegada de um navio de guerra britânico às águas guyanesas, que Caracas considerou provocativa e respondeu mobilizando mais de 5.600 soldados em exercícios militares perto da fronteira disputada.

A situação não escalou, mas as posições de ambos os lados permanecem inabaláveis.

Venezuela sustenta que o Essequibo  faz parte de seu território desde os tempos coloniais, embora nunca tenha estado sob soberania espanhola ou venezuelana.

Caracas apela ao Acordo de Genebra, assinado em 1966, pouco antes da independência da Guiana do Reino Unido, que estabeleceu as bases para uma solução negociada e anulou uma sentença arbitral de 1899 que definiu as fronteiras que Georgetown está pedindo à Corte Internacional de Justiça (CIJ) para ratificar.

A disputa, que nunca havia gerado tensões, começou a se intensificar em 2015, quando a empresa de petróleo dos Estados Unidos ExxonMobil descobriu grandes depósitos de petróleo na área reivindicada pela Venezuela.

O conflito continuou a aumentar em 2020, quando a Guiana decidiu levar o caso à Corte Internacional de Justiça (CIJ), que se declarou competente, apesar da objeção da Venezuela.

A situação se agravou no final do ano passado, quando a Venezuela realizou um referendo sobre sua política em relação ao Essequibo e estabeleceu a criação de um estado naquele território, que a Guiana interpretou como uma tentativa de anexação.

Fonte: Brasil 247

Expectativa sobre o Brasil nunca foi tão alta, diz Lula

 "Não sabia que a minha volta e a derrubada do negacionismo iria gerar tanta expectativa com este País", afirmou o presidente em discurso na USP

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução (Canal Gov.))

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou nesta quinta-feira (25) que, após a sua volta à Presidência da República, "nunca antes na história o Brasil esteve tão respeitado como está agora". "Não sabia que a minha volta e a derrubada do negacionismo iria gerar tanta expectativa com este País", afirmou durante evento em comemoração aos 90 anos da USP (Universidade de São Paulo). O chefe de Estado citou Alemanha, China e outras nações: 'todos os países do mundo estão felizes que o Brasil voltou'.

"Eu nunca tinha ouvido tanta expectativa que as pessoas têm do Brasil, da África. Podemos transferir nosso conhecimento. Temos 350 anos de escravidão, e o que somos hoje tem parte disso. Temos que pagar com transferência de tecnologia para que a África possa se desenvolver", disse Lula, acrescentando que 'vai visitar a África em uma grande reunião marcada para 17 de fevereiro'.

O chefe de Estado falou sobre a importância do sistema de cotas. "Desde sua adesão ao sistema de cotas, a UPS mostra que para fazer parte do berço do conhecimento, não precisa nascer em berço de ouro. É preciso agarrar oportunidades que o governo oferece", continuou. 

"Mais da metade dos estudantes da USP vieram de escolas públicas. A cada dia que passa ela vai ficando com a cara do Brasil, cara preta, branca, parda, indígena, do povo brasileiro, que durante décadas nem sonhava em chegar na USP. O conhecimento é uma das mais poderosas ferramentas à disposição do ser humano", acrescentou.

De acordo com o presidente, "conhecimento na mão de poucos em benefício de poucos gera desigualdade". "Demos aos filhos dos trabalhadores a oportunidade de se tornarem doutores. É assim que se constrói um país mais justo", afirmou.

Em discurso, Lula prometeu mais investimentos no ensino superior. "Precisamos de mais. Quem sabe uma USP em cada estado desse país. A gente pode ter muitas USPs. Esse Brasil não vai jogar fora do século 21 como jogamos grandes oportunidades no século 20".

O presidente criticou o governo Jair Bolsonaro. "Os últimos anos foram de ataque às universidades, tempo de anticiência, obscurantismo. Esse tempo ficou para trás. O conhecimento, infraestrutura e energia, para ser a grande potência sustentável do século 21", disse.

Fonte: Brasil 247

Borrell aponta crise agrícola como possível obstáculo para acordo Mercosul-UE

 Segundo o diplomata, do lado dos países latino-americanos, a "disposição para assinar o acordo é maior do que nunca"

Josep Borrell (Foto: POOL/Reuters)

Télam - A crise que afeta o setor agrícola em alguns países da União Europeia (UE) poderia representar outro "obstáculo" para a aprovação do acordo de livre comércio com o Mercosul, que está atrasado há anos, disse o chefe da diplomacia do bloco europeu, Josep Borrell.

"Temos que ver se a atual crise na agricultura europeia não se torna mais um obstáculo nesse caminho", afirmou Borrell.

Ele fez esses comentários durante um seminário com legisladores europeus e latino-americanos no Parlamento Europeu, quase simultaneamente à reunião do Mercosul que ocorreu em Assunção, onde os cinco países ratificaram seu desejo de chegar a um acordo.

Após duas décadas de negociações sobre esse entendimento, "agora a bola está no campo da Europa", disse Borrell, acrescentando: "Nós é que temos que dizer se o queremos ou não".

Segundo o diplomata, do lado dos países latino-americanos, a "disposição para assinar o acordo é maior do que nunca".

No entanto, os avanços nas conversações entre os negociadores do Mercosul e da UE coincidiram com um agravamento notável da crise e das manifestações do setor agrícola na Europa.

A França foi novamente abalada hoje por manifestações e protestos de agricultores para denunciar sua situação econômica. O setor é um dos oponentes mais ferrenhos do acordo UE-Mercosul.

A oposição de esquerda pediu na quinta-feira ao presidente francês, Emmanuel Macron, que "diga claramente 'stop' ao acordo" negociado com o Mercosul, como uma das respostas à revolta dos agricultores.

Para Borrell, "na geopolítica não há vazios, e se nossos estados e nossas empresas e instituições financeiras deixarem um espaço, outros o ocuparão".

Ontem, em Assunção - que exerce a presidência temporária do bloco - os ministros das Relações Exteriores da Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Bolívia afirmaram em uma declaração conjunta que o bloco deseja fechar o acordo com a UE o mais rápido possível.

"Será prioridade concluir os aspectos pendentes das negociações com a União Europeia e alcançar a assinatura de um acordo equilibrado para ambas as partes o mais breve possível", disseram os ministros.

Em 2019, após vinte anos de negociações complexas, os dois blocos anunciaram que chegaram a um acordo de livre comércio, mas a UE exigiu a adição de um capítulo com exigências ambientais, o que resultou em um novo atraso nas negociações.

Fonte: Brasil 247 com Télam

Lula exalta uma USP com cotas que, cada vez mais, tem a cara do Brasil

 "Uma cara que é preta, branca, parda, indígena. É a cara das periferias", afirmou o presidente, que prometeu mais investimentos no ensino superior brasileiro

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução (CanalGov.))

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou a USP nesta quinta-feira (25) durante evento em comemoração aos 90 anos da Universidade de São Paulo. "A cada dia que passa, ela vai ficando cada vez mais com a cara do Brasil. Uma cara que é preta, branca, parda, indígena. É a cara das periferias", disse o chefe de Estado, que também falou sobre a importância da Lei de Cotas. 

"Hoje, mais da metade dos estudantes da USP vieram  da escola pública. Isso significa que, desde sua adesão ao sistema de cotas, a USP está mostrando que para fazer parte do chamado 'berço do conhecimento' não é preciso nascer em berço de ouro", continuou. Segundo o presidente, "o conhecimento nas mãos de poucos, em benefício de poucos, provoca mais desigualdade".

Em seu pronunciamento, Lula também relembrou ações dos seus governos anteriores na área da Educação. "Investimos cada vez mais na educação, da creche à pós-graduação. Foi por isso que democratizamos o acesso ao ensino superior. Implantamos a Lei de Cotas. Fizemos o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais", complementou. 

"Com o Reuni, criamos as condições para as universidades federais promoverem sua expansão física, acadêmica e pedagógica. Criamos novas universidades e institutos federais, e espalhamos campi pelo Brasil afora, expandindo a Rede Federal de Ensino Superior para o interior do país. Aumentamos  o número de estudantes universitários de 3 milhões e meio para 8 milhões. Demos aos filhos dos trabalhadores a oportunidade de se tornarem doutores. Porque é assim que se constrói um país mais desenvolvido e mais justo".

Fonte: Brasil 247

Prefeitura de Apucarana pede a ministra da saúde inclusão de Apucarana na vacinação da dengue


Em ofício remetido hoje (25) à ministra da saúde, Nísia Trindade, a Prefeitura de Apucarana solicitou a inclusão de Apucarana, na primeira etapa da aplicação da vacina contra a dengue. A vacina será aplicada no público-alvo de regiões endêmicas, em 521 municípios, a partir de fevereiro.

A estratégia de imunização foi anunciada hoje pelo Ministério da Saúde e, no Paraná, foram contemplados 30 municípios, todos ligados às regiões de Foz do Iguaçu e Londrina.

No ofício, o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, diz que entende e respeita os critérios adotados no planejamento estratégico do Ministério da Saúde. Porém, ele argumenta que o Município de Apucarana apresenta um número grande de casos e está em situação de epidemia.

Junior da Femac alega ainda, na sua defesa de inclusão de Apucarana, que a dengue tem acometido um número significativo de pessoas em várias faixas etárias. “Em Apucarana, já são cerca de 2.700 pessoas que testaram positivo para dengue. “Compreendemos que dezenas de cidades estão em situação alarmante, mas Apucarana também precisa ser contemplada nesta primeira etapa de vacinação contra a dengue”, defende o prefeito Junior da Femac, no ofício encaminhado à ministra Nísia Trindade.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Reunião garante esquema de segurança da festa de 80 anos de Apucarana


 O prefeito Junior da Femac se reuniu hoje (25) com os comandos do 10º Batalhão da Polícia Militar (10º BPM), do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal para tratar do esquema de segurança durante os grandes eventos festivos dos 80 anos de Apucarana na Praça Rui Barbosa. Amanhã é dia do show do Raça Negra e no sábado (27) acontece a Prova Pedestre 28 de Janeiro, seguida do show de Michel Teló.

A reunião contou com a participação comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Apucarana, tenente-coronel Israel Aparecido de Carvalho; do comandante 11º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Apucarana, major Élcio José de Meira; comandante da Guarda Municipal, Reinando Andrade; do coordenador municipal de segurança pública, tenente-coronel Marcos José Facio; dos representantes da Polícia Civil, agente Roberto dos Santos e superintendente Fábio Navas; do coordenador da empresa Arco Ambiental Brigadista e Bombeiro Civil, Gilson Nunes; e do representante da empresa DZ Vigilância, Donizete Zaneti.

“Tratamos de todos os detalhes para garantir a segurança dos apucaranenses nestes grandes eventos comemorativos do aniversário da cidade. Serão mais 150 agentes de segurança atuando na área central, em especial na Praça Rui Barbosa. A ação que terá o reforço da vigilância de um sistema de câmeras”, afirma o prefeito Junior da Femac.

O palco principal da festa foi armado junto ao prédio das Casas Pernambucanas e da agência do Banco Itaú. Na sexta-feira, sábado e domingo também funcionarão em frente às escadarias da Catedral Nossa Senhora de Lourdes as barracas de gastronomia da Feira da Lua, Economia Solidária e da Associação Cultural e Esportiva de Apucarana (ACEA).

O prefeito Junior da Femac faz um convite a toda população para participar dos eventos artísticos e esportivos, alusivos ao aniversário de 80 anos de Apucarana. “Estamos preparando tudo com muito zelo para garantir o lazer e a segurança de todas as famílias no entorno da Praça Rui Barbosa”, anuncia Junior da Femac.

O show do grupo Raça Negra nesta sexta-feira está programado para começar às 22h30. Michel Teló é a esperada atração musical do sábado, também a partir das 22h30.

As barracas de gastronomia funcionarão entre 18 horas e 24 horas na sexta-feira e sábado. No domingo irão atender de 11 horas até 22 horas.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Casos de dengue levam Distrito Federal a decretar emergência

 O texto do governo distrital cita não apenas a expansão de casos da dengue, mas “risco de epidemia por doenças transmitidas pelo [mosquito] Aedes aegypti”

Casos de dengue (Foto: ABr)

O Governo do Distrito Federal (GDF) declarou situação de emergência no âmbito da saúde pública em meio a uma explosão de casos de dengue. O decreto foi publicado nesta quinta-feira (25) em edição extra do Diário Oficial do DF.

O texto cita não apenas a expansão de casos da dengue, mas “risco de epidemia por doenças transmitidas pelo [mosquito] Aedes aegypti”, o que inclui enfermidades como zika e Chikungunya, além da febre amarela.

O decreto autoriza o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, a tomar medidas administrativas para conter a doença, incluindo a aquisição de insumos e materiais e a contratação de serviços necessários ao atendimento da situação emergencial.

O decreto vai perdurar enquanto a situação sanitária causada por arboviroses no Distrito Federal não for estabilizada.

Números

Os casos de dengue no DF - registrados nas três primeiras semanas de 2024 - aumentaram 646% em relação ao mesmo período do ano passado. Neste período, houve 17.150 ocorrências suspeitas da doença, das quais 16.628 são classificados como casos prováveis pela própria Secretaria de Saúde. Em 2023, foram 2.154 casos prováveis da doença.

Dados do boletim epidemiológico mostram que a região administrativa da Ceilândia aparece com maior incidência de dengue (3.963 casos), seguida por Sol Nascente/Pôr do Sol (1.110), Brazlândia (1.045) e Samambaia (997). Há ainda três óbitos provocados pela doença já confirmados em 2024.

Perfil

Com relação ao perfil de casos prováveis por sexo e faixa etária, observa-se maior incidência no sexo feminino - 527,7 ocorrências por 100 mil habitantes.

Já o grupo etário com maior incidência de casos prováveis de dengue está na faixa de 70 a 79 anos, com incidência de 605,1 ocorrências por 100 mil habitantes, seguido pelos grupos etários de 20 a 29 anos e 80 anos ou mais, com 589,3 e 575,4 ocorrências por 100 mil habitantes, respectivamente.

O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (25), em Brasília, que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. As cidades compõem 37 regiões de saúde que são consideradas endêmicas para a doença.

As regiões selecionadas atendem a três critérios: são formadas por municípios de grande porte com mais de 100 mil habitantes; registram alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e têm maior predominância do sorotipo DENV-2. Conforme a lista, 16 estados e o Distrito Federal têm cidades que preenchem os requisitos.

O Ministério da Saúde confirmou ainda que serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, uma das faixas etárias que concentram maior número de hospitalizações por dengue. Os números mostram que, de janeiro de 2019 a novembro de 2023, o grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações, atrás apenas dos idosos, grupo para o qual a vacina não foi autorizada.

Fonte: Brasil 247

Gastos com o Judiciário brasileiro representam 1,6% do PIB, mostra Tesouro Nacional

 A despesa foi recorde entre 53 países

Sessão de Abertura do Ano Judiciário no STF (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)

 O gasto do poder público brasileiro com os tribunais de Justiça, incluindo remuneração de magistrados e servidores, representa 1,6% do PIB (Produto Interno Bruto), um recorde entre 53 países analisados pelo Tesouro Nacional. O valor também é quatro vezes a média internacional (0,4% do PIB).

De acordo com informaçòes publicadas nesta quinta-feira (25) pelo jornal Folha de S.Paulo, em valores absolutos, a fatura chegou a R$ 159,7 bilhões (em valores de dezembro de 2022), dos quais R$ 131,3 bilhões (82,2% do total) foram direcionados ao pagamento de remunerações e contribuições a magistrados e servidores.

Para efeitos de comparação, o valor é maior que os R$ 113 bilhões gastos em 2022 com o então do programa Auxílio Brasil, que atendeu naquele ano 21,6 milhões famílias em dezembro. Neste ano, o Orçamento reservou R$ 168,6 bilhões para a política social, por meio do Bolsa Família.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Folha de S. Paulo