"Se houver demora muito grande no combate à inflação, provavelmente teremos um enfraquecimento precoce do governo", diz Carlos Vidigal, professor de história da UnB
Por Igor Carvalho e Julio Adamor, Brasil de Fato - O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, vai enfrentar dificuldades enormes para governar o país. E, tendo como ponto de partida a história recente do país, existe uma chance considerável de que não tenha sucesso e sequer consiga concluir o mandato que começa no dia 10 de dezembro. É a opinião de Carlos Vidigal, professor de história da UnB e estudioso da Argentina, em entrevista ao Brasil de Fato após a divulgação do resultado eleitoral.
As dificuldades do novo presidente, segundo ele, estarão concentradas em quatro aspectos: programas sociais, salários, inflação e dívida externa. Quanto aos dois primeiros itens, Vidigal vê uma lógica semelhante: o governo precisa tentar recompor os valores deteriorados em razão da inflação, o que no atual momento econômico, será “extremamente difícil”, assim como a geração de empregos, “que é algo que no momento sequer está no horizonte”.