sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Marinha do Brasil celebra entrega do submarino Humaitá (vídeo)

 Humaitá fará o patrulhamento das áreas de importância estratégica para o Brasil no Atlântico Sul e da Amazônia Azul

Submarino Humaitá (Foto: Ministério da Defesa)

A Marinha do Brasil realizou nesta sexta-feira (12) a cerimônia de entrega do submarino Humaitá, o 2º convencional com propulsão diesel-elétrica construído no Brasil, pelo Prosub, programa de desenvolvimento da tecnologia e indústria naval.

Presente na cerimônia no complexo naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, José Múcio, enfatizou a importância do Prosub para o desenvolvimento da indústria naval brasileira.

“Reafirmo que faremos o que estiver ao nosso alcance para manter essa linha de produção ativa, garantindo o funcionamento desta excepcional capacidade industrial instalada e a retenção desta mão de obra altamente qualificada”, disse. 

Ele também afirmou que o Prosub eleva o status do Brasil no cenário geopolítico. “A condução competente do Prosub é digna de um reconhecimento especial, pois suas entregas não apenas ampliam e fortalecem nosso Poder Naval, mas também porque elevam a projeção do Brasil como um ator cada vez mais relevante no cenário internacional”, destacou o ministro. 

Com 72 metros de comprimento e velocidade de 37Km/h, o submarino Humaitá fará o patrulhamento das áreas de importância estratégica para o Brasil no Atlântico Sul e da Amazônia Azul, como são chamadas as fronteiras marítimas do País.

Prosub – Atualmente, pelo Prosub, estão em andamento e em estágio de preparo para entrega, as atividades relacionadas aos submarinos convencionais Tonelero e Angostura e o de propulsão nuclear Álvaro Alberto. O programa representa gera em torno de 60 mil empregos diretos e indiretos, e a capacitação de técnicos e engenheiros.

Fonte: Brasil 247

Valdemar Costa Neto exalta Lula e diminui Bolsonaro

 Presidente do PL classificou atual chefe da República como um "fenômeno" e afirmou que é "completamente diferente do Bolsonaro"

Valdemar da Costa Neto, Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters)

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, comparou seu colega de partido, Jair Bolsonaro, ao presidente Lula (PT) em uma entrevista recente ao jornal regional O Diário, da região de Mogi das Cruzes e do Alto Tietê. Em sua fala, Valdemar exaltou Lula, afirmando que "não tem comparação" com Bolsonaro.

"Lula é um camarada do povo, ele é completamente diferente do Bolsonaro. E é um fenômeno também, por ter chegado aonde chegou", disse, quando perguntado sobre a diferença dos dois líderes políticos antagônicos. 

Valdemar conviveu com Lula durante o primeiro mandato do petista na presidência, entre 2002 e 2006, pelo fato de o então vice-presidente ser José Alencar, também do PL. O comandante do partido, inclusive, foi o responsável pela articulação para que Alencar fizesse chapa com Lula. 

Sobre isso, Valdemar afirmou que teve uma 'boa convivência' com o presidente da República e reconheceu que o petista foi bem no governo: "convivi bem com o Lula também, por causa do José Alencar, que era vice-presidente. Nós fizemos parte do governo, o Lula foi bem no governo também, e elegeu a Dilma depois. [...] [Ele] é completamente diferente, não tem comparação com o Bolsonaro".

Questionado sobre quais as diferenças fundamentais entre Lula e Bolsonaro, o líder do PL afirmou: "o Lula tem muito prestígio; ele não tem o carisma que o Bolsonaro tem. O Lula tem prestígio, popularidade, ele é conhecido por todos os brasileiros." 

Além disso, ainda durante sua fala, Valdemar também criticou o ex-juiz suspeito e atual senador Sergio Moro (União-PR), afirmando que, enquanto juiz, Moro 'passou do limite da lei' para ser presidente: "ele já está pagando por isso, vai ser cassado".

Fonte: Brasil 247


Cármen Lúcia suspende concursos da PM de Santa Catarina

 Os editais limitavam o ingresso de mulheres nas vagas disponíveis

Ministra Cármen Lúcia, do STF (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia suspendeu dois concursos públicos da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) porque limitavam o ingresso de mulheres a 20% das vagas disponíveis.

Os editais previam que, para a vaga de soldado, com remuneração de R$ 6 mil mensais, as mulheres poderiam disputar 100 vagas. Os homens concorreram a 400. Para oficiais, com salário de R$ 16,3 mil, elas concorreram a 10 vagas e eles, a 40.

A decisão da ministra atendeu a um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Por uma liminar, a determinação é temporária e a ministra pediu que o tema seja analisado em fevereiro, após o recesso do Judiciário.

Fonte: Brasil 247

Lula vai a São Paulo sacramentar aliança com Boulos e Marta

 Presidente chega à capital paulista na véspera de um encontro previsto entre o pré-candidato e sua futura vice na disputa pela Prefeitura de São Paulo

Lula, Marta Suplicy e Guilherme Boulos (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Jefferson Rudy/Agência Senado | Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parte na tarde desta sexta-feira (12) da Base Aérea de Brasília para a cidade de São Paulo, em meio às articulações intensas da esquerda nos preparativos para a eleição à Prefeitura da capital paulista. A chegada do presidente ao Aeroporto de Congonhas está prevista para o final da tarde. 

Lula apoia a pré-candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (Psol), que contará com a ex-secretária de Relações Internacionais do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), seu principal rival, como vice. Ela está prestes a retornar ao PT após um encontro recente com o presidente Lula. 

Em outubro do ano passado, Boulos anunciou em entrevista à TV 247 que o presidente Lula participaria dos eventos de sua campanha. Boulos e Marta têm um primeiro encontro tête-à-tête previsto para o sábado (13).

Fonte: Brasil 247

Junior da Femac recebe visita do novo comandante da Força Verde em Apucarana


O prefeito Junior da Femac recebeu hoje a visita do novo comandante do 3º Pelotão da Polícia Militar Ambiental-Força Verde, com sede em Apucarana, sargento Douglas da Fraga. A unidade especializada da Polícia Militar do Paraná em Apucarana atende 26 municípios da região do Vale do Ivaí.

“Esse é nosso primeiro contado após o sargento Fraga assumir a Polícia Ambiental de nossa cidade. Ele tem uma responsabilidade enorme diante do grande número de municípios atendidos. A Força Verde mantém uma parceria estreita com a administração municipal, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Dou as boas vindas e vamos cada vez mais integrar os trabalhos na área do meio ambiente em nossa cidade”, afirma Junior da Femac.

Sargento Fraga visitou o prefeito acompanhado do soldado Jonatas Lamarca Cardoso, que atua na unidade da Força Verde no município. Também participaram do encontro o secretário municipal do Meio Ambiente, Gentil Pereira, e o coordenador de segurança junto ao gabinete do prefeito Junior da Femac, o ex-comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel da reserva Marcos José Facio.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

BNDES aumenta crédito para indústria em 2023, alcançando maior nível desde 2014

 Aumento é visto como um marco significativo pelos economistas

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (Foto: Reuteres/Sergio Moraes)

Em 2023, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou um expressivo crescimento na aprovação de créditos para a indústria, atingindo um total de R$ 26 bilhões. Este valor representa o maior volume em operações diretas desde 2014. 

Embora este valor esteja abaixo dos R$ 48 bilhões aprovados anteriormente no ano, o aumento é visto como um marco significativo pelos economistas.

Luciano Bravo, CEO da Inteligência Comercial, ressaltou a relevância da volta da agenda de industrialização. "O BNDES é um ator chave da política de neoindustrialização, que é prioridade no governo", disse Bravo, ecoando a perspectiva de José Luis Gordon, diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do BNDES.

O aumento nas operações cobriu uma gama de projetos, incluindo expansão produtiva, economia verde, exportação e inovação. Este crescimento foi recebido positivamente pelo setor industrial. Rafael Lucchesi, diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI e presidente do conselho de administração do BNDES, enfatizou a necessidade de continuar o processo de recuperação, salientando a importância de obter recursos adicionais e apoiar os setores estratégicos.

“A recuperação do BNDES em 2023 é percebida como um estímulo para as empresas se modernizarem, especialmente após um período desafiador em que houve uma drástica redução nos recursos do banco, impactando os investimentos na indústria”, explicou Bravo.

Em 2023, a área de inovação da indústria recebeu R$ 3,9 bilhões, marcando um aumento significativo em comparação a 2022. O setor de transportes liderou as operações, seguido pelos setores de telecomunicações, saúde e agrícola, refletindo um foco maior em projetos inovadores em diversos segmentos da indústria.

Apesar da visão otimista, alguns analistas apontam que será desafiador para o BNDES retornar aos níveis de financiamento anteriores a 2015, devido à estagnação no aumento de suas fontes de recursos. 

Fonte: Brasil 247


Entidade médica critica CFM por 'equiparar crenças pessoais à ciência'

 Sociedade Brasileira de Imunizações se posiciona sobre pesquisa do CFM

(Foto: © REUTERS / Agustin Marcarian)

Por Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) divulgou nessa quinta-feira (11) posicionamento em que critica uma pesquisa conduzida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para saber a opinião dos médicos sobre a obrigatoriedade da vacinação de crianças de 6 meses a menos de 5 anos contra a Covid-19.

No formulário disponível, o CFM alega que está conduzindo a pesquisa "para entender a percepção dos médicos brasileiros" sobre a obrigatoriedade da imunização de crianças, e afirma que a opinião dos profissionais "é fundamental para enriquecer a análise e contribuir para a tomada de decisões futuras".

Para a SBIm, a pesquisa equipara as crenças pessoais dos médicos à ciência, o que pode gerar insegurança na comunidade médica e afastar a população das salas de vacinação.

"A SBIm entende que a pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) não trará nenhum benefício à sociedade", afirma instituição científica.

Mortes por Covid-19 - A SBIM lembra que a Covid-19 foi responsável por 5.310 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e 135 mortes entre crianças menores de 5 anos no Brasil em 2023, de acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que reúne dados até novembro.

Além disso, desde o início da pandemia, houve 2.103 casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), considerada uma manifestação tardia da Covid-19, com 142 mortes.

Diante disso, a sociedade ressalta que a vacinação contra a Covid-19 é uma estratégia comprovadamente eficaz e segura para a prevenção da doença, potencialmente fatal também entre crianças.

A segurança da vacina é reforçada pelo último boletim de monitoramento de Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação e à Imunização (Esavi) publicado pelo Ministério da Saúde. Segundo o documento, após a aplicação de mais de 47 milhões de doses em pessoas menores de 18 anos, entre 18 de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2022, a grande maioria dos eventos propriamente ditos foram leves ou moderados, como dor de cabeça, febre, dor muscular e outras reações esperadas.

Além disso, a SBIM argumenta que o Brasil dispõe de pelo menos dois dispositivos legais que estabelecem a obrigatoriedade da vacinação de menores de 18 anos, os artigos 227 da Constituição Federal e 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que determina em parágrafo único que "é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias".

Agência Brasil pediu um posicionamento ao CFM sobre as críticas e questionou por que a pesquisa está sendo realizada e como o conselho pretende divulgar e aproveitar o resultado. Até o fechamento desta reportagem, não houve retorno.

Fonte: Brasil 247


Brasil ordena que embaixador retorne com urgência a Quito

 O diplomata estava de férias e, até quarta, não havia feito contato com a representação brasileira no Equador, apesar da gravidade da situação

Pompeu Andreucci Neto, embaixador do Brasil no Equador (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado )

ANSA - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que o embaixador do Brasil no Equador, Pompeu Andreucci, que foi nomeado pelo ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), retorne com urgência a Quito.

A medida chega em meio à grave escalada da violência ligada ao narcotráfico no país andino, que declarou estado de exceção para conter o crime organizado.

Na quarta-feira (10), o encarregado de negócios da embaixada brasileira, Afonso Neri, que permanece em Quito, manifestou apoio ao presidente Daniel Noboa.

Após ser chamado pelo chanceler Mauro Vieira, o embaixador Andreucci deve se apresentar ainda nesta sexta-feira (12) no Palácio Itamaraty, em Brasília, antes de retornar ao Equador.

O diplomata estava de férias e, até quarta, não havia feito contato com a representação brasileira no Equador, apesar da gravidade da situação.

O governo Lula "acompanha com preocupação" a situação no país andino, segundo comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, e a crise foi tema de uma reunião do presidente com Vieira e o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim, na quarta-feira.

Fonte: Brasil 247 com ANSA

Com base em lei do governo Tarcísio, Justiça de SP anula multa de R$ 370 mil de Bolsonaro por não usar máscara

 Decisão baseou-se em uma lei estadual proposta pelo governador Tarcísio de Freitas e sancionada por ele em novembro do ano passado, que anistia multas aplicadas durante a pandemia

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A Justiça de São Paulo arquivou uma das ações judiciais que cobravam uma multa superior a R$ 370 mil de Jair Bolsonaro (PL) por violar normas relacionadas ao uso de máscara durante a pandemia de coronavírus. A decisão, publicada nesta quinta-feira (11), baseou-se em uma lei estadual proposta pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e sancionada por ele em novembro do ano passado, que anistia multas aplicadas durante a pandemia.

Com essa anulação, a execução fiscal da multa é extinta, enquanto outro pedido para anular uma multa de R$ 376 mil por motivo semelhante aguarda decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), destaca o jornal O Estado de S. Paulo.

A decisão da Justiça paulista resultará em uma perda de arrecadação de R$ 72,1 milhões para o governo do estado, sendo Bolsonaro responsável por mais de R$ 1 milhão, referente a cinco execuções penais relacionadas ao não uso de máscara.

Para quitar suas irregularidades, o ex-presidente recebeu uma ajuda financeira significativa, totalizando R$ 17,1 milhões em suas contas por meio de transferências bancárias realizadas por Pix. Essa quantia foi angariada por apoiadores ao longo dos primeiros seis meses de 2023, em uma espécie de "vaquinha" para saldar multas processuais do ex-presidente, incluindo aquelas relacionadas à recusa em usar máscara.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Taxação de compras internacionais volta ao debate para compensar desoneração, mas Fazenda insiste em MP

 Instituição do imposto de importação sobre as pequenas encomendas, ainda com alíquota indefinida, “está no radar em alguma medida”, segundo fonte do Ministério da Fazenda

Fachada do prédio do Ministério da Fazenda em Brasília (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Reuters - Pressão de parlamentares para manter a desoneração da folha de pagamento levou de volta ao debate o plano de taxar remessas internacionais de até 50 dólares como forma de compensar o benefício, disseram à Reuters fontes do governo, enquanto o Ministério da Fazenda insiste que a medida provisória da reoneração seja mantida para assegurar o déficit zero este ano.

Em meio a impasses na negociação, a Fazenda traçou um plano com alternativas que afastem a necessidade de mudar a meta fiscal em um provável cenário de desequilíbrio das contas se o Congresso mantiver o benefício a empresas, segundo o relato de três fontes da pasta.

A discussão é acompanhada de perto por agentes de mercado, que mantêm ceticismo sobre a capacidade do governo em atingir o déficit zero mesmo após a aprovação de uma série de iniciativas arrecadatórias em 2023. O fator fiscal também tem peso sobre a condução da política monetária, e um descontrole nessa área poderia criar dificuldades para o ciclo de corte de juros pelo Banco Central.

O governo lançou no ano passado o programa Remessa Conforme para fechar o cerco a sites estrangeiros de varejo que burlavam regras de importação para pagar menos tributos. O plano foi iniciado com uma isenção de imposto federal para compras de até 50 dólares, mas a Fazenda já havia prometido que implementaria uma taxação após análises sobre esse mercado.

Uma das fontes da pasta indicou que a instituição do imposto de importação sobre as pequenas encomendas, ainda com alíquota indefinida, “está no radar em alguma medida,” mas sem decisão se seria usada para compensar a desoneração da folha, que é uma medida “cara” e que necessitaria de outras fontes adicionais para custeá-la.

Uma outra autoridade disse que essa possibilidade foi levantada por parlamentares e, até o momento, não teria sido ativamente sugerida pela Fazenda. Essa fonte ponderou que a pasta prestará assessoria técnica seja qual for o encaminhamento dado pelo Legislativo.

“É o Congresso que está sugerindo outras medidas de compensação. Se o Congresso quer dar mais benefício, a gente tem que achar mais espaço fiscal, e acho que a gente chega num acordo”, disse essa fonte, sob condição de anonimato. “Se o Congresso quiser manter todo o benefício que deu, ele precisa achar toda a compensação”. Procurado, o Ministério da Fazenda informou que não irá comentar.

AFRONTA - Após o Legislativo derrubar o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manter a prorrogação da desoneração para 17 setores da economia, com custo estimado pela Fazenda em 12 bilhões de reais neste ano, o governo editou no fim do ano passado a MP que estabelece uma reoneração escalonada, mantendo benefício parcial sobre valores equivalentes a um salário mínimo.

O texto da MP -- que também elimina um benefício fiscal a municípios, limita compensações tributárias por empresas e acaba com um incentivo ao setor de eventos -- foi criticado por parlamentares, que tratam a iniciativa como uma afronta e defendem a devolução da medida pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o que extinguiria sua vigência.

Diante da reação, a primeira alternativa colocada em negociação pela Fazenda, segundo as fontes, seria uma substituição da MP, que tem validade imediata, por um projeto de lei, cuja vigência só se inicia após análise e aprovação do Congresso.

No caso de uma flexibilização da proposta, a pasta articula com Pacheco a adoção de novas medidas fiscais que compensem a perda de receita. O senador disse nesta semana que poderia apoiar esse caminho e enfatizou que a prorrogação da desoneração foi uma decisão convicta do Congresso, indicando que não seria fácil mudar esse entendimento.

Se a via negociada não avançar, a Fazenda ainda mantém a ideia de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a extensão do benefício fiscal aos 17 setores e o incentivo a municípios, de acordo com as fontes.

Mesmo que essas opções não prosperem, não será necessário mudar imediatamente a meta de resultado primário zero em 2024, disseram as fontes. Nesse caso, técnicos da Fazenda voltarão a se debruçar sobre suas projeções por avaliarem que uma série de iniciativas já previstas produzirão mais receitas que o indicado no Orçamento deste ano.

Entre elas, estão a regulamentação das subvenções, que passou a permitir a renegociação de débitos do passado; a taxação de apostas online; as novas regras de tributação de grupos empresariais que operam em diferentes países; e o próprio fechamento das brechas nas compras em sites estrangeiros.

Somente após o esgotamento de todas essas etapas e uma possível apresentação de novas medidas arrecadatórias, a Fazenda poderia discutir um afrouxamento na meta fiscal, disseram as fontes, ressaltando que essa alternativa não faz parte da mesa de negociação neste momento.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Gleisi diz que Globo deve desculpas a Lula e Lewandowski

 Em editorial, o jornal comparou o novo ministro da Justiça ao ex-juiz suspeito Sérgio Moro

Gleisi Hoffmann, Lula e Ricardo Lewandowski (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, criticou duramente o jornal O Globo, que, em editorial, comparou o futuro ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ao ex-juiz suspeito Sérgio Moro, que é senador, mas pode ter ser mandato cassado pela justiça eleitoral. De forma leviana, o Globo insinuou que Lewandowski estaria sendo escolhido por favores prestados ao presidente Lula – o que mereceu duríssima resposta de Gleisi. Confira:

1. O jornal O Globo deveria pedir desculpas ao ministro Lewandowski pela leviandade de seu editorial, que ofende também o STF e o presidente Lula. Se queriam passar pano para Sérgio Moro, que inspirou o texto com uma postagem moleque nas redes sociais, só conseguiram avivar a memória da cumplicidade com aquele que proclamaram herói e hoje está à beira de ser cassado por crimes eleitorais.

2. É absurda e indigna a falsa equivalência que editorial do Globo faz entre a indicação de Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça, pelo presidente Lula, e a cumplicidade de Sergio Moro com Jair Bolsonaro. Comparar o prontuário de Moro com a trajetória de Lewandowski beira ao cinismo. O ex-juiz corrompeu o sistema de Justiça; Lewandowski engrandeceu o STF.

3. Moro ganhou seu ministério (e a promessa de ir ao STF) porque viabilizou objetivamente a candidatura de Bolsonaro em 2018, ao condenar sem provas e prender Lula ilegalmente, excluindo-o da campanha em que era favorito. Agiu de forma premeditada, parcial e criminosa, como apontou mais tarde o Supremo.

4. As decisões definitivas do STF que repararam a injustiça e devolveram os direitos de Lula foram colegiadas e absolutamente constitucionais, atendendo habeas corpus da defesa. Sem ilegalidades, sem usurpações e sem o apoio que o Globo e a mídia deram à perseguição da Lava Jato a Lula.

5. Curiosamente, em outra página do Globo registram-se com malícia decisões monocráticas de Lewandowski favoráveis a pleitos da família e de aliados de Bolsonaro, todas em vigor. Pelo critério medíocre do editorial, seriam argumentos para inviabilizar sua indicação por um presidente petista. Mas o que eles comprovam é a fidelidade do ministro à Constituição, sem contaminação partidária.

6. As premissas do editorial, portanto, são tão falaciosas quanto sua conclusão. A nomeação de Moro por Bolsonaro foi sim e continuará sendo uma prova contundente de sua parcialidade e suspeição contra Lula. Não é uma opinião do PT, como quer o jornal. É o que consta no acórdão do Habeas Corpus 164.493 do STF.

Fonte: Brasil 247

Participação de jovens na política paranaense atinge menor nível em 16 anos

 

Em 2008, quase 20% dos filiados a partidos tinham até 34 anos de idade. Em 2023, essa proporção ficou abaixo de 8%

A sede do TSE, em Brasília: estatísticas eleitorais (Marcelo Casall JR / Agência Brasil)

A adoção da democracia (ou a pretensão de se adotá-la) como sistema de governo e filosofia de vida pressupõe uma participação efetiva do cidadão na vida política daquela localidade. Essa participação pode ocorrer diferentes formas, sendo uma das principais a filiação a algum partido político. No Paraná, contudo, o número de jovens filiados a alguma sigla despencou nos últimos tempos, atingindo em 2023 o menor nível dos últimos 16 anos, pelo menos.

É o que revela um levantamento exclusivo feito pelo Bem Paraná com base em informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o qual analisou a filiação partidária ao final de cada ano (utilizando dezembro como mês de referência), desde 2008 (primeiro ano com dados sobre o assunto disponíveis na seção “Estatísticas Eleitorais” do TSE até 2023. Em suma, os dados apontam haver um crescente desinteresse com relação à política partidária, especialmente entre a população mais jovem.

No final do ano passado, por exemplo, 935.774 paranaenses estavam filiados a algum partido político. É o menor número desde 2010, quando haviam 898.146 filiados a alguma dessas agremiações. No auge, em 2016 (que foi ano eleitoral, quando o número de filiados costuma aumentar, uma vez que é proibido no Brasil o registro de candidaturas avulsas), esse contingente chegou a ser de 1.042.096 pessoas.

Em sete anos, então, temos que o número de paranaenses filiados a algum partido político caiu 10,2% no Paraná. E uma das explicações para essa queda expressiva reside justamente na falta de renovação dos quadros partidários, o que se evidencia pelo número de jovens filiados a alguma sigla.

Em 2008, primeiro ano da série histórica e quando havia 894.286 paranaenses filiados a algum partido, 177.342 desses eleitores tinham 60 anos ou mais de idade, enquanto 178.317 tinham entre 16 e 34 anos de idade. Mais de uma década e meia depois, em dezembro de 2023, o número de filiados idosos (60 anos ou mais) cresceu 111,5%, alcançando a marca de 374.999 pessoas. Por outro lado, o número de jovens (menos de 35 anos) nos partidos políticos recuou 58,4%, para 74.154.

Há 16 anos, portanto, os eleitores com 60 anos ou mais de idade representavam 19,8% do total de filiados a algum partido no estado, porcentual que hoje já chega a 40,1%. Ao mesmo tempo, a proporção de pessoas com 34 anos de idade ou menos filiadas a alguma agremiação recuou de 19,9% para 7,9%.

Em cidades pequenas, 40% da população chega a ter filiação

Entre os municípios paranaenses, Curitiba é, em número absoluto, a cidade que mais concentra pessoas filiadas a algum partido político, com 95.127 eleitores que possuem filiação partidária. Esse número, contudo, correponde a apenas 5,4% dos 1,77 milhão de habitantes na cidade, bem abaixo da média estadual. Na cidade, inclusive, a proporção de filiados com mais de 60 anos chegou a ser de 21,1% em 2008 e atualmente está em 45,4%. Já o porcentual de filiados com menos de 35 anos caiu de 15,3% para 5,9% no mesmo período.

Em alguns municípios menores, contudo, a filiação partidária é algo bem mais comum. É o caso de Nova Aliança do Ivaí, localizada no noroeste paranaense e que é também a menor cidade do estado, com 1.323 habitantes, dos quais 525 (39,7% do total) possuem filiação partidária.

Além disso, em outras sete cidades esse porcentual fica acima de 30%: Jardim Olinda (36,8%), Boa Esperança do Iguaçu (35,8%), Uniflor (35,4%), Ariranha do Ivaí (35,3%), Barra do Jacaré (33,8%), Cruzeiro do Iguaçu (32,2%) e Manfrinópolis (31,2%). Em comum entre essas localidades, o fato de todas serem cidades com menos de 5 mil habitantes.

Oito em cada 100 paranaenses são filiados a algum partido

Em todo o Brasil, apontam ainda os dados do TSE, há um total de 15.754.929 pessoas filiadas a algum partido político. Considerando que há mais de 203 milhões de pessoas vivendo no país (conforme o Censo de 2022 feito pelo IBGE), isso significa que 7,8% dos brasileiros possuem alguma filiação partidária.

No Paraná, onde há 11,4 milhões de habitantes, esse porcentual chega a 8,2%, um pouco acima da média nacional, mas apenas na 13ª colocação entre as 27 unidades da federação (estados e Distrito Federal).

No país, os estados com as maiores proporções de pessoas filiadas a partidos políticos são o Amapá (14,3%, com 105 mil filiados numa população de 734 mil pessoas) e o Tocantins (13,2%, com 199 mil filiados entre 1,5 milhão de habitantes). Já as localidades com as menores proporções são o Ceará (5,9% do total de habitantes, com 517,6 mil filiados) e o Alagoas (5,8% da população, com 181,3 mil).

Fonte: Bem Paraná por Rodolfo Luis Kowalski

Laudo aponta asfixia como causa da morte de jovens em BMW na virada do ano


BMW em que quatro jovens foram encontrados mortos. Foto: reprodução

 O laudo da Polícia Científica indicou que intoxicação por monóxido de carbono, substância inodora que pode causar asfixia, causou a morte dos quatro jovens dentro de uma BMW em uma rodoviária de Balneário Camboriú após a noite de Réveillon.

Os peritos apontaram que a alteração no sistema de escapamento do veículo foi responsável pela liberação do gás tóxico. A saturação de monóxido de carbono em três das vítimas estava acima de 50%, causando uma morte lenta. Modificações no veículo, como a troca do catalisador e escapamento sem abafadores, contribuíram para a atmosfera tóxica dentro do carro.

A Polícia Científica identificou 1.000 ppm de monóxido de carbono próximo ao ponto de ruptura do motor, resultado das modificações. Esse índice pode levar à morte em até duas horas, criando uma situação potencializada pelo veículo estar completamente parado, sem circulação de ar.

A revelação da causa da morte ocorreu em coletiva de imprensa em Florianópolis, reunindo autoridades e representantes da investigação. O laudo destaca a importância das modificações no veículo na tragédia e ressalta a intoxicação por monóxido de carbono como fator determinante.


Fonte: DCM

VÍDEO – Homem dá soco em repórter da Globo ao vivo: “Estava bastante alterado”

 

Repórter da TV Amazônica, afiliada da Globo, leva soco ao vivo durante telejornal. Foto: Reprodução


A repórter Naíne Carvalho, da TV Amazônica, afiliada da TV Globo, levou um soco durante transmissão ao vivo nesta sexta (12). A jornalista participava do telejornal matinal da emissora quando um homem apareceu na rua e se aproximou dela.

Ela só percebeu a aproximação do homem quando ele estava do seu lado. O agressor deu um soco na sua cabeça, disse algo impossível de compreender e deixou o local rapidamente. Naíne ficou assustada e interrompeu sua fala, pedindo desculpas na sequência.

O telejornal cortou a transmissão da câmera e voltou ao estúdio. O âncora do programa “Bom Dia Amazonas”, Breno Cabral, ficou indignado com o episódio e questionou se ela estava bem.

A repórter disse que tomou apenas um susto e que o homem parecia ser uma pessoa em situação de rua. Segundo Naíne, “ele estava bastante alterado”. 

Veja:


Fonte: DCM

Foto de Moro com desembargadora que vai votar em seu processo de cassação cria dúvidas sobre suspeição

 A imagem de Cláudia Cristofani com o senador tem gerado temor de que ela não seja isenta o suficiente para julgá-lo.

Uma foto em que Sergio Moro aparece ao lado da desembargadora Cláudia Cristofani, do TRF-4 (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), está circulando no WhatsApp entre os críticos do senador, incluindo filiados do PT e PL, partidos que pedem sua cassação.


Segundo o colunista Lauro Jardim, do GLOBO, o registro, cuja data e contexto não foram informados pelo senador ou pela magistrada, ambos procurados pela reportagem, mostra os dois lado a lado, em meio a outras cinco pessoas. Balões coloridos, ao fundo, sugerem que eles já estiveram juntos numa comemoração informal, em algum momento da carreira.


A imagem poderia não ser um problema, uma vez que Moro, antes titular da 13ª Vara Criminal do Paraná, onde tramitam casos da Operação Lava-Jato, é naturalmente próximo a magistrados do estado. Só que Cláudia, desde 2021, ocupa uma das cadeiras do TRE do Paraná, a mesma Corte que se prepara para julgar se Moro terminará o mandato para o qual foi eleito no Senado, em 2022. 


O caso está nas mãos do relator, Luciano Falavinha, desde 15 de dezembro. Existe uma expectativa de que o julgamento aconteça ainda este mês, após o fim do recesso — há duas sessões presenciais previstas no TRE, nos dias 22 e 29 (além de outras audiências virtuais). A pauta da primeira data já foi divulgada e, por enquanto, não contém as ações em que Moro está na mira.


Acusado por PT e PL de ter furado o teto de gastos estabelecido pela Justiça Eleitoral para o período de pré-campanha, Moro já foi julgado por Cláudia em outras ocasiões.

Em setembro de 2022, por exemplo, ela relatou pedidos de impugnação contra a candidatura do ex-juiz e votou de maneira favorável a ele, acompanhada pelos pares de maneira unânime. O mesmo aconteceu em dezembro daquele ano, quando a Corte aprovou as contas de campanha de Moro, agora questionadas. 


Somada às decisões pró-Moro, a foto com o senador tem gerado entre os envolvidos no caso o temor de que Cláudia não seja isenta o suficiente para julgá-lo agora. O “burburinho” vai na contramão da percepção de quadros do PT e do PL, até o fim do ano, de que em vez de ser salvo por um eventual corporativismo do Judiciário, já que foi juiz, Moro poderia ser condenado à perda do mandato ainda no Paraná, antes dos processos serem levados por meio de recursos ao TSE. 


À coluna, a defesa do PT disse que está “averiguando as circunstâncias da imagem” e se tomará alguma medida. E a do PL sinalizou movimentação no mesmo sentido. Os petistas complementaram que mantêm “a expectativa em um julgamento técnico e imparcial pelo TRE PR”.


Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo