STF havia determinado que a Meta, dona do Facebook, disponibilizasse o material, mas a empresa disse que não conseguiu recuperar o post que Bolsonaro publicou e depois apagou
Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
Conjur - A plataforma Metamemo, que coleta e preserva conteúdos de redes sociais, salvou o vídeo publicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contestando as eleições pouco depois dos atos de 8 de janeiro. O Supremo Tribunal Federal determinou que a Meta, dona do Facebook, disponibilizasse o material, mas a empresa disse que não conseguiu recuperar o post que Bolsonaro publicou e depois apagou.
A Metamemo não tem ligação com o Facebook. Desenvolvida entre 2021 e 2022, a plataforma busca preservar publicações em diversas redes sociais e “facilitar a análise desse conteúdo por parte de ativistas, jornalistas e pesquisadores”.
O primeiro projeto implementado pela Metamemo foi o “Bolsodata”, que registra e preserva conteúdos publicados por todos os integrantes da família Bolsonaro no Facebook, Instagram, Twitter, Youtube, Telegram e em blogs.
É possível visualizar as postagens no site da Metamemo, inclusive os que foram posteriormente apagados pelo clã Bolsonaro, entre eles o vídeo requisitado pelo Supremo que o Facebook disse não possuir mais.
“Utilizando APIs das próprias plataformas de redes sociais como Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Telegram e Blogspot, o Metamemo conseguiu armazenar de forma eficaz mais de 100 mil conteúdos, entre vídeos, fotos e textos, desde fevereiro de 2022 até o momento atual produzidos por Jair Bolsonaro e seus filhos, todos figuras públicas”, disse a Metamemo em nota.
“A escolha do case dos Bolsonaros ajudou a demonstrar as funcionalidades e formas de visualização da plataforma, assim como também serviu para a equipe desenvolvedora testar soluções para uma efetiva realização das etapas de coleta, processamento e armazenamento dos dados”, prossegue.
Para acessar o vídeo publicado em 10 de janeiro, por exemplo, basta buscar na plataforma conteúdos feitos por Jair Bolsonaro entre 10/01/2023 e 11/01/2023. Segundo a plataforma, o vídeo foi publicado às 21h55 daquele 10 de janeiro. Os conteúdos preservados podem ser baixados.