terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Novo terremoto de magnitude 6 atinge o Japão

 Mais de 100 pessoas continuam desaparecidas após abalo sísmico, somando-se às vítimas de um desastre anterior que deixou mais de 200 mortos

(Foto: Reuters)

Um novo terremoto de magnitude 6 estremeceu o centro do Japão nesta terça-feira (9), conforme relatado pela agência meteorológica nacional. Não foi emitido nenhum alerta de tsunami em decorrência desse abalo, destaca a AFP.

O epicentro do tremor foi localizado ao largo da costa do Mar do Japão, atingindo a mesma região afetada pelo sismo ocorrido no dia de Ano Novo, que resultou em mais de 200 pessoas desaparecidas, 94 mortos e danos substanciais.

Apesar de o Japão enfrentar centenas de terremotos anualmente, seus padrões rigorosos de construção, vigentes há mais de quatro décadas, geralmente evitam danos significativos. No entanto, a ocorrência recente desses abalos sísmicos aumentou a preocupação e a angústia entre a população, enquanto as autoridades locais continuam a busca por mais de 100 pessoas ainda desaparecidas.

Fonte: Brasil 247 com AFP

Desembargador derruba liminar que impedia nomeação de filho de Jorginho Mello para cargo no primeiro escalão

 Felipe Mello, filho do governador bolsonarista Jorginho Mello, foi indicado pelo pai para o comando da Secretaria da Casa Civil de Santa Catarina

Jorginho e Filipe Mello (Foto: Reprodução)

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina emitiu uma decisão que derruba a liminar que impedia a nomeação de Felipe Mello, filho do governador bolsonarista Jorginho Mello (PL), para o cargo de secretário estadual da Casa Civil. Segundo o jornal O Globo, o desembargador Gilberto Gomes da Silveira, responsável pela decisão, justificou a medida alegando que não existe nenhum "impeditivo que possa inviabilizar a nomeação".

"O art. 1º do referido Texto Legal veda a nomeação de cônjuge, companheiro(a) ou parente, até terceiro grau, do governador e vice -governador do estado, para cargo em comissão, de confiança ou de função gratificada na administração pública estadual direta e indireta. Ou seja, não trata das funções desempenhadas pelos agentes políticos, como é o caso do Secretário de Estado da Casa Civil, de modo que, a priori, tal decreto também não obsta a nomeação aqui impugnada", diz um trecho da decisão, de acordo com a reportagem.

A súmula vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal (STF), em vigor desde 2008, caracteriza como nepotismo a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau ou por afinidade. No entanto, essa legislação não impede a nomeação para cargos políticos de alto escalão, como é o caso do cargo de secretário.

Felipe Mello é advogado de formação e foi indicado pelo governador em 3 de janeiro, substituindo Estener Soratto (PL). Antes desta nomeação, ele já havia ocupado cargos no estado, sendo secretário de Planejamento durante a gestão do governador Raimundo Colombo (PSD), entre 2011 e 2012, além de ter sido nomeado na Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte em 2013.

A indicação de Felipe Mello para a Casa Civil coloca Jorginho Mello como o nono governador a ter ao menos um familiar em seu secretariado. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Presidente do Senado se reúne nesta terça com líderes do governo para discutir MP da Reoneração

 Rodrigo Pacheco se reúne com representantes da Câmara e do Senado para discutir medida essencial para os planos econômicos do governo

Rodrigo Pacheco e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), agendou uma reunião nesta terça-feira (9) com líderes da Câmara e do Senado para deliberar sobre o aumento de impostos proposto pelo governo federal, visando a arrecadação: a MP da Reoneração.

No final de dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) emitiu uma medida provisória (MP) que visa a reoneração gradual da folha de pagamento para 17 setores da economia. Isso ocorreu após o Congresso Nacional, ao longo de 2023, aprovar uma lei que estendia a desoneração desses setores até 2027. Entretanto, Lula vetou o dispositivo e o Congresso derrubou o veto.

Embora a medida provisória já esteja em vigor desde sua publicação, o Congresso deve analisar o texto dentro de 120 dias a partir de fevereiro, após o término do recesso parlamentar, destaca o Metrópoles.

Pacheco, mesmo com a pausa nas atividades do Congresso, aproveitou os eventos em repúdio aos ataques de 8 de janeiro, que completaram um ano nesta semana, para se reunir com líderes e iniciar o debate.

Ainda de acordo com a reportagem, o caminho não parece ser fácil. A Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) posicionou-se contra a reoneração, mesmo que de forma gradual, da folha de pagamento, encaminhando um pedido a Pacheco para a devolução da medida provisória. O deputado federal Joaquim Passarinho (PL-PA), presidente da FPE, classificou a ação do governo como uma "afronta ao poder Legislativo", ressaltando a votação e derrubada do veto por ampla maioria, representando a vontade legislativa.

Nove frentes parlamentares assinaram um documento solicitando a devolução da MP, incluindo a Frente do Comércio e Serviços, da Agropecuária, pelo Livre Mercado, Brasil Competitivo, Desenvolvimento da Indústria Elétrica e Eletrônica, da Mulher Empreendedora, da Contabilidade Brasileira e da Indústria de Máquina e Equipamentos.

Essa reunião torna-se crucial para o governo diante das divergências, representando mais um passo na tentativa de harmonizar as relações com o Legislativo através de uma articulação efetiva com o Congresso. Tal tarefa está no topo da lista de prioridades do presidente Lula para 2024, mesmo em meio às agendas políticas em ano de eleições municipais.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

José de Abreu compara Ciro Gomes a Aécio Neves: "morto político"

 Ciro Gomes atacou nesta segunda o evento promovido pelo governo federal para relembrar os ataques terroristas de bolsonaristas em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023

José de Abreu e Ciro Gomes (Foto: Divulgação)

O ator José de Abreu reagiu com ironia a uma postagem de Ciro Gomes no X, antigo Twitter, nesta segunda-feira (8), comparando-o a Aécio Neves. Ambos, segundo o artista, estão 'mortos' politicamente.

A afirmação de José de Abreu foi uma resposta a uma postagem de Ciro Gomes na qual o político, que em 2022 concorreu à Presidência da República fazendo uma campanha de ataques ao então candidato Lula, critica o evento promovido pelo governo federal nesta segunda para relembrar os atos de terrorismo de bolsonaristas em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023, em uma tentativa de golpe. "Explorar politicamente o fato deplorável é igualmente desonesto e é o que está acontecendo", publicou Ciro.

Fonte: Brasil 247

2023 foi ano mais quente já registrado no mundo, confirmam cientistas da União Europeia

 Em média, em 2023, o planeta esteve 1,48 grau Celsius mais quente do que no período pré-industrial de 1850-1900

(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Reuters - Ano passado foi o mais quente já registrado no planeta por uma margem substancial e provavelmente o mais quente do mundo nos últimos 100.000 anos, informou o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia, nesta terça-feira.

Os cientistas já esperavam esse marco, depois que recordes climáticos foram repetidamente quebrados. Desde junho, todos os meses foram os mais quentes já registrados no mundo, em comparação com o mês correspondente dos anos anteriores.

"Foi um ano excepcional, em termos de clima... em uma liga própria, mesmo quando comparado a outros anos muito quentes", disse o diretor do C3S, Carlo Buontempo.

O C3S confirmou que 2023 foi o ano mais quente nos registros de temperatura global desde 1850. Quando comparado com registros de dados paleoclimáticos de fontes como anéis de árvores e bolhas de ar em geleiras, Buontempo disse que foi "muito provavelmente" o ano mais quente dos últimos 100.000 anos.

Em média, em 2023, o planeta esteve 1,48 grau Celsius mais quente do que no período pré-industrial de 1850-1900, quando os seres humanos começaram a queimar combustíveis fósseis em escala industrial, emitindo dióxido de carbono para a atmosfera.

Os países acertaram, no Acordo de Paris de 2015, em tentar impedir que o aquecimento global ultrapasse 1,5°C, para evitar consequências mais graves.

O mundo não violou essa meta - que se refere a uma temperatura média global de 1,5ºC ao longo de décadas - mas o C3S disse que as temperaturas que ultrapassaram esse nível em quase metade dos dias de 2023 estabeleceram "um precedente terrível".

EMISSÕES RECORDES - Apesar da proliferação de metas climáticas de governos e empresas, as emissões de CO2 continuam teimosamente altas. As emissões mundiais de CO2 provenientes da queima de carvão, petróleo e gás atingiram níveis recordes em 2023.

No ano passado, a concentração de CO2 na atmosfera subiu para o nível mais alto já registrado, de 419 partes por milhão, disse o C3S.

Foi também o primeiro ano em que todos os dias foram mais de 1ºC mais quentes do que na era pré-industrial. Pela primeira vez, dois dias - ambos em novembro - foram 2ºC mais quentes do que no período pré-industrial, segundo o C3S.

O ano passado foi 0,17ºC mais quente do que 2016, o ano mais quente anterior - quebrando o recorde por uma margem "notável", disse Buontempo.

Juntamente com a mudança climática causada pelo homem, em 2023 as temperaturas foram impulsionadas pelo fenômeno climático El Niño, que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico e contribui para o aumento das temperaturas globais.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Haddad interrompe férias para negociar MP da Reoneração em meio a impasse no Senado

 Ministro da Fazenda participou do evento Democracia Inabalada e discutiu críticas à Medida Provisória no Senado

Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), interrompeu brevemente suas férias para comparecer, na tarde de segunda-feira (8), ao evento "Democracia Inabalada" em repúdio aos acontecimentos do 8 de Janeiro. Sua passagem por Brasília também incluiu reuniões com articuladores políticos do governo, em meio à controvérsia sobre a Medida Provisória 1202/2023, que enfrenta resistência tanto de empresários quanto de parlamentares devido à reoneração gradual da folha de pagamentos, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.

A reunião contou com a presença do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), do líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e do secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, que está liderando as negociações da medida durante a ausência de Haddad.

A Medida Provisória 1202/2023 enfrenta um impasse no Senado, modificando regras de incentivos fiscais. O senador Randolfe Rodrigues demonstrou confiança na não devolução do texto por parte de Pacheco, porém, o presidente do Senado convocou líderes partidários para uma reunião na manhã desta terça-feira (9), com incertezas sobre a presença dos parlamentares na capital federal.

Inicialmente de férias até a próxima segunda-feira (15), Haddad pausou seu descanso para comparecer ao evento que condena os ataques ocorridos em Brasília há um ano. A previsão é que o ministro retome suas férias na quarta-feira (10).

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Bolsonaristas tentaram modificar textos da Wikipedia sobre os atos golpistas do 8 de janeiro durante todo o ano de 2023

 Em diversas tentativas durante o ano passado, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) tentaram reescrever a história sobre os golpistas do 8 de Janeiro na página do Wikipédia para relativizar os acontecimentos e desassociar do ex-chefe do Executivo os ataques de vândalos às sedes dos Três Poderes. Para isso, usaram uma tática comum: usuários não registrados…

Em diversas tentativas durante o ano passado, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) tentaram reescrever a história sobre os golpistas do 8 de Janeiro na página do Wikipédia para relativizar os acontecimentos e desassociar do ex-chefe do Executivo os ataques de vândalos às sedes dos Três Poderes. Para isso, usaram uma tática comum: usuários não registrados faziam mudanças que relativizavam o resultado da eleição presidencial de 2022, acusavam que “esquerdistas infiltrados” teriam incitado os protestos e até que tudo o que ocorreu naquela data seria uma “manifestação da vontade popular legítima”.


A Wikipédia é a mais popular enciclopédia virtual, feita de forma livre pelos próprios usuários em vários idiomas. Qualquer pessoa pode propor mudanças a um texto sobre algo na plataforma.


A página em português tem mais de 1,1 milhão de artigos, que, juntos, dariam 5,6 milhões de páginas. Ajudam a produzir esse conteúdo 8.274 usuários ativos, 52 administradores, 704 autorrevisores, 131 revisores e 222 robôs, que ajudam a reverter possíveis alterações falsas ou ações de vandalismos em páginas. Há mais de 3 milhões de usuários no site.


O verbete foi criado às 15h20 d8 de janeiro de 2023, enquanto os atos começavam a se desenvolver em Brasília. Desde então, o endereço na enciclopédia virtual foi editado mais de 500 vezes apenas em um dia e passou por controvérsias.


Pouco mais de 20 minutos depois da criação, às 15h42 daquele dia, um usuário trocou o termo “terroristas bolsonaristas” por manifestantes, sem dar mais explicações. Foi a primeira tentativa de aliviar a ligação de Bolsonaro e do bolsonarismo aos atos golpistas. Ele repetiu o processo outras duas vezes. O trecho foi revertido 20 minutos depois.


Esse mesmo usuário voltaria à página quase um ano depois, no dia 4 de janeiro de 2024. Ele trocou o termo “manifestações golpistas no Brasil após as eleições de 2022? para “manifestações da vontade popular legítima fruto de uma democracia instituída pela própria Constituição Federal do Brasil após as eleições de 2022”.


Em mais uma sequência de edições parciais, outro usuário bolsonarista trocou um trecho que dizia que Bolsonaro não fez alegações a “fraudes eleitorais”. Ele substituiu o termo para “inconsistências eleitorais”. E trocou as menções a “bolsonaristas” por “vândalos”. Todas essas edições foram revertidas.


O volume de edições na página era tão grande no dia 8 de janeiro que as edições foram restringidas. Apenas usuários verificados e com uma quantidade mínima predeterminada de edições anteriores podiam fazer alterações.


A página sobre o 8 de Janeiro no Wikipédia foi visualizada 60 mil vezes ao longo de um ano e passou por 694 edições feitas por 116 usuários – dessas 694 edições, 532 foram feitas unicamente no dia 8. Vinte e nove edições foram desfeitas por editores e moderadores.


Sem mais ataques bolsonaristas na edição do texto durante o período, usuários verificados debatiam como o texto deveria ser construído. A primeira grande conversa aconteceu nas primeiras horas. Membros questionavam se deveriam usar o termo “manifestantes”, “terroristas” ou “bolsonaristas”.


A restrição para edições na página sobre o 8 de Janeiro na Wikipédia caiu no meio de fevereiro de 2023. Desde então houve sucessivas ações de bolsonaristas na edição dos textos. O perfil é similar: são de contas que não são registradas.


Dois usuários tentaram mexer no texto para dizer que os atos foram causados por “infiltrados de esquerda”. As edições foram revertidas.


Ao longo de 2023, outras pessoas voltaram a tentar favorecer Bolsonaro nas edições. Um usuário tentou alterar o texto para dizer que “riscos de fraude eleitoral” e a “falta de provas de lisura nas urnas” teriam garantido a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. A edição foi revertida quatro minutos depois.


Ainda houve outra mudança para dizer que Bolsonaro teria vencido a eleição, ação revertida 37 minutos depois. Um editor disse que os manifestantes foram rotulados de bolsonaristas apenas “pela imprensa e pela esquerda” – ato revertido 14 minutos depois. Outra pessoa afirmou que a “maior parte da manifestação foi pacífica”.


Patrícia Rossini, professora de Comunicação, Mídia e Democracia na Universidade de Glasgow, na Escócia, aponta que as sucessivas alterações podem produzir riscos a pessoas que recorrem à Wikipédia como fonte de informações.


– A depender de quando essas edições são feitas e por quanto tempo essas edições distorcidas ficam online, é possível que pessoas que utilizam a Wikipédia como fonte de informação podem estar desinformadas permanentemente, porque a gente não checa a página como consome notícias ou checa o e-mail. O usuário final não pensa muito em como aquelas informações estão ali na página – afirma.


Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL.

VÍDEOS – “Sem anistia!”: ato no Masp pede punição a todos os envolvidos nos ataques do 8/1


Manifestantes protestam no Masp. (Foto: Reprodução)

Aos gritos de “sem anistia”, manifestantes pediram, na noite desta segunda-feira (8), na capital paulista, punição para todos os participantes da tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2023, ocorrida em Brasília. A manifestação, convocada pela Frente Brasil Popular (FBP) e Povo e Sem Medo, foi realizada em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na região central da cidade.

Coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP) e membro da coordenação nacional da FBP, Raimundo Bomfim, defendeu a responsabilização dos envolvidos para que novas tentativas de golpe não voltem a ocorrer. “Sem anistia para quem praticou os atos, para quem foi lá, danificou, depredou bens públicos, que fez o ato, mas também para quem foram os mentores do golpe e os financiadores”, disse.

“É preciso processar, investigar, responsabilizar, inclusive o ex-presidente da república [Jair Bolsonaro]. Porque, obviamente, ninguém ia fazer isso se não tivesse o ex-presidente da República por trás. Então, os militares, todos eles, independente da patente do cargo, têm que ser processados”, acrescentou.

Atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. (Foto: Reprodução)

Um ano após os atos golpistas, dos mais de dois mil detidos, 66 investigados continuam presos pela incitação, financiamento e execução dos atos. Os demais investigados foram soltos e tiveram a prisão substituída por medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair do país, suspensão de autorizações de porte de arma e de certificados de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), entrega do passaporte e apresentação semanal à Justiça.

Marcelo Correia, da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro) destacou que o país teve força para manter a democracia intacta mesmo com a tentativa de golpe, que completa um ano nesta segunda-feira. “Nós mantivemos a democracia intacta no nosso país. E é na democracia em que se pode avançar politicamente, em que se pode combater o racismo, em que se pode falar sobre dignidade humana, em que se pode falar sobre acesso à educação, acesso à saúde, e acesso à cultura”.

Entre as entidades participantes da manifestação, estavam também a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Partido dos Trabalhadores (PT), parlamentares do Psol, Unidade Popular pelo Socialismo (UP), União Nacional dos Estudantes (UNE), e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Fonte: DCM

Lesa Pátria: PF já encontrou 97 golpistas não capturados no 8/1 e confiscou R$ 25 milhões de bens


Bolsonaristas invadem prédio do Congresso, em Brasília – Foto: Reprodução

 Até o momento, a Polícia Federal (PF) já deteve 97 suspeitos que não haviam sido capturados anteriormente, dos 1393 presos em flagrante nos atos terroristas promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro, durante as fases da Operação Lesa Pátria.

A PF divulgou, na última segunda-feira (8), um balanço dos trabalhos desenvolvidos até então. A 23ª fase da operação foi aberta simbolicamente na manhã do mesmo dia. As investigações continuam com o objetivo de identificar todos os envolvidos nos atos golpistas, desde a fase de planejamento até a execução dos danos aos prédios públicos.

A cada nova fase, com a apreensão de dispositivos eletrônicos e documentos, os investigadores descobrem novos elementos deste amplo quebra-cabeça que se tornou a investigação. Foram cumpridos 313 mandados de busca e apreensão.

Os mandados são emitidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela coordenação das investigações.

Além da busca por responsabilização, há um esforço para compensar os danos causados pelos atos de vandalismo. Moraes autorizou o bloqueio de bens no valor de R$ 11,6 milhões pertencentes aos investigados. Os veículos pessoais apreendidos totalizam aproximadamente R$ 5 milhões. Já os ônibus usados para transportar os envolvidos somam R$ 8,4 milhões em valores bloqueados.

Fonte: DCM

Dia 9 de janeiro: a resposta das instituições à tentativa de golpe

 O afastamento de um governador, prisões e uma caminhada para reafirmação do Estado Democrático de Direito. Essa foi a forma da democracia se mostrar firme após as ameaças do 8/01

(Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/EBC)

Agência Brasil - Um dia após o maior ataque à democracia brasileira, o 9 de janeiro de 2023 também tem uma história para ser contada. Aquela segunda feira, há um ano exatamente, foi marcada pela reação das autoridades e instituições do país à invasão das sedes dos Três Poderes e à depredação do patrimônio público.

O afastamento de um governador, prisões de centenas de golpistas e uma caminhada para reafirmação do Estado Democrático e Direito. Essa foi a forma da democracia se mostrar firme e intocada, mesmo após tantas ameaças no dia anterior.

Veja abaixo alguns dos principais fatos do 9 de janeiro:

Afastamento do governador do DF

Logo nas primeiras horas do dia, ainda na madrugada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo de governador do Distrito Federal pelo prazo de 90 dias.

Na decisão, Moraes argumentou que Ibaneis Rocha e Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública do DF e que tinha sido exonerado ainda no dia 8, foram omissos diante dos ataques ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o STF. Disse o magistrado em sua decisão:

“O descaso e a conivência do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e, até então, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres – cuja responsabilidade está sendo apurada em petição em separado – com qualquer planejamento que garantisse a segurança e a ordem no DF, tanto do patrimônio público – Congresso Nacional, Presidência da República e Supremo Tribunal Federal – só não foi mais acintoso do que a conduta dolosamente omissiva do governador do DF, Ibaneis Rocha, que não só deu declarações públicas defendendo uma falsa ‘livre manifestação política em Brasília’ – mesmo sabedor, por todas as redes, que ataques às instituições e seus membros seriam realizados – como também ignorou todos os apelos das autoridades para a realização de um plano de segurança semelhante ao realizado nos últimos dois anos, em 7 de setembro em especial, com a proibição de ingresso na Esplanada dos Ministérios pelos criminosos terroristas; tendo liberado o amplo acesso”.

Em vídeo divulgado na noite de 8 de janeiro, Ibaneis Rocha pediu desculpas aos chefes dos Três Poderes e afirmou que não imaginou a proporção que os atos antidemocráticos tomariam.

Prisões no acampamento

O ministro do STF determinou ainda a desocupação, em 24 horas, do acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército, de onde partiu a maior parte dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Quem resistisse à ordem poderia ser preso em flagrante.

A Polícia do Exército e a Polícia Militar do Distrito Federal foram responsáveis pela desocupação e prenderam pelo menos 1.200 pessoas no acampamento, montado desde o fim das eleições presidenciais do ano passado por apoiadores de Jair Bolsonaro que não aceitavam o resultado das urnas.

O ministro da Defesa, José Múcio, e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, acompanharam a retirada do acampamento. Foi o desmonte do núcleo golpista presente na Esplanada no dia anterior.

Ao apresentar relatório sobre o episódio no final de janeiro, o interventor na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli, disse que após a posse do presidente Lula, houve uma redução no número de acampados, mas que o quantitativo voltou a crescer na antevéspera dos ataques terroristas.

“As investigações vão dizer se isso foi uma tática para despistar ou o que foi que houve. Mas o fato é que no dia seguinte [à posse] o acampamento sofre um processo de desmobilização e quando chega no dia seis e sete ele explode novamente e chega a ter ali concentrações de em torno de 4 mil pessoas no dia 7 de janeiro”, afirmou.

Intervenção aprovada

Na noite de segunda-feira, a Câmara dos Deputados aprovou a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, que havia sido decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no domingo (8), mas precisava da confirmação das Casas Legislativas.

O texto foi aprovado em votação simbólica pelos deputados federais. No dia seguinte, 10 de janeiro, o Senado confirmou a intervenção federal.

Secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli foi nomeado o interventor, passando a ter controle de todos os órgãos distritais de segurança pública no período.

Caminhada na Praça dos Três Poderes

O presidente Lula convocou reunião com governadores e vice-governadores dos 26 estados e do Distrito Federal. Após encontro no Palácio do Planalto, todos saíram em caminhada pela Praça dos Três Poderes até o Supremo Tribunal Federal (STF).

Estavam na caminhada a então presidente do STF, ministra Rosa Weber, os ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, além de ministros do governo federal, governadores e parlamentares.

Na ocasião, Lula disse que os responsáveis pelos ataques seriam descobertos e punidos. “Nós vamos descobrir quem é que financiou. Tem gente financiando, tem gente que pagou para vir aqui e tem gente que fomentou”, afirmou o presidente, encerrando o dia de reação da democracia contra aqueles que se diziam patriotas, mas se ocuparam de atacar a pátria.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil


Até um terço das mulheres pode enfrentar complicações a médio e longo prazo após o parto

 Condições como incontinências, dores nas relações sexuais, infertilidade e depressão podem surgir tardiamente e são negligenciadas

Marcelo Camargo/Agência Brasil (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Por Gabriela Cupani (Agência Einstein) - Complicações que afetam a saúde das mulheres, como incontinência urinária ou fecal, dores nas relações sexuais, infertilidade secundária, ansiedade e depressão, podem surgir meses e até anos após o parto, atingindo até um terço delas e permanecendo sem diagnóstico ou tratamento adequados, conforme apontado por um estudo publicado no The Lancet.

Nas últimas décadas, foram realizados esforços para reduzir a mortalidade materna, com ações para prevenir e tratar precocemente quadros como hemorragias, problemas hipertensivos e sepse. No entanto, as complicações a médio e longo prazo, que costumam surgir tardiamente causando grande sofrimento físico e emocional, ficaram mais negligenciadas.

Devido a esse cenário, os autores realizaram um levantamento de estudos sobre problemas que costumam surgir após seis semanas do parto, período em que a mulher deixa de ser acompanhada de forma tão próxima. Eles constataram a falta de dados e de diretrizes sobre o assunto, especialmente em países pobres.

Dentre os resultados encontrados, destaca-se que 35% das mulheres enfrentam dores nas relações sexuais e 32% relatam dores nas costas. A incontinência fecal afeta 19%, mesma taxa das que lidam com infertilidade secundária (quando uma mulher que já teve filhos encontra dificuldades para gestar novamente). Já a incontinência urinária pode atingir 31%, e os índices de ansiedade e depressão podem chegar a 24% e 17%, respectivamente. Outros problemas que também surgem, embora menos frequentemente, e incluem prolapso de órgãos pélvicos, disfunções da tireoide, danos aos nervos e cardiomiopatia (inflamação no músculo cardíaco).

Essas condições podem afetar o dia a dia de qualquer mulher, independentemente da idade e do tipo de parto. Algumas podem ser causadas por traumas na hora do nascimento, outras decorrem das próprias mudanças do organismo em função da gestação, que afetam diversas estruturas, como os ligamentos do assoalho pélvico, entre outras. 

Segundo especialistas, essas mães acabam sendo negligenciadas por vários motivos, sendo um deles a complexidade dessas condições de origem multifatorial. Nem sempre a correlação com a gestação é óbvia. O ginecologista e obstetra Mariano Tamura, do Hospital Israelita Albert Einstein, diz que há falta de equipes de saúde suficientemente treinadas e, também, que as unidades de saúde acabam se concentrando na gravidez e no período de 42 dias após o parto.

Há, ainda, um outro fator apontado pelo ginecologista e obstetra Rubens Gonçalves Filho, do Hospital Israelita Albert Einstein: “as mulheres crescem ouvindo que algumas dores relacionadas ao parto ou pós-parto fazem parte da vida e, por isso, muitas vezes não se queixam”. “Também pode acontecer de, ao se queixarem, ouvirem das pessoas que é normal e deixar de procurar ajuda”, completa.

Daí a importância de reconhecer esses problemas e do cuidado durante a gestação para detectar e prevenir essas complicações, com uma orientação pré-natal rígida, explica Gonçalves Filho: “ainda assim, nem todas podem ser previstas, por isso uma boa assistência é fundamental.” Também é essencial, segundo o especialista, a estruturação do sistema de saúde e o treinamento dos profissionais para reconhecer os casos que requerem mais atenção e garantir o acesso das mulheres ao sistema.

Fonte: Brasil 247 com informações do The Lancet

Big Brother Brasil tem pior audiência da história

 O reality da rede Globo voltou ao ar na noite desta segunda-feira com o pior desempenho em estreia de temporada

(Foto: Divulgação/TV Globo)

O reality show Big Brother Brasil, da rede Globo, voltou ao ar na noite desta segunda-feira (8), com o pior desempenho em estreia de temporada de sua história. As informações são do Observatório da TV.

De acordo com dados preliminares divulgados no Twitter, o primeiro episódio deste novo Big Brother Brasil marcou apenas 21,7 pontos de média na Grande São Paulo, com direito a picos de 32,5. Até então, os recordes negativos do reality em estreia pertenciam ao BBB 19 (22,5) e BBB 23 (22,7).

Fonte: Brasil 247 com informações do Observatório da TV

Na presidência do G20, Brasil vai propor ação global para regular plataformas digitais

 Governo brasileiro já iniciou consultas bilaterais com os demais membros do G20, buscando enquadrar o tema de forma que seja aceito pelos países do bloco

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa durante encontro de cúpula do Brics em Johanesburgo, na África do Sul 23/08/2023 (Foto: GIANLUIGI GUERCIA/Pool via REUTERS)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está determinado a levar o debate sobre a regulação das plataformas digitais para o centro da agenda do G20, durante a presidência brasileira do bloco em 2024. Pela primeira vez, a questão da integridade da informação se tornará um tema de destaque em um fórum que reúne as maiores economias do mundo.

A ONU considera a ameaça à integridade da informação como um tema estratégico, com o potencial de desestabilizar sociedades e regimes. Nesta linha, segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL, o governo brasileiro já iniciou consultas bilaterais com os demais membros do G20, buscando enquadrar o tema de forma que seja aceito pelos países do bloco.

Nos primeiros diálogos, a resistência dos Estados Unidos e da China revelou a complexidade do tema. O Brasil, no entanto, reconhece a necessidade de encontrar propostas aceitáveis por ambas as potências para garantir o progresso do debate no G20.

Desde que Lula assumiu a Presidência há um ano, o governo tem falado em combater a desinformação. A abordagem inclui medidas nacionais, como projetos de lei e campanhas de conscientização, mas o governo percebe que uma solução isolada não será eficaz devido à natureza internacional das redes. 

O Brasil já se aliou a iniciativas internacionais desde 2023, e agora, com a presidência do G20, busca posicionar o bloco como um centro de gravidade para discutir a regulação das plataformas digitais. O governo brasileiro destaca dois argumentos principais para convencer os membros do G20 sobre a importância do tema. Primeiro, alerta sobre o risco de extremismo violento desestabilizando a política e a economia. Segundo, argumenta que a solução não virá das grandes empresas de tecnologia, mas sim de ações coordenadas entre as soberanias nacionais.

Ainda segundo a reportagem, “o trabalho ainda vai buscar aliados em outras instituições. Um dos aliados será a Unesco que, há anos, mergulhou no debate sobre as redes sociais, o papel das plataformas e a questão de liberdade de expressão. Uma das reuniões poderá já ocorrer em abril, com líderes internacionais, organismos internacionais e representantes da sociedade civil. A previsão é de que o encontro ocorra em São Paulo. No centro do debate, a integridade da informação. Outra data fundamental será a cúpula da ONU, marcada para setembro em Nova York (EUA)”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Jamil Chade, do UOL

Novo líder do PSB articula projeto para confiscar bens de golpistas

 Gervásio Maia (PSB-PB) aproveitou o ato que celebrou a vitória da democracia, para articular a aprovação do projeto

Atos Golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

O deputado federal Gervásio Maia (PSB-PB), novo líder do PSB na Câmara, aproveitou o ato que celebrou a vitória da democracia, realizado nesta na segunda-feira (8), para articular a aprovação de um projeto de lei que propõe o confisco de bens de golpistas que tentaram dar um golpe de estado no 8/01/ do ano passado.

De acordo com informações do jornalista Igor Gadelha, no Metrópoles, pela proposta, equipamentos utilizados em crimes contra o Estado Democrático de Direito — como, por exemplo, ônibus cedidos por empresários para levar os manifestantes golpistas a Brasília — seriam apreendidos pela Justiça.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles