A sessão da CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta quarta-feira (29) foi marcada por bate-boca entre os parlamentares. Os trabalhos chegaram a ser suspensos pelo presidente da comissão, Chico Vigilante (PT).
Os deputados analisavam o relatório final da CPI, que entre os indiciados incluiu o general Gonçalves Dias (GDias), que comandava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no início do governo Lula, quando as sedes dos três Poderes foram vandalizadas.
A confusão começou após parlamentares da direita se revoltarem porque o presidente do colegiado informou que serão votados destaques depois da leitura.
O Metrópoles apurou que um dos destaques será votado para retirar Gonçalves Dias da lista de pedidos de indiciamentos.
“Vou suspender a sessão, porque não vou permitir que a extrema direita transforme isso numa palhaçada”, ressaltou Chico. Com os microfones cortados, os parlamentares cercaram o colega, gritando repetidamente “questão de ordem”.
Na briga, quase todos os parlamentares da CPI acabaram discutindo. Paula Belmonte (Cidadania) chegou a sair do local que ocupa no plenário para ficar em pé ao lado de Hermeto, que tentava ler o relatório, pedindo questão de ordem.
Para a deputada, que é suplente na sessão, votar para tirar o general Gonçalves Dias é “uma grande manobra”.