quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Advogado de Trump diz que caso de fraude é "fabricado" e juiz enfrenta ameaça de bomba

 Autoridades do condado de Nassau responderam a uma ameaça de bomba na casa do juiz Arthur Engoron, que tem sido alvo frequente das críticas de Trump

Trump fala a jornalistas em tribunal em Nova York (Foto: REUTERS/Andrew Kelly)

Reuters - O advogado de Donald Trump argumentou nesta quinta-feira que um caso de fraude civil em Nova York que pode abalar o império empresarial do ex-presidente dos EUA é motivado pela política, enquanto uma ameaça contra o juiz que preside o caso levou o tribunal a reforçar a segurança no último dia do julgamento.

"Todo este caso é uma alegação fabricada para perseguir uma agenda política", argumentou o advogado Christopher Kise, enquanto Trump assistia da mesa de defesa. "Sempre foram notas das imprensa e posições, mas nenhuma prova."

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, tenta banir Trump do setor imobiliário do Estado e impor a ele cerca de 370 milhões de dólares em sanções por alegadamente ter manipulado o valor das suas propriedades para obter melhores condições de financiamento. O juiz Arthur Engoron já decidiu que Trump e a sua empresa cometeram fraude.

O New York Times informou que as autoridades do condado de Nassau responderam a uma ameaça de bomba na casa do juiz Arthur Engoron, que tem sido alvo frequente das críticas de Trump.

Um porta-voz do tribunal confirmou que Engoron havia sido ameaçado e um porta-voz do condado de Nassau confirmou que a polícia havia respondido a um incidente de segurança em uma residência às 5h30 (horário local), sem fornecer mais detalhes.

A segurança tem sido um problema durante todo o julgamento, que já dura meses. A principal funcionária de Engoron sofreu ameaças depois que Trump a criticou como sendo politicamente tendenciosa, o que levou o juiz a emitir uma ordem de silêncio impedindo-o de atacar a equipe do tribunal. Trump foi multado em 15 mil dólares por violar a ordem duas vezes.

Mais recentemente, na quarta-feira, Engoron negou a proposta de Trump de apresentar seus próprios argumentos finais depois que o ex-presidente não aceitou as regras básicas que o impediam de fazer um "discurso de campanha".

Ao chegar à corte, Trump mais uma vez criticou o julgamento como uma "caça às bruxas" e reclamou que não estava tendo permissão para apresentar seu caso.

"Eu realmente não tenho direitos", disse Trump.

Quando James, uma democrata eleita para o cargo, chegou no tribunal, algumas pessoas aplaudiram e gritaram "obrigada, James". A polícia montou guarda e controlou rigorosamente as entradas do edifício.

Trump, o principal candidato à indicação republicana para desafiar o presidente democrata Joe Biden na eleição de novembro, negou ter cometido irregularidades. Ele reclamou que o julgamento está interferindo em sua campanha, mas usou aparições ocasionais no tribunal para angariar apoio com comentários inflamados para as câmeras de jornalistas reunidos do lado de fora.

Os eleitores republicanos em Iowa e New Hampshire serão os primeiros a decidir seu candidato preferido neste mês, em disputas que são vistas como termômetros para a corrida mais ampla.

O processo é um dos muitos problemas legais que Trump enfrenta, embora nenhum tenha diminuído sua liderança sobre os rivais do partido.

Trump declarou-se inocente em quatro processos criminais, incluindo dois que o acusam de tentar ilegalmente reverter a sua derrota nas eleições de 2020 para Biden. Todos poderão ir a julgamento antes das eleições deste ano.

Engoron emitirá um veredicto em uma data posterior sem um júri. Ele considerou Trump responsável por fraude em setembro, deixando o julgamento focado principalmente em quanto dinheiro Trump deverá pagar por ganhos ilícitos.

Trump recorreu da decisão anterior de Engoron e é quase certo que recorrerá de qualquer veredicto contra ele, o que poderia atrasar o julgamento final por muitos meses a um ano ou mais.

Durante todo o julgamento, os promotores tentaram mostrar que Trump supervalorizou de forma consistente muitos dos edifícios, clubes de golfe e outros ativos que enalteceram sua reputação como magnata dos negócios antes de entrar para a política.

Trump admitiu ter fornecido avaliações incorretas de propriedades durante um depoimento desafiador e sinuoso em novembro.

Kise argumentou nesta quinta-feira que qualquer alegada manipulação era inofensiva, uma vez que os bancos e as seguradoras que trabalhavam com a Organização Trump continuavam a ter lucro. Eles estariam ansiosos para fazer negócios com Trump mesmo que seu patrimônio líquido fosse muito menor, disse Kise.

O julgamento contou com um tenso reencontro cara a cara entre Trump e seu ex-advogado Michael Cohen, que afirmou que o ex-presidente o orientou a manipular os valores dos ativos. Kise disse nesta quinta que Cohen é um "mentiroso em série".

Os filhos adultos de Trump, Donald Jr., Eric e Ivanka Trump, também depuseram, dizendo que tiveram pouco ou nenhum envolvimento na preparação dos demonstrativos financeiros de seu pai enquanto dirigiam a Organização Trump. Ao contrário de seus irmãos, Ivanka Trump não é ré.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

“Presidente Lula não poderia ter feito melhor escolha”, diz Messias sobre Lewandowski na Justiça

 “O ministro Ricardo Lewandowski é a pessoa certa para a missão. Os desafios da pasta da Justiça são imensos”, avaliou o AGU

(Foto: Reprodução/X)

O advogado-geral da União (AGU), ministro Jorge Messias, parabenizou o presidente Lula pela escolha de Ricardo Lewandowski para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Na mensagem publicada nesta quinta-feira (11) em sua conta no X (antigo Twitter), Messias afirmou que o presidente "não poderia ter feito melhor escolha" e destacou a experiência e a trajetória do novo ministro como fundamentais para enfrentar os desafios da pasta.

"O ministro Ricardo Lewandowski é a pessoa certa para a missão. Os desafios da pasta da Justiça são imensos", avaliou o AGU em seu tuíte. Em uma série de considerações, Messias abordou questões cruciais que o novo ministro terá pela frente, como a segurança pública, a relação do Executivo com o Sistema de Justiça, a cooperação federativa e internacional.

"Com sua chegada ao Ministério da Justiça, ganha o país, ganha o governo e, sobretudo, a sociedade brasileira", declarou Messias. Ele destacou a importância do cargo, responsável pela implementação de políticas cruciais para a garantia de direitos fundamentais, e expressou seu desejo de sorte ao novo ministro.

Além de Messias, ministros, senadores e a primeira-dama, Janja Silva, elogiaram a ida de Lewandowski para a Justiça. 

 

Fonte: Brasil 247

Governo planeja ações de proteção às mulheres durante o carnaval

 Uma das frentes é a de implementar o protocolo Não é Não

Carnaval e Ligue 180 (Foto: Reprodução | ABr)

Agência Brasil - Os ministérios do Turismo e das Mulheres estão planejando uma série de medidas para garantir ao público feminino neste carnaval mais segurança, principalmente contra práticas de assédio e importunação sexual. A iniciativa ocorre no âmbito da campanha Brasil sem Misoginia para o Carnaval.

Uma das frentes de ação é a de implementar, durante o período carnavalesco, o protocolo Não é Não, sancionado em dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As medidas contarão com a colaboração de estabelecimentos do setor de turismo, que vão desde hospedagem (hotéis, pousadas) à alimentação (bares, restaurantes), passando por transporte e casas noturnas.

Protocolo

O protocolo Não é Não foi criado para prevenir o constrangimento e a violência contra as mulheres em ambientes nos quais sejam vendidas bebidas alcoólicas, como casas noturnas, boates e casas de espetáculos musicais em locais fechados ou shows.

A Lei 14.786, que instituiu o protocolo, detalha alguns dos direitos das mulheres nesses ambientes, e deveres do estabelecimento. Entre eles está o de as mulheres serem imediatamente afastadas e protegidas do agressor e de serem acompanhadas por pessoas de sua escolha tanto enquanto estiverem no estabelecimento como para se dirigirem até seu transporte, caso queiram deixar o local. Estabelece também que caberá à mulher definir se sofreu “constrangimento ou violência”.

A nova legislação, no entanto, “não se aplica a cultos nem a outros eventos realizados em locais de natureza religiosa”.

Apoio

Em nota, o Ministério das Mulheres informou que o tema tem sido pauta de reuniões entre a ministra Cida Gonçalves e o ministro do Turismo, Celso Sabino, com a participação de representantes do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur) e da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que já manifestaram apoio à iniciativa.

"É no carnaval que muitas mulheres são vítimas de abuso e outras violências. Com essa campanha, queremos tornar o carnaval e outras festas nacionais mais seguras para mulheres e meninas", explicou a ministra Cida Gonçalves ao lembrar que, no Brasil, 45% das mulheres já tiveram o corpo tocado sem consentimento em local público.

“O Brasil é reconhecido como um país de grande hospitalidade, mas não podemos permitir que essa característica seja confundida com a liberdade ou disponibilidade que muitos turistas, infelizmente, ainda acreditam que as nossas brasileiras têm”, acrescentou o ministro do Turismo.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

"Acertada a decisão do presidente Lula de convidar Lewandowski para suceder Dino", avalia Gleisi

 "Sua trajetória e seu compromisso com a Democracia, a Constituição e o estado de direito são reconhecidos por todos", afirmou a presidente do PT

Gleisi Hoffmann, Lula e Ricardo Lewandowski (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), elogiou a decisão do presidente Lula (PT) de nomear o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski como novo ministro da Justiça e Segurança Pública. Ele assumirá o cargo em 1 de fevereiro, no lugar de Flávio Dino, que deixará a pasta para ingressar no STF. 

"Acertada a decisão do presidente Lula de convidar Ricardo Lewandowski para suceder ao Flávio Dino no Ministério da Justiça. Sua trajetória e seu compromisso com a Democracia, a Constituição e o estado de direito são reconhecidos por todos. Certeza de que continuará contribuindo muito para o Brasil na nova missão. Parabéns e sucesso, ministro Lewandowski", publicou a parlamentar no X, antigo Twitter, nesta quinta-feira (11).

Fonte: Brasil 247

Morre Beto Gabriel, o Tibúrcio de “A Praça é Nossa”, aos 67 anos


Beto Gabriel Sdrigotti estava internado em hospital de Curitiba (PR) e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Foto: Reprodução

 O humorista Beto Gabriel Sdrigotti, conhecido por interpretar Tibúrcio em “A Praça é Nossa”, morreu nesta quarta (10), aos 67 anos. Ele estava internado em um hospital de Curitiba (PR) e sofreu uma parada cardiorrespiratória por volta das 23h40, segundo familiares.

Além do “Gaúcho da Praça”, no SBT, Beto também foi radialista na Máxima FM e na antiga Rádio Clube, ambas em Joinville (SC). Ele também foi destaque no programa “Show do Tom”, na Record, participando do quadro “Show de Piadas”.

Seu velório está marcado para esta quinta (11), a partir das 18h, no Cemitério Parque Jardim das Flores, em Joinville, e o sepultamento ocorrerá no mesmo local na sexta (12), às 10h. O humorista deixa esposa, filhos e netos.

Fonte: DCM

Aposentadorias acima de um salário mínimo no INSS terão reajuste de 3,71% em 2024

Agência do INSS. Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

 Aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que recebem acima do salário mínimo terão um reajuste de 3,71%. A correção equivale somente ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) registrado entre janeiro e dezembro de 2023 e não haverá um aumento real para os beneficiários.

As pessoas que começaram a receber o benefício acima do piso a partir de fevereiro de 2023 terão um reajuste proporcional à variação do INPC no período. Atualmente, a Previdência paga mais de 39 milhões de benefícios, sendo cerca de 26 milhões deles no valor de um salário mínimo.

Os beneficiários que recebem o piso terão uma correção acima da inflação, já que o salário mínimo deste ano, estipulado em R$ 1.412, teve uma alta de 6,97% em relação ao do ano passado. O valor foi definido com base na inflação entre dezembro de 2022 e novembro de 2023 (3,85%) e mais os três pontos percentuais da expansão do PIB (Produto Interno Bruto).

Com base no INPC, o teto dos benefícios também teve seu limite aumentado de R$ 7.507,49 para R$ 7.786,01 em 2024. Esse é o valor máximo para os benefícios previdenciários e para as contribuições recolhidas à Previdência Social.

A data do pagamento com reajuste depende do último número do benefício, que desconsidera o dígito verificados, após o traço. No caso, por exemplo, do número 987.654.321-0, o último número considerado é o 1.

As aposentadorias e pensões com final 1 e 6 serão pagas com reajuste a partir do dia 1º de fevereiro. Veja abaixo o calendário completo:


Os valores dos benefícios podem ser consultados por meio do site Meu INSS, na aba “Extrato de Pagamento”, ou por meio de ligação para a Central 135, disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h.

Fonte: DCM

Saiba quem é o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que conhece o presidente Lula há quatro décadas

 Lewandowski entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2006, por indicação de Lula, e ficou no cargo até abril do ano passado, quando se aposentou ao completar os 75 anos

Enrique Ricardo Lewandowski tem 75 anos e nasceu no Rio de Janeiro (RJ), mas cresceu e fez faculdade em São Bernardo do Campo (SP), mesma região em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a carreira como sindicalista, nos anos 1970.


Lewandowski entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2006, por indicação de Lula, e ficou no cargo até abril do ano passado, quando se aposentou ao completar os 75 anos, idade limite para o cargo, e sua vaga foi destinada para Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula.


Formou-se em Ciências Políticas em 1971 e em 1973 se formou em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo.


Ricardo Lewandowski ainda fez mestrado, doutorado e foi professor titular da Universidade de São Paulo (USP). Entrou na magistratura em 1990, sem concurso público, indicado pelo quinto constitucional para o Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo.


Durante os anos 1980, o jurista ocupou cargos políticos em governos do antigo PMDB (atual MDB). Ele foi secretário de governo de São Bernardo do Campo, na gestão de Aron Galante, e presidente da Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo (Emplasa).


A relação com São Bernardo do Campo aparece em vários momentos da vida de Lewandowski.


Segundo reportagem da Folha de S.Paulo de 2007, a mãe de Lewandowski, Karolina, era amiga de Marisa Letícia, ex-esposa de Lula que morreu em 2017. Lewandowski disse na ocasião que admirava Lula, mas que isso não influenciava nas suas decisões no STF, por ser sem partido.


Lewandowski protagonizou vários momentos de discordância (e até bate boca) com o então presidente do STF, Joaquim Barbosa. Parte desses embates aconteceram durante julgamentos de recursos de alvos do Mensalão, escândalo do primeiro governo Lula.


Em uma das discussões mais famosas, Joaquim Barbosa chegou a dizer que Lewandowski estava fazendo “chicana”, porque estaria dificultando o andamento de um processo.


Ricardo Lewandowski foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral entre 2006 e 2012. Durante sua passagem pela presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) criou a obrigatoriedade das audiências de custódia em até 24 horas em tribunais de todo o país.


Presidiu o julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff em agosto de 2016, quando decidiu um julgamento dividido em duas partes, o que permitiu a manutenção dos direitos políticos de Dilma após perder o cargo.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

Renan Filho estima investimentos de R$ 122 bilhões em novos leilões de rodovias federais

 Ministro dos Transportes pretende acelerar projetos de concessão em todas as regiões do País

Ministro dos Transportes, Renan Filho (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro dos Transportes, Renan Filho, revelou nesta quarta-feira (10/01) as projeções ambiciosas para o ano de 2024, destacando a realização de mais de 10 leilões de concessão de rodovias como parte dos esforços para impulsionar o setor de infraestrutura do país.

No balanço apresentado, o ministro anunciou que o ano de 2023 registrou um expressivo aumento nos investimentos, totalizando R$ 14,5 bilhões em obras, em comparação aos R$ 8,1 bilhões do ano anterior. Essa cifra representa o maior volume de investimentos desde a implementação do teto de gastos, em 2016.

Renan Filho enfatizou a importância das mudanças promovidas pelo governo do presidente Lula, especialmente o novo arcabouço fiscal e a PEC da Transição, como fatores impulsionadores desse crescimento econômico. O teto de gastos, criado no final de 2016, marcou um novo patamar nos investimentos, e as projeções para 2024 indicam uma continuidade desse cenário positivo.

O ano de 2024 inicia com a perspectiva de realização de 13 leilões de concessões de rodovias, com potencial para injetar expressivos R$ 122 bilhões em investimentos privados, otimizando contratos e impulsionando o desenvolvimento do setor.

Dentre as metas estabelecidas para o ano estão aprimorar a infraestrutura de transportes, garantindo condições competitivas para o escoamento da safra, intensificar e concluir obras estruturantes no âmbito do Novo PAC, além de atingir a marca de 80% de avaliação "Bom" no índice de conservação de rodovias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Renan Filho expressou otimismo em relação ao futuro, estimando que, ao longo dos quatro anos de sua gestão à frente do Ministério dos Transportes, os investimentos alcancem a faixa de R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões, impulsionados pelo novo arcabouço fiscal.

O ministro destacou os resultados positivos de 2023, com a recuperação, pavimentação e duplicação de 4,6 mil quilômetros de rodovias, mais do que o dobro do registrado no ano anterior. Em relação às ferrovias, ressaltou a relevância da isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para obras ferroviárias, representando uma redução significativa de 15 a 20% no Capex (Capital Expenditure) desses empreendimentos.

Com um panorama mais equilibrado e indicadores econômicos mais sólidos, Renan Filho enfatizou que o Brasil está se preparando melhor para o futuro por meio desses investimentos estratégicos.

Fonte: Brasil 247

Fazenda estuda tributar compras online internacionais de até US$ 50 para compensar desoneração

 Decisão final sobre a desoneração da folha de pagamentos caberá ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que só irá se posicionar após conversar com o ministro Fernando Haddad

Fernando Haddad (Foto: Reprodução | Reuters/Ueslei Marcelino)

O Ministério da Fazenda está empenhado em encontrar alternativas viáveis de arrecadação para compensar a eventual manutenção da política de desoneração da folha de pagamentos. Técnicos do Ministério estão avaliando sugestões e propostas apresentadas por parlamentares e membros do governo para garantir recursos que financiem o programa, cujo custo estimado para este ano é de R$ 16 bilhões.

Entre as alternativas em análise, destaca-se a possibilidade de taxação de compras online de sites estrangeiros, com valor inferior a US$ 50, uma medida que poderia gerar recursos para compensar os custos do programa. A decisão final sobre a desoneração caberá ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que declarou que só dará a palavra após uma conversa com o ministro Fernando Haddad na próxima semana

A proposta de taxação de compras online, que atualmente estão isentas de tributação federal, é uma das opções consideradas. Atualmente, apenas o ICMS estadual, com uma alíquota de 17%, incide sobre essas transações. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, “em conversas reservadas nos últimos dias, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, colocou a possibilidade sobre a mesa, assim como o remanejamento de parte dos recursos hoje destinados ao fundo eleitoral (R$ 4,9 bilhões)”.

A necessidade de compensar os custos com o programa de desoneração visa evitar impactos negativos nas contas do governo, que apresentaram resultados positivos em 2023, incluindo a queda da inflação e a redução da taxa básica de juros (Selic). A MP baixada pelo governo, que revogou a desoneração da folha de pagamentos, também fixou um limite para compensações tributárias de empresas com o Fisco e extinguiu o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).

Pacheco expressou a possibilidade de revisão da meta de déficit fiscal zero neste ano caso a MP seja rejeitada sem uma solução para compensar os custos do programa. Ele defende um fundo eleitoral menor para as eleições deste ano, aproximando-se do valor praticado no pleito municipal de 2020 (R$ 2,5 bilhões a preços atuais).

A discussão em torno da taxação de compras online de sites estrangeiros também envolve interesses da indústria têxtil e de confecções, que teme perder competitividade diante das concorrentes externas não taxadas. O governo busca equilibrar a taxação de forma a gerar recursos para a desoneração e responder às queixas do setor, sem despertar insatisfações internas.

O desafio das equipes técnicas é calibrar a taxação de forma a evitar críticas dentro do próprio governo. A experiência passada, em que a primeira-dama Janja da Silva criticou uma proposta semelhante, serve como alerta. A Receita Federal, desde então, lançou o programa Remessa Conforme para regularizar o comércio e uniformizar uma alíquota de ICMS de 17% sobre a importação de até US$ 50.

Fonte: Brasil 247 com informação do jornal O Estado de S. Paulo

Alimentação em casa registra deflação em 2023, após três anos de alta

 A queda nos preços desta categoria beneficia principalmente os mais pobres. Óleo de soja, frango em pedaços e carnes foram os produtos que mais baratearam

(Foto: REUTERS/Adriano Machado | Tânia Rêgo/Agência Brasil | Freepik)

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (11), que apontam que a inflação fechou o ano de 2023 em 4,62%, abaixo do teto da meta estabelecido pelo Banco Central (BC), revelam que os alimentos no domicílio tiveram deflação em 2023 após registrarem alta por três anos consecutivos. A deflação neste segmento beneficia diretamente a população mais pobre e representa um ganho político para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tinha na redução dos preços dos alimentos uma de suas bandeiras de campanha.

O grupo de Alimentação e Bebidas apresentou uma deflação de 1,03%, impulsionada pela queda nos preços dos alimentos no domicílio. Itens como óleo de soja (-28,00%), frango em pedaços (-10,12%), e carnes (-9,37%) foram os principais contribuintes para essa tendência de queda. O destaque fica para o óleo de soja, que teve preços em declínio em 10 dos 12 meses de 2023.

Comparativamente, os anos anteriores foram marcados por altas expressivas nos preços dos alimentos, com aumentos de 13,21% em 2022, 8,23% em 2021 e 18,16% em 2020. A jornalista Míriam Leitão observa, em em sua coluna no jornal O Globo, que “a super safra de 2023 que foi a responsável pela queda do preço, este ano, não deve se repetir. O ano passado já sofreu algum reflexo dos efeitos climáticos, especialmente as chuvas no Sul. Em 2024, os efeitos do El Nino nas plantações pode atrasar o plantio e a colheita. Então, alguns economistas já projetam que a inflação de alimentos será de 4%”. Segundo o IBGE, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve somar 306,5 milhões de toneladas em 2024, recuo de 2,8% frente a 2023 (8,9 milhões de toneladas). 

Ouvido pela reportagem, o economista Ricardo Barboza, pesquisador associado ao FGV Ibre, ressalta que apesar da possibilidade do cenário de deflação não se repete em 2024, "sairíamos de -0,5% para algo em torno de 4,2% na inflação de alimentos, o que ainda é um comportamento benigno, pois é um número abaixo da série histórico, que depois da implantação de regime de metas fica em torno de 7%".

Fonte: Brasil 247

Lula diz que fará mudanças em anúncios de programas do governo e prevê: "economia vai crescer mais do que estão dizendo"

 Presidente afirmou que 2024 será "primoroso" e disse que pretende fazer lançamento de programas diante da imprensa especializada em cada tema

Lula em anúncio de Ricardo Lewandowski como ministro da Justiça (Foto: Reprodução)

Durante o anúncio de que o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski será o novo ministro da Justiça e Segurança Pública a partir de 1 de fevereiro, o presidente Lula (PT) fez um balanço do primeiro ano de seu terceiro mandato e falou sobre perspectivas para 2024.

Ele garantiu que a população brasileira "ganha" com a chegada de Lewandowski ao governo e com a ida do ainda ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal: "esse aviso é muito gratificante e coroa o meu primeiro ano de mandato. Eu estou muito feliz com o que aconteceu no primeiro ano de mandato aqui". 

O presidente celebrou que o país tenha superado todas as expectativas de crescimento em 2023. "Estou muito feliz porque em janeiro eu fui a Hiroshima e por acaso encontrei com a diretora-geral do FMI, e ela me disse que o Brasil ia estar em uma situação difícil, porque o ano seria difícil e porque o Brasil não iria crescer mais que 0,8%. Eu disse a ela: 'olha, com todo respeito que eu tenho à senhora, a senhora não conhece o Brasil, a senhora não me conhece e o Brasil vai crescer mais do que a senhora está prevendo'. E cresceu". 

"Quero dizer a todas as pessoas que estão aqui, da imprensa: quando a gente faz uma análise política e econômica e a gente analisa pesquisa e a gente analisa que tem uma coisa que está difícil de acontecer, não é para a gente ficar transformando aquela pesquisa em uma verdade absoluta. A pesquisa existe para que a gente tenha condições de fazer mudanças de rumo e fazer as coisas acontecerem. Eu não sou um presidente da República que faço um diagnóstico e fico feliz com o diagnóstico. Eu fico feliz quando eu consigo fazer com que sejam colocadas em prática as políticas capazes de mudar e melhorar a situação que foi diagnosticada", complementou. 

Lula também adiantou que fará mudanças nos anúncios de programas do governo, que agora contarão com perguntas da "imprensa especializada". "Eu vou marcar um outro café da manhã com a imprensa para discutir temas gerais. E quero dizer para vocês que eu também vou diminuir o lançamento de programas como nós fazemos aqui no Palácio e vamos fazer o programa conversando com a imprensa. Vamos juntar a imprensa especializada, na educação, em economia, em saúde, em transporte, em qualquer assunto, e vamos fazer a apresentação para que vocês possam fazer as perguntas que vocês quiserem". 

Por fim, o presidente previu um ano "primoroso" e afirmou que o crescimento do país vai surpreender novamente, com o impacto das políticas públicas de 2023 sendo sentidos ao longo deste ano. "Estou convencido de que vamos ter um outro ano primoroso nesse país. A economia vai crescer mais do que os especialistas estão dizendo. Mas percebam que as coisas estão acontecendo. Se você pegar as coisas que aconteceram este ano você vai analisar que em todas as atividades, em todas as áreas do governo tem investido em 2023 o dobro de dinheiro muitas vezes do que foi investido nos quatro anos passados. E esse dinheiro ainda não chegou na ponta. As políticas não chegaram na ponta. Quando você planta um pé de soja, você joga uma semente, por mais pressa que você tenha, por mais necessidade que você tenha, você vai ter que esperar no mínimo quatro meses para fazer a colheita. Então nós esse ano vamos colher o que nós plantamos em 2023 e vamos plantar novas coisas".

Fonte: Brasil 247

Lewandowski vai focar na segurança pública e quer endurecer atuação na área-chave do ministério

 Novo ministro da Justiça pretende manter uma boa interlocução com as polícias estaduais e quer corrigir lacunas no sistema penitenciário do país

Ricardo Lewandowski (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski foi anunciado nesta quinta-feira (11) como novo ministro da Justiça e Segurança Pública. A nomeação acontece após conversas com o presidente Lula (PT) e em decorrência da saída de Flávio Dino do cargo para assumir uma cadeira no Supremo.

Lewandowski, em suas interações com Lula, segundo conta Guilherme Amado, do Metrópoles, expressou concordância com os alertas que têm sido feitos ao presidente sobre a urgência de enfrentar os desafios da segurança pública no país. O novo ministro enfatiza a importância de um endurecimento na política de segurança, seguindo a abordagem adotada por Dino. 

Uma das principais propostas de Lewandowski é manter uma sólida interlocução com as polícias estaduais, promovendo investimentos e incentivando o trabalho conjunto. Ele acredita que essa abordagem colaborativa é fundamental. Além disso, ele defende encarar as lacunas no sistema penitenciário como parte da solução para a crise de segurança. 

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

TRE-PR julga no dia 25 caso que pode levar à cassação do mandato de Sergio Moro

 PT e PL acusam o senador e ex-juiz parcial de uso de caixa dois e suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022

Sergio Moro (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) será julgado no  próximo dia 25 de janeiro pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) em um processo que poderá resultar na cassação do mandato do parlamentar. Em dezembro, Moro depôs como réu no TRE-PR, enfrentando acusações que incluem o uso de caixa dois e suposto abuso de poder econômico, em ações movidas pelo PL e PT. Caso Moro seja cassado pela Justiça Eleitoral, uma eleição suplementar para o Senado no Paraná poderá ser convocada, explica o jornalista Esmael Moraes em seu blog.

Na condição de autor da ação, PT ou PL podem questionar a imparcialidade da desembargadora Cláudia Cristofani, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), devido às suas ligações de amizade com Sergio Moro.

Fonte: Brasil 247 com informações do blog do Esmael Moraes

Antena captou sinal de celular de passageiro de helicóptero desaparecido

 O Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), da Polícia Civil, confirmou que uma antena identificou sinais do aparelho celular

O Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), da Polícia Civil, confirmou que uma antena identificou sinais do aparelho celular de Raphael Torres, um dos passageiros do helicóptero que desapareceu no Vale do Paraíba no último dia 31, que seguia rumo a Ilhabela (SP) após declarar à torre que estava com dificuldades de visibilidade.  O helicóptero chegou a fazer um pouso de emergência à beira de uma represa, mas partiu na sequência para outra tentativa de voo.

De acordo com  Metrópoles, a mesma antena já havia captado sinal emitido pelo smartphone de Luciana Rodzewics, que também estava no aparelho. Segundo o Dope, sinais do celular de Raphael foram registrados até as 23h54 do dia 31 de dezembro. No caso de Luciana, o aparelho emitiu sinais que foram identificados pela antena até às 22h14 do dia 1° de janeiro, cerca de 33 horas após a decolagem em São Paulo.

“Uma antena repetidora recebeu sinal do celular da Luciana e do Raphael. Essa antena fica no quilômetro 54 da Rodovia dos Tamoios e nos informa uma direção específica. Não é um ponto cravado, é uma direção geral, que se abre como se fosse um cone, então ainda é uma área bastante grande”, disse André Mansur, delegado do Departamento de Operações Policiais Estratégicas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula diz que Lewandowski montará equipe do ministério e depois 'vamos discutir quem fica e quem sai'

 A principal dúvida é sobre o destino do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli. "Eu tenho por hábito não indicar ninguém", avisou Lula

Flávio Dino, Lula, Ricardo Lewandowski e Janja (Foto: Reprodução)

O presidente Lula (PT) anunciou oficialmente nesta quinta-feira (11) a nomeação de Ricardo Lewandowski como novo ministro da Justiça e Segurança Pública e disse que "ganha o Brasil" com sua chegada ao governo e com a ida do ainda ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF).

"Fico feliz porque o Lewandowski deixou a cadeira do STF, após anos de contribuição na Suprema Corte, e vai assumir o lugar do companheiro Flávio Dino, em 1° de fevereiro. Ganha o Ministério da Justiça e Segurança Pública com o Lewandowski, ganha a Suprema Corte com Flávio Dino e ganha o Brasil", afirmou o presidente.

Lula explicou que Lewandowski tomará posse como ministro em 1 de fevereiro e que, até lá, Dino permanecerá no cargo. A nova equipe do ministério, segundo o presidente, será montada por Lewandowski e depois revisada por ele. No entanto, Lula disse que tem por hábito não interferir na montagem de equipes. "Quando eu indico uma pessoa, eu indico por uma relação de confiança. E eu digo para a pessoa: 'monta o seu governo. Quando você estiver com seu governo montado, você me procure que eu vou ver se tenho coisas contrárias a alguém ou tenho alguma indicação para fazer'. Eu tenho por hábito cultural não indicar ninguém em nenhum ministério. Eu quero que as pessoas montem o time que ele vai jogar". 

"Eu, se fosse técnico de futebol, não permitiria que o presidente do meu time, por mais importante que fosse, fosse escalar o meu time. O meu time sou eu que escalo. Se eu perder, me tirem, se eu ganhar, eu continuo. Então eu disse ao companheiro Lewandowski só vou fazer o decreto da oficialização dele, a pedido dele por conta de coisas particulares, no dia 19, e nós acertamos que ele toma posse como ministro no dia 1 de fevereiro", acrescentou.

Na sequência, Lula afirmou que quando o novo ministro tiver uma equipe montada, "ele vai conversar comigo e aí nós vamos discutir quem fica, quem sai, quem entra, quais são as novidades". A principal dúvida é sobre o destino do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli. Ele deverá ser substituído pelo advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, que ocupou o cargo de secretário-geral do STF quando Lewandowski era presidente da Corte. 

Fonte: Brasil 247