segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

O que é GLO e por que Janja não quis que Lula a assinasse em 8 de janeiro

Com a crise instalada no ataque aos prédios dos Três Poderes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cogitou assinar um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para conter a situação, mas foi desaconselhado a baixar a norma pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. “É tudo o que eles querem”, disse a primeira-dama, conforme relatou o presidente no documentário “8/1 – A Democracia Resiste”, produzido pela GloboNews.

“Foi a Janja que invalidou: ‘Não aceita a GLO, porque GLO é tudo que eles querem. É tomar conta do governo’. Se eu dou autoridade pra eles, eu tinha entregado o poder pra eles”, disse Lula na produção, divulgada neste domingo, 7.

Diante do conselho de Janja, o presidente optou por outra via para estancar a crise em Brasília: a intervenção federal, prevista no Artigo 34 da Constituição. O nº 2 do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o secretário-executivo Ricardo Cappelli, foi nomeado interventor da área de segurança pública no Distrito Federal e liderou o trabalho com a Polícia Militar do DF para contornar a crise. “Eu tomei a decisão, falei pro Flávio Dino: ‘Vamos fazer o que tiver que fazer, não tem GLO'”, afirmou o presidente.

O uso da Garantia da Lei e da Ordem foi conclamado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que não aceitaram o resultado das eleições de 2022. Nas semanas que antecederam os ataques de 8 de Janeiro, o termo havia se tornado uma palavra de ordem nos acampamentos golpistas. Entenda, a seguir, o que é GLO, como o dispositivo poderia ter sido acionado em 8 de janeiro de 2023 e por qual razão Janja desaconselhou o presidente da alternativa.

O que é GLO?

A Garantia da Lei e da Ordem (GLO) é um dispositivo excepcional para o controle de uma crise na segurança pública. Enquanto uma GLO está em vigor, as autoridades do Exército passam a exercer o poder de polícia, o que confere permissão para revistar pessoas, dar voz de prisão e fazer patrulhamento. A norma deve ser acionada por iniciativa da Presidência da República e, no ato da convocação, devem ser especificadas a área e o período nos quais o dispositivo estará valendo. Trata-se de uma intervenção pontual e com prazo para acabar.

Segundo Carlos Ari Sundfeld, professor de Direito da Fundação Getulio Vargas (FGV), o dispositivo está previsto em lei para ser usado para suprir a falta de agentes das forças tradicionais de segurança. “Naquele dia, em Brasília, a Polícia Militar deveria ter evitado o que aconteceu. Surgiu, então, um problema de ineficiência da PM. E a GLO é o instrumento previsto pela Constituição para uma situação de crise em que a PM não dá conta ou a PM é a causa da crise”, explicou o professor.

Quem já acionou a GLO?

Todos os presidentes desde 1992 acionaram a Garantia da Lei da Ordem para conter uma crise de segurança pública, inclusive Lula. Levantamento do Estadão revelou que, nos últimos 30 anos, o Brasil teve uma média de cinco GLOs por ano – foram 146 situações do gênero. O recordista é Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que assinou 46 decretos de GLO nos oito anos em que governou o País. Lula vem logo atrás, com 41 intervenções do gênero.


O levantamento do Estadão revela que o uso de GLOs assumiu diferentes finalidades ao longo das últimas décadas. As razões para o decreto de Garantia da Lei e da Ordem vão desde violência urbana, greve de policiais militares e até mesmo processos eleitorais.


Lula é o responsável pela última vez em que uma GLO foi acionada. Em novembro de 2023, o presidente assinou um decreto autorizando o emprego do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo. A medida está em vigor até maio de 2024. Ele assinou a GLO quatro dias depois de dizer que, enquanto ocupasse o Palácio do Planalto, “não haveria GLO”.


Apesar do alto índice de GLOs baixadas pelo petista durante suas gestões, o PT tentou, recentemente, emplacar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para acabar com o dispositivo. Batizada pelos seus autores de “PEC antigolpe”, a proposta não obteve consenso nem mesmo na base do governo Lula e acabou não sendo levada adiante.


A GLO poderia ter sido acionada em 8 de Janeiro?

Para Carlos Sundfeld, é “natural” que o acionamento da GLO tenha sido cogitado como reação aos atos golpistas, pois o dispositivo está previsto em lei para situações em que o controle de determinada situação tenha escapado às autoridades locais, como a Polícia Militar do Distrito Federal durante o 8 de Janeiro. “Era natural que naquela situação se cogitasse, como uma das hipóteses, o acionamento das Forças Armadas, porque, em tese, elas estão sob o comando do governo federal”, afirmou o professor.


Outros fatores, no entanto, foram avaliados para que Lula preferisse a intervenção federal, prevista no Artigo 34 da Constituição, em vez da GLO. “O risco que o presidente da República avaliou era de, ao acionar as Forças Armadas, colocar os militares num papel de protagonismo, o que não seria conveniente por conta das características dessa crise política”, disse o professor da FGV.

Por que Janja não quis a GLO?


Como mostra o documentário produzido pela GloboNews, Lula atribui a Janja o conselho de não acionar a GLO, o caminho “natural”, como resposta ao 8 de Janeiro. Segundo Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara – cidade onde estava o casal no dia 8 de janeiro -, Janja disse: “GLO não, é entregar para os militares”.


Para o professor Carlos Sundfeld, além de não querer conferir protagonismo aos militares, a primeira-dama, possivelmente, avaliou qual seria o recado que Lula daria aos manifestantes ao decretar a Garantia da Lei e da Ordem. Nos meses que antecederam os atos golpistas, GLO havia se tornado palavra de ordem nos acampamentos instalados nas bases do Exército em todo o País. A alegação era de que um decreto dessa natureza era necessário diante de uma suposta fraude – jamais comprovada – no sistema eleitoral.


“A esposa do presidente da República podia estar alertando-o: ‘Não faça um gesto político que pareça uma vitória das pessoas que estão fazendo quebra-quebra na rua”, disse Sundfeld.


GLO é a mesma coisa que intervenção militar?


Não. GLO, intervenção federal e intervenção militar são três conceitos diferentes e não resguardam relação entre si. A GLO, como explicado, é prevista pelo Artigo 142 da Constituição Federal. Além disso, a Garantia de Lei e da Ordem é regulamentada pela Lei Complementar nº 97/1999 e pelo Decreto nº 3.897/2001.


Carlos Ari Sundfeld ressalta que nenhuma dessas normas confere “poder moderador” às Forças Armadas. “Isso é completamente falso. Nenhuma Constituição no mundo, inclui-se a brasileira, confere às Forças Armadas a iniciativa de intervir na ordem política.”


Por intervenção militar, entende-se uma ruptura no Estado Democrático de Direito liderada por um comando do Exército.

Intervenção federal, por outro lado, é um dispositivo previsto na Constituição Federal do Brasil por meio do Artigo 34. Foi a via escolhida pelo presidente Lula para lidar com a crise de 8 de Janeiro, com a nomeação do interventor Ricardo Cappelli.


Tal como a GLO, a intervenção é um instrumento acionado excepcionalmente para crises de segurança pública, mas resguarda diferenças cruciais em relação à Garantia da Lei da Ordem. Depende, por exemplo, de aprovação do Congresso Nacional; além disso, o comando das forças de segurança do local no qual se intervém ficam sob a gerência do interventor, e não das Forças Armadas.

Fonte: Bem Paraná com Estadão Conteúdo

PF: Lesa Pátria prendeu 1393 em flagrante e confiscou R$ 25 mi de golpistas do 8/1

 Com a 23.ª fase da Operação Lesa Pátria, aberta simbolicamente nesta segunda-feira, 8, data em que os atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023 completam um ano, a Polícia Federal já encontrou e prendeu 97 suspeitos que não haviam sido capturados em meio aos 1393 presos em flagrante na Praça dos Três Poderes.

A PF divulgou nesta tarde um balanço dos trabalhos desenvolvidos até o momento. A investigação continua para tentar identificar a todos os envolvidos nos atos golpistas, desde a preparação até a depredação dos prédios públicos.


A cada nova fase, com a apreensão de documentos, celulares e computadores, os investigadores chegam a novas peças do quebra-cabeça que se tornou uma apuração tão extensa. Foram 313 mandados de busca e apreensão.


Os mandados são expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que coordena as investigações.


Outra preocupação é garantir a reparação pelos prejuízos causados com os atos de vandalismo. Moraes autorizou o bloqueio de R$ 11,6 milhões em bens dos investigados. Os veículos pessoais apreendidos somam o equivalente a R$ 5 milhões. Os ônibus usados para transportar radicais somam R$ 8,4 milhões. Os valores ainda serão atualizados com a nova fase, aberta nesta manhã.


A ação deflagrada hoje mira financiadores que teriam fretado ônibus e ajudado a custear a viagem de bolsonaristas a Brasília.


Fonte: Bem Paraná com Estadão Conteúdo

 

VÍDEO: “Por que os filhos não renunciam?, diz Lula sobre ataques da família Bolsonaro às urnas


Lula no evento Democracia Inabalada – Reprodução

 O presidente Lula (PT) ironizou os ataques de Jair Bolsonaro (PL), seus filhos e seus aliados ao sistema eleitoral durante discurso nesta segunda (8), no evento Democracia Inabalada, que marca um ano dos ataques golpistas de 2022. Ele desafiou os filhos do ex-presidente e os parlamentares do PL a renunciarem aos cargos já que não acreditam nas urnas eletrônicas.

“As pessoas que duvidam das eleições e da legalidade da urna brasileira porque perderam as eleições… por que não pedem para seu partido renunciar todos os deputados e senadores que foram eleitos? Os três filhos dele: por que não renunciam em protesto à urna fraudulenta?”, ironizou o petista.

Sem citar o nome do ex-chefe do governo nem os dos três filhos dele que ocupam cargos políticos, Lula reforçou seu apoio à confiabilidade das urnas eletrônicas e enfatizou que foi com o sistema de voto eletrônico que ele ganhou e perdeu eleições. “É importante que a gente tenha clareza da importância da democracia”, afirmou o mandatário.

Confira o vídeo:

Fonte: DCM

PM do Distrito Federal prende na área externa do STF mulher suspeita de ato terrorista durante evento realizado no Congresso Nacional

 Uma mulher foi presa nesta segunda-feira (8), na área externa do Supremo Tribunal Federal (STF), durante a realização dos atos pela democracia que marcaram o dia de hoje no Congresso. Segundo nota da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), a detida é suspeita de ameaça terrorista e desacato. Ainda de acordo com a corporação, policiais…


Uma mulher foi presa nesta segunda-feira (8), na área externa do Supremo Tribunal Federal (STF), durante a realização dos atos pela democracia que marcaram o dia de hoje no Congresso. Segundo nota da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), a detida é suspeita de ameaça terrorista e desacato.


Ainda de acordo com a corporação, policiais militares do Primeiro Batalhão foram acionados por testemunhas que presenciaram a mulher “agredindo policiais judiciários” próximo à sede da Corte. A PM-DF informa ainda que a presa ameaçou “contaminar o ambiente com gás antraz”, um agente biológico letal utilizado em ataques terroristas.


Ao chegarem ao local, os agentes “colheram informações sobre as características da autora” e a encontraram dentro de um carro. Durante a abordagem veicular, os policiais encontraram um spray de pimenta e uma máquina de choque.


Segundo a PM-DF, a mulher também desacatou os policiais militares e judiciários. Ela foi conduzida à 5ª Delegacia de Polícia, mas o caso acabou encaminhado à Polícia Federal (PF), onde será devidamente registrado.


Nesta segunda-feira foram realizados atos pela democracia no Supremo e no Congresso Nacional. A segurança da Esplanada dos Ministérios foi reforçada com cerca de 2 mil policiais militares e 250 membros da Força Nacional patrulhando a região.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Afastamento de Ibaneis foi fundamental para evitar efeito-dominó e propagação do golpe, diz Alexandre de Moraes

 Ministro do STF afirma que decisão impediu que outros governadores aderissem à intentona golpista

Ibaneis Rocha (círculo, em cima, à esq.), Anderson Torres (círculo embaixo), Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (à dir., separa (Foto: Reuters | ABR)

Na madrugada de 9 de janeiro de 2023, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou medidas decisivas para conter o movimento golpista que teve início em Brasília com a depredação dos prédios dos três Poderes. Em duas determinações abrangentes, Moraes ordenou o desmantelamento imediato dos acampamentos pró-Bolsonaro em frente a quartéis e a prisão dos participantes, além de bloquear o acesso à capital para manifestantes.

Em entrevista à CNN, o ministro destacou a importância do afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, como medida preventiva para impedir que outros governos estaduais aderissem à tentativa de golpe, evitando assim um potencial "efeito dominó" entre as polícias militares estaduais. Essas ações foram essenciais para estancar a expansão do movimento golpista.

A falta de ação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi apontada como crucial para a escalada dos acontecimentos. Moraes, alertado por seus filhos nas redes sociais, constatou que os invasores já estavam adentrando o Congresso Nacional. A PMDF, responsável pela segurança, descumpriu o "Protocolo de ações integradas" estabelecido em reuniões prévias, contribuindo para a falta de controle da situação.

O ministro, relator das investigações no STF, indicou que o julgamento do núcleo de executores dos ataques deve ser concluído até abril, com 30 réus já condenados por diversos crimes. Moraes reforçou que o afastamento de Ibaneis e outras medidas adotadas foram cruciais para conter a tentativa de golpe, garantindo responsabilização para todos os envolvidos.

Fonte: Brasil 247 com CNN

Transações via DOC/TEC deixarão de existir no Brasil na próxima segunda-feira

 29 de fevereiro será a última data para agendamentos, acentua a Febraban

Cédulas de real (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Por InfoMoney - Um dos mais tradicionais meios de transferência bancária, o DOC (Documento de Ordem de Crédito), está com os dias contados. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que o meio de pagamento só poderá ser utilizado, nas funções de emissão e agendamento, até as 22h de 15 de janeiro. Depois disso, será descontinuado.

Vale lembrar que a data máxima de agendamento do DOC é 29 de fevereiro, quando o sistema será encerrado definitivamente. O prazo para os bancos processarem os agendamentos enviados pelos clientes também encerrará na data.

Além do DOC, serão descontinuadas as operações de Transferência Especial de Crédito (TEC), criadas exclusivamente por empresas para pagamento de benefícios a funcionários, mas que também caiu em desuso após a implementação dos meios de pagamento instantâneos, como o Pix. A agenda de encerramento dos produtos foi comunicada no ano passado pelos bancos.

PRAZOS - 15/01/2024, às 22 h – Prazo limite para envio ou agendamentos de DOC e TEC, com data de até 29/02/2024. A partir disso, os bancos deixarão de ofertar os serviços de DOC e TEC aos clientes.

29/02/2024 – Data limite para o processamento dos agendamentos enviados pelos clientes pelas instituições financeiras. Também é o prazo final para o fechamento pelos bancos dos sistemas de recebimento e processamento do DOC/TEC.

IMPACTO DO PIX - Segundo Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, a extinção das duas modalidades de meio de pagamento considera o desinteresse dos brasileiros em utilizá-los. Criado em 1985 pelo Banco Central, o DOC perdeu espaço para formas mais rápidas e mais baratas de transferência de recursos, principalmente após o lançamento do Pix, em novembro de 2020.

Levantamento feito pela Febraban, sobre meios de pagamento com base em dados divulgados pelo Banco Central, mostra que as transações via DOC no primeiro semestre de 2023 somaram 18,3 milhões de operações, apenas 0,05% do total de 37 bilhões de operações feitas no ano.

O DOC ficou bem atrás dos cheques (125 milhões), TED (448 milhões), boleto (2,09 bilhões), cartão de débito (8,4 bilhões), cartão de crédito (8,4 bilhões) e do Pix, a escolha preferida dos brasileiros, com 17,6 bilhões.

“Tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes e sua utilização vem caindo continuamente nos últimos anos. Os clientes têm dado preferência ao Pix, por ser gratuito, instantâneo e também pelo valor que pode ser transacionado”, explica o diretor da Febraban. Tanto na TEC quanto no DOC o valor máximo das transações é de até R$ 4.999,99, que pode ser agendado para beneficiar outra conta, inclusive de um banco diferente.

As movimentações feitas por meio do DOC são efetivadas um dia depois de o banco receber a ordem de transferência, enquanto a TEC garante a transferência de recursos até o final do mesmo dia em que foi dada a ordem. A diferença entre as operações é que a TEC possibilita ao emissor transferir recursos para diferentes contas ao mesmo tempo, o que não é possível no caso do DOC. Com relação a tarifas, cada banco institui o valor cobrado pelas transações em seus diferentes canais de atendimento ao cliente.

Entre os grandes bancos em operação no país, Bradesco e a Caixa declararam à reportagem do InfoMoney que seguiriam o cronograma divulgado pela Febraban. Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Santander afirmaram já ter descontinuado as operações com DOC.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Embaixada dos EUA diz que 'democracia venceu' em publicação sobre um ano do 8 de Janeiro

 De acordo com a entidade, os EUA reafirmam o “apoio inabalável à democracia no Brasil”

Casa Branca, residência da Presidência da República dos EUA (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil afirmou nesta segunda-feira (8) que a “democracia venceu” e reiterou o apoio às “instituições democráticas brasileiras”. De acordo com a entidade, os EUA reafirmam o “apoio inabalável à democracia no Brasil”. Há um ano, em 8 de janeiro de 2023, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) fizeram atos golpistas em Brasília (DF).

“A democracia venceu! Um ano após os ataques aos 3 Poderes do Brasil e no mesmo ano em que celebramos 200 anos de amizade entre Brasil e EUA, reiteramos nosso apoio às instituições democráticas brasileiras. A democracia consolidada e forte une nossos países”, escreveu a embaixada na rede social X.

Dois anos antes dos ataques aos prédios públicos em Brasília, o Capitólio dos Estados Unidos – prédio que abriga o Congresso norte-americano – foi invadido por apoiadores radicais do ex-presidente republicano Donald Trump,em 6 de janeiro de 2021. Os manifestantes eram contrários ao resultado da eleição presidencial. Em 2020, Trump perdeu para o atual chefe do Executivo do país, Joe Biden.

Fonte: Brasil 247

'Comandantes militares lutaram pela democracia', diz Múcio

 Ministro da Defesa também afirmou que o presidente Lula quer que ele permaneça no cargo

(Foto: Ricardo Stuckert)

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou em entrevista ao jornal Valor Econômico, nesta segunda-feira (8), que os comandantes das Forças Armadas "lutaram pela democracia", após o ato 'Democracia Inabalada'. 

A iniciativa do presidente Lula, realizada no Congresso Nacional, contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o comandante do Exército, general Tomás Paiva, da Aeronáutica, tenente-brigadeiro de ar Marcelo Kanitz Damasceno e da Marinha, almirante Marcos Olsen. Além deles, esteve presente o chefe do Estado Maior, Renato Rodrigues de Aguiar Freire.

Múcio afirmou ainda que a maior parte das Forças Armadas é legalista. “Estou aqui com os comandantes, todos foram homenageados. Vieram homenagear a democracia porque, afinal de contas, lutaram por ela. Sofreram pressões, mas estão aqui representando a maioria das Forças Armadas que são militares legalistas”, disse o ministro.

Ele também comentou as especulações acerca de sua possível saída do cargo, dizendo que o ambiente “é o melhor possível”. Também citou que sua família o pressiona para deixar o cargo, mas o presidente Lula insiste que ele permaneça. 

“Ainda hoje um neto meu me ligou: ‘E aí, vovô?”, ironizou Múcio. “A pressão é grande dos dois lados”, acrescentou Múcio.

O presidente Lula encabeçou o ato no Congresso Nacional para marcar o primeiro aniversário dos ataques golpistas perpetrados por terroristas bolsonaristas às sedes dos Três Poderes.

As investigações sobre executores, financiadores e mentores seguem e são conduzidas pela Polícia Federal. O envolvimento de militares no episódio, inclusive aqueles de alta patente, também está sendo apurado. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

Antes de faltar ao evento do 8 de janeiro, Arthur Lira tomou café com Bolsonaro

 O encontro dos dois políticos aconteceu em Barra de São Miguel (AL), onde o prefeito é pai do presidente da Câmara

Arthur Lira (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)

Dias antes de faltar ao evento do 8 de Janeiro em Brasília (DF), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), teve um encontro com Jair Bolsonaro (PL) na casa do parlamentar em Barra de São Miguel (AL), cidade que tem como prefeito Benedito de Lira, pai do congressista. 

De acordo com informações publicadas nesta segunda (8) pela coluna de Natália Portinari, no portal Uol, Bolsonaro passou o final de ano em uma pousada que pertence ao ex-ministro do Turismo Gilson Machado em outra cidade do litoral alagoano. Na quarta-feira passada (3), antes de ir embora do estado, ele visitou visita a Arthur Lira. 

Através de sua assessoria, Lira disse que recebeu Bolsonaro em sua casa como ex-presidente da República que escolheu as praias de Alagoas para descansar.

O  presidente da Câmara disse a Lula que não pôde comparecer às solenidades marcando o aniversário de um ano do 8 de Janeiro por causa de problemas de saúde na família. Seu pai, o prefeito Benedito de Lira, tem 81 anos.

Bolsonaro está em Angra dos Reis (RJ), onde deve ficar até o final do mês.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna de Natália Portinari, no UOL

Fenafisco defende democracia e pede punição para responsáveis pelos ataques de 8 de Janeiro

 Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital também destacou a urgência de investigar, responsabilizar e punir os responsáveis pelos atos golpistas

Luiz Inácio Lula da Silva junto com outras lideranças (Foto: Ricardo Stuckert)

A Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) emitiu uma nota nesta segunda-feira (8), data que marca o primeiro aniversário dos ataques bolsonaristas aos Três Poderes. O comunicado expressa o apoio da Fenafisco ao ato 'Democracia Inabalada', convocado pelo presidente Lula, e ressalta a importância da atuação das instituições democráticas no último ano.

A Fenafisco, representante dos sindicatos dos servidores públicos fiscais tributários dos 26 estados e do Distrito Federal, com mais de 37 mil filiados, também ressaltou a importância do povo na defesa da democracia. A entidade enfatizou que os ataques de 8 de janeiro de 2023 devem servir de alerta para a manutenção do Estado Democrático de Direito e como um lembrete da necessidade de resistir ao autoritarismo e ao golpismo.

A nota também destacou a urgência de investigar, responsabilizar e punir os responsáveis pelo planejamento, financiamento e execução dos atos contra a democracia, incluindo a elaboração de leis para regular as plataformas de mídias sociais, a fim de coibir condutas criminosas.

A Fenafisco reiterou seu compromisso em atuar em defesa da democracia e do Estado Democrático, considerados conquistas fundamentais da Constituição de 1988, e prometeu continuar sua luta por um Brasil mais justo, democrático e solidário. 

Leia a íntegra da nota: 

Nota Pública - Fenafisco

Servidores fiscais defendem a democracia e a punição dos mentores do 8 de janeiro

Brasília, 8 de janeiro de 2024 - A Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) vem a público apoiar e fortalecer os atos em defesa da democracia brasileira e das instituições brasileiras nesta data que marca um ano dos ataques às sedes dos Três Poderes da República, em 8 de janeiro de 2023, com a invasão e depredação do Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

A força das instituições brasileiras e do povo brasileiro em defesa da nossa democracia demonstrou que no Brasil não há mais espaço para retrocessos autoritários - e o novo marco histórico servirá de alerta para garantir a manutenção do Estado Democrático de Direito, contra o autoritarismo e o golpismo.

Para isso, no entanto, é imprescindível a apuração, a responsabilização e a punição dos mentores e autoridades que possam ter cometido crimes contra a democracia brasileira, na forma da lei, seja por omissão ou ação direta na preparação, financiamento, organização e execução dos crimes contra a democracia brasileira, assim como a construção de uma legislação que que promova a regulação democrática das plataformas de mídias sociais no sentido de coibir condutas consideradas criminosas.

A democracia e o Estado Democrático são conquistas da Constituição de 1988 e a Fenafisco - entidade que agrega os sindicatos representantes dos servidores públicos fiscais tributários dos 26 estados e do Distrito Federal, os quais têm mais de 37 mil filiados em todo o País - seguirá atuando em defesa do nosso maior patrimônio e caminho para um país mais justo, democrático e solidário.

Fenafisco - Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital

Fonte: Brasil 247

Exportações de commodities do Brasil disparam na primeira semana de janeiro, diz Secex

 Na soja, o Brasil exportou 156 mil toneladas ao dia no período, o que resultou em embarques de 627 mil toneladas, informou a Secretaria de Comércio Exterior

(Foto: REUTERS / Aly Song)

SÃO PAULO (Reuters) - As exportações das principais commodities do Brasil registraram forte alta na primeira semana de janeiro, pela média diária de embarques, na comparação com o resultado do mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Na soja, o Brasil exportou 156,88 mil toneladas ao dia na primeira semana de janeiro (com quatro dias úteis), o que resultou em embarques de 627,5 mil toneladas, já próximo do resultado do mês completo de 2023, quando o maior exportador global da oleaginosa embarcou 839,6 mil toneladas.

Os números confirmam projeções da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), de que os embarques de soja serão maiores em janeiro, já que o país conta com maiores estoques da colheita do ano passado, que foi recorde.

O crescimento deve ocorrer, pelo menos em janeiro, mesmo diante da quebra da colheita de soja em 2024.

Os embarques de milho também começaram o ano com volumes expressivos, acumulando 1,3 milhão de toneladas na primeira semana de janeiro, com 333 mil toneladas/dia, acima da média diária do mesmo mês do ano passado (278,8 mil toneladas).

As exportações de café avançaram 36,4% pela média diária, enquanto os embarques de algodão mais que dobraram para 11,8 mil toneladas ao dia.

Os embarques de trigo quase triplicaram, para mais de 70 mil toneladas ao dia.

Na indústria extrativa, as exportações de petróleo também dobraram para 572,5 mil toneladas ao dia, em relação à média de janeiro do ano passado, enquanto no minério de ferro a alta é de quase 50%, para 1,67 milhão de toneladas ao dia.

Os dados do início de ano mostram uma continuidade da força registrada para várias commodities brasileiras nas exportações de 2023, quando muitas delas marcaram recordes históricos em volumes no ano.

Fonte: Brasil 247 com Roberto Samora na Reuters

Maioria dos brasileiros já defende que Bolsonaro seja punido pelos atos de 8 de janeiro

 Novo levantamento do instituto AtlasIntel constatou que mais da metade dos brasileiros consideram Bolsonaro como responsável pelo terrorismo em Brasília ocorrido no 08/01/2023

Jair Bolsonaro e ato golpista em Brasília (Foto: REUTERS/Carla Carniel | Joédson Alves/Agencia Brasil)

Uma nova pesquisa divulgada nesta segunda-feira (8) pelo instituto Atlas Intel aponta que 52,8% dos brasileiros acreditam que Jair Bolsonaro deveria ser responsabilizado judicialmente em decorrência da invasão terrorista à Sede dos Três Poderes, em Brasília, ocorrida um ano atrás.

Além disso, um número parecido de pessoas (52%) acredita que Bolsonaro foi o responsável pelas invasões golpistas. Os ataques foram executados por apoiadores do ex-ocupante do Planalto, que pediam um golpe de Estado e o fechamento do Judiciário oito dias após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Vale apontar que, entre os 52,8% que defendem uma punição a Bolsonaro, metade (53,4%) acredita que o líder político deveria ser preso; um número parecido (53,1%) crê que ele deveria perder os direitos políticos e a possibilidade de se candidatar.

O levantamento também mostra que, ao longo do último ano, cresceu em 6 pontos percentuais entre os brasileiros a percepção de que a invasão foi 'completamente injustificada'. Em janeiro de 2023, o número era de 53% da população, mas agora a estatística chega na faixa de 59%.

A pesquisa foi realizada entre domingo (7) e segunda-feira (8), com 1.200 pessoas pela metodologia de Recrutamento digital aleatório da Atlas. Foram entrevistados adultos (pessoas acima dos 18 anos) e os resultados possuem margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou menos.

Fonte: Brasil 247