Para o ex-governador Requião, tanto o presidente da Alep, Ademar Traiano, quanto o procurador-Geral do Ministério Público do Paraná, Gilberto Giacoia, precisam deixar os cargos
Requião e Renato Freitas (Foto: Eduardo Matysiak/Divulgação | Rodrigo Fonseca/CMC)
Revérbero - O ex-governador Roberto Requião classificou como um escândalo a revelação de um suposto caso de corrupção na Assembleia Legislativa envolvendo o presidente da Casa, Ademar Traiano, bem como o acordo firmado com o Ministério Público.
Conforme denunciou o deputado Renato Freitas, Traiano teria, a partir de um acordo com o Ministério Público, confessado irregularidades na contratação da Televisão Icaraí Ltda na prestação de serviços à Assembleia Legislativa e se comprometido a devolver o dinheiro que teria sido pago em propina – mas não sofreu qualquer tipo de punição, manteve o cargo e o processo ainda transcorreu em sigilo.
Para o ex-governador Requião, tanto Traiano quanto o procurador-Geral do Ministério Público do Paraná, Gilberto Giacoia, precisam deixar os cargos. “É um escândalo. Depois das revelações, nós podíamos esperar que Traiano renunciasse imediatamente à presidência. E o Giacoia também. Como o chefe do MP tolera uma solução de transformar em segredo de Justiça? Imagino que ele aceitou tudo isso porque é a favor da venda da Copel, da Sanepar e do porto, bem como do pedágio”.
Requião lembrou que MP conseguiu aprovar cargos em comissão com grande facilidade na Assembleia. De acordo com Requião, é necessária uma eleição antecipada na Assembleia imediatamente. “Senão vai continuar tudo da mesma forma”.
Dada a gravidade da denúncia, Requião diz que o Conselho de Ética não pode punir de maneira alguma Renato Freitas, que trouxe o caso à tona. “Ele provocou uma limpeza na Assembleia, clareou o escândalo, que é a prática da política do Paraná desse pessoal que domina o governo desde que eu saí. Meu cumprimento pela firmeza e rebeldia do Renato. Marcou ponto a favor do Paraná e tem apoio da bancada do PT e de alguns outros deputados sérios”.