terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Bolsonaristas tentaram modificar textos da Wikipedia sobre os atos golpistas do 8 de janeiro durante todo o ano de 2023

 Em diversas tentativas durante o ano passado, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) tentaram reescrever a história sobre os golpistas do 8 de Janeiro na página do Wikipédia para relativizar os acontecimentos e desassociar do ex-chefe do Executivo os ataques de vândalos às sedes dos Três Poderes. Para isso, usaram uma tática comum: usuários não registrados…

Em diversas tentativas durante o ano passado, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) tentaram reescrever a história sobre os golpistas do 8 de Janeiro na página do Wikipédia para relativizar os acontecimentos e desassociar do ex-chefe do Executivo os ataques de vândalos às sedes dos Três Poderes. Para isso, usaram uma tática comum: usuários não registrados faziam mudanças que relativizavam o resultado da eleição presidencial de 2022, acusavam que “esquerdistas infiltrados” teriam incitado os protestos e até que tudo o que ocorreu naquela data seria uma “manifestação da vontade popular legítima”.


A Wikipédia é a mais popular enciclopédia virtual, feita de forma livre pelos próprios usuários em vários idiomas. Qualquer pessoa pode propor mudanças a um texto sobre algo na plataforma.


A página em português tem mais de 1,1 milhão de artigos, que, juntos, dariam 5,6 milhões de páginas. Ajudam a produzir esse conteúdo 8.274 usuários ativos, 52 administradores, 704 autorrevisores, 131 revisores e 222 robôs, que ajudam a reverter possíveis alterações falsas ou ações de vandalismos em páginas. Há mais de 3 milhões de usuários no site.


O verbete foi criado às 15h20 d8 de janeiro de 2023, enquanto os atos começavam a se desenvolver em Brasília. Desde então, o endereço na enciclopédia virtual foi editado mais de 500 vezes apenas em um dia e passou por controvérsias.


Pouco mais de 20 minutos depois da criação, às 15h42 daquele dia, um usuário trocou o termo “terroristas bolsonaristas” por manifestantes, sem dar mais explicações. Foi a primeira tentativa de aliviar a ligação de Bolsonaro e do bolsonarismo aos atos golpistas. Ele repetiu o processo outras duas vezes. O trecho foi revertido 20 minutos depois.


Esse mesmo usuário voltaria à página quase um ano depois, no dia 4 de janeiro de 2024. Ele trocou o termo “manifestações golpistas no Brasil após as eleições de 2022? para “manifestações da vontade popular legítima fruto de uma democracia instituída pela própria Constituição Federal do Brasil após as eleições de 2022”.


Em mais uma sequência de edições parciais, outro usuário bolsonarista trocou um trecho que dizia que Bolsonaro não fez alegações a “fraudes eleitorais”. Ele substituiu o termo para “inconsistências eleitorais”. E trocou as menções a “bolsonaristas” por “vândalos”. Todas essas edições foram revertidas.


O volume de edições na página era tão grande no dia 8 de janeiro que as edições foram restringidas. Apenas usuários verificados e com uma quantidade mínima predeterminada de edições anteriores podiam fazer alterações.


A página sobre o 8 de Janeiro no Wikipédia foi visualizada 60 mil vezes ao longo de um ano e passou por 694 edições feitas por 116 usuários – dessas 694 edições, 532 foram feitas unicamente no dia 8. Vinte e nove edições foram desfeitas por editores e moderadores.


Sem mais ataques bolsonaristas na edição do texto durante o período, usuários verificados debatiam como o texto deveria ser construído. A primeira grande conversa aconteceu nas primeiras horas. Membros questionavam se deveriam usar o termo “manifestantes”, “terroristas” ou “bolsonaristas”.


A restrição para edições na página sobre o 8 de Janeiro na Wikipédia caiu no meio de fevereiro de 2023. Desde então houve sucessivas ações de bolsonaristas na edição dos textos. O perfil é similar: são de contas que não são registradas.


Dois usuários tentaram mexer no texto para dizer que os atos foram causados por “infiltrados de esquerda”. As edições foram revertidas.


Ao longo de 2023, outras pessoas voltaram a tentar favorecer Bolsonaro nas edições. Um usuário tentou alterar o texto para dizer que “riscos de fraude eleitoral” e a “falta de provas de lisura nas urnas” teriam garantido a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. A edição foi revertida quatro minutos depois.


Ainda houve outra mudança para dizer que Bolsonaro teria vencido a eleição, ação revertida 37 minutos depois. Um editor disse que os manifestantes foram rotulados de bolsonaristas apenas “pela imprensa e pela esquerda” – ato revertido 14 minutos depois. Outra pessoa afirmou que a “maior parte da manifestação foi pacífica”.


Patrícia Rossini, professora de Comunicação, Mídia e Democracia na Universidade de Glasgow, na Escócia, aponta que as sucessivas alterações podem produzir riscos a pessoas que recorrem à Wikipédia como fonte de informações.


– A depender de quando essas edições são feitas e por quanto tempo essas edições distorcidas ficam online, é possível que pessoas que utilizam a Wikipédia como fonte de informação podem estar desinformadas permanentemente, porque a gente não checa a página como consome notícias ou checa o e-mail. O usuário final não pensa muito em como aquelas informações estão ali na página – afirma.


Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL.

VÍDEOS – “Sem anistia!”: ato no Masp pede punição a todos os envolvidos nos ataques do 8/1


Manifestantes protestam no Masp. (Foto: Reprodução)

Aos gritos de “sem anistia”, manifestantes pediram, na noite desta segunda-feira (8), na capital paulista, punição para todos os participantes da tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2023, ocorrida em Brasília. A manifestação, convocada pela Frente Brasil Popular (FBP) e Povo e Sem Medo, foi realizada em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na região central da cidade.

Coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP) e membro da coordenação nacional da FBP, Raimundo Bomfim, defendeu a responsabilização dos envolvidos para que novas tentativas de golpe não voltem a ocorrer. “Sem anistia para quem praticou os atos, para quem foi lá, danificou, depredou bens públicos, que fez o ato, mas também para quem foram os mentores do golpe e os financiadores”, disse.

“É preciso processar, investigar, responsabilizar, inclusive o ex-presidente da república [Jair Bolsonaro]. Porque, obviamente, ninguém ia fazer isso se não tivesse o ex-presidente da República por trás. Então, os militares, todos eles, independente da patente do cargo, têm que ser processados”, acrescentou.

Atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. (Foto: Reprodução)

Um ano após os atos golpistas, dos mais de dois mil detidos, 66 investigados continuam presos pela incitação, financiamento e execução dos atos. Os demais investigados foram soltos e tiveram a prisão substituída por medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair do país, suspensão de autorizações de porte de arma e de certificados de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), entrega do passaporte e apresentação semanal à Justiça.

Marcelo Correia, da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro) destacou que o país teve força para manter a democracia intacta mesmo com a tentativa de golpe, que completa um ano nesta segunda-feira. “Nós mantivemos a democracia intacta no nosso país. E é na democracia em que se pode avançar politicamente, em que se pode combater o racismo, em que se pode falar sobre dignidade humana, em que se pode falar sobre acesso à educação, acesso à saúde, e acesso à cultura”.

Entre as entidades participantes da manifestação, estavam também a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Partido dos Trabalhadores (PT), parlamentares do Psol, Unidade Popular pelo Socialismo (UP), União Nacional dos Estudantes (UNE), e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Fonte: DCM

Lesa Pátria: PF já encontrou 97 golpistas não capturados no 8/1 e confiscou R$ 25 milhões de bens


Bolsonaristas invadem prédio do Congresso, em Brasília – Foto: Reprodução

 Até o momento, a Polícia Federal (PF) já deteve 97 suspeitos que não haviam sido capturados anteriormente, dos 1393 presos em flagrante nos atos terroristas promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro, durante as fases da Operação Lesa Pátria.

A PF divulgou, na última segunda-feira (8), um balanço dos trabalhos desenvolvidos até então. A 23ª fase da operação foi aberta simbolicamente na manhã do mesmo dia. As investigações continuam com o objetivo de identificar todos os envolvidos nos atos golpistas, desde a fase de planejamento até a execução dos danos aos prédios públicos.

A cada nova fase, com a apreensão de dispositivos eletrônicos e documentos, os investigadores descobrem novos elementos deste amplo quebra-cabeça que se tornou a investigação. Foram cumpridos 313 mandados de busca e apreensão.

Os mandados são emitidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela coordenação das investigações.

Além da busca por responsabilização, há um esforço para compensar os danos causados pelos atos de vandalismo. Moraes autorizou o bloqueio de bens no valor de R$ 11,6 milhões pertencentes aos investigados. Os veículos pessoais apreendidos totalizam aproximadamente R$ 5 milhões. Já os ônibus usados para transportar os envolvidos somam R$ 8,4 milhões em valores bloqueados.

Fonte: DCM

Dia 9 de janeiro: a resposta das instituições à tentativa de golpe

 O afastamento de um governador, prisões e uma caminhada para reafirmação do Estado Democrático de Direito. Essa foi a forma da democracia se mostrar firme após as ameaças do 8/01

(Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/EBC)

Agência Brasil - Um dia após o maior ataque à democracia brasileira, o 9 de janeiro de 2023 também tem uma história para ser contada. Aquela segunda feira, há um ano exatamente, foi marcada pela reação das autoridades e instituições do país à invasão das sedes dos Três Poderes e à depredação do patrimônio público.

O afastamento de um governador, prisões de centenas de golpistas e uma caminhada para reafirmação do Estado Democrático e Direito. Essa foi a forma da democracia se mostrar firme e intocada, mesmo após tantas ameaças no dia anterior.

Veja abaixo alguns dos principais fatos do 9 de janeiro:

Afastamento do governador do DF

Logo nas primeiras horas do dia, ainda na madrugada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo de governador do Distrito Federal pelo prazo de 90 dias.

Na decisão, Moraes argumentou que Ibaneis Rocha e Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública do DF e que tinha sido exonerado ainda no dia 8, foram omissos diante dos ataques ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o STF. Disse o magistrado em sua decisão:

“O descaso e a conivência do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e, até então, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres – cuja responsabilidade está sendo apurada em petição em separado – com qualquer planejamento que garantisse a segurança e a ordem no DF, tanto do patrimônio público – Congresso Nacional, Presidência da República e Supremo Tribunal Federal – só não foi mais acintoso do que a conduta dolosamente omissiva do governador do DF, Ibaneis Rocha, que não só deu declarações públicas defendendo uma falsa ‘livre manifestação política em Brasília’ – mesmo sabedor, por todas as redes, que ataques às instituições e seus membros seriam realizados – como também ignorou todos os apelos das autoridades para a realização de um plano de segurança semelhante ao realizado nos últimos dois anos, em 7 de setembro em especial, com a proibição de ingresso na Esplanada dos Ministérios pelos criminosos terroristas; tendo liberado o amplo acesso”.

Em vídeo divulgado na noite de 8 de janeiro, Ibaneis Rocha pediu desculpas aos chefes dos Três Poderes e afirmou que não imaginou a proporção que os atos antidemocráticos tomariam.

Prisões no acampamento

O ministro do STF determinou ainda a desocupação, em 24 horas, do acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército, de onde partiu a maior parte dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Quem resistisse à ordem poderia ser preso em flagrante.

A Polícia do Exército e a Polícia Militar do Distrito Federal foram responsáveis pela desocupação e prenderam pelo menos 1.200 pessoas no acampamento, montado desde o fim das eleições presidenciais do ano passado por apoiadores de Jair Bolsonaro que não aceitavam o resultado das urnas.

O ministro da Defesa, José Múcio, e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, acompanharam a retirada do acampamento. Foi o desmonte do núcleo golpista presente na Esplanada no dia anterior.

Ao apresentar relatório sobre o episódio no final de janeiro, o interventor na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli, disse que após a posse do presidente Lula, houve uma redução no número de acampados, mas que o quantitativo voltou a crescer na antevéspera dos ataques terroristas.

“As investigações vão dizer se isso foi uma tática para despistar ou o que foi que houve. Mas o fato é que no dia seguinte [à posse] o acampamento sofre um processo de desmobilização e quando chega no dia seis e sete ele explode novamente e chega a ter ali concentrações de em torno de 4 mil pessoas no dia 7 de janeiro”, afirmou.

Intervenção aprovada

Na noite de segunda-feira, a Câmara dos Deputados aprovou a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, que havia sido decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no domingo (8), mas precisava da confirmação das Casas Legislativas.

O texto foi aprovado em votação simbólica pelos deputados federais. No dia seguinte, 10 de janeiro, o Senado confirmou a intervenção federal.

Secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli foi nomeado o interventor, passando a ter controle de todos os órgãos distritais de segurança pública no período.

Caminhada na Praça dos Três Poderes

O presidente Lula convocou reunião com governadores e vice-governadores dos 26 estados e do Distrito Federal. Após encontro no Palácio do Planalto, todos saíram em caminhada pela Praça dos Três Poderes até o Supremo Tribunal Federal (STF).

Estavam na caminhada a então presidente do STF, ministra Rosa Weber, os ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, além de ministros do governo federal, governadores e parlamentares.

Na ocasião, Lula disse que os responsáveis pelos ataques seriam descobertos e punidos. “Nós vamos descobrir quem é que financiou. Tem gente financiando, tem gente que pagou para vir aqui e tem gente que fomentou”, afirmou o presidente, encerrando o dia de reação da democracia contra aqueles que se diziam patriotas, mas se ocuparam de atacar a pátria.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil


Até um terço das mulheres pode enfrentar complicações a médio e longo prazo após o parto

 Condições como incontinências, dores nas relações sexuais, infertilidade e depressão podem surgir tardiamente e são negligenciadas

Marcelo Camargo/Agência Brasil (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Por Gabriela Cupani (Agência Einstein) - Complicações que afetam a saúde das mulheres, como incontinência urinária ou fecal, dores nas relações sexuais, infertilidade secundária, ansiedade e depressão, podem surgir meses e até anos após o parto, atingindo até um terço delas e permanecendo sem diagnóstico ou tratamento adequados, conforme apontado por um estudo publicado no The Lancet.

Nas últimas décadas, foram realizados esforços para reduzir a mortalidade materna, com ações para prevenir e tratar precocemente quadros como hemorragias, problemas hipertensivos e sepse. No entanto, as complicações a médio e longo prazo, que costumam surgir tardiamente causando grande sofrimento físico e emocional, ficaram mais negligenciadas.

Devido a esse cenário, os autores realizaram um levantamento de estudos sobre problemas que costumam surgir após seis semanas do parto, período em que a mulher deixa de ser acompanhada de forma tão próxima. Eles constataram a falta de dados e de diretrizes sobre o assunto, especialmente em países pobres.

Dentre os resultados encontrados, destaca-se que 35% das mulheres enfrentam dores nas relações sexuais e 32% relatam dores nas costas. A incontinência fecal afeta 19%, mesma taxa das que lidam com infertilidade secundária (quando uma mulher que já teve filhos encontra dificuldades para gestar novamente). Já a incontinência urinária pode atingir 31%, e os índices de ansiedade e depressão podem chegar a 24% e 17%, respectivamente. Outros problemas que também surgem, embora menos frequentemente, e incluem prolapso de órgãos pélvicos, disfunções da tireoide, danos aos nervos e cardiomiopatia (inflamação no músculo cardíaco).

Essas condições podem afetar o dia a dia de qualquer mulher, independentemente da idade e do tipo de parto. Algumas podem ser causadas por traumas na hora do nascimento, outras decorrem das próprias mudanças do organismo em função da gestação, que afetam diversas estruturas, como os ligamentos do assoalho pélvico, entre outras. 

Segundo especialistas, essas mães acabam sendo negligenciadas por vários motivos, sendo um deles a complexidade dessas condições de origem multifatorial. Nem sempre a correlação com a gestação é óbvia. O ginecologista e obstetra Mariano Tamura, do Hospital Israelita Albert Einstein, diz que há falta de equipes de saúde suficientemente treinadas e, também, que as unidades de saúde acabam se concentrando na gravidez e no período de 42 dias após o parto.

Há, ainda, um outro fator apontado pelo ginecologista e obstetra Rubens Gonçalves Filho, do Hospital Israelita Albert Einstein: “as mulheres crescem ouvindo que algumas dores relacionadas ao parto ou pós-parto fazem parte da vida e, por isso, muitas vezes não se queixam”. “Também pode acontecer de, ao se queixarem, ouvirem das pessoas que é normal e deixar de procurar ajuda”, completa.

Daí a importância de reconhecer esses problemas e do cuidado durante a gestação para detectar e prevenir essas complicações, com uma orientação pré-natal rígida, explica Gonçalves Filho: “ainda assim, nem todas podem ser previstas, por isso uma boa assistência é fundamental.” Também é essencial, segundo o especialista, a estruturação do sistema de saúde e o treinamento dos profissionais para reconhecer os casos que requerem mais atenção e garantir o acesso das mulheres ao sistema.

Fonte: Brasil 247 com informações do The Lancet

Big Brother Brasil tem pior audiência da história

 O reality da rede Globo voltou ao ar na noite desta segunda-feira com o pior desempenho em estreia de temporada

(Foto: Divulgação/TV Globo)

O reality show Big Brother Brasil, da rede Globo, voltou ao ar na noite desta segunda-feira (8), com o pior desempenho em estreia de temporada de sua história. As informações são do Observatório da TV.

De acordo com dados preliminares divulgados no Twitter, o primeiro episódio deste novo Big Brother Brasil marcou apenas 21,7 pontos de média na Grande São Paulo, com direito a picos de 32,5. Até então, os recordes negativos do reality em estreia pertenciam ao BBB 19 (22,5) e BBB 23 (22,7).

Fonte: Brasil 247 com informações do Observatório da TV

Na presidência do G20, Brasil vai propor ação global para regular plataformas digitais

 Governo brasileiro já iniciou consultas bilaterais com os demais membros do G20, buscando enquadrar o tema de forma que seja aceito pelos países do bloco

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa durante encontro de cúpula do Brics em Johanesburgo, na África do Sul 23/08/2023 (Foto: GIANLUIGI GUERCIA/Pool via REUTERS)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está determinado a levar o debate sobre a regulação das plataformas digitais para o centro da agenda do G20, durante a presidência brasileira do bloco em 2024. Pela primeira vez, a questão da integridade da informação se tornará um tema de destaque em um fórum que reúne as maiores economias do mundo.

A ONU considera a ameaça à integridade da informação como um tema estratégico, com o potencial de desestabilizar sociedades e regimes. Nesta linha, segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL, o governo brasileiro já iniciou consultas bilaterais com os demais membros do G20, buscando enquadrar o tema de forma que seja aceito pelos países do bloco.

Nos primeiros diálogos, a resistência dos Estados Unidos e da China revelou a complexidade do tema. O Brasil, no entanto, reconhece a necessidade de encontrar propostas aceitáveis por ambas as potências para garantir o progresso do debate no G20.

Desde que Lula assumiu a Presidência há um ano, o governo tem falado em combater a desinformação. A abordagem inclui medidas nacionais, como projetos de lei e campanhas de conscientização, mas o governo percebe que uma solução isolada não será eficaz devido à natureza internacional das redes. 

O Brasil já se aliou a iniciativas internacionais desde 2023, e agora, com a presidência do G20, busca posicionar o bloco como um centro de gravidade para discutir a regulação das plataformas digitais. O governo brasileiro destaca dois argumentos principais para convencer os membros do G20 sobre a importância do tema. Primeiro, alerta sobre o risco de extremismo violento desestabilizando a política e a economia. Segundo, argumenta que a solução não virá das grandes empresas de tecnologia, mas sim de ações coordenadas entre as soberanias nacionais.

Ainda segundo a reportagem, “o trabalho ainda vai buscar aliados em outras instituições. Um dos aliados será a Unesco que, há anos, mergulhou no debate sobre as redes sociais, o papel das plataformas e a questão de liberdade de expressão. Uma das reuniões poderá já ocorrer em abril, com líderes internacionais, organismos internacionais e representantes da sociedade civil. A previsão é de que o encontro ocorra em São Paulo. No centro do debate, a integridade da informação. Outra data fundamental será a cúpula da ONU, marcada para setembro em Nova York (EUA)”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Jamil Chade, do UOL

Novo líder do PSB articula projeto para confiscar bens de golpistas

 Gervásio Maia (PSB-PB) aproveitou o ato que celebrou a vitória da democracia, para articular a aprovação do projeto

Atos Golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

O deputado federal Gervásio Maia (PSB-PB), novo líder do PSB na Câmara, aproveitou o ato que celebrou a vitória da democracia, realizado nesta na segunda-feira (8), para articular a aprovação de um projeto de lei que propõe o confisco de bens de golpistas que tentaram dar um golpe de estado no 8/01/ do ano passado.

De acordo com informações do jornalista Igor Gadelha, no Metrópoles, pela proposta, equipamentos utilizados em crimes contra o Estado Democrático de Direito — como, por exemplo, ônibus cedidos por empresários para levar os manifestantes golpistas a Brasília — seriam apreendidos pela Justiça.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula faz bateria de reuniões com ministros nesta terça-feira

 A primeira reunião acontecerá às 9h30 e contará com a presença de 12 ministros e mais três autoridades

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Após participar nesta segunda-feira do ato Democracia Inabalada, alusivo ao aniversário de um ano da tentativa de golpe bolsonarista em 8 de janeiro de 2023, o presidente Lula (PT) realiza nesta terça-feira (9) reuniões com uma série de ministros no Palácio do Planalto.

A primeira reunião está marcada para 9h30, e é a mais ampla dela, contando com a presença de: 

  • Ministro da Casa Civil, Rui Costa;
  • Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino;
  • Ministro da Defesa, José Múcio;
  • Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias;
  • Ministra da Saúde, Nísia Trindade;
  • Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck;
  • Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva;
  • Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida;
  • Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara;
  • Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha;
  • Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta;
  • Advogado-Geral da União, Jorge Messias;
  • Presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana;
  • Diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues;
  • Diretor da Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal, Humberto Freire de Barros.

Na sequência, às 11h, o presidente se reúne com o ministro da Educação, Camilo Santana, e, mais tarde, com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa, e o diretor-presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Décio Lima.

Fonte: Brasil 247

Após meses de investigação, Exército pune 38 militares por furto de metralhadoras, mas pede mais prazo para concluir inquérito

 A proposta era que a investigação fosse concluída ainda em dezembro, mas o prazo foi estendido até dia 17 de janeiro

(Foto: Divulgação/Exército Brasileiro)

A Justiça Militar da União autorizou a prorrogação do prazo do Inquérito Policial Militar (IPM) aberto pelo Exército para investigar e indicar as responsabilidades criminais sobre o furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra na cidade de Barueri, na Grande São Paulo. A autorização é “em caráter excepcional”. As informações são do G1.

A proposta era que a investigação fosse concluída ainda em dezembro, mas o prazo foi estendido até dia 17 de janeiro pela quantidade de provas que ainda não foram analisadas - com possibilidade de nova prorrogação. Segundo apurou a GloboNews, o Exército alegou que o caso "demanda a produção de muitos elementos e do retorno de informações e pesquisas". Em outubro, o Exército confirmou que 21 metralhadoras foram furtadas do Arsenal de Guerra em Barueri, na Grande São Paulo. Duas delas ainda estão desaparecidas.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Ana Maria Braga se revolta após ter mansão atingida por temporal e enquadra Nunes: "cadê o prefeito? é um pedido de socorro"

 "Cadê a sub-prefeitura quando a gente precisa dela? Cadê o prefeito? Olha o que acaba de acontecer aqui em casa", desabafou

Ana Maria Braga (Foto: Reprodução)

Mais uma tempestade atingiu a de cidade São Paulo nesta e desta vez provocou danos na mansão de Ana Maria Braga, nesta segunda-feira (8). Em um vídeo postado nas redes sociais, a apresentadora contou que o galho de uma árvore desabou, quebrou um teto de vidro e quase atingiu suas funcionárias, mas que todos os pedidos de auxílio à Prefeitura foram ignorados. 

"A gente levou um senhor susto, para não dizer um palavrão, aqui em casa. O que aconteceu: minha casa fica aqui na subprefeitura de Pinheiros, tenho uma casa que tem bastante árvores, e eu cuido delas, tem jardineiro que ajuda. Mas, então chamo (a prefeitura) tem que abrir requerimento, para podar, porque senão os galhos vem para cima da casa e tem gente que mora aqui dentro", explicou.

"Essa chuva que deu agora, esse galho caiu e quebrou o vidro que fica meu sofá e a árvore-de-natal. As meninas estavam desmontando ela e foi coisa de 5 minutos, elas estavam aqui e saíram e esse galho entrou e quebrou, caiu vidro para tudo quanto é lado. Eu queria saber porque as pessoas não olham para isso e vem consertar. É um perigo para as pessoas. Tem que ter bom senso, é um absurdo, tô pedindo socorro aqui… ainda bem que ninguém se machucou senão o bicho ia pegar muito sério", acrescentou.

Ana finalizou cobrando a Prefeitura: "uma burocracia sem fim enquanto a gente corre perigo. Cadê a sub-prefeitura quando a gente precisa dela? Cadê o prefeito? E isso não é só comigo. É um pelo por toda cidade de São Paulo que sofre com isso".

Fonte: Brasil 247

Após conversa sobre montagem da equipe, Lula deve anunciar Lewandowski como novo ministro da Justiça

 O ministro aposentado do STF quer carta branca do Planalto para montar sua própria equipe. O presidente recomendou manter o diretor-geral da PF e Ricardo Cappelli em seus cargos

Ricardo Lewandowski e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABr | Ricardo Stuckert)

O presidente Lula (PT) tem dito a interlocutores que já se decidiu pela nomeação do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Na manhã desta segunda-feira (8), ambos se reuniram para conversar sobre a montagem da equipe. De acordo com Malu Gaspar, do jornal O Globo, "Lewandowski sinalizou que aceitaria assumir a pasta se ela não for desmembrada, e tendo carta branca do Palácio do Planalto para montar a própria equipe".

Lula, por sua vez, recomendou a Lewandowski que mantivesse em seus cargos o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli. "Cappelli se tornou uma das principais figuras da área de segurança pública depois de ser nomeado interventor da segurança pública no Distrito Federal em 8 de janeiro do ano passado. Em outubro passado, Capelli também assumiu o comando da reação do governo federal à crise no Rio, quando milicianos queimaram 35 ônibus públicos, um trem e carros de passeio após a morte de um chefão do grupo. Nos últimos dias, ele chefiou a pasta em razão das férias de Dino. No governo lulista, Cappelli vem sendo citado como um potencial candidato a disputar o governo do DF em 2026, onde o petista foi derrotado por Bolsonaro nas urnas nas últimas eleições", diz a reportagem. 

A jornalista também conta que "os dilemas em torno do futuro da equipe estão razoavelmente equacionados". Na avaliação de Lula, não há mais motivo para esperar para fazer a nomeação e, portanto, o nome de Lewandowski deverá ser anunciado nos próximos dias. Segundo Lauro Jardim, também do jornal O Globo, ambos terão mais uma reunião "em breve". Porém, "auxiliares próximos do presidente relatam que a reunião de agora não será decisiva para nada, simplesmente por que Lewandowski e Lula já vinham conversando sobre o assunto. Seja por meio de interlocutores de confiança de ambos, seja diretamente". As conversas, conforme conta o jornalista, se dão desde novembro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Habib's vai pagar R$ 20 mil a funcionária que disse ter sido vítima de cárcere privado e humilhações após suspeitar de roubo

 A mulher acrescentou em seu relato que, quando a sessão de ameaças chegou ao fim, ela estava em pânico, aos prantos e desorientada

Uma funcionária acusa a rede de lanchonetes Habib's de cárcere privado e humilhação após ter sido mantida presa em uma sala por quatro horas. Segundo o relato da trabalhadora à Justiça, depois de denunciar irregularidades e suspeitar de desvio de dinheiro da loja ao gestor da unidade, ela ficou no local, trancada, sem conseguir ajuda. A superior dizia saber onde ela morava e que mandaria "alguém dar uma surra" nela.

A mulher acrescentou em seu relato que, quando a sessão de ameaças chegou ao fim, ela estava em pânico, aos prantos e desorientada, mesmo assim, conseguiu registrar um boletim de ocorrência e tempos depois precisou de ajuda médica.

A compensação por danos morais foi fixada em R$ 20 mil pelo TRT-21 (Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região), do Rio Grande do Norte, informa reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

O grupo Habib's disse em nota que a condenação não trata de cárcere privado. "A empresa reitera seu compromisso com a ética e a transparência em suas relações trabalhistas, repudia qualquer forma de violência e discriminação e está comprometida com o respeito aos direitos de seus colaboradores."

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Ex-galã da Globo ganha kombi de clientes após viralizar vendendo cerveja nas ruas

 O ator contou que vai usar o veículo para transportar as bebidas, sem precisar ficar puxando carrinho na rua


Poucos dias após viralizar vendendo cervejas em uma carrocinha pelas ruas de Copacabana, na Zona Sul do Rio, o ator Daniel Erthal, que ganhou fama nos anos 2000 com um papel principal na novela adolescente global Malhação, recebeu de um casal de clientes uma kombi de presente.

O ator contou que vai usar o veículo para transportar as bebidas, sem precisar ficar puxando carrinho na rua. O ator, conta que não desistiu da carreira artística. No entanto, decidiu apostar no próprio negócio.


Fonte: Brasil 247

Hezbollah ataca base israelense com drones em resposta a assassinatos

 Ataque faz parte da resposta do grupo palestino aos recentes assassinatos israelenses no Líbano

Foguetes disparados a partir de Gaza contra Israel (Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)

Reuters - O Hezbollah lançou drones explosivos em uma base do Exército no norte de Israel, nesta terça-feira, declarando que o ataque faz parte de sua resposta aos recentes assassinatos israelenses no Líbano, enquanto fontes relataram três combatentes do Hezbollah mortos em um ataque israelense.

O grupo disse que seus drones atingiram o quartel-general do Exército israelense em Safed como parte da retaliação pelo assassinato, na semana passada, do vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, em Beirute, e em resposta ao assassinato de um comandante do Hezbollah na segunda-feira.

Uma fonte familiarizada com as operações do Hezbollah afirmou que foi a primeira vez que o grupo atacou Safed, a cerca de 14 km da fronteira, durante as hostilidades que se intensificaram há três meses, depois que o Hamas atacou Israel a partir da Faixa de Gaza.

Um porta-voz do Exército israelense declarou que uma base no norte foi atingida em um ataque aéreo, mas não houve danos ou vítimas. O porta-voz não disse exatamente onde o incidente ocorreu.

Mais de 130 combatentes do Hezbollah foram mortos no Líbano durante as hostilidades com Israel, no pior confronto entre eles desde que entraram em guerra em 2006. A violência forçou dezenas de milhares de pessoas a fugirem de suas casas em ambos os lados da fronteira e levantou a preocupação de que o conflito poderia se intensificar e se espalhar ainda mais.

Os três combatentes do Hezbollah mortos na terça-feira morreram em um ataque a seu veículo na cidade de Ghandouriyeh, no sul do Líbano, disseram as fontes, sem identificá-los.

Em um comunicado, os militares israelenses disseram que sua Força Aérea atacou alvos do Hezbollah em Kila - uma aparente referência ao vilarejo fronteiriço libanês de Kfar Kila - e um esquadrão de drones pertencente ao grupo em outro lugar no sul do Líbano.

O comandante do Hezbollah morto na segunda-feira, Wissam Tawil, era um comandante das forças de elite Radwan do Hezbollah e o oficial mais graduado do Hezbollah morto até agora no conflito. Ele desempenhava um papel de liderança na direção de suas operações no sul.

O vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem, em um discurso televisionado na terça-feira, disse que seu grupo não quer expandir a guerra a partir do Líbano, "mas se Israel expandir, a resposta será inevitável na medida máxima necessária para deter Israel".

Fonte: Brasil 247 com Reuters