segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Casamento e apartamento novo: quem era o PM baleado por colega que se matou em viatura no DF

 

Yago Monteiro Fidelis. Foto: reprodução


Yago Monteiro Fidelis, o soldado de 1ª classe da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) que perdeu a vida no último domingo (14), vítima de um disparo na cabeça por parte de um sargento que, em seguida, tirou a própria vida dentro de uma viatura, era integrante da corporação desde 2021.

O incidente ocorreu pela manhã, no Recanto das Emas, e Yago foi levado em estado gravíssimo ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas infelizmente não resistiu, enfrentando seis paradas cardiorrespiratórias.

A viatura, no momento dos disparos, transportava três policiais, com o sargento na parte de trás disparando contra o soldado ao lado do motorista. Este último conseguiu escapar antes de ser atingido.

O PM que se suicidou foi identificado como o segundo-sargento Paulo Pereira de Souza. Além de Yago Monteiro, o motorista, segundo-sargento Diogo Carneiro dos Santos, estava presente.

Sargento Paulo Pereira de Souza. Foto: reprodução

O militar falecido havia acabado de adquirir um novo apartamento e planejava se casar, segundo informações da coluna Na Mira, do metrópoles.

Em um áudio, o motorista da viatura compartilhou detalhes sobre o ocorrido: “A gente passou a manhã toda, eu com o Yago, a gente conversando. Ele falando que comprou um apartamento, a gente olhando. Ele disse que ia casar. E o outro policial [Paulo Pereira] atrás ouvindo tudo que a gente tava conversando, mas depois aconteceu uma coisa dessa”.

Policiais, também consultados pela coluna Na Mira, do Metrópoles, afirmaram que o autor dos disparos tinha “problemas psicológicos”.
“É muito triste, entendeu? Se o cara tem um problema emocional ou psiquiátrico, tem que procurar os meios necessários. É difícil, eu não tenho o que falar, fico muito triste. […] Todo mundo que trabalhou com ele, inclusive o delegado que conhecia ele, ficou triste”, diz o outro policial em áudio.

Fonte: DCM com informações da coluna Na Mira, do Metrópoles

STF abre inquérito contra Moro sobre suposta fraude em delação

Sergio Moro. Foto: reprodução

 Após solicitações da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou a abertura de um inquérito na Corte contra Sergio Moro e procuradores envolvidos em um acordo de delação premiada considerado o “embrião” da Lava Jato, segundo informações do Blog da Daniela lima, do G1.

O ex-juiz, ao ser contatado, afirmou desconhecer a decisão e reiterou que não houve irregularidades no processo. O caso foi apresentado ao STF por Tony Garcia, ex-deputado estadual paranaense, que desempenhou um papel proeminente na política local nos primeiros anos de 2000. Garcia firmou um acordo de delação premiada com Moro, então chefe da 13ª vara federal.

O acordo previa que ele atuasse como um grampo ambulante para obter provas contra autoridades com foro de prerrogativa de função fora da jurisdição da Justiça Federal. Esses detalhes permaneceram em sigilo na 13ª vara de Curitiba por quase duas décadas e só foram encaminhados ao STF quando o juiz Eduardo Appio, hoje afastado da vara, tomou conhecimento de seu conteúdo.

Moro nega irregularidades, argumentando que na época a colaboração premiada não tinha a mesma regulamentação legal de hoje.

Sergio Moro. Foto: reprodução

Ele também refuta a alegação de ter obtido gravações de membros do Judiciário. Com a remessa ao Supremo, a PF e a PGR foram consultadas e Tony Garcia foi ouvido em três ocasiões pelos policiais em audiências por videoconferência no STF, repassando todos os autos do processo à PF.

A PF observou indícios de que “a colaboração premiada foi desvirtuada de forma a funcionar como instrumento de chantagem e manipulação probatória.”

Os investigadores destacaram a necessidade de avançar na apuração para verificar possíveis crimes de concussão, fraude processual, coação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Tanto a PF quanto a PGR mencionaram nominalmente a inclusão de Moro, sua esposa Rosângela Moro, e procuradores envolvidos no acordo de Tony e na Lava Jato como investigados. A autorização de abertura do inquérito e das diligências foi concedida por Toffoli em 19 de dezembro, e a decisão está sob sigilo.

Fonte: DCM com informações do blog da Daniela Lima, do G1

Justiça dá prazo de 15 dias para que Microsoft entregue dados de responsável por ofensas a Marielle Franco

 Segundo a companheira e a irmã da vereadora assassinada, a empresa já foi oficiada três vezes para apresentar as informações.

A 15ª Vara Cível do Rio fixou prazo de 15 dias para que a Microsoft forneça todos os dados pessoais e cadastrais que possua e possam contribuir para a identificação do usuário responsável pela publicação de conteúdos falsos contra Marielle Franco logo após o seu assassinato.


Em caso de descumprimento, a empresa pode ser alvo de busca e apreensão das informações, sem prejuízo de eventual configuração de crime de desobediência e arbitramento de multa diária, informa o colunista Ancelmo Gois, do GLOBO.


A decisão, assinada pelo juiz Luiz Otavio Barion Heckmaier, acolheu pedido feito pela irmã de Marielle, Anielle Franco, e pela companheira da vereadora, Mônica Benício. Segundo elas, a Microsoft, apesar de já ter sido oficiada três vezes para apresentar as informações de que dispõe, ainda resiste em cumprir a medida.


Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo

Site sobre democracia que governo lançou em 8/1 registrou 6 mil acessos em 4 dias

 Iniciativa do Ministério da Cultura, portal pretende dar subsídios para a construção do Museu da Democracia.

O site Repositório Digital para Construção do Museu da Democracia, lançado pelo governo Lula (PT) na segunda (8), na esteira das iniciativas que marcam um ano dos ataques golpistas de 8 de janeiro, registrou 6.766 acessos até a última sexta-feira (12).


Segundo o colunista Fábio Zanini, da Folha de S. Paulo, o portal é uma iniciativa do Ministério da Cultura e do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) e pretende dar subsídios para a construção do Museu da Democracia, que foi prometido pela ministra Margareth Menezes dois dias após a invasão das sedes dos três Poderes em Brasília.


O dia que o portal registrou maior acesso foi na própria segunda-feira, com 3.524 visitas.


O site também promove um portal crítico à Operação Lava Jato, com referências a “conluio”, “viés político” e “espetacularização” da operação que chegou a levar o presidente à prisão, numa seção que lista projetos de memória elaborados pela sociedade civil.


Há também uma seção dedicada ao 8/1, um espaço que reúne depoimentos de representantes de museus e pontos de memória sobre o tema democracia e um voltado à participação social.


Para acessar o site, basta clicar neste link.


Fonte: Agenda do Poder com informação do colunista Fàbio Zanini, da Folha de S. Paulo

Após meses de incerteza, presidente da Guatemala toma posse sob protestos e com quase 10 horas de atraso

 A situação criou receios de um possível “golpe de Estado”. Presidente eleito acusou “atores corruptos” de obstruírem sua posse.


O novo presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, tomou posse hoje (15), após meses de incerteza e com quase dez horas de atraso, devido a tentativas de suspensão do partido que apoia, por suspeita de irregularidades.


O chefe de Estado do país centro-americano, de 65 anos, acabou por tomar posse pouco depois da meia-noite (hora local), sob aplausos do público, no Teatro Nacional da Guatemala, sucedendo o conservador Alejandro Giammattei, que não esteve presente.


A posse de Arévalo, eleito em agosto, deveria ter começado às 15h desse domingo, mas a essa hora ainda havia um debate para decidir se os deputados do Movimento Semilla, partido com o qual o novo presidente venceu as eleições, deviam ser inscritos como independentes.


O Congresso acabou por revogar a suspensão do partido, com 93 dos 160 deputados votando a favor e permitindo aos 23 parlamentares do Semilla também tomar posse.


O atraso, que se seguiu a meses de incerteza, levou centenas de apoiadores de Arévalo, reunidos na Plaza de la Constitución, na Cidade da Guatemala, a furarem o cordão policial, concentrando-se em torno do edifício do Congresso em protesto.


A situação tinha criado receios de um possível “golpe de Estado”, como o próprio presidente eleito denunciava, acusando a procuradora-geral da Guatemala, Consuelo Porras, e “outros atores corruptos” de obstruírem a cerimônia de posse.


O Ministério Público e a Procuradora-Geral, incluída numa lista de figuras “corruptas” do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, conseguiram a suspensão provisória do partido do presidente eleito por suspeita de irregularidades no seu processo de criação, em 2017.


O Ministério Público também tentou anular as eleições e retirar a imunidade de Arévalo e o vice-presidente eleito, manobras severamente criticadas pelos Estados Unidos, a União Europeia (UE), a Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização dos Estados Americanos (OEA).


Bernardo Arévalo foi eleito em agosto com o compromisso de combater a corrupção endêmica na Guatemala, classificado em 150º lugar entre 180 países pela Transparência Internacional.


A solenidade de posse contou com a presença dos presidentes chileno, Gabriel Boric, e colombiano, Gustavo Petro, bem como do chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, e representantes dos Estados Unidos e do rei de Espanha, entre outros dirigentes estrangeiros.


Durante a espera de quase dez horas, Gomes Cravinho disse, por telefone à Lusa que acreditava que Arévalo tomaria posse ainda no domingo.


Filho do reformista Juan José Arévalo, primeiro presidente democraticamente eleito da Guatemala, em 1945, após décadas de ditadura, Arévalo sucede a Giammatei, criticado pelo apoio à procuradora-geral, e sob cujo mandato foram detidos ou forçados ao exílio vários procuradores que combatiam a corrupção.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Agência Brasil.

Após quase 40 anos de funcionamento, transações bancárias por DOC serão encerradas a partir desta segunda-feira

 Clientes têm preferido o Pix, por ser gratuito e instantâneo. Agendamento via DOC pode ser feito apenas até 29/2.

As transações por DOC (Documento de Ordem de Crédito) chegarão ao fim às 22h desta segunda-feira (15), após quase 40 anos de funcionamento. O encerramento da modalidade valerá tanto para pessoas físicas quanto para empresas.


O agendamento de um DOC deve ser feito até 29 de fevereiro. Após essa data, o sistema será encerrado em definitivo. Também serão descontinuadas as operações de TEC (Transferência Especial de Crédito), exclusiva para empresas pagarem benefícios a funcionários.


Preço, funcionamento limitado e pouco prático ajudou a antecipar o fim. Lançado em 1985 pelo Banco Central, o DOC permite transações com o valor máximo de R$ 4.999,99, assim como a TEC. As instituições bancárias cobram tarifas do usuário que podem chegar até R$ 22. O dinheiro cai na conta apenas no dia seguinte, mas o prazo pode ser superior a um dia útil caso a transferência tenha sido feita após às 22h.


O DOC perdeu espaço para meios de pagamento como o Pix. A Febraban aponta que as transações bancárias por DOC no primeiro semestre de 2023 totalizaram 18,3 milhões, disparada a menos utilizada no país. No total, a opção representa somente 0,05% dos 37 bilhões de operações feitas no período.


Até os cheques superam o DOC, com 125 milhões de transferências. Na sequência, figuram TED, a Transferência Eletrônica Disponível (448 milhões), boleto (2,09 bilhões), cartão de crédito (8,4 bilhões) e cartão de débito (8,4 bilhões). O Pix, lançado em 2020, lidera a preferência: 17,6 bilhões, quase metade do total.


A TED, que tem o mesmo objetivo do DOC, ainda vale. A diferença é que a TED não tem limite de valor para transferência, além de cair mais rápido na conta, se a operação for feita até o horário limite do banco para emissão da ordem de transferência, geralmente às 17h. Após esse horário, o dinheiro cai no próximo dia útil.


“Tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes e sua utilização vem caindo continuamente nos últimos anos. Os clientes têm dado preferência ao Pix, por ser gratuito, instantâneo e também pelo valor que pode ser transacionado”, disse Walter Faria, diretor adjunto de serviços da Febraban.


Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL.

Doença genética que altera colesterol aumenta em 20 vezes risco de problemas cardíacos

 Estudo da UFMG mostra que a hipercolesterolemia familiar é pouco conhecida e subdiagnosticada, afetando cerca de 1% dos brasileiros; doença aumenta risco de AVC e infarto

(Foto: Divulgação)

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein - Pessoas que desde a infância têm colesterol muito alto - principalmente o LDL-C, mais conhecido como ‘colesterol ruim’ e de difícil controle - podem sofrer de uma doença genética que é subnotificada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS): a hipercolesterolemia familiar (HF). Esses pacientes estão mais propensos a desenvolver enfermidades que atingem o coração e o cérebro, como infarto agudo do miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral (AVC), além de ter um risco 20 vezes maior de desenvolver doenças coronarianas do que a população em geral, segundo a Associação Americana do Coração (AHA).  

Estima-se que cerca de 85% dos homens e 50% das mulheres com HF poderão ter um evento coronariano antes dos 65 anos se não forem tratados precocemente. Um estudo brasileiro realizado por pesquisadores da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e publicado na revista Scientific Reports aponta que cerca de 1% da população brasileira tem a possibilidade de ter o problema, sendo que a maioria nem sabe que tem a doença. O percentual, de acordo com o estudo, é maior do que o estimado nos Estados Unidos (0,4%), na China (0,3%) e na França (0,85%).

“Esse resultado de 1% da população brasileira poder ter a hipercolesterolemia familiar nos chamou a atenção. Considerando que essa é uma doença genética, subdiagnosticada e que o Brasil tem uma extensão territorial imensa, acreditamos que esse número também pode ser subestimado”, explicou a enfermeira Ana Carolina Micheletti Gomide Nogueira de Sá, pós-doutoranda e autora da pesquisa. O estudo utilizou informações clínicas dos participantes como base, ou seja, se as questões genéticas também fossem avaliadas, talvez o número fosse ainda maior.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores usaram a base de dados de quase 9 mil adultos brasileiros que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), um inquérito populacional realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde. Entre 2014 e 2015, pela primeira vez, a PNS incluiu uma coleta laboratorial dos participantes. Na ocasião, entre outras análises, foi feito o perfil lipídico dos voluntários com avaliação dos níveis de colesterol total, LDL-C (o colesterol “ruim”) e HDL-C (colesterol “bom”). 

No estudo foram analisados os casos de pessoas com LDL acima de 190 mg/dl, índice de acordo com a escala da Dutch Lipidic Clinic (ter colesterol acima de 130 mg/dl já é alto).  Os autores investigaram também questões sociodemográficas, estilo de vida, presença de comorbidades como diabetes e hipertensão e alteração nos exames laboratoriais.

O estudo apontou também que os possíveis casos de HF foram mais frequentes em mulheres entre 45 e 59 anos, com pele branca, menor escolaridade e outras comorbidades associadas (como diabetes e hipertensão). “Diante disso, entendemos que outros estudos precisam ser feitos para aprofundar melhor este achado. Temos uma população amplamente miscigenada e há uma escassez de estudos nessa área”, explica a pesquisadora.

O que é a hipercolesterolemia familiar? - Segundo a cardiologista Fabiana Rached, do Hospital Israelita Albert Einstein, a hipercolesterolemia familiar é uma doença silenciosa, hereditária e que faz com que menos da metade do colesterol circulante  seja removido do sangue. Por ser de origem genética, ela é transmissível de geração para geração. 

“No caso da HF, o funcionamento dos receptores de LDL está prejudicado o que provoca a elevação dos níveis de LDL no sangue. Muito colesterol LDL estagna no sangue. Pessoas com HF geralmente apresentam níveis perigosamente elevados de colesterol LDL desde o nascimento. O risco de aterosclerose [acúmulo de placas de colesterol nas artérias] e, portanto, de infarto do miocárdio, AVC e doença arterial oclusiva periférica é muito elevado”, ressaltou.

Isso acontece porque os altos índices de colesterol vão se acumulando nas paredes dos vasos sanguíneos e formando placas de gordura que vão causar a aterosclerose,  doença crônica e um dos principais fatores de risco para infarto e AVC. Ela poderia ser evitada com a prescrição adequada de hipolipemiantes, como estatinas, ezetimiba e inibidores de PCSK-9. A estatina é a principal classe de medicamentos usada e amplamente disponível no Brasil e no Sistema Único de Saúde (SUS).  

“Pacientes que possuem colesterol LDL acima de 190 mg/dl possuem indicação de tratamento com as estatinas e com outros hipolipemiantes quando necessário. Os estudos apontam que o uso correto da medicação reduz em 76% o risco do desenvolvimento de doença cardiovascular prematura. Pessoas que possuem outros índices alterados, como colesterol total e triglicérides muito altos, além de pessoas com o HDL (colesterol bom) muito baixo, também poderiam se beneficiar com o tratamento”, sugere a pesquisadora.

Se não for descoberta e tratada, a hipercolesterolemia está associada à doença coronariana precoce e também à redução da expectativa de vida. As doenças do coração ainda são a principal causa de morte de homens e mulheres no Brasil e no mundo.

Diagnóstico precoce salva vidas - Segundo a Diretriz Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar, atualizada em 2021, cerca de 200 mil pessoas no mundo morrem todos os anos por ataques cardíacos precoces devido à hipercolesterolemia, os quais poderiam ser evitados com tratamentos apropriados. O documento ressalta que o diagnóstico precoce é fundamental, pois torna possível o início antecipado do uso de medicamentos que podem mudar a história natural da doença, minimizando o impacto da HF na doença cardiovascular.

A médica do Einstein diz que cerca de 90% dos pacientes com hipercolesterolemia não são diagnosticados e, por isso, não são tratados de forma apropriada. “O diagnóstico ainda é um desafio para a maioria dos países por não termos acesso aos dados populacionais referentes ao colesterol e perfil lipídico [exame que detecta a quantidade de LDL, ao histórico individual e familiar de doença cardiovascular por não termos acesso ao teste genético para todos”, explicou a cardiologista. 

A autora do estudo da UFMG ressalta ainda que, em 2018, a OMS lançou um chamamento internacional pedindo que os países conhecessem a dimensão do problema da hipercolesterolemia familiar em seus territórios. “Mesmo sendo uma doença com prevalência baixa, ela traz consequências muito sérias. O diagnóstico precoce com o tratamento adequado evitaria muitas complicações e mortes por doenças cardiovasculares ou cerebrovasculares”. A enfermeira espera que os resultados, que trazem dados exclusivamente brasileiros, possam ajudar a subsidiar decisões e políticas de saúde pública na prevenção da doença. 

“A HF desencadeia até 20 vezes mais distúrbios cardíacos e ocorre de 15 a 20 anos mais cedo do que na população em geral. Trata-se de uma doença frequente, que afeta um em cada dois indivíduos nas famílias portadoras, e o maior desafio está em realizar precocemente o diagnóstico. A falta de diagnóstico no Brasil e no mundo cria uma barreira para a prevenção eficaz de doença aterosclerótica prematura, afetando a qualidade de vida dessas pessoas”, completou a pesquisadora.

Fonte: Brasil 247 com publicação na revista Scientific Reports

PF identifica novas rotas do narcotráfico e operações miram recursos de grupos criminosos

 Novas rotas envolvem a utilização de portos do Nordeste e Sul, além de países próximos, como o Equador

(Foto: Divulgação/PF)

O aumento das operações de combate ao narcotráfico em diferentes regiões do Brasil tem levado a Polícia Federal (PF) a mapear novas rotas de envio de drogas para a Europa. Segundo a Folha de S. Paulo, as investigações revelaram mudanças significativas nas estratégias utilizadas por organizações criminosas, buscando evitar áreas de intensificação na fiscalização, como os portos da região sudeste do país.

Historicamente, o tráfico de entorpecentes no Brasil contava com duas rotas principais: a "Caipira," dominada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), e a rota na região Norte, sob domínio do Comando Vermelho. No entanto, recentes investigações da PF indicam a consolidação de novas rotas, algumas delas contornando o território brasileiro.

Duas dessas rotas agora envolvem países vizinhos, como o Equador, que passa por uma onda inédita de violência devido ao tráfico de drogas. O Coordenador-Geral de Repressão a Drogas, Armas e Facções Criminosas da PF, delegado Júlio Danilo Souza Ferreira, apontou para a aparente ilogicidade dessas novas rotas, que, embora mais longas, são escolhidas para evitar a crescente pressão e combate às facções no Brasil.

"Aumentamos a pressão aqui, e eles buscam novas rotas," afirma o delegado Júlio Danilo. Ele destaca o papel fundamental das investigações focadas nas lideranças e na descapitalização das organizações criminosas como estratégia para efetivamente combater o narcotráfico.

“Já em relação aos novos caminhos utilizados pelos criminosos dentro do país, o delegado cita como motivo da mudança, por exemplo, o aumento da fiscalização em alguns portos, como o de Santos, onde 100% dos contêineres passaram a ser escaneados. Nesse cenário, diz o delegado, portos da região Nordeste e da região Sul passaram a aparecer nas investigações como saída da droga com destino a Europa”, ressalta a reportagem.

O delegado Júlio Danilo enfatiza a importância de ir além da apreensão de drogas, direcionando os esforços para identificar e neutralizar as lideranças e desencadear a descapitalização das organizações criminosas. Nesta Linha, Júlio Danilo diz que a PF tem fortalecido os grupos de investigações sensíveis (os Gises) e as forças tarefas em conjunto com polícias estaduais (as Ficcos). Segundo dados da PF, esta abordagem resultou na apreensão de ao menos R$ 2 bilhões ligados a grupos criminosos, ante R$ 602 milhões em 2022.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Milhares de manifestantes tomam as ruas de Lisboa em solidariedade com o povo palestino

 Os manifestantes, que se concentraram em frente às embaixadas dos EUA e de Israel, exigiram um cessar-fogo imediato e a concretização de um Estado da Palestina

Manifestação de solidariedade ao povo palestino em Lisboa (Foto: José Pedro Faya)

José Pedro Faya, de Lisboa, 247 - Uma manifestação em solidariedade com o povo palestino reuniu milhares de pessoa em Lisboa neste domingo (14) para exigir um cessar-fogo imediato e a criação de um Estado da Palestina soberano e independente.

A manifestação, que teve início em frente à embaixada norte-americana e culminou na embaixada israelense, foi convocada pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP-IN), o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Oriente Médio (MPPM) e o Projeto Ruído – Associação Juvenil, aos quais se associaram diversas outras organizações. 

Os manifestantes denunciam o massacre perpetrado por Israel em Gaza, assim como a cumplicidade e apoio dos Estados Unidos às ações criminosas do Estado israelense. Os promotores da manifestação consideram inadmissíveis os vetos e votos contra dos EUA e de países europeus às exigências da ONU de um cessar-fogo imediato e permanente em Gaza. 

Os promotores da ação exigem que o Estado português reconheça o Estado da Palestina, como determinado nas resoluções das Nações Unidas, e sem condicionamentos externos. 

Os manifestantes realizaram ainda um minuto de silêncio pelos mais de 100 jornalistas mortos na Palestina desde outubro. Segundo a Al Jazeera, a guerra já deixou mais de 23.800 mortos em Gaza e 347 mortos na Cisjordânia desde o dia 7 de outubro do ano passado, para além de mais de 60 mil feridos e 7 mil desaparecidos.

Fonte: Brasil 247

Lewandowski diz que vai reprimir "uso de inteligência artificial para fraudar eleições" e cita crime contra o Estado de Direito

 Futuro ministro da Justiça afirmou que a Polícia Federal atuará em conjunto com o TSE para coibir o uso ilegal da tecnologia

Ricardo Lewandowski (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

Futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski já sinalizou estar atento para o papel da inteligência artificial nas eleições municipais de 2024. Ele afirmou que a Polícia Federal atuará em conjunto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para coibir 'fraudes' no pleito com uso da nova tecnologia.

Ele ainda disse que o uso ilegal da ferramenta pode caracterizar crime contra o Estado Democrático de Direito. "Nós vamos trabalhar em estreita colaboração com o TSE, especialmente por meio da Polícia Federal para prevenir e reprimir o uso da inteligência artificial para fraudar as eleições, o que pode, inclusive, configurar crime contra o Estado Democrático de Direito", disse, segundo relata Valdo Cruz, do g1.

Lewandowski já foi anunciado pelo presidente Lula (PT) como novo ministro da Justiça, mas só tomará posse em 1 de fevereiro. Ele será o sucessor do ainda ministro Flávio Dino, que deixará o comando da pasta para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Mercado reduz previsão para inflação e dólar em 2024, vê balança comercial mais alta

 Estimativa para a inflação deste ano é de 3,87% em 2024, contra projeção de alta de 3,90% do IPCA na semana anterior

Banco Central (Foto: Divulgação)

Reuters - O mercado reduziu suas expectativas para a inflação e o dólar neste ano, ao mesmo tempo que elevou a projeção para o resultado da balança comercial, mostrou a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.

Os analistas consultados passaram a ver uma inflação de 3,87% em 2024, contra projeção de alta de 3,90% do IPCA na semana anterior. Para 2025 e 2026 a conta para o avanço dos preços medido pelo IPCA segue em 3,50%.

O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou ainda que a expectativa para o dólar ao final deste ano caiu a 4,95 reais, contra 5,0 reais antes.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que o mercado passou a ver um resultado mais alto da balança comercial em 2024, de 75 bilhões de dólares contra 70,50 bilhões antes.

Para o Produto Interno Bruto (PIB) e a política monetária não houve alterações no cenário. A estimativa de crescimento este ano segue em 1,59%, e em 2,0% em 2025. Já a taxa básica de juros Selic continua sendo calculada em 9,0% ao final deste ano e em 8,50% para o ano que vem.

O Comitê de Política monetária do BC volta a se reunir em 30 e 31 de janeiro par deliberar sobre a política monetária, com expectativa de que a Selic, atualmente em 11,75%, seja novamente reduzida em 0,5 ponto percentual.

Fonte: Brasil 247 com Reuters


Cappelli rebate editorial e questiona 'o que busca' o Estadão: "defender os assassinos de Marielle?"

 Jornal publicou editorial em que ataca o presidente Lula, o Ministério da Justiça e a Polícia Federal pelo compromisso de finalizar as investigações sobre o assassinato de Marielle

Marielle Franco (Foto: Mídia NINJA)

 Estado de S. Paulo publicou nesta segunda-feira (15) editorial em que afirma estar ocorrendo uma "instrumentalização do caso Marielle – e, por extensão, da própria PF – pelo governo de Lula da Silva para fins políticos". "O governo de Lula da Silva está fazendo de tudo para caracterizar a entrada da Polícia Federal no caso Marielle como decisiva para que se encontrassem finalmente os mandantes do crime. Inventaram-se pretextos para que a PF pudesse participar das investigações, uma vez que o crime nada tem de federal, e agora o governo se jacta de estar bem perto de solucionar o caso", diz o texto ao criticar o presidente Lula (PT), o Ministério da Justiça e a Polícia Federal pelo compromisso de finalizar as investigações sobre o assassinato de Marielle.

O jornal ataca o governo por supostamente tentar "levantar a suspeita de que a polícia do Rio de Janeiro, comandada por um governo bolsonarista, teria feito corpo mole para chegar aos mandantes do crime". Fato é que desde 2018 as investigações estaduais sobre o crime mais emblemático dos últimos anos pouco avançaram. 

Secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli criticou duramente o editorial do jornal pelo X, antigo Twitter: "de forma envergonhada, este veículo ultrapassa todos os limites e insinua nulidades processuais. O que busca? Defender os assassinos de Marielle? Ataca a Polícia Federal com que intenção? Defender os assassinos de Marielle? Ninguém ficará impune".


Fonte: Brasil 247



Gleisi anuncia reabertura de fábrica de fertilizantes no Paraná

 A parlamentar reforçou que "o desgoverno Bolsonaro havia fechado" o empreendimento. "Foi pauta do nosso mandato e do governo do @LulaOficial reabrir a fábrica"

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), anunciou neste domingo (14) a reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen). A parlamentar reforçou que, há quatro anos, "o desgoverno Bolsonaro havia fechado" o empreendimento.

"Estamos mudando essa história. Foi pauta do nosso mandato e do governo do @LulaOficial reabrir a fábrica. E já está no nosso horizonte próximo a reabertura", escreveu a petista na rede social X.

De acordo com a presidente do PT, a fábrica "empregava centenas de funcionários e tinha um papel fundamental para a produção agrícola do Paraná". "Pouco tempo depois, com a guerra entre Rússia e Ucrânia, o preço dos insumos que produzíamos internamente ficaram cada vez mais caros", continuou.

"Graças à luta dos companheiros petroleiros e petroquímicos teremos de volta investimentos, empregos e a produção de insumos fundamentais para a nossa economia diretamente no Paraná", acrescentou.

Fonte: Brasil 247