Documentos encaminhados à PF contradizem versão do advogado Frederick Wassef de que teria recomprado o relógio de luxo por vontade própria
A Polícia Federal (PF) brasileira recebeu documentos do FBI que apontam que o relógio Rolex, dado de presente a Jair Bolsonaro (PL) e que deveria ter sido incorporado ao patrimônio da União, foi recomprado pelo advogado Frederick Wassef, ligado ao clã Bolsonaro, a pedido do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário.
O documento do FBI, segundo o jornal O Globo, contradiz a narrativa do advogado de que havia recomprado o relógio por vontade própria. A existência dos documentos do FBI foi divulgada pela GloboNews. Wassef confirmou ter viajado aos Estados Unidos para recuperar o relógio, utilizando dinheiro vivo na transação. Atualmente, o objeto está sob posse da União.
Em nota, Wassef afirmou que não conhece o general Lourena Cid: “nunca o vi em minha vida”, Ainda segundo ele, “alguém vem vazando informações de forma reiterada e criminosa, adicionando informações falsas para atingir a minha imagem e reputação”. O advogado também ressaltou que a investigação do FBI não descobriu "nada de novo" e serviu apenas para reforçar o depoimento prestado por ele à PF "meses atrás".