A pesquisa mostra, por outro lado, que 54% discordam do Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) e 59% são contra a 'Lei Ônibus'
Com pouco mais de um mês de governo, 63% dos argentinos expressam aprovação pelo presidente Javier Milei, manifestando confiança em sua capacidade para implementar as reformas anunciadas para o país. Esses dados derivam de uma pesquisa nacional conduzida pela Poliarquía Consultores, que avaliou o estado da opinião pública, informa o Infobae. O estudo revela que 58% dos entrevistados acreditam que o governo está apto a resolver os problemas da Argentina, embora necessite de tempo, e 5% afirmam que já está resolvendo essas questões.
A pesquisa concentrou-se nas duas medidas centrais da administração libertária: o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) para desregulamentar a economia e a 'Lei Ônibus', que modifica a estrutura do Estado. A aprovação desta última encontra-se atrasada no Congresso devido a negociações entre o partido no poder e a oposição, que demanda alterações no texto.
Os resultados indicam um apoio parcial a ambas as iniciativas como um todo, com o respaldo aumentando quando se trata de medidas individuais. Por exemplo, 39% da população concorda com o DNU, enquanto 54% expressam discordância (7% não responderam). Já em relação à 'Lei Ônibus', o apoio é menor, com 31% a favor e 59% contra.
Quanto ao cenário geral do país e da economia, ambas as avaliações permanecem em níveis críticos. Apenas 10% consideram a situação na Argentina como boa, enquanto quase 70% a classificam como ruim ou muito ruim, mantendo-se esse patamar nos últimos cinco meses, representando os piores valores em duas décadas.
Além disso, as expectativas para o futuro são baixas, com a avaliação prospectiva da situação caindo três pontos, atingindo 46%, e, pelo segundo mês consecutivo, aumentando a percepção de que a economia piorará no próximo ano, chegando a 43%. Enquanto 44% acreditam que a Argentina está no caminho certo, 42% a veem na direção errada.
Um dado significativo do estudo revela que 50% dos participantes enfrentam dificuldades para cobrir suas despesas, enquanto 41% têm dinheiro suficiente e 9% conseguem economizar.
No que diz respeito às preocupações, o aumento dos preços continua sendo a maior delas, com 4 em cada 10 pessoas apontando-o como o principal problema, e 6 em cada 10 mencionando algum tipo de questão econômica. Ademais, 72% acreditam que os preços aumentarão significativamente nos próximos três meses.
Por fim, no que tange à imagem dos líderes no âmbito do Kirchnerismo, o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, mantém-se como o mais bem avaliado, embora sua imagem positiva tenha caído para 34%, e a negativa tenha subido de 43% para 49%. Enquanto isso, Cristina Kirchner mantém números quase idênticos aos do mês anterior, com 25% de avaliação positiva e 57% negativa.
Fonte: Brasil 247 com Infobae