quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Mercado argentino reage a Milei e economia mergulha à beira do colapso

 Os preços dos títulos estão em queda, o peso argentino se enfraquecendo novamente e investidores demonstram receio com os novos leilões de dívida do governo

Milei, dólar e Banco Central da Argentina (Foto: REUTERS)

Reuters - Os mercados argentinos, que dispararam depois que o presidente Javier Milei assumiu o cargo há um mês, agora estão dando ao líder libertário uma dose de realidade, com os preços dos títulos caindo, o peso se enfraquecendo novamente e os investidores cautelosos com os novos leilões de dívida do governo.

O banho de água fria dos investidores, após uma lua de mel inicial, ressalta o enorme desafio que Milei enfrenta ao tentar conter a inflação -- que se aproxima de 200% --, evitar a agitação social, reconstruir as reservas do país e resgatar um programa de 44 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ele também enfrenta resistência no Congresso, onde sua coalizão libertária não tem maioria, ao seu projeto de reforma "omnibus", que visa privatizar entidades estatais e aumentar os impostos. Um decreto que desregulamenta a economia também enfrentou obstáculos legais.

"A realidade está batendo na cara dele", disse o analista financeiro local Marcelo Rojas. "Suas intenções são boas, mas isso não é suficiente e é isso que estamos começando a ver."

Os preços dos títulos soberanos do país começaram a cair depois de uma forte corrida desde a vitória de Milei em meados de novembro. Um índice de risco do país atingiu o nível mais alto em sete semanas, e um título "Bopreal" destinado aos importadores não conseguiu encontrar compradores.

Enquanto isso, a diferença entre a taxa de câmbio oficial do peso-dólar e as taxas paralelas -- usadas por muitos para contornar os rígidos controles de capital -- está aumentando novamente depois que uma grande desvalorização em dezembro a reduziu significativamente.

"O governo está começando a enfrentar seus primeiros obstáculos. Sua falta de força política está agora mais evidente: o bônus para os importadores não conseguiu decolar e a diferença cambial aumentou novamente mais cedo do que o esperado", disse a corretora Cohen em uma nota.

Ela acrescentou que o decreto de Milei e o projeto de reforma não parecem promissores, a menos que o presidente esteja disposto a fazer concessões.

No entanto, o banco central acumulou quase 4 bilhões de dólares em reservas de moeda estrangeira desde que Milei assumiu o cargo, e o índice de ações local S&P Merval continua em forte alta, com a empresa petrolífera estatal YPF tendo sido impulsionada por conversas sobre privatização.

Olhos na inflação - Enquanto isso, todos os olhos estão voltados para a economia, com a expectativa de que a inflação tenha chegado a quase 30% em dezembro e ultrapassado 200% no ano passado. Dois quintos da população já está na pobreza.

O país, um importante exportador de grãos, também está correndo para reviver seu enorme acordo com o FMI, com negociações em Buenos Aires na última semana com o objetivo de desbloquear a sétima revisão do programa e cerca de 3,3 bilhões de dólares em recursos.

O economista Aldo Abram, da Fundação Libertad y Progreso, disse que as perspectivas do mercado dependem muito do sucesso ou fracasso de Milei em suas reformas.

"O lado ruim é que, como está acontecendo agora, todas as notícias que possam desacelerar o progresso do governo criarão uma queda ainda maior na demanda por pesos, colocando-nos mais perto da hiperinflação", disse Abram.

"Por outro lado, tudo o que levar à confirmação da mudança de rumo incentivará a preferência por ativos locais, afastando-nos da crise."

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Navios de guerra do Reino Unido e dos EUA repelem o "maior ataque" dos Houthis no Mar Vermelho até hoje

 Rebeldes do Iêmen teriam lançado 18 drones de ataque unidirecionais e três mísseis antinavio na rota comercial, segundo os militares dos EUA

Houthis iemenitas apreendem navio Israelense no Mar Vermelho (Foto: Reprodução X)

Um destróier britânico operando no Mar Vermelho ao lado de navios de guerra dos EUA repeliu o que o Secretário de Defesa do Reino Unido, Grant Shapps, descreveu nesta quarta-feira (10) como o "maior ataque" realizado na região pelos rebeldes Houthis do Iêmen, informou a agência Sputnik. 

"Durante a noite, o HMS DIAMOND, juntamente com navios de guerra dos EUA, repeliu com sucesso o maior ataque dos Houthis apoiados pelo Irã no Mar Vermelho até hoje. Utilizando mísseis Sea Viper e armas, o DIAMOND destruiu vários drones de ataque que se dirigiam para ele e para o transporte comercial na área", disse ele.

Nem o navio britânico nem sua tripulação sofreram danos ou ferimentos, acrescentou Shapps. Ele condenou os "ataques ilegais" contra o transporte comercial na via navegável crucial e ameaçou os rebeldes iemenitas com consequências.

O Comando Central dos EUA disse durante a noite que o grupo naval, que incluía o porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower, abateu um ataque de 18 drones de ataque unidirecionais e três mísseis antinavio disparados pelos Houthis no sul do Mar Vermelho. Estima-se que 26 ataques em rotas comerciais de navegação tenham sido registrados na região até hoje.

Os Houthis disseram em novembro que atacariam qualquer navio ligado a Israel, a menos que o regime sionista encerrasse o genocídio do povo palestino na Faixa de Gaza. Semanas depois, os Estados Unidos anunciaram a criação de uma operação multinacional com o objetivo declarado de garantir o comércio no Mar Vermelho.

Fonte: Brasil 247

Delegado bolsonarista fica estarrecido ao ser alertado sobre aumento de crimes por conta dos CACs (vídeo)

 'A cara do minion é impagável! O cara é delegado e se mete num debate sobre segurança pública sem saber p*** nenhuma', afirmou um internauta

Delegado Palumbo (Foto: Claudio Reis / Câmara dos Deputados)

Deputado federal pelo MDB-SP, o Delegado Palumbo ficou estarrecido após ser alertado sobre o aumento da criminalidade por causa das atividades de caçador, atirador desportivo e colecionador (CAC). Números obtidos via Lei de Acesso à Informação pelo Bom Dia Brasil e divulgados em março do ano passado, apontaram que o registro de crimes cometidos por CACs teve alta de 745% nos últimos quatro anos no Distrito Federal. E as ocorrências enquadradas pela lei Maria da Penha subiram no período 1.100%. 

O jornalista Cesar Calejon também se pronunciou. "A cara do minion e a reação da mulher no fim do vídeo são impagáveis! O cara é delegado e se mete num debate sobre segurança pública sem saber p*** nenhuma!".

Internautas comentaram sobre a reação do parlamentar bolsonarista. De acordo com o deputado federal Nilton Tatto (PT-SP), "esse debate sobre CACs é imprescindível e quando bem fundamentado, não deixa margem para dúvidas". "É por isso que sou autor de um Projeto de Lei que proíbe os CAC's e extingue clubes de tiro".

Durante o governo Jair Bolsonaro (PL), o Anuário de Segurança Pública informou, com base em informações do Exército, que o número de pessoas com registros de armas de fogo aumentou 474% na gestão dele (2019-2023). As estatísticas são referentes às atividades de CAC até 1º de julho de 2022.

Fonte: Brasil 247 com informação do Bom Dia Brasil

Tebet garante recursos para pagar pisos salariais da saúde e educação

 Ministra do Planejamento e Orçamento também confirmou investimentos em políticas habitacionais

Simone Tebet (Foto: Lula Marques/Ag. Brasil)

Agência Brasil - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta terça-feira (9) que o governo dispõe de recursos este ano para pagamento dos pisos salariais da saúde, educação e investir em políticas habitacionais.

“Iremos cumprir os pisos da educação, da saúde. Teremos muito recurso para infraestrutura, para o programa Minha Casa, Minha Vida”, afirmou em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

De acordo com a ministra, está garantido ainda o pagamento da bolsa a estudantes de baixa renda no ensino médio para permanência na escola.

Simone Tebet destacou ainda que com as mudanças aprovadas no ano passado, como a reforma tributária, está um “pouco mais otimista” em comparação ao mercado financeiro quanto ao crescimento da economia brasileira em 2024. Para a ministra, é possível “apostar que o Brasil vai crescer acima de 2%”, ao contrário do 1,5% estimado pelo mercado.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Renan pede que Itamaraty considere repatriar brasileiros no Equador

 Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado disse que um cidadão brasileiro foi sequestrado no Equador em meio ao conflito armado declarado no país

Renan Calheiros (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, disse nesta quarta-feira (10) que, caso o conflito interno no Equador persista, o Itamaraty deverá repatriar brasileiros que queiram evacuar o país.

O parlamentar lembrou que o Ministério das Relações Exteriores já emitiu um comunicado sobre a situação. "O governo brasileiro monitora a explosão da violência no vizinho Equador, até com o sequestro de um brasileiro. Como presidente da CRE do Senado e a persistir o conflito, entendo que o Itamaraty deve adotar providências para repatriar brasileiros que desejem deixar aquele país", escreveu ele na plataforma social X (antigo Twitter).

Na terça-feira (9), o presidente do Equador, Daniel Noboa, emitiu um decreto declarando "conflito armado interno" contra grupos do crime organizado transnacional, em meio a uma onda de violência implacável no país.

Fonte: Brasil 247

Agora é oficial: CBF anuncia Dorival Júnior como novo técnico da seleção brasileira

 Apresentação do treinador será na  próxima quinta-feira (12), às 15h, na sede da CBF, na Barra da Tijuca

Dorival Júnior foi anunciado nesta quarta-feira (10) pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como o novo técnico da seleção brasileira masculina. O São Paulo, do qual era treinador, já havia divulgado a informação extra-oficialmente. A apresentação de Dorival será na  próxima quinta-feira (12), às 15h, na sede da CBF, na Barra da Tijuca.


Antes de procurar Dorival e até mesmo o São Paulo, Ednaldo entrou em contato com a Federação Paulista de Futebol. Isso porque o presidente da entidade, Reinaldo Carneiro de Barros, é considerado favorito a vencer eventuais novas eleições da CBF e suceder o atual mandatário. Barros informou que a escolha por Dorival para comandar a seleção conta com seu apoio.


Com esta segurança, Ednaldo fez contato então com o presidente do São Paulo, Julio Casares, e em seguida com o próprio técnico. Treinar a seleção era um sonho do treinador paulista de 61 anos que vive o auge de sua carreira.


Desde 2002, Dorival já contabiliza 25 trabalhos em clubes, todos do Brasil. O período entre 2007 e 2010 foi fundamental para ele passar a ser considerado um dos principais técnicos do país. Foi quando chegou à final do Paulista-07 com o São Caetano e ao quinto lugar do Brasileiro-08 com o Cruzeiro. Também venceu a Série B com o Vasco em 2009 e, no ano seguinte, comandou o Santos de Neymar e Paulo Henrique Ganso nas conquistas do Paulista e da Copa do Brasil.


Após período sabático entre 2019 e 2022, quando ficou sem comandar clubes por dois anos e sete meses para tratar um câncer de próstata e cuidar de problemas pessoais, Dorival retomou a carreira. Desde então, foi campeão da Libertadores e da Copa do Brasil com o Flamengo em 2022 e de novo da Copa do Brasil com o São Paulo, no ano passado.


Ele assume o lugar de Fernando Diniz, que ocupava o cargo de forma interina. O técnico do Fluminense ainda tinha contrato até junho, mas foi demitido diante do sexto lugar da seleção nas Eliminatórias e da pressão por uma reação imediata.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Leonardo Magalhães é oficializado como defensor público-geral

 Ato foi publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial

Leonardo Cardoso de Magalhães teve aprovação unânime na CCJ; indicação para o cargo de defensor-geral federal da DPU segue para o Plenário (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado )

A nomeação de Leonardo Cardoso de Magalhães para o cargo de defensor público-geral Federal foi oficializada nesta quarta-feira (10) com a publicação no Diário Oficial da União (DOU) de decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

O defensor público-geral Federal é o chefe máximo da Defensoria Pública da União (DPU), órgão cuja atribuição principal é atuar na defesa judicial e extrajudicial da população mais vulnerável, que não tem condições de pagar por um advogado.

Magalhães é defensor público há 15 anos e substitui Daniel Macedo Alves Pereira, cujo mandato terminou em meados do ano passado.

O nome de Magalhães foi aprovado por 47 votos a 30 pelo plenário do Senado, em dezembro, depois da Casa ter rejeitado o nome de Igor Roberto Albuquerque Roque, primeiro nome indicado por Lula, em outubro.

Durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Magalhães disse que buscará promover soluções extrajudiciais para conflitos e também a interiorização da DPU.

“É um papel nobre [o da Defensoria] em um país como o Brasil, que convive com tanta desigualdade. Promovemos a conciliação, a solução extrajudicial de conflitos, a mediação, o diálogo permanente entre as partes, contribuindo para a redução da judicialização das demandas, por exemplo, no âmbito previdenciário, trabalhista e da saúde”, disse na ocasião.

Na DPU, Magalhães exerceu, entre os anos de 2019 e 2022, a função de Defensor Público Interamericano junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos na Costa Rica. Também foi eleito conselheiro do órgão máximo da DPU, o Conselho Superior, entre 2017 e 2020.

Ele é formado em direito pela Faculdade de Direito Milton Campos, em Minas Gerais, e concluiu mestrado e doutorado em direitos humanos pela Universidade Pablo Olavide, na Espanha. 

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Grades que cercavam Congresso desde os ataques de 8/1 são retiradas

 Barreiras foram implementadas após os ataques terroristas de bolsonaristas em 8 de janeiro de 2023

(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

As grades que cercavam o Congresso Nacional desde 8 de janeiro de 2023, quando terroristas bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes, foram retiradas, informou a Agência Senado nesta quarta-feira (10).

As barreiras estavam entre as medidas para aumentar a segurança e o rigor no acesso das pessoas ao prédio do Congresso após a invasão da sede, em uma tentativa fracassada de golpe de Estado. 

A decisão de remover as grades havia sido anunciada pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante o ato Democracia Inabalada, na segunda-feira (8). "É chegada a hora de abrir o Congresso Nacional para o povo brasileiro", disse.

Fonte: Brasil 247

“Houve um golpe. O que não houve foi sustentação”, diz Chico Vigilante

 O deputado distrital destacou que o golpe não prosperou devido à falta de apoio das Forças Armadas, que, segundo ele, permaneceram ao lado da democracia

Deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) e atos golpistas de 8 de janeiro (Foto: ABR)

 O deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) afirmou que houve de fato um golpe durante os atos de 8 de janeiro de 2023, que sem o apoio das Forças Armadas não teve "sustentação" para se consolidar. “O Alto Comando do Exército ficou ao lado da democracia, da soberania do voto popular, que tinha eleito o presidente Lula. Por isso que o golpe não prosperou no Brasil”, afirmou.

Em entrevista concedida à TV 247, Vigilante evidenciou ainda uma questão relacionada ao Departamento de Estado americano e a vinda do mesmo ao país, quando supostamente foi comunicado aos militares brasileiros que uma tentativa de golpe no Brasil não seria apoiada pelo governo estadunidense: “Isso também ajudou para que o golpe no Brasil não prosperasse. Se Donald Trump ainda fosse presidente dos Estados Unidos, talvez eles tivessem tido mais fôlego para a intentona golpista que fizeram no Brasil”.

Chico Vigilante ainda reforçou que um possível golpe já estava há tempos sendo preparado pelo governo Bolsonaro, com as declarações feitas por ele durante seus quatro anos de mandato, desacreditando das instituições, com destaque ao Supremo Tribunal Federal. “Bolsonaro pegou os três 7 de setembro que aconteceram ao longo do seu governo para desafiar as instituições, preparando esse caldo de cultura para chegar onde chegou no dia 8 de janeiro”, concluiu o deputado.


Fonte: Brasil 247

Golpe contra Dilma foi a "ilegalidade zero" que culminou no 8 de janeiro, diz Carol Proner

 “O 8 de janeiro é o acúmulo dessas disfuncionalidades, desse desprezo institucional”, avalia a jurista e professora

(Foto: Pedro França/Agência Senado | Ricardo Stuckert/PR)

A jurista e professora de direito da UFRJ, Carol Proner, afirmou à TV 247 que a crise institucional no Brasil, que culminou no ataque à democracia por parte de bolsonaristas no dia 8 de janeiro de 2023, começou com o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, o que ela classificou como a "ilegalidade zero" que inaugurou o processo de desestabilização democrática no país.

Naquele momento houve “uma grande traição institucional do país” disse ela. “Aquilo tudo que deu a estrutura que combina depois com o bolsonarismo, com um governo mais autoritário, no sentido político, e que resulta no esfacelamento do Estado”, afirmou a jurista.

Carol seguiu dizendo que os acontecimentos dos atos golpistas de 8 de janeiro são o “acúmulo destas disfuncionalidades, desse desprezo institucional, e que passa também em algum momento por essas instituições de Justiça”, destacando o papel do lavajatismo no processo de inabilitação política do país.

 

Fonte: Brasil 247

Marina Silva irá representar o país durante o Fórum Econômico Mundial de Davos

 A ministra do Meio Ambiente irá pelo segundo ano na comitiva brasileiro para o evento, desta vez como representante principal da delegação nacional

Marina Silva (Foto: World Economic Forum/Sandra Blaser)

A representante do Brasil no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, será a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O evento acontece na próxima semana, entre os dias 15 a 17 de janeiro, com o tema "Reconstruindo a Confiança". A 54ª reunião anual contará com a presença de mais de 100 governos, organizações internacionais e líderes da sociedade civil. 

Ao contrário do ano anterior, a edição de 2024 não terá a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que no ano de 2023 esteve presente junto com Marina no evento. O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também não marcará presença no fórum de Davos. 

Como informado pelo Metrópoles, o presidente Lula (PT) optou por não participar de nenhuma edição durante seu terceiro mandato, até o momento. Além de Marina, outra presença confirmada este ano é a do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PF deflagra operação para reprimir crimes sexuais contra crianças praticados por indígena

 Operação Yaucacy cumpre um mandado de prisão temporária em desfavor de um líder indígena por abuso sexual de crianças, além de várias outras condutas criminosas

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Polícia Federal - A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, 10/1, a Operação Yaucacy, com o objetivo de reprimir o abuso sexual de crianças, praticado por indígena.

Na ação, cerca de 20 policiais federais cumpriram um mandado de prisão temporária por crime hediondo contra um homem (tuxaua - líder indígena) em uma aldeia no município de Autazes/AM.

O inquérito policial foi instaurado por meio de denúncia enviada pelo Ministério Público Federal contra o investigado para averiguar crimes de estupro, estupro de vulnerável, abuso de poder, coação de vítimas e cerceamento de direito básicos de indígenas de sua mesma comunidade.

O investigado poderá responder pelo cometimento dos crimes citados, com penas que ultrapassam 30 anos de prisão, sem prejuízo de outros que possam surgir com a continuidade das investigações.

Fonte: Brasil 247 com informações da Polícia Federal

Só PF não é suficiente e Estado tem de estar mais presente na terra ianomâmi, diz diretor-geral

 Nesta semana, o governo Lula anunciou que gastará R$ 1,2 bilhão em esforços de segurança e assistência permanentes para o povo ianomâmi

Terra Ianomami | Andrei Rodrigues (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil | REUTERS/Adriano Machado)

Reuters - O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que todo o peso do Estado precisa estar presente no Território Indígena Yanomami para expulsar definitivamente os garimpeiros ilegais, ressaltando que apenas a presença da Polícia Federal não é suficiente, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançar um novo plano para enfrentar uma crise humanitária na região.

Em uma reunião de emergência realizada na terça-feira com diversos ministros e autoridades, o governo Lula anunciou que gastará 1,2 bilhão de reais em esforços de segurança e assistência para o povo ianomâmi, que vive na maior reserva indígena do Brasil, em Roraima, na fronteira com a Venezuela.

"Só a Polícia Federal não é suficiente... Não se consegue asfixiar (a criminalidade), por si só, com o trabalho da Polícia Federal", disse Rodrigues, em entrevista exclusiva à Reuters horas após participar da reunião.

"Não só a União, mas (é importante que) municípios e o Estado possam entrar com serviços, com assistência à saúde, com assistência educacional, com meios de produção, com oferta de alternativas econômicas, enfim. É todo um processo que levará, aí sim, a volta à normalidade daquela região", reforçou.

O diretor-geral destacou que, no encontro de terça, "ações estruturantes" foram discutidas para permitir que o Estado brasileiro, nos três níveis federativos, possam encontrar uma "solução definitiva" para que os povos indígenas possam ter o seu ambiente preservado.

O Território Ianomâmi, uma área do tamanho de Portugal, tem sido invadido por garimpeiros há décadas, mas as incursões mais destrutivas se multiplicaram nos últimos anos, especialmente depois que o então presidente Jair Bolsonaro desmantelou os esforços de proteção ambiental.

A mineração ilegal e o desmatamento exacerbaram uma crise humanitária no território, marcada por desnutrição e doenças como malária, além de abusos sexuais. Os rios foram poluídos e os peixes envenenados pelo mercúrio utilizado pelos garimpeiros, enquanto a fauna de que os ianomâmi dependem desapareceu.

PROTEÇÃO - O chefe da PF afirmou que as Forças Armadas devem estar presentes não apenas para proteger os cerca de 30.000 ianomâmi que vivem na reserva, mas também para fornecer apoio logístico com aeronaves em uma área de selva inacessível, onde as estradas são inexistentes.

Desde que Lula lançou uma força-tarefa para expulsar os garimpeiros no início do ano passado, a PF apreendeu mais de 600 milhões de reais em bens, principalmente ouro, realizou cerca de 160 prisões e destruiu dezenas de barcaças de dragagem usadas pelos garimpeiros nos rios, segundo ele.

Rodrigues afirmou que a força-tarefa expulsou 80% dos estimados 20.000 garimpeiros ilegais, mas outros resistiram em áreas remotas.

Lideranças ianomâmi afirmam que os garimpeiros ilegais estão começando a retornar após a saída do Exército de uma base avançada na reserva, e a crise humanitária continua, com o aumento de doenças e desnutrição entre seu povo.

Agentes do Ibama disseram à Reuters que foram deixados sozinhos para enfrentar os garimpeiros que voltaram, em uma guerra que consideram ser impossível de vencer sem o apoio das Forças Armadas. Eles afirmaram que a Força Aérea Brasileira (FAB) não aplicou efetivamente uma zona de exclusão aérea para os aviões dos garimpeiros que pousam em pistas clandestinas na selva.

Críticas à resposta do governo à crise levaram Lula a convocar ministros, agências ambientais e indígenas, comandantes militares e chefes de polícia para intensificar os esforços do Brasil contra os garimpeiros.

"É importante se dizer que o esforço é permanente, é contínuo. Não adianta nós fazermos uma ação pontual, retirarmos toda a estrutura de segurança de agências de lá e achar que o cenário vai permanecer inalterado", disse Rodrigues.

"Infelizmente, o crime zero é um sonho, é um desejo, mas a gente tem que conviver sempre com o constante enfrentamento", ressaltou.

O plano do governo inclui a criação de um quartel-general de segurança local para coordenar a ação das diferentes forças estaduais. Outras medidas incluem a distribuição de alimentos e um novo centro de saúde.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Andrei Rodrigues ganha força e deve seguir no comando da PF com Lewandowski

 A indicação do delegado para chefiar a Polícia Federal partiu do próprio presidente Lula

Delegado Andrei Passos (Foto: ABR | Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados)

Independentemente da escolha que o presidente Lula (PT) fizer para o cargo de ministro da Justiça, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, deverá permanecer no cargo. “Esta posição Lula não abre mão de indicar o titular. Andrei foi o coordenador da equipe de segurança de Lula na campanha eleitoral. E também tem a confiança irrestrita de Janja”, destaca a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo.

A mudança no comando do ministério da Justiça deverá ser oficializada até a sexta-feira (12) e o ex-ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Ricardo Lewandowski deverá assumir o comando da pasta no lugar de Flávio Dino (PSB), que foi indicado por Lula para ocupar uma vaga na Corte. Caso o nome de Lewandowski seja confirmado, o secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, deverá deixar o cargo.

A expectativa é de que a vaga seja ocupada pelo advogado Manoel Carlos de Almeida Neto. Manoel Carlos ocupou o cargo de secretário-geral do STF quando Lewandowski era presidente e é tido como seu assessor mais próximo.

Uma das consequências diretas da nomeação de Lewandowski é a perda de espaço do PSB no Ministério da Justiça, enquanto postos ligados ao PT devem ser preservados. Aliados de Lewandowski afirmam que ele fará questão de montar sua própria equipe e indicar postos-chave do ministério, como a secretaria-executiva e a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública). A direção-geral da PF, contudo, não deverá entrar na composição, uma vez que Andrei Rodrigues foi uma indicação pessoal do próprio presidente Lula.

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo

Ministério da Saúde divulga lista com 22 novos medicamentos disponíveis pelo SUS

 A lista abrange medicamentos para doenças raras, crônicas e infecciosas, além de ampliar os tratamentos para diabetes, tuberculose, HIV, esclerose, fibrose cística e hemofilia

SUS - Sistema Único de Saúde (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Ministério da Saúde anunciou a incorporação de 22 novos medicamentos na rede pública do país. Como resultado, o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a disponibilizar também novos tratamentos para diabetes, tuberculose, HIV, esclerose múltipla, fibrose cística, hemofilia, mieloma e a vacina contra a dengue.

Entre os medicamentos anunciados na lista estão: nove destinados a doenças raras, cinco para doenças infecciosas, dois para oncologia, um para doença crônica e quatro para diversas outras condições. Como informado pelo Globo, a pasta também declarou sua disposição para incorporar novos tratamentos para pacientes com neuroblastoma, já tendo se reunido com o laboratório fabricante para demonstrar a viabilidade da análise.

A Conitec desempenha um papel como porta de entrada para as mais recentes tecnologias. O órgão é encarregado de analisar a segurança, eficácia, efetividade e impacto econômico das inovações, utilizando critérios técnicos e científicos.

Tal avaliação é realizada em comparação com as terapias já existentes, considerando o que já está disponível na rede pública de saúde. Para que uma nova medicação seja incorporada ao SUS, é imprescindível que seja submetida à avaliação e aprovação da Conitec.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

'Resultado do trabalho da PF vai aparecer', diz diretor-geral sobre investigações contra Bolsonaro

 Diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues afirmou que uma das preocupações é evitar "erros" nas apurações em curso

(Foto: ABr)

Reuters O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou em entrevista à Reuters que a corporação promove investigações técnicas e sem açodamento nos casos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro, destacando que se preocupa para que não ocorram "erros" nas apurações e que o resultado vai aparecer.

"O trabalho está sendo feito e o resultado, em algum momento, isso vai acontecer", disse.

"O que fazemos são investigações técnicas, com muita seriedade, com muito rigor, mas sem pressa e sem atraso. Fazemos no tempo da investigação, fazemos com respeito à Constituição, com respeito à legislação, com respeito aos direitos e garantias fundamentais, para que a gente não cometa erros em nenhuma investigação", afirmou.

O comentário do chefe da PF ocorreu após ter sido questionado sobre se haveria uma preocupação diante do fato de Bolsonaro ter passado o aniversário da tentativa de golpe do 8 de Janeiro em uma praia no Rio de Janeiro enquanto autoridades dos Três Poderes participavam em Brasília de um ato em defesa da democracia.

Rodrigues afirmou que a preocupação dele não é atender às "expectativas de qualquer campo político ou de qualquer campo ideológico", mas sim zelar pela integridade das investigações promovidas pela instituição. "Elas têm o seu tempo próprio e darão as respostas legais que a gente precisa dar", ressaltou.

O diretor-geral da PF evitou opinar sobre se a prisão do ex-presidente seria inevitável, diante das várias frentes de investigação contra Bolsonaro, robustecidas recentemente pela delação premiada do ex-ajudante de ordens dele Mauro Cid.

"Eu não posso, por óbvias razões, asseverar que a pessoa investigada A, B ou C vai ser indiciada, vai ser presa, o que vai acontecer", disse.

"E a razão é muito simples, porque eu prezo e respeito muito a autonomia da equipe que está fazendo a investigação, que tem, com responsabilidade, focada na qualidade da prova, tem toda a liberdade e autonomia de fazer o processo investigatório e apresentar à Justiça aquilo que colheu de provas de autoria, materialidade e circunstâncias do fato", completou.

Rodrigues rechaçou haver qualquer tipo de orientação da PF para que as investigações que envolvem o ex-presidente evitem uma eventual ação para se pedir uma prisão temporária ou preventiva.

"De forma alguma. De forma alguma. A nossa atuação, ela independe do status político, social e econômico do eventual investigado", disse.

"Nós trabalhamos com o dado técnico. Se houver indícios de autoria, materialidade suficientes ao indiciamento, a pessoa será indiciada. Se houver, tecnicamente e com fundamento na legislação, não em achismo, não em convicções por A mais B, mas por provas de que a pessoa está cometendo crimes e que esses crimes e as situações que estão ocorrendo ensejam a prisão, por exemplo, temporária ou preventiva, o presidente do inquérito policial assim deve proceder", frisou.

No Supremo Tribunal Federal, segundo fontes já relataram à Reuters, a avaliação é que o ex-presidente, se isso ocorrer, só seria preso após uma eventual condenação em julgamento por processo judicial. O receio é que uma detenção no curso de investigações poderia inflamar o país.

Fonte: Brasil 247 com Reuters