O relacionamento tenso entre civis e militares no início do ano deu lugar a um cenário mais positivo, conforme apontado por alguns oficiais. Segundo informações da colunista Míriam Leitão, do Globo, eles se preparam com serenidade para as celebrações planejadas para o dia 8 de janeiro.
Os militares reconhecem a influência do bolsonarismo em parte das Forças Armadas, mas salientam a ausência de movimentos de tropas, considerando este um ponto crucial. Segundo um general, dos 680 estabelecimentos militares, não houve registro de qualquer ato de descontentamento.
Um dos pontos ressaltados por um dos militares é que o evento de 8 de janeiro ajudou a moderar a oposição ao governo. Houve uma mudança na percepção, passando de uma possível insatisfação com a eleição do presidente Lula para críticas mais direcionadas aos eventos ocorridos no referido dia, levando a uma redução nas reclamações ao presidente.
“Se havia alguma indignação com a eleição do presidente Lula, passou a haver reprovação ao que houve em 8 de janeiro e um arrefecimento das críticas ao presidente Lula”, disse um dos militares.
A justificativa para essa mudança de postura foi a evidente ilegalidade dos atos, constrangendo aqueles que levantavam bandeiras contra a esquerda. Um membro da Aeronáutica mencionou que, apesar de conservadores, na esfera dos costumes, eles tendem a se posicionar mais à direita.