Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido de quatro senadores governistas para a divulgação das mensagens trocadas entre o ex-procurador-geral da República Augusto Aras e empresários bolsonaristas, segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Apresentada ao STF em agosto de 2022, a solicitação surgiu após o site Jota reportar que a Polícia Federal (PF) havia encontrado diálogos de Aras nos celulares de empresários participantes de um grupo no WhatsApp, discutindo questões de teor golpista. O grupo defendia a possibilidade de um golpe de Estado em caso de eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente.
Um diálogo entre Aras e o dono da Tecnisa, Meyer Nigri, integrante desse grupo, foi revelado em agosto de 2023. Na conversa, Nigri encaminhou dois links para Aras, um contendo a reportagem sobre as mensagens golpistas e outro noticiando a intenção do senador Randolfe Rodrigues de solicitar ao STF a avaliação da prisão dos empresários.
Aras, então, respondeu mencionando o senador: “Vou localizar o expediente, pois se trata de mais um abuso do fulano”.
Os senadores Randolfe Rodrigues, Renan Calheiros, Humberto Costa e Fabiano Contarato solicitaram ao STF acesso público às mensagens ou, como alternativa, que o Senado, responsável por investigar possíveis crimes de responsabilidade do procurador-geral da República, pudesse examiná-las.