A Polícia Federal desmontou, na terça-feira (5), uma grande
organização criminosa responsável pelo tráfico internacional de armas, que
fornecia armamento pesado a chefes das maiores facções brasileiras.
Segundo as investigações, as armas vinham de países da Europa e entravam no Brasil pelo Paraguai.
Por trás de todo esse esquema, estavam Diego Hernan Dirísio,
de 49 anos, o maior traficante de armas da América do Sul, e Fhillip da Silva
Gregório, de 36 anos, conhecido como “Professor”, um traficante de drogas do
Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, e um dos principais clientes de Dirísio.
Segundo a PF, Fhillip só gostava de armas de alto calibre.
Em uma de suas negociações, ele recusa, por exemplo, um revólver de 308. “A
questão não é preço, até se você quisesse me dar essa pistola, aqui no Rio, a
gente não usa mais esse calibre”, diz. “Tem que ser 9, 40, 45!”, completa.
No Alemão, o “Professor” tinha uma vida muito confortável.
Ali, ele montou uma estrutura de ostentação e chegou a receber uma equipe
médica para fazer lipoaspiração, implante de cabelo e clareamento dos dentes.
Em trocas de mensagens, o criminoso brasileiro revelou que não sai do Alemão há
três anos.
Tanto Fhillip como Diego Hernan estão foragidos.