sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Violência policial cresce no Brasil desde 2018, aponta relatório

 Em 2022, 6,4 mil pessoas foram mortas por policiais no país.


A violência policial cresce no Brasil desde 2018, afirma a organização não governamental Human Rights Watch (HRW). O Relatório Mundial sobre Direitos Humanos de 2024 novamente traz o tema das mortes causadas pela polícia como uma preocupação em relação ao país.


“O que eu vejo é a continuação de uma tendência muito ruim. O número de mortes causadas pela polícia chegou a mais de 6 mil em 2018, e desde então continua nesse patamar”, enfatizou o diretor do escritório da ONG no Brasil, César Muñoz.


Com base nos dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a HRW destaca que, em 2022, foram mortas por policiais em serviço e de folga 6,4 mil pessoas no país. Muñoz acrescenta que “80% dos mortos pela polícia no Brasil são pessoas negras”.


Em São Paulo, após uma queda de 59% em dois anos, foi registrado um aumento em 2023. De janeiro a setembro do ano passado, o número de pessoas mortas por policiais em serviço aumentou 45%.


A chamada Operação Escudo é destacada na publicação da organização. Em 40 dias de ação, 28 pessoas foram mortas pela polícia em Guarujá e Santos, no litoral paulista. As intervenções na região foram uma reação do governo estadual ao assassinato do policial militar Patrick Bastos, que fazia parte das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), no final de julho de 2023.


Na operação, a HRW identificou problemas que, segundo a organização, dificultam o controle da atividade policial no país. “O que vimos foram falhas muito importantes na investigação, especialmente a qualidade ou falta de qualidade das perícias”, enfatiza Muñoz.


Sem essas informações, o Ministério Público, responsável pelo acompanhamento da ação das polícias, não tem, na avaliação do diretor da ONG, a possibilidade de fazer uma avaliação correta do trabalho das corporações. Faltam, inclusive, provas para denunciar agentes do Estado com atuação fora da lei.


Para enfrentar o problema, Muñoz acredita que seja necessária uma política nacional focada em diminuir o número de mortes causadas pela polícia, ainda que a letalidade seja um problema mais concentrado nas polícias estaduais. Para o diretor, o tema da qualidade das perícias deve ser “uma prioridade nacional”. Da mesma forma, ele defende que é preciso haver uma diretriz que abranja todo o país para utilização de câmeras corporais pelos policiais.


A letalidade policial está, segundo o diretor da ONG, diretamente ligada a crimes cometidos por agentes do Estado. “A corrupção policial está muito vinculada com a violência, porque o policial abusivo tem o poder de extorquir. O policial abusivo que pode abusar da população com impunidade pode matar, sem nenhuma penalidade, ele tem uma decisão sobre a vida ou morte, então pode exigir dinheiro para não matar.”


Enfrentamento ao crime


Ao comentar a crise no Equador, a diretora para as Américas da HRW, Juanita Goebertus, defendeu o combate ao crime com base em investigações. Segundo ela, é preciso descobrir “os elos de corrupção que permitiram essas organizações criminosas existir e ganhar força”. “É preciso ser capaz de identificar a lavagem de dinheiro e cortar as conexões que permitem essas organizações crescerem e se manterem ao longo dos anos”, acrescentou.


O Equador enfrenta nas últimas semanas uma crise de segurança, com atentados praticados por organizações criminosas e diversos confrontos com a polícia. O presidente do país, Daniel Noboa, que já havia decretado estado de exceção após a fuga de um líder criminoso, declarou que o Equador vive um “conflito armado” depois dos enfrentamentos que se seguiram.


Juanita avalia que a decisão abre espaço para abusos das Forças Armadas que podem ser empregadas como força policial a partir da declaração.


A reportagem entrou em contato com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo para pedir um posicionamento, e aguarda retorno.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Agência Brasil.

Membro da executiva nacional do PT diz que Cappelli era “antipetista e anti-Lula”

 Militante sugere que Lula não escolheu Ricardo Cappelli como sucessor de Flávio Dino porque faltou confiança.

Membro da executiva nacional do PT, Camila Moreno saiu em defesa pública do presidente Lula após o petista preterir o atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, como sucessor de Flávio Dino.


Próxima da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e do ministro do Desenvolvimento Agrário, o petista Paulo Teixeira, Camila sugeriu que Lula não escolheu Cappelli por falta de confiança no secretário-executivo.


Camila afirmou que Cappelli fez um “excelente trabalho” como número 2 de Dino na pasta, mas ressaltou que o secretário-executivo era, até pouco tempo, um “militante antipetista e anti-Lula inveretado”.


“Eu sei que vocês acham que entendem tudo de política, mas tentem ao menos compreender Lula. É verdade que Cappelli fez um excelente trabalho sob o comando de Dino e Lula, mas também é verdade que, há menos de cinco anos, era um militante antipetista e anti-Lula inveterado. Lula é sábio”, escreveu a petista nas redes sociais.



Camila lembrou que Cappelli apagou postagens contra o partido. Ela ainda afirmou que Lula não é “rancoroso” e ponderou que o cargo de ministro da Justiça “exige muita confiança” e “experiência”.


“Ministro da Justiça é um cargo que exige muita confiança e experiência. Respeitem Lula”, completou.


Cappelli queria ficar


Cappelli saiu de férias nesta quinta-feira (11/1), mesmo dia em que Lula confirmou o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski como novo ministro da Justiça.


O secretário, que é filiado do PSB, sonhava em suceder Dino no comando da pasta ou ao menos ficar como número 2. Lewandowski, entretanto, já indicou que deve nomear alguém de sua confiança para o posto.


O mais cotado para a vaga é o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto. Atual diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), ele já trabalhou como auxiliar de Lewandowski no STF e no TSE.


Lula dá carta branca a Lewandowski


Ao anunciar a futura nomeação Lewandowski na quinta, o próprio Lula deu uma declaração com carta branca para o novo ministro da Justiça montar sua futura equipe como bem entender.


“Tenho por hábito cultural não indicar ninguém em nenhum ministério. Quero que as pessoas montem o time com que vão jogar. Eu digo para pessoa: ‘Monta o seu governo. Quando você estiver com o governo montado, você me procure que eu vou ver se tenho coisas contrárias a alguém ou alguma indicação a fazer’”, afirmou o presidente.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.

Balneário Camboriú quer multar em R$ 823 quem for pego usando drogas

 Pela proposta, o Guarda Municipal que fizer o flagrante poderá receber uma gratificação mensal

Cidade de Balneário Camboriú (Foto: Prefeitura de Balneário Camboriú/Divulgação)

Vereadores da cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, aprovaram uma proposta da prefeitura, para tornar infração administrativa o uso de drogas na cidade. Quem for pego com entorpecentes terá de pagar uma multa que pode chegar a R$ 823. O Guarda Municipal que fizer o flagrante poderá receber uma gratificação mensal também de R$ 823.

O projeto de lei chegou à Câmara Municipal no começo desta semana e foi aprovado em regime de urgência nessa quarta-feira (10). Para entrar em vigor, deve ser publicado no Diário Oficial, o que deve acontecer na primeira quinzena de janeiro.

Quem for flagrado com drogas para consumo pessoal em qualquer local público, como ruas e praias, será multado em R$ 412. O valor dobra se o lugar for próximo ou no interior de unidades de ensino, de Saúde, de Cultura, Esportes e outros lugares determinados pela proposta. 

Fonte: Brasil 247

Lira e centrão buscam reverter veto de Lula para manter verbas das apostas no Ministério do Esporte

 Proposta pretende blindar recursos arrecadados com jogos, vetados por Lula, para fortalecer a política esportiva no país

Arthur Lira

O centrão, sob a liderança do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está empenhado em reverter um veto do presidente Lula e assegurar a proteção dos recursos provenientes das apostas esportivas no Ministério do Esporte, chefiado por André Fufuca (PP), destaca o Estadão.

Uma cláusula inserida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 impede Lula de contingenciar qualquer montante arrecadado pelo Ministério do Esporte por meio das loterias no país, incluindo as apostas esportivas. A regulamentação desses jogos foi sancionada em dezembro, transformando-se em lei e prevendo receitas para o governo a partir deste ano.

A inclusão do dispositivo que resguarda os recursos do ministério não constava na LDO quando o governo Lula encaminhou o projeto ao Executivo. Essa alteração surgiu durante a aprovação do texto no Congresso, sendo proposta pelo deputado Marx Beltrão (PP-AL), aliado de Lira. Segundo Beltrão, a medida "visa fortalecer a política esportiva em todo o país, com um impacto significativo na saúde e no lazer da sociedade."

O centrão estima que o Ministério do Esporte arrecadará cerca de R$ 900 milhões com os jogos, incluindo as apostas esportivas, neste ano. Parte desses recursos será destinada a áreas como educação e segurança pública, mas apenas a pasta de Fufuca ficou imune aos cortes orçamentários, conforme proposto.

O Palácio do Planalto justificou o veto, argumentando que as ressalvas aprovadas pelo Congresso tornam o orçamento "ainda mais rígido" e podem dificultar a meta fiscal de déficit zero em 2024.

O Ministério do Esporte afirmou que os recursos serão aplicados em projetos como o Bolsa Atleta e o Segundo Tempo, respeitando as decisões do governo e não questionando o que é deliberado no Congresso. Já o presidente da Câmara, Arthur Lira, através de sua assessoria, declarou não ter uma posição definida sobre a proposta.

Fonte: Brasil 247 com informações do Estadão

Associação dos Empregados de Furnas vai recorrer no STF contra incorporação à Eletrobrás

 A ASEF afirmou que irá agravar a decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes que possibilitou que a Eletrobrás realizasse uma assembleia para incorporar a subsidiária

A Associação dos Empregados de Furnas (ASEF), entidade que representa associados empregados e aposentados da subsidiária, anunciou hoje que irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes que cassou as liminares que suspendiam a realização da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Eletrobras sobre a incorporação de Furnas ao capital da empresa.

A entidade, que durante 41 anos tem sido voz ativa na defesa dos interesses dos trabalhadores de Furnas, havia ingressado com ações judiciais durante o plantão judicial dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1) no mês passado. As ações buscavam impedir a realização da Assembleia de Acionistas da Eletrobras enquanto a empresa e a União estivessem em um ambiente de conciliação estabelecido pelo Ministro do STF Kassio Nunes Marques.

No dia 29 de dezembro de 2023, a ASEF obteve duas decisões liminares favoráveis à suspensão da Assembleia de Acionistas. No entanto, a Eletrobras recorreu e agravou todas as decisões favoráveis, levando o caso ao Supremo Tribunal Federal por meio de uma Reclamação com o objetivo de derrubar as liminares obtidas em segundo grau.

A Associação dos Empregados de Furnas tomou conhecimento da decisão monocrática do Ministro Alexandre de Moraes que atendeu ao pedido da Eletrobras e cassou as liminares que impediam a realização da AGE sobre a incorporação de Furnas. Diante disso, a ASEF afirmou que irá agravar a decisão monocrática por acreditar na força do direito em questão. Além do recurso jurídico, a ASEF continua a trabalhar intensamente para alertar a sociedade brasileira sobre os graves riscos que, segundo a associação, estão associados à operação de incorporação de Furnas pela Eletrobras.

A decisão de incorporação foi aprovada pelos acionistas da Eletrobras em uma votação-relâmpago na assembleia-geral extraordinária (AGE) realizada hoje, após a cassação das liminares pelo STF. Funcionários de Furnas, apoiados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, haviam pressionado contra a incorporação, destacando a necessidade de apresentação de um plano ou estudo sobre as consequências da operação da subsidiária. Essas preocupações incluíam garantias para a manutenção dos acordos coletivos, fundos de pensão recolhidos e o patrimônio jurídico dos empregados após a conclusão da operação.

Fonte: Brasil 247

Folha também ataca Lula por condenar o genocídio promovido por Netanyahu em Gaza

 De modo acaciano, o jornal afirma que "saída de Netanyahu seria melhor"

Lula e Netanyahu (Foto: Ricardo Stuckert/PR | ABIR SULTAN POOL/Pool via REUTERS)

De maneira uníssona, os três principais jornais da mídia corporativa atacaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por apoiar a ação da África do Sul contra o genocídio que vem sendo promovido pelo estado de Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza. Enquanto o Globo insultou o presidente Lula, acusando-o até de fomentar o antissemitismo, e o Estadão afirmou que o Itamaraty foi imprudente, a Folha adotou a linha acaciana e disse que "a saída de Netanyahu seria melhor". "A reação de Israel ao massacre, estupro e sequestro de civis cometido por terroristas do Hamas merece críticas, mas não justifica o abandono da equidistância tradicionalmente abraçada pelo Brasil", escreve o editorialista da Folha.

"Israel bloqueou a chegada de ajuda humanitária nos primeiros dias do contra-ataque. Agora, três meses depois, o grau e a extensão da destruição provocada pelos bombardeios e pela invasão israelense indicam que é hora de cessar fogo. Não é à toa que a opinião pública internacional, de início solidária à reação israelense, vai se tornando cada vez mais refratária à continuidade da operação militar", acrescenta.

"O premiê Binyamin Netanyahu talvez prefira adiar a decisão porque sabe que terá de prestar contas à sociedade israelense uma vez concluída a campanha militar", escreve o editorialista. "A condução da fase da política, que inevitavelmente sucederá a da guerra, será melhor sem Netanyahu no governo", acrescenta.

Fonte: Brasil 247

Reino Unido fornecerá mais 2,5 bilhões de libras à Ucrânia na guerra contra a Rússia

 Valor foi assegurado pelo primeiro-ministro Rishi Sunak

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, caminham do lado de fora da residência oficial 10 Downing Street em Londres, Grã-Bretanha, 8 de fevereiro de 2023 (Foto: REUTERS/Toby Melville)

O Reino Unido anunciará um aumento de £2,5 bilhões em ajuda militar à Ucrânia no próximo ano fiscal, de acordo com o primeiro-ministro Rishi Sunak. Essa será a maior contribuição anual do Reino Unido desde o início da guerra, segundo reportagem da BBC. O primeiro-ministro revelou a decisão durante uma visita ao país, onde também assinará um novo acordo de apoio à segurança de longo prazo da Ucrânia. O pacote de ajuda inclui mísseis de longo alcance, defesa aérea, conchas de artilharia e £200 milhões destinados a drones, a maioria de fabricação britânica. Destaca-se que o compromisso financeiro cobrirá o próximo ano fiscal, diferentemente da proposta de vários anos defendida por alguns funcionários.

Downing Street enfatizou que esse pacote de apoio representa a primeira etapa de uma alegada "parceria inabalável de cem anos entre a Ucrânia e o Reino Unido". Além dos recursos militares, o financiamento incluirá £18 milhões para ajuda humanitária, fortalecimento da infraestrutura energética da Ucrânia e mais recursos para treinamento online de inglês. O anúncio ocorre em meio à crescente pressão de parlamentares que buscavam maior clareza sobre o suporte à Ucrânia, enquanto os Estados Unidos e a União Europeia enfrentam dificuldades para concordar com seus próprios pacotes de ajuda, considerando a urgência de munições para a Ucrânia.

Fonte: Brasil 247 com reportagem da BBC

Com autonomia assegurada por Lula, Lewandowski inicia formação de sua equipe ministerial

 Novo ministro utilizará todo o prazo disponível até a posse, em 1º de fevereiro, para concluir a formação de sua equipe

Ricardo Lewandowski e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou Ricardo Lewandowski como o novo ministro da Justiça, sucedendo Flávio Dino a partir de 1º de fevereiro. Antes mesmo de assumir oficialmente, Lewandowski já deu início ao processo de seleção de profissionais para compor sua equipe ministerial, segundo aponta reportagem do Globo. Dentre os candidatos considerados para posições estratégicas estão advogados, juízes e profissionais com experiência no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o novo ministro atuou por 17 anos.

O Planalto comunicou a Lewandowski que não há pressão para contemplar o PSB na composição da equipe, indicando autonomia na escolha dos membros. Atualmente, a sigla ocupa quatro das nove secretarias da pasta. Lula, por sua vez, expressou o desejo de manter Andrei Rodrigues como diretor-geral da Polícia Federal, conferindo ao novo ministro a liberdade para realizar outras trocas na equipe.

A Secretaria de Segurança Pública desperta especial atenção, dada a sensibilidade do tema junto à população. Sete nomes já foram sondados para possíveis posições na equipe, destacando-se Manoel Carlos de Almeida Neto, considerado para o cargo de secretário-executivo. Outros candidatos incluem Ana Maria Neves, Jean Keiji Uema, Luís Geraldo Sant'Ana Lanfredi, Helena Trentini e Georghio Alessandro Tomelin.

O processo de seleção e definição da equipe ministerial está em andamento, e Lewandowski planeja realizar mudanças nos cargos-chave, enquanto mantém muitos dos nomes de terceiro e quarto escalão da equipe de Flávio Dino. Com a garantia de autonomia por parte de Lula, o novo ministro utilizará todo o prazo disponível até a posse, em 1º de fevereiro, para concluir a formação de sua equipe.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal O Globo

Preços do petróleo sobem após EUA e Reino Unido atacarem houthis no Iêmen

 Os contratos futuros do petróleo Brent registraram um aumento de 2,0%, atingindo US$ 79,00 por barril

Bomba de petróleo em Sommesous, na França (Foto: REUTERS/Pascal Rossignol)

Os preços do petróleo tiveram uma alta significativa após os Estados Unidos e o Reino Unido realizarem ataques aéreos e marítimos contra alvos militares dos Houthis no Iêmen, em resposta aos ataques do grupo a navios no Mar Vermelho. A escalada no conflito da região teve impactos diretos nos mercados asiáticos, segundo informa a agência Reuters.

Os contratos futuros do petróleo Brent registraram um aumento de 2,0%, atingindo US$ 79,00 por barril, enquanto o petróleo bruto do Texas (WTI) subiu 2,1%, alcançando US$ 73,55. A notícia, entretanto, teve uma resposta inicial limitada nos mercados, uma vez que os investidores adotaram uma abordagem de espera para avaliar os desdobramentos da situação.

A intensificação do conflito manteve os investidores cautelosos, refletindo-se no desempenho das ações asiáticas, que apresentaram um leve aumento de 0,1%. O índice mais amplo da região Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, avançou timidamente, mas permanece encaminhado para uma queda semanal de 0,7%.

Fonte: Brasil 247 com informação da Reuters

EUA interrompem fornecimento de armas à Ucrânia, diz Casa Branca

 A informação foi dada pelo Coordenador de Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby

Bandeiras da Ucrânia e dos Estados Unidos (Foto: Aquiles Lins)

TASS - Os Estados Unidos suspenderam as entregas de armas e equipamento militar à Ucrânia devido à falta de fundos orçamentários para financiar tais programas, disse o Coordenador de Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

“Emitimos o último pacote que tínhamos financiamento para apoiar”, disse Kirby, respondendo a uma pergunta sobre a ajuda militar de Washington ao governo de Kiev. 

“É por isso que é fundamental que o Congresso avance nesse pedido suplementar de segurança nacional e obtenhamos mais financiamento”, continuou ele. "A assistência que prestamos foi agora interrompida."

Nas suas estimativas, “a necessidade [de mais armas dos EUA na Ucrânia] é urgente neste momento, especialmente nestes meses de inverno”.

Há quase quatro meses, a administração de Washington enviou ao Congresso um pedido de dotações suplementares para o ano fiscal de 2024, que começou nos EUA em 1 de outubro, principalmente para fornecer ajuda a Israel e à Ucrânia, bem como para combater a China e a Rússia na Região da Ásia-Pacífico. No total, a administração Biden procura cerca de 106 bilhões de dólares para estes fins.

O destino do pedido e dos projetos de lei alternativos permanece incerto. Vários republicanos na Câmara dos Representantes e no Senado manifestaram-se recentemente contra a continuação do apoio financeiro a Kiev.

Fonte: Brasil 247 com Agência TASS

No topo da pirâmide de renda do Brasil, 70% do rendimento é isento e só 10% tributável

 Estudo revela que o 0,01% mais rico do país paga apenas 1,76% de alíquota efetiva de Imposto de Renda

(Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

Lucas Sampaio, Infomoney - Um grupo com 0,1% dos brasileiros que preencheram e enviaram a declaração do Imposto de Renda de 2023 concentra quase 12% de toda a renda declarada do país e os 10% “mais ricos” ficam com mais da metade (51,5%), aponta estudo do governo federal com dados do IR. Na outra ponta, os 50% “mais pobres” ficaram com menos de 15%.

O levantamento revela uma renda altamente concentrada entre quem declara o IR, com o topo da pirâmide recebendo grande parte dos seus rendimentos totalmente livres de impostos. Entre o 1% mais rico, 44,3% de toda a renda anual é isenta e 17,5% têm tributação exclusiva/definitiva. Entre o 0,1% de cima, quase 70% do rendimento é isento e menos de 10%, tributável. Já no 0,01% (“o crème de la crème“), a renda tributável respondeu por apenas 6,0% dos ganhos anuais.

Entre todos os rendimentos isentos, os lucros e dividendos representam 35,5%, segundo o relatório “Distribuição pessoal da renda e da riqueza da população brasileira“, produzido pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. Na sequência aparecem rendimentos como sócio/titular de microempresa e optantes do Simples Nacional (13,0%) e as transferências patrimoniais de doações e heranças (8,1%). Os rendimentos da Poupança respondem por apenas 4,4% do total.

O levantamento usa dados da Declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (DIRPF) de 2022, divulgados pela Receita Federal em 2023, e considera só o universo de quem declara IR — 38,4 milhões de pessoas, o equivalente a 35,6% da População Economicamente Ativa (PEA) do país. Os números apontam que a renda média anual foi de R$ 122.508, o equivalente a um salário de R$ 10.209 por mês entre quem declara IR.

Segundo o documento, as informações da DIRPF “permitem uma melhor compreensão do nível e do comportamento da renda e da riqueza no topo da estrutura distributiva”, por causa dos rendimentos de aplicações financeiras e ganhos de capital. Outro motivo é que as pesquisas domiciliares, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNADC-T) e a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), “tendem a subestimar os rendimentos do topo da distribuição — o que, por sua vez, subestima a perspectiva de desigualdade de renda mesurada a partir dessas fontes de informações”.

O estudo também aponta uma distorção na cobrança do IR: a alíquota efetiva que os contribuintes pagam (o imposto devido pela soma do total de rendimentos tributáveis e isentos). Ela é progressiva conforme a renda até chegar aos 7% mais ricos (quem está no “degrau 93”, em uma escala que vai de 0 a 100, pagou uma alíquota efetiva de 11% de IR no passado). A partir daí, a alíquota efetiva passa a ser regressiva, até chegar ao ponto em que o 1% mais rico paga apenas 4,2% de IR sobre os seus rendimentos e o 0,01% ainda menos: 1,76%.

Após a tributação de fundos exclusivos e offshores ser aprovada e sancionada no fim de 2023, o governo deve se voltar neste ano para a reforma do Imposto de Renda. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu na campanha de 2022 isentar de IR quem ganhar até R$ 5 mil por mês (uma promessa que já havia sido feita pelo então candidato Fernando Haddad em 2018, quando foi derrotado por Jair Bolsonaro). Bolsonaro inclusive encampou a ideia do rival, mas não a cumpriu em seu mandato. Hoje, mesmo na base de Lula há ceticismo quanto à viabilidade fiscal da medida.

Despesas dedutíveis - Outro problema apontado pelo estudo — e que o governo já disse querer restringir — são as despesas dedutíveis: elas seguem “uma tendência semelhante à observada para a concentração de renda”. São próximas a zero entre os contribuintes com menores rendimentos, enquanto os 10% mais ricos respondem por 41,6% de todas as deduções.

As deduções são concentradas principalmente em despesas médicas (que são ilimitadas e representaram 35,8% do total) e Previdência (32,2%). O restante foi dividido em 2022 entre dependentes (9,9%), educação (6,6%), pensão alimentícia (5,1%) e livro caixa (3,6%). “A ausência de limites de dedução para despesas médicas é recorrentemente apontada como uma distorção que reduz a progressividade do IRPF, gerando distorções distributivas e prejudicando a justiça tributária”, afirma o estudo.

Outra distorção apontada é que o 1% mais rico concentrou 52,1% de todas as deduções por livro caixa e 19,5% das deduções por contribuições à Previdência privada (a dedução por livro caixa pode ser feita pelo contribuinte que recebe rendimentos de trabalho não-assalariado, como trabalhadores autônomos, e opta por preencher a declaração completa do IR).

O estudo diz que o uso do livro caixa nas deduções aumentou de 4,9% em 2017 primeiro dado disponível) para 6,9% em 2022, e o classificou como “um crescimento expressivo para um intervalo de 5 anos”. “Pode indicar estar havendo, nos estratos de maior renda, tendência de redução do trabalho assalariado para aumento do trabalho autônomo, com benefícios fiscais que causam impacto negativo para a arrecadação”.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Perante o tribunal, Israel alega legítima defesa para justificar genocídio palestino e ataca a África do Sul

 Israel alega estar respondendo a um ataque do Hamas que matou 1.139 pessoas em seu território. No entanto, mais de 23 mil palestinos foram mortos em Gaza desde 7 de outubro

Tal Becker (Foto: Reprodução)

Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) retomou nesta sexta-feira (12) a análise da denúncia da África do Sul contra Israel, que acusa o país de promover um genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza. Na quinta-feira (11), a Corte ouviu os argumentos da África do Sul - que é apoiada por diversas organizações e países, como o Brasil - e desta vez ouve o lado israelense.

O consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Tal Becker, abriu a audiência alegando legítima defesa do país, já que os ataques israelenses a Gaza seriam uma resposta à ofensiva do Hamas em 7 de outubro, que matou 1.139 pessoas. Daquele dia até aqui, mais de 23 mil palestinos foram mortos em Gaza e outros 50 mil foram feridos por ataques de Israel.

O lado israelense também atacou a África do Sul, acusando-a de manter laços estreitos com o Hamas e pedindo a aplicação de medidas provisórias contra o país.

Na sequência, Tal Becker alegou que Israel protege os civis na Faixa de Gaza - apesar das mais fartas provas de que seus ataques ao enclave palestino são indeterminados. “O que Israel está a fazer em Gaza não é destruir pessoas, mas protegê-las. É o povo. Israel está numa guerra de defesa contra o Hamas, não contra o povo palestino", afirmou.

Ele classificou a acusação da África do Sul de “difamação”, mas não abordou em detalhes as alegações de genocídio que recaem sobre Israel, já que entre os milhares de mortos, a maioria são crianças e mulheres, ao mesmo tempo em que alvos dos bombardeios são escolas, universidades e hospitais.

Fonte: Brasil 247

Regiões mais ricas do Brasil têm menos mortes por doenças cardiovasculares, aponta estudo

 Estados com melhores indicadores sociais tiveram maior redução nas mortes por infarto e derrame em 20 anos, diz levantamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - A taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares caiu nos últimos 20 anos de forma diferente entre ricos e pobres no Brasil, segundo um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Regiões com maior nível de desenvolvimento humano registraram uma queda mais acentuada de mortes por derrame e infarto do que aquelas com piores índices. Para avaliar a taxa de mortalidade, os autores cruzaram o número de mortes com o índice sociodemográfico (ISD), que avalia o nível de desenvolvimento, e o de vulnerabilidade social (IVS) - que mostra como a riqueza está distribuída. As informações sobre o ISD foram obtidas no site do Global Health Data Exchange e o IVS do Atlas da Vulnerabilidade Social, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Nas últimas duas décadas, o Brasil melhorou os indicadores de vulnerabilidade social e a mortalidade por infarto reduziu, em média, 21%. Já a mortalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC) caiu aproximadamente 37%, segundo o levantamento.

No entanto, os dados gerais sobre doenças cardiovasculares revelam que, enquanto o Distrito Federal e a região Sul – que ostentam os melhores indicadores sociais – tiveram uma redução de cerca de 50% nas mortes, na Bahia e em Sergipe, por exemplo, a queda foi de apenas 7%. Já o Acre, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão chegaram a apresentar uma piora no número de óbitos.

Para os autores, a melhora na taxa de mortalidade ocorre em função de maior acesso a serviços de saúde e estratégias de prevenção e enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis. “Essas doenças podem ser prevenidas com medidas efetivas e de baixo custo”, diz o cardiologista José Lucas Bichara, um dos autores do estudo.

“A educação também tem um impacto muito grande, pois ela envolve desde o acesso ao sistema de saúde até conseguir interpretar receitas e recomendações médicas para, por exemplo, cuidar de doenças como hipertensão e diabetes”, avalia o cardiologista.

“Nas regiões com índices socioeconômicos mais elevados, há maior disponibilidade e acesso a serviços de saúde e tratamento das doenças, propiciando melhor manejo de condições crônicas de saúde”, diz a cardiologista Juliana Aparecida Soares, do Hospital Israelita Albert Einstein.

“Já os piores indicadores se associam a menor acesso à saúde em geral, o que acarreta, inclusive, maior vulnerabilidade emocional devido às dificuldades para acessar o tratamento, desde a distância, as condições de transporte e a disponibilidade de recursos como medicamentos e terapias de suporte”, completa a especialista.

Mais informação e educação em saúde

Além disso, maiores níveis de escolaridade estão relacionados a mais informação e educação em saúde, diz Soares. “Isso se associa a melhor autocuidado, incluindo melhor qualidade de alimentação, conscientização sobre benefícios da atividade física regular e acesso a locais para prática, melhor discernimento sobre sintomas e mais acesso a serviços para controle dos fatores de risco e manejos de condições graves, além de maior aderência ao tratamento”, enumera ela.

Um estudo recente, feito nos Estados Unidos, evidencia como a renda pode estar associada a fatores de risco cardiovascular, já que a precariedade dificulta até o acesso à alimentação saudável e possibilidades de mudanças no estilo de vida. Ao comparar mais de 20 mil adultos nos últimos 20 anos, os autores constataram que a prevalência de doenças como hipertensão e diabetes, além de tabagismo, era maior entre os mais pobres.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e as taxas de mortalidade entre os países variam em função do grau de desenvolvimento. Nações ricas costumam apresentar maior nível de incidência de doenças crônicas, provavelmente por maior exposição a fatores de risco e maior disponibilidade de métodos diagnósticos.

Mas a probabilidade de morte é maior em zonas com menor grau de desenvolvimento. “A desigualdade social impacta fortemente o panorama da saúde das populações e associa-se à discrepância no acesso à saúde e implementação e adoção de medidas de promoção e prevenção de saúde, bem como iniquidades em relação ao diagnóstico precoce, fundamental para diminuição da mortalidade cardiovascular”, finaliza Soares.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Einstein


Marqueteiro da pré-campanha de Ricardo Nunes fatura alto com apoio do PL

 Duda Lima, homem de confiança de Valdemar Costa Neto, é dono de duas empresas que receberam R$ 1,9 milhão do PL no ano passado

Duda Lima (Foto: Divulgação)

O marqueteiro Duda Lima, responsável pela pré-campanha do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), à reeleição, recebeu R$ 1,9 milhão do PL no ano passado.O partido apoia a candidatura de Nunes. Segundo a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, Lima é visto como homem de confiança de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e é proprietário de duas empresas que prestaram serviços à legenda, conforme informações da prestação de contas partidárias encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral.

A Quilômetro 20 Integração e Estratégia Criativa, uma das empresas de Lima, recebeu R$ 1,6 milhão do PL. Os repasses, realizados em oito parcelas entre março e novembro do ano passado, variaram entre R$ 155 mil e R$ 465 mil, sendo categorizados como "serviços técnico-profissionais".

Ainda de acordo com a reportagem, “a segunda empresa de Lima, a F.A.R.O Propaganda e Publicidade, também obteve recursos do PL, totalizando R$ 317.067. Os pagamentos foram distribuídos em três parcelas, nos meses de junho e julho, com descrição genérica de "Propaganda e Publicidade".

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Guilherme Amado, no Metrópoles

Após ter dito insultos ao pontífice, Milei convida o Papa Francisco para visitar a Argentina

 Antes de sua candidatura presidencial, o presidente argentino chamou a autoridade religiosa de “representante do maligno na Terra"

Papa Francisco e Javier Milei (Foto: Reuters)

O presidente argentino, Javier Milei, estendeu um convite ao Papa Francisco para visitar a Argentina, deixando para trás os insultos proferidos anos atrás, quando, antes de sua candidatura presidencial, ele havia qualificado o pontífice como o "representante do maligno na Terra".

Na carta presidencial enviada ao primeiro Papa argentino, Milei expressou: "Você sabe que não precisa de convite para retornar à sua amada Argentina. Apesar do risco de reiterar o que pode parecer desnecessário, convido-o cordialmente a visitar nossa querida nação."

Como informado pelo Globo, durante o debate presidencial de outubro, Milei afirmou ter pedido desculpas por essas declarações e mencionou que, se necessário, se desculparia novamente, embora não tenha abordado o assunto publicamente desde então.

Fonte: Brasil 247