domingo, 14 de janeiro de 2024

General ligado a Villas Bôas atuou em compra de software espião pelo Exército, diz o filho do general Santos Cruz

 Luiz Roberto Peret foi contratado pela Verint Systems

Villas Bôas (Foto: Marcos Oliveira)

Um dos conselheiros fundadores do Instituto General Villas Bôas, o general Luiz Roberto Peret atuou como intermediário da empresa Verint Systems para negociar com o Exército a compra de sistemas de inteligência, entre eles, o software First Mile. O uso da tecnologia pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é investigado.

A atuação de Peret foi relatada por Caio Santos Cruz, filho do general Santos Cruz. De acordo com informações publicadas neste sábado (13) pelo jornal Folha de S.Paulo, Peret foi contratado pela Verint Systems. Ele é general reformado do Exército. Ele se formou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em 1973, mesma turma de Villas Bôas.

Em depoimento, Caio Santos Cruz afirmou que Peret mantinha contatos de alto nível com os clientes da empresa. "[O general] foi contratado pela Suntech (Verint) para auxiliar nas negociações técnicas e comerciais de alto nível", disse Caio Santos Cruz. "[Ele] atuava nas tratativas com altos escalões, destacando que se trata de pessoa honesta". 

O contrato na gestão Villas Bôas com a Verint intermediado por Peret foi fechado em outubro de 2018 por US$ 10,8 milhões (R$ 52,7 milhões na cotação atual). O dinheiro usado para a compra dos sistemas estava no orçamento de R$ 1,2 bilhão destinado pelo governo Michel Temer (MDB) para a intervenção federal no estado do Rio de Janeiro. 

Caio Santos Cruz afirmou que a ferramenta foi vendida a outros órgãos públicos, e citou o antigo Departamento Penitenciário Nacional (Senappen - Secretaria Nacional de Políticas Penais), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Aeronáutica e a Marinha.

A Senappen e a PRF negaram o uso do First Mile. A Marinha afirmou que "desenvolve a referida atividade em conformidade com a Constituição Federal e com as normas constantes no ordenamento jurídico nacional". "No que tange às declarações do sr. Caio Cesar dos Santos Cruz, a MB não se pronuncia sobre inquéritos em andamento sob segredo de justiça", declarou.

A Aeronáutica também se negou a comentar o assunto e afirmou "que todas as atividades são desenvolvidas no estrito cumprimento de sua missão institucional e em conformidade com a Constituição Federal".

Fonte: Brasil 247 com informações publicadas na Folha de S. Paulo

Morre Edemar Cid Ferreira, fundador do Banco Santos

 O ex-banqueiro ficou famoso como colecionador de obras de arte e por uma mansão construída na capital paulista

Edemar Cid Ferreira (Foto: Reprodução (Youtube))

Fundador e antigo controlador do falido Banco Santos, Edemar Cid Ferreira morreu neste sábado (13), aos 80 anos, na cidade de São Paulo (SP). Ele tinha problemas no coração e faleceu dormindo. O ex-banqueiro ficou famoso como colecionador de obras de arte e pela mansão construída com dinheiro dele no bairro do Morumbi. Ele deixou a esposa e três filhos.

Em 2000, quando o Banco Santos sofreu intervenção do Banco Central, após um rombo de R$ 2,1 bilhões (valores da época) no caixa da companhia. O BC interveio na instituição após a informação de que a instituição de Cid Ferreira não cumpria normas como o recolhimento compulsório (parcela dos depósitos dos clientes que as instituições financeiras são obrigadas a recolher).

Promotores do Ministério Público Federal (MPF) denunciaram o empresário e outros 18 ex-dirigentes do Banco Santos por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e gestão fraudulenta. Em maio de 2006, o ex-banqueiro ficou preso por 89 dias.

Fonte: Brasil 247

Nélio Machado: PF tem indícios suficientes para avançar para uma eventual ação penal contra Bolsonaro

 Para o criminalista, não há como "afastar a presença de pessoas fardadas" e de "pessoas ligadas ao governo federal" na tentativa de golpe de 8 de janeiro.

Nélio Machado, Mauro Cid e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | REUTERS | Divulgação/Polícia Federal)

O advogado criminalista Nélio Machado participou do programa Brasil Agora, da TV 247, e comentou os atos que marcaram um ano da intentona golpista de 8 de janeiro. Para ele, as investigações dos atos golpistas chegarão aos que planejaram e financiaram a tentativa golpista. "Toda a ambiência que permeia esse quadro não há como se afastar a presença de pessoas fardadas não legalistas. A presença de pessoas ligadas ao governo federal, a aquiescência com aquele acampamento e os episódios que antecederam a posse do presidente da República. O episódio do dia da diplomação e no dia 24 também - uma bomba", disse.

O criminalista adverte que é preciso ir mais fundo na investigação e elogia o empenho da Polícia Federal, reforçando que há indícios suficientes para avançar para uma eventual ação penal contra Jair Bolsonaro. "Acho que houve uma progressão geométrica e aí talvez com ingenuidade ou com a euforia de novos tempos e talvez não se tenha dado conta, mas não seria possível também que o governo de então estivesse orquestrado nesse contexto. O presidente da República anterior não passou a faixa para o presidente eleito e o próprio secretário de segurança de Brasília estava na Flórida numa villegiatura quando na verdade era o seu dever viabilizar o bloqueio da Esplanada dos Ministérios", destacou.

Para ele, "é claro que isso foi orquestrado, planejado, financiado com pretensões de ruptura institucional com a finalidade de derrubar o governo efetivamente eleito".

Segundo Machado, o ato Democracia Inabalável, convocado pelo presidente Lula e realizado no dia que marcou um ano da intentona golpista, reforça que não pode haver anistia. "O que se pretendeu foi tirá-lo [Lula] do Poder a fórceps com uma ação que efetivamente demanda que se vá mais longe porque é evidente que não são essas pessoas que estão processadas as principais responsáveis por tudo que se passou. A democracia não é o apaziguamento, não é o perdão, não é o esquecimento. Ao contrário, esse assunto tem que ficar vivo na memória de todos", enfatizou Machado, que foi defensor de presos políticos na ditadura militar.

Na visão de Machado, a presença de pessoas fardadas não legalistas e ligadas ao governo federal no acampamento não pode ser ignorada. Ele destaca os episódios que antecederam a posse do presidente, incluindo a bomba no aeroporto de Brasília e a invasão da Polícia Federal. O criminalista aponta para uma possível progressão geométrica dos eventos e destaca a importância de se considerar o contexto político na época. Ele critica a ausência de ações do governo para bloquear a Esplanada dos Ministérios e encerra ressaltando a necessidade de manter viva a memória desses eventos na sociedade brasileira.

Fonte: Brasil 247

Pedidos via Lei de Acesso à Informação registram um acréscimo de quase 20% em 2023

 O órgão mais requisitado foi o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)

Presidente Lula e o presidente do TCU, Bruno Dantas, durante a abertura do seminário Transparência e Acesso à Informação: Desafios para uma Nova Década (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Durante o primeiro ano do governo do presidente Lula, em 2023, foi registrado um aumento de 20% nos pedidos através da Lei de Acesso à Informação (LAI). 

No total, foram realizadas 131.505 requisições, em comparação com 2022, quando foram somados 110.402 pedidos. Segundo informação publicada pelo Estadão, o órgão que obteve o maior número de pedidos através da LAI foi o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), liderando o ranking pelo segundo ano consecutivo. 

Somente no ano de 2023, foram realizadas 9.891 solicitações ao instituto. Já no ano anterior, o montante foi de 12.144.

Fonte: Brasil 247 com informações do Estadão

Brasil quer pautar agenda internacional com o combate às desigualdades

 Presidência do G20 é oportunidade de defender multilateralismo, diz o embaixador Maurício Lyrio

Embaixador Maurício Lyrio (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

Pela primeira vez na história, o Brasil ocupa a presidência temporária do G20 - um fórum de cooperação internacional que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e a União Africana. 

O mandato brasileiro, iniciado em 1º de dezembro do ano passado, terá duração de um ano e se encerrará em 30 de novembro. Nesse período, o Brasil organizará mais de uma centena reuniões de grupos de trabalho e cerca de 20 reuniões ministeriais. À frente e nos bastidores de alguns desses eventos estará o embaixador de Maurício Lyrio, que ocupa a função de “Sherpa do Brasil para o G20“. 

Originalmente, o termo sherpa designa o nome de um povo que guia alpinistas nas montanhas do Himalaia, no Sudeste asiático - uma região composta por territórios da China, do Tibete, da Índia, do Paquistão, Butão e Nepal. Na diplomacia, sherpa designa os articuladores e negociadores em cúpulas de chefes de Estado e governo, como a que ocorrerá entre os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

Para o embaixador, a presidência do Brasil no G20 cria oportunidades para “associar as agendas da inclusão social e da sustentabilidade ambiental ao imperativo do desenvolvimento econômico.” Por escrito, Maurício Lyrio concedeu entrevista à Agência Brasil.

Agência Brasil - O presidente Lula tem dito que a presidência do Brasil no G20 talvez seja a oportunidade mais importante do país no cenário internacional. Qual é a relevância do Brasil presidir o grupo neste ano? O que o país pode conseguir com essa presidência?

Maurício Lyrio - Na reunião da Comissão Nacional do G20, o Presidente Lula foi muito claro: o G20 é uma prioridade de todo o governo. Não tenho dúvidas de que a presidência do G20 é uma das principais oportunidades que o Brasil tem de apresentar ao mundo os seus vários atributos e, ao mesmo tempo, comunicar suas prioridades de políticas públicas e relações exteriores. Teremos mais de 100 reuniões no Brasil, distribuídas em 15 cidades. Em 2024, com o G20, o Brasil consolida sua volta ao centro da agenda internacional. Buscaremos associar as agendas da inclusão social e da sustentabilidade ambiental ao imperativo do desenvolvimento econômico. Em particular, com o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, o Brasil procura trazer o tema do combate às desigualdades para o centro da agenda internacional. 

Agência Brasil - Entre as agendas prioritárias definidas pelo Brasil no G20 está a reforma da governança global. Como fazer essa agenda avançar no G20? Afinal, espera-se que tal reforma reduza o poder das atuais potências nos fóruns multilaterais, o que deve gerar resistências a mudanças.

Maurício Lyrio - Uma das prioridades da presidência brasileira do G20 é o revigoramento do multilateralismo e a promoção da reforma das instituições de governança global. Muitas das organizações internacionais foram concebidas na década de 1940, refletindo uma realidade que não existe mais. À medida que o sistema internacional evolui para uma configuração mais multipolar, é essencial que essas instituições atualizem suas estruturas, para melhor representar seus membros e entregar resultados concretos. A presidência brasileira do G20 adota como premissa que apenas com um sistema multilateral revigorado será possível alcançar a paz, a estabilidade e o desenvolvimento sustentável inclusivo. 

Como mencionou o Presidente Lula no G7, em maio de 2023, não faz sentido apelar aos países em desenvolvimento para que contribuam para a resolução das crises de hoje sem que as suas preocupações sejam discutidas e sem que estejam adequadamente representados nos órgãos internacionais.

Agência Brasil - Outra prioridade é a agenda do desenvolvimento sustável por meio das três dimensões (social, econômica e ambiental). Como o G20 deve atuar nesse tema e qual será a proposta do Brasil?

Maurício Lyrio - O G20 tem um papel importante na mobilização de recursos para enfrentar os desafios globais no campo da sustentabilidade. O desenvolvimento econômico sustentável visa, além do crescimento, a garantia de que não ocorra às custas das gerações futuras. Políticas econômicas sustentáveis priorizam a criação de empregos, inovação e investimento em setores que promovem a prosperidade a longo prazo, reduzem as desigualdades e preservam o meio ambiente. É isso que está por trás do chamado "desenvolvimento sustentável em três pilares" (social, econômico e ambiental). 

No campo da mudança do clima, a presidência brasileira do G20 criou uma Força-Tarefa para a Mobilização Global contra as Mudanças Climáticas, com o objetivo de reforçar a resposta coordenada do G20 à mudança do clima. A ideia é reforçar o papel dos planos nacionais de transformação ecológica e dar fôlego ao envolvimento do setor financeiro na ação climática.

Agência Brasil - As guerras na Ucrânia e no Oriente Médio somadas as crescentes tensões ao redor do mundo, como a disputa comercial/tecnológica entre China e Estados Unidos e os golpes militares na África, parecem mostrar um mundo em crescente fragmentação e conflagração. Nesse contexto, como fazer com que o G20 tenha eficiência em coordenar respostas aos desafios globais?

Maurício Lyrio - De forma realista, não se pode esperar que o G20 esteja totalmente imune a conflitos e rivalidades internacionais. Assim, é ainda mais importante que o Brasil defenda o revigoramento do multilateralismo e a reforma dos organismos multilaterais. Precisamos que o sistema multilateral seja capaz, por meio do diálogo e da negociação, de dar respostas aos conflitos e desafios mencionados em sua questão. Por isso, o Brasil defende a reforma das instituições internacionais – para que esses órgãos sejam mais representativos e eficazes na busca da paz e do desenvolvimento.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Lula passa por exames de rotina em São Paulo sem apresentar alterações, diz hospital

 Lula passou em setembro por uma cirurgia no quadril tratar uma artrose que lhe causava bastante dor. Na ocasião foi colocada uma prótese no local

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou neste sábado por exames de rotina no Hospital Sírio-Libanês, região central de São Paulo, e os resultados não mostraram alterações no estado de saúde do presidente de 78 anos, informou o hospital em boletim médico.

"O paciente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo para realização de exames de rotina, que não mostraram alterações", afirma o boletim.

Lula passou em setembro por uma cirurgia no quadril tratar uma artrose que lhe causava bastante dor. Na ocasião foi colocada uma prótese no local. Após a cirurgia, o presidente afirmou que havia se livrado das dores e chegou a brincar que estava apto a ser convocado para a seleção brasileira de futebol.

Na ocasião da cirurgia no quadril, Lula também passou por um procedimento nas pálpebras -- uma blefaroplastia.

Em outubro de 2011, Lula foi diagnosticado com um câncer na laringe, que tratou com sessões de quimioterapia e radioterapia. Exames realizados em 2022 mostraram "completa remissão da doença", segundo boletim médico divulgado pelo Sírio-Libanês à época.

Em novembro de 2022, após vencer o então presidente Jair Bolsonaro para conquistar um terceiro mandato na Presidência da República, Lula foi internado para retirar uma leucoplasia, uma lesão na corda vocal, e na ocasião o procedimento mostrou ausência de tumor na região.

Fonte: Brasil 247 com Reuters


Governo Lula reabre Palácio do Planalto para visitações do público

 O programa de visitação é uma iniciativa da Presidência da República para aproximar a população da sede do poder executivo federal

(Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

A partir deste domingo, 14 de janeiro, o Palácio do Planalto abrirá suas portas novamente para o público em geral. A visitação, que se estenderá do térreo ao subsolo, agora transformado em um novo espaço de exposições, poderá ser agendada de forma gratuita através do site visitapr.presidencia.gov.br. Os grupos de até 30 pessoas serão conduzidos por um roteiro que percorre o edifício, permitindo uma experiência de aproximadamente uma hora. O horário de visitação é das 9h às 14h, com o último grupo ingressando às 13h. Crianças com até 10 anos não necessitam de agendamento.

O Programa de Visitação é uma iniciativa da Presidência da República para aproximar a população da sede do poder executivo federal. Além de proporcionar uma experiência única ao público externo, a visita também busca promover uma maior compreensão da missão institucional da Presidência. O Palácio do Planalto, situado na Praça dos Três Poderes em Brasília, foi inaugurado em 21 de abril de 1960, marcando um marco na história do país ao simbolizar a transferência da capital federal para o centro do Brasil. O edifício abriga o Gabinete da Presidência da República e ministérios estratégicos, sendo palco das principais agendas oficiais, reuniões ministeriais, lançamentos e anúncios de novos programas e projetos do Governo Federal.

A organização das visitas fica a cargo da Secretaria de Administração da Secretaria-Executiva da Casa Civil da Presidência da República, por meio da Coordenação-Geral de Relações Públicas (Corep). Para mais informações ou agendamentos, os interessados podem entrar em contato pelo telefone (61) 3411-2317 (Corep) ou através do e-mail corep@presidencia.gov.br. 

Fonte: Brasil 247

Agentes penitenciários e funcionários reféns são soltos no Equador

 O presidente equatoriano, Daniel Noboa, anunciou a libertação dos 169 réfs após uma série de revoltas em sete prisões do país

(Foto: EFE/Robert Puglla)

O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou neste domingo (14), a libertação de 169 agentes penitenciários que haviam sido detidos em sete prisões equatorianas durante as recentes revoltas no país. O presidente elogiou o trabalho das Forças Armadas, da Polícia e do corpo diretivo das prisões, assim como os ministros do setor de segurança, por conseguirem resgatar os membros da segurança e da equipe administrativa. 

O Serviço Nacional de Atenção Integral a Adultos Carentes (SNAI), responsável pelo controle das prisões, havia informado anteriormente que 178 agentes penitenciários estavam detidos, com oito libertados no dia anterior e 169 neste sábado, 13. Um agente faleceu no sábado devido a um "confronto armado" entre as forças de segurança e detentos. 

A incerteza cresceu com a divulgação de vídeos que mostravam guardas sendo ameaçados por detentos, obrigados a lerem mensagens exigindo que o governo não transferisse os prisioneiros para outras instalações, sob ameaça de atentado contra suas vidas, como informado pelo Estado de São Paulo

A onda de violência intensificou-se com o desaparecimento do traficante Adolfo Macias, conhecido como Fito, no último domingo. Macias, líder do Los Choneros, uma gangue associada ao cartel de Sinaloa, responsável pelo tráfico de drogas da rota do Pacífico, é acusado de diversos crimes. 

O estado de emergência resultou em 1.105 prisões, incluindo 94 por "terrorismo", e cinco indivíduos classificados como "terroristas" foram mortos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Sônia Guajajara participará do desfile da Salgueiro

 Com o tema enredo honrando o povo Yanomami, a presença da ministra dos Povos Indígenas será um dos destaques da escola de samba

Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara (Foto: Estevam Rafael/Audiovisual/PR)

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, aceitou o convite para participar do desfile da escola de samba Salgueiro no Carnaval do Rio, em fevereiro. Sua presença está sendo destacada como um dos pontos principais do enredo "Hutukara", escolhido pela agremiação para homenagear o povo Yanomami e exigir o fim da crise que ameaça a sobrevivência dos indígenas na região desde o governo Bolsonaro.

A escola de samba carioca planeja receber a ministra em dois ensaios, o primeiro em 20 de fevereiro na quadra da escola e o segundo em 21 de fevereiro no Sambódromo, como informado pelo Globo.

Essas datas coincidem com os eventos que destacaram a situação de emergência de saúde pública declarada pelo governo petista na terra Yanomami, completando um ano nesse dia. Apesar das medidas de ajuda ao longo desse período, problemas como o garimpo, desnutrição e malária ainda persistem na região.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Rússia entra no grupo dos cinco países que mais exportam para o Brasil

 No ano de 2023, o Brasil registrou um aumento significativo nas importações de produtos russos, atingindo um recorde de US$ 10 bilhões

Lula e Vladimir Putin (Foto: Ricardo Stuckert | Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin)

A Rússia conquistou a quinta posição entre os países que mais exportam mercadorias para o Brasil, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisados pela Sputnik. No ano de 2023, o Brasil registrou um aumento significativo nas importações de produtos russos, atingindo um recorde de US$ 10 bilhões (R$ 48,55 bilhões), representando um incremento de 27%.

A liderança no ranking de exportadores para o Brasil permanece nas mãos da China, que, mesmo com uma queda de 12,5%, mantém-se como o principal fornecedor, com remessas no valor de US$ 53,2 bilhões (R$ 258,28 bilhões). Os Estados Unidos, apesar de uma redução de 25% nas importações em 2023, continuam como o segundo maior exportador para o Brasil, totalizando US$ 38 bilhões (R$ 184,48 bilhões).

A Alemanha ascendeu da quarta para a terceira posição, com um aumento de cerca de 3%, alcançando US$ 13,1 bilhões (R$ 63,6 bilhões) em exportações para o Brasil. A Argentina, por sua vez, ocupou o quarto lugar, mesmo com uma queda de 8% nas exportações, totalizando US$ 12 bilhões (R$ 58,26 bilhões).

Além da Rússia, a Índia, com uma diminuição de 22%, registrou US$ 6,9 bilhões (R$ 33,5 bilhões) em exportações para o Brasil. A Itália teve um aumento de 5%, atingindo US$ 5,9 bilhões (R$ 28,64 bilhões), seguida pelo México, com um incremento de 5% e exportações de US$ 5,54 bilhões (R$ 26,9 bilhões). França e Japão também se destacam entre os dez maiores exportadores para o Brasil.

No geral, as importações de mercadorias pelo Brasil tiveram uma redução de 12%, totalizando US$ 240,8 bilhões (R$ 1,17 trilhão), enquanto as exportações aumentaram em 2%, alcançando US$ 339,7 bilhões (R$ 1,65 trilhão) em 2023. Como resultado, o superávit comercial brasileiro atingiu um recorde de US$ 98,9 bilhões (R$ 480,14 bilhões).

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Djokovic supera jovem de 18 anos em batalha de quatro horas na estreia no Australian Open

 Diante do prodígio croata Dino Prizmic, de apenas 18 anos, Djokovic assegurou a vitória por 6-2, 6-7(5), 6-3 e 6-4

Novak Djokovic (Foto: Reuters)

No início de sua busca pelo 11º título no Australian Open, Novak Djokovic, número 1 do mundo, enfrentou uma partida desafiadora neste domingo (14). O sérvio de 36 anos teve que trabalhar arduamente para garantir sua vaga na segunda rodada do Grand Slam de Melbourne. Diante do prodígio croata Dino Prizmic, de apenas 18 anos, Djokovic assegurou a vitória por 6-2, 6-7(5), 6-3 e 6-4, em uma batalha que se estendeu por mais de quatro horas. Apesar da resistência de Prizmic, Djokovic mostrou sua experiência e avança na competição.

O confronto entre Djokovic e Prizmic foi marcado por momentos de tensão, especialmente quando o jovem croata conquistou uma vantagem no terceiro set. No entanto, o sérvio conseguiu reverter a situação, garantindo sua presença na próxima fase do torneio. Agora, Djokovic aguarda para enfrentar o vencedor do duelo totalmente australiano entre Marc Polmans e Alexei Popyrin, na segunda rodada agendada para quarta-feira (17).

Fonte: Brasil 247

Guerra não trará paz ao Mar Vermelho, aponta Global Times

 Editorial do jornal chinês responsabiliza os Estados Unidos pela tensão no Oriente Médio

Houthis iemenitas apreendem navio Israelense no Mar Vermelho (Foto: Reprodução X)

Editorial do Global Times – Caças dos EUA e do Reino Unido lançaram ataques contra múltiplos alvos na capital do Iêmen, Sanaa, na cidade ocidental do Mar Vermelho de Al Hudaydah e na província setentrional de Saada na sexta-feira, horário local. A situação no Mar Vermelho experimentou uma nova rodada de tensões aumentadas e corre o risco de escalada adicional.

Os ataques aéreos ocorreram exatamente um dia após o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovar uma resolução sobre a situação no Mar Vermelho, dando a impressão de que a resolução da ONU deu luz verde para as ações dos EUA e do Reino Unido. Deve ser destacado que isso é uma ilusão. Os EUA e o Reino Unido podem ter criado e fortalecido deliberadamente essa ilusão, mas está longe da verdade. A resolução foi proposta pelos EUA e pelo Japão, sendo aprovada com 11 votos a favor, nenhum contra e quatro abstenções. Ela exigia que "os houthis cessem imediatamente todos esses ataques, que impedem o comércio global e minam os direitos e liberdades de navegação, bem como a paz e a segurança regionais." Rússia, China, Argélia e Moçambique se abstiveram da votação.

O Mar Vermelho é um canal internacional importante para o comércio de bens e energia, e sua estabilidade está relacionada aos interesses comuns da comunidade internacional. A China enfatizou que "nenhum país deve interpretar erroneamente ou abusar das disposições relevantes desta resolução para criar novas tensões no Mar Vermelho." Inesperadamente, o que a China temia tornou-se realidade no dia seguinte. Após o ataque, alguns aliados dos EUA no Oriente Médio, incluindo Jordânia e Omã, expressaram preocupação de que a situação possa sair de controle. O vizinho do Iêmen, a Arábia Saudita, também pediu para evitar a escalada da situação. Há também muita oposição nos EUA. Nabeel Khoury, ex-vice-chefe de missão na embaixada dos EUA no Iêmen, disse no X (anteriormente Twitter): "A campanha de bombardeio dos EUA/Reino Unido no Iêmen é outro fracasso da diplomacia de Biden."

A situação atual na região é grave. Um cessar-fogo entre Palestina e Israel ainda não foi alcançado, e o conflito transbordante no Mar Vermelho está se intensificando e se expandindo. O Comitê Político Supremo das forças armadas houthis do Iêmen afirmou que todos os "interesses" dos EUA e do Reino Unido agora são "alvos legítimos". Retaliação e assédio contra os EUA e o Reino Unido iniciarão outro ciclo de ataques, e vários conflitos transbordantes são possíveis. Em resumo, a possibilidade de a situação se deteriorar aumentou e se aprofundou, e esse resultado requer que todas as partes façam o melhor para evitá-lo.

É preciso dizer que o desenvolvimento da situação até este ponto foi tanto acidental quanto inevitável. São os EUA que empurraram a situação para o estágio atual passo a passo, de acordo com seu próprio estilo e lógica comportamental. A postura distorcida dos EUA no conflito palestino-israelense levou a um conflito prolongado e causou transbordamentos. Ao lidar com questões do Oriente Médio, que estão entrelaçadas com contradições e têm latitudes históricas complexas, a estratégia dos EUA é insensata, até mesmo rude.

Os meios militares ainda são o método mais familiar, preferido e conveniente para os EUA. Eles foram usados no Iraque, Afeganistão, Líbia e Síria e agora contra as forças armadas houthis no Iêmen. Os EUA tornaram-se bastante dependentes disso. Muitas lições sangrentas nos ensinaram que a força como meio principal não pode resolver o problema, mas sim piora a situação e a complica ainda mais. No final, temos que retornar ao caminho do acordo político. O mesmo vale para o conflito palestino-israelense. A China enfatizou repetidamente a urgência de alcançar um cessar-fogo imediato em Gaza, sendo a condição primordial para tudo o mais e uma prioridade máxima para os esforços diplomáticos internacionais.

Seja a atual crise no Mar Vermelho ou o conflito prolongado em Gaza, a solução real para o problema sempre foi clara, que é implementar imediatamente um cessar-fogo em Gaza. Mas, para essa demanda central, os EUA atualmente não têm coragem para tomar ação de apoio. O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, fez quatro viagens ao Oriente Médio em três meses. Ele fez tantas viagens, mas não consegue sequer pronunciar a palavra "cessar-fogo imediato". Se Washington continuar nesse caminho, não resolverá o problema do Oriente Médio, mas se tornará um promotor ativo da proliferação de riscos.

Autoridades de defesa dos EUA afirmaram que o ataque tinha a intenção de equilibrar a situação, pressionando os houthis a interromperem seus ataques sem provocar mais conflitos na região volátil. "Equilibrar a situação" pode ser considerado um progresso no pensamento dos EUA, mas isso pode ser alcançado por meio da força? Isso pode restaurar a paz no Mar Vermelho? A resposta é, obviamente, não.

Fonte: Brasil 247

Milhares de manifestantes marcham em Washington exigindo cessar-fogo em Gaza

O protesto é considerado o maior no país desde o início dos ataques em 7 de outubro

(Foto: Reprodução X/Dimitri Lascaris)

Milhares de manifestantes desceram sobre Washington DC neste sábado (13) demandando o cessar-fogo permanente e imediato em Gaza, além de protestarem contra a ajuda financeira e armamentista dos Estados Unidos a Israel, como informado pelo The Guardian.

O protesto ganhou o nome de ‘Washington por Gaza’, sendo promovido como a maior manifestação pró-palestina no país desde o início dos ataques de 7 de outubro. Organizado pelo American Muslim Task Force for Palestine e grupos afiliados, o propósito da marcha era chamar a atenção para os crimes contra a humanidade cometidos pelo Estado de Israel.

O Conselho de Relações Islâmico-Americanas, afirmou que foi enviada uma carta à Casa Branca pedindo ao presidente que assegurasse um "cessar-fogo completo", a libertação de todos os reféns em Gaza e prisioneiros políticos em Israel, além do término do apoio financeiro e diplomático incondicional estadunidense ao governo israelense. A carta também pediu que os oficiais israelenses fossem "responsabilizados pelo genocídio em Gaza".

Entre os que falaram para a multidão em Washington, por videoconferência, estava o jornalista da Al Jazeera, Wael al-Dahdouh, cuja esposa, filha, dois filhos e um neto foram mortos por ataques aéreos israelenses. Também falaram os candidatos presidenciais dos Estados Unidos Cornel West e Jill Stein, bem como a filha de Malcom X, Ilyasah Shabazz.

Fonte: Brasil 247 com informações do The Guardian

Neuroblastoma: famílias compartilham dificuldades no acesso a remédios

 Governo precisa ser demandado para incorporar remédio ao SUS

(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Por Mariana Tokarnia (Agêcia Brasil) - Em 2020, Giovana Basso, aos 6 anos na época, recebeu o diagnóstico de neuroblastoma em estágio 4, de alto risco. Começou, então, uma luta contra esse tipo de câncer, cujos medicamentos são recentes e estão entre os mais caros do mundo. A história dela chegou até a indústria farmacêutica internacional e, com o próprio tratamento, Gigi abriu portas, ajudando a trazer o medicamento naxitamabe para o Brasil. A aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) viria após o período em que ela fez uso da medicação, apenas em 2023.  

Giovana já havia passado por cirurgias e tratamentos. A família buscava novas soluções quando encontrou o medicamento recém aprovado pela agência de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA), o naxitamabe. Vendido sob o nome Danyelza®, o medicamento é utilizado no Centro de Câncer Memorial Sloan Kettering (MSKCC), um renomado hospital oncológico de Nova York. O custo, no entanto, supera o valor de R$ 1 milhão.  

O pai de Giovana, o engenheiro civil Vinícius Basso, prontamente buscou informações sobre o tratamento e, na página da empresa Y-mAbs, que o produz, encontrou informações também sobre o seu fundador, Thomas Gad, presidente e chefe de desenvolvimento e estratégia de negócios. Gad fundou a Y-mAbs, depois de anos procurando uma opção eficaz para o tratamento da própria filha, que também tinha neuroblastoma. “Desde então, Gad pretende ajudar outros pacientes e familiares a terem acesso aos mesmos produtos”, diz a página da empresa.  

Basso, entrou em contato com Gad e contou a história de Gigi: “Ele dizia que queriam que todos os pacientes tivessem acesso igual a filha dele teve e eu falei, ‘Olha, você não está conseguindo cumprir seu objetivo. Sou uma pessoa que não é pobre e não é rica também e eu não consigo comprar seu remédio”, conta. Ele explicou também a situação econômica do Brasil e como remédios como esse são inacessíveis para a população.  

“Nisso, ele pediu para a equipe ligar para a médica [no Brasil] e fizeram a doação de uso compassivo”, diz e acrescenta, “a partir daí, ele contratou uma empresa para entrar com processo de aprovação no Brasil”. Segundo Basso, Giovana foi a primeira paciente da América Latina a receber ser tratada com o Danyelza®.   

Devido ao nível de gravidade, Giovana faleceu em 2022, com 8 anos. No último post do Instagram, onde a família contava o dia a dia de Gigi e trazia informações sobre o tratamento do neuroblastoma, o pai conta que logo no início do tratamento, ela disse que estava com “saudade do céu”. “Não quer dizer que não dói, dói muito, mas ainda assim só temos o que agradecer, e hoje agradecemos que nossa filha está no melhor lugar do mundo”, diz o texto.

Luta de muitos  

A campanha para arrecadar recursos para o tratamento de Pedro, filho do indigenista Bruno Pereira, assassinado em 2022, lançou luz sobre uma luta contra o neuroblastoma, que é também de muitas outras famílias no Brasil. Medicações usadas no tratamento, como o naxitamabe (Danyelza®) e o betadinutuximabe, conhecido pelo nome Qarziba, não são ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). São também medicações recentes, o Qarziba foi aprovado pela Anvisa em 2021. As famílias que não têm condições de comprá-los precisam obtê-los via plano de saúde - caso tenham, e, mesmo assim, muitas vezes têm o pedido negado -, ou por vias judiciais, obtendo decisões que obrigam os planos ou a União a adquiri-los.  

Muitas famílias recorrem também a vaquinhas para conseguir os recursos para os medicamentos que precisam ser importados. Foi o que fez a mãe de Pedro, a antropóloga e diretora do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Beatriz Matos. A campanha acabou lançando luz não apenas sobre o caso, mas sobre a doença e sobre a incidência dela no país. A meta proposta foi atingida e a família terá dinheiro para comprar as medicações. “O caso do Pedro, a gente fica triste de ver mais uma criança, mas, por outro lado, ele ganha uma força de alcance de mídia. Pelo menos a gente está ganhando força para brigar pelas crianças que anda precisam”, enfatiza Vinícius Basso.  

Júlia Motta, 15 anos, filha da farmacêutica Taiane Backes Motta Medeiros, luta contra o câncer pela terceira vez. O primeiro diagnóstico veio há oito anos. A família saiu de Cascavel (PR), onde morava, para São Paulo, onde ela recebeu o tratamento que precisava. Taiane teve boas respostas e foi curada, mas o câncer reincidiu mais duas vezes. Ela também precisou do Qarziba e agora a indicação é o naxitamabe.   

Assim como no caso de Pedro, foi por meio de vaquinhas, doações e de processos judiciais que a família conseguiu os medicamentos. A mãe diz que espera que todas essas lutas abram caminhos para que outras famílias possam ter acesso mais facilmente aos medicamentos. “Se a história da minha filha puder ajudar outras crianças a conseguirem tudo isso de uma forma mais tranquila do que foi para nós, eu já vou estar muito feliz e muito realizada, porque é muito difícil ir para uma rede social pedir ajuda, pedir dinheiro para as pessoas, para tentar dar uma chance de vida para o seu filho. Se o um pai e uma mãe puderem só acompanhar seu filho - porque já é um processo muito difícil você estar vendo seu filho fazer todos esses tratamentos – Se puderem apenas fazer isso, seria muito menos traumatizante”, diz Taiane Medeiros.  

Neuroblastoma

O neuroblastoma é o terceiro tipo de câncer mais recorrente entre crianças, depois da leucemia e de tumores cerebrais. É o tumor sólido extracraniano mais comum entre a população pediátrica, representando 8% a 10% de todos os tumores infantis. 

O tratamento varia de acordo com o risco apresentado para cada paciente. Para aqueles com baixo risco ou intermediário, são necessárias cirurgia e, em alguns casos, quimioterapia. Para quem tem alto risco, pode haver necessidade da cirurgia para retirada do tumor, quimioterapia e até radioterapia. O tratamento envolve também a utilização de transplante de medula óssea, com células provenientes do próprio paciente. Esses procedimentos são oferecidos pelo SUS.  

A maior dificuldade é conseguir os medicamentos, cujos estudos demonstram que aumentam as chances de recuperação. A corrida é contra o tempo, já que os medicamentos devem ser usados em etapas especificas do tratamento para que façam o devido efeito e também em casos específicos. Pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) e o Hospital Israelita Albert Einstein tenta reduzir para 20% a dose do betadinutuximabe.

Ministério da Saúde 

Procurado, o Ministério da Saúde informou que ainda que os medicamentos betadinutuximabe (Qarziba) e naxitamabe (Danyelza) tenham obtido registro da Anvisa, não foram, até o momento, demandados para análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). 

A solicitação de avaliação de tecnologias para que os remédios possam ser distribuídos pela rede pública pode ser feita por qualquer instituição ou pessoa física, como por exemplo, por uma empresa fabricante, uma sociedade médica ou de pacientes, áreas técnicas do Ministério da Saúde, de Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. Segundo a pasta, no entanto, as demandas devem preencher os requisitos documentais exigidos legalmente. 

Ainda segundo a pasta, o secretário substituto de Ciência e Tecnologia, Leandro Safatle, esclareceu que “o critério para aprovação de uma nova terapia é a eficácia, e não o preço. O custo eventualmente mais alto não é impeditivo para a incorporação. É preciso que o medicamento ou tratamento apresente resultados”.

Para que uma tecnologia em saúde seja incorporada no SUS e distribuído na rede pública de saúde, é necessário que ela seja avaliada pela Conitec. A Comissão atua sempre que demandada, e assessora o Ministério da Saúde nas decisões relacionadas à incorporação e/ou exclusão de tecnologias no SUS. Quando provocada, a Comissão analisa as evidências científicas relacionadas à tecnologia, considerando aspectos como eficácia, acurácia, efetividade e a segurança, além da avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às tecnologias já existentes e o impacto orçamentário para o SUS. Para isso, é necessário que a tecnologia em questão já tenha registro de comercialização da Anvisa, e, no caso de medicamentos, que já tenha o preço máximo estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Atualmente, de acordo como Ministério, o SUS oferece quatro linhas de tratamento oncológico às crianças com neuroblastoma. A cada ano, o SUS realiza, em média, 1.604 sessões de quimioterapia para tratar neuroblastoma em crianças.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil


Boulos inicia viagem pela França e China após confirmar Marta Suplicy como vice

 A viagem tem como objetivo aumentar a experiência em gestão pública de Boulos, absorvendo práticas internacionais

Marta Suplicy e Guilherme Boulos (Foto: Divulgação)

Guilherme Boulos, pré-candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, inicia neste fim de semana uma viagem pela Europa e Ásia com o objetivo de explorar práticas bem-sucedidas de gestão pública para integrá-las ao seu plano de governo.

A jornada teve início no sábado (13), após o encontro com a ex-prefeita Marta Suplicy, onde foi confirmada sua participação na eleição municipal deste ano, contando com Marta no papel de vice, após seu retorno ao PT.

Na segunda-feira (15), Boulos está agendado para se reunir com Anne Hidalgo, prefeita de Paris, para discutir iniciativas bem-sucedidas na capital francesa, como o projeto "Cidade de 15 minutos", que enfatiza investimentos em transporte público. Posteriormente, o político seguirá para a China, onde planeja encontrar-se com autoridades locais em diversos municípios asiáticos. Em 23 de janeiro, Boulos retornará às suas atividades em São Paulo.

Como informado pelo Estadão, essa excursão faz parte da estratégia de Boulos para superar sua falta de experiência em gestão pública. O objetivo da viagem é absorver práticas internacionais e projetar uma imagem mais moderada, afastando-se da associação radical feita por seus adversários. Em 2020, Boulos chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Bruno Covas (PSDB).

Fonte: Brasil 247 com informações do Estadão

Genocídio promovido por Israel em Gaza completa 100 dias com mais de 100 palestinos assassinados nas últimas 24 horas

 Em pouco mais de três meses, o governo de Benjamin Netanyahu já assassinou mais de 23 mil palestinos e feriu mais de 60 mil, deixando várias crianças mutiladas e sem parentes vivos

Faixa de Gaza. Foto: Mohammed Al-Masri / Reuters

O genocídio promovido pelo governo de Israel na Palestina atingiu hoje seu 100º dia com mais de 100 assassinatos comandados impunemente pela administração de Benjamin Netanyahu. Mais de 100 palestinos foram relatados como mortos nas últimas 24 horas, com um ataque de míssil a um edifício residencial em Rafah, acrescentando-se à devastação, segundo relata a Al Jazeera.

Um vídeo lendo o caso de genocídio contra Israel foi divulgado por um grupo de celebridades predominantemente americanas e britânicas, incluindo estrelas do popular programa Game of Thrones. O caso, apresentado pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ), busca aumentar a conscientização sobre a situação dos palestinos.

Numa demonstração de solidariedade, os rebeldes Houthi do Iêmen lançaram uma campanha marítima contra navios comerciais no Mar Vermelho, declarando apoio aos palestinos sob cerco israelense. O conflito se intensificou a ponto de crescerem preocupações sobre seu impacto no Oriente Médio.

O Hezbollah, baseado no Líbano, divulgou um vídeo mostrando um ataque a soldados israelenses perto da fronteira, alegando tê-los visado em resposta ao assassinato de um comandante sênior do Hezbollah por Israel.

Protestos contra a guerra eclodiram globalmente, com uma das maiores manifestações pró-palestinas na capital dos EUA, instando o Presidente Joe Biden a interromper o apoio militar a Israel. Enquanto isso, em Tel Aviv, uma manifestação de 24 horas marca 100 dias desde o início do conflito, com apelos à unidade em meio à crescente insatisfação com o manejo do governo da situação.

À medida que as incursões ao amanhecer continuam na Cisjordânia, detenções foram feitas, adicionando complexidade à situação. O impacto da guerra é avassalador, com milhares de vidas perdidas, danos extensos à infraestrutura e uma crise humanitária desastrosa em desenvolvimento.

Fonte: Brasil 247 com informações da Al Jazeera