Lucas Passos Lima, de 35 anos, e Jean Carlos de Souza, de 38 anos negaram vínculos com o grupo palestino Hezbollah durante uma audiência de custódia em São Paulo
Hezbollah e Polícia Federal (Foto: REUTERS | Divulgação/Polícia Federal)
Lucas Passos Lima, de 35 anos, e Jean Carlos de Souza, de 38 anos, presos pela Polícia Federal (PF) pela suspeita de planejar atos terroristas no Brasil, negaram vínculos com o grupo palestino Hezbollah durante uma audiência de custódia em São Paulo, nesta sexta-feira (10). Segundo o G1, “a prisão foi mantida, e eles vão seguir para o sistema prisional na segunda-feira (13)”.
Lucas foi detido pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, ao retornar do Líbano na terça-feira (7). As investigações indicam que brasileiros associados ao Hezbollah estavam recrutando outros indivíduos para a execução de planos de atentados terroristas.
Lucas, que afirma residir em Brasília e trabalhar com regularização de imóveis, questionou a suposta ligação com Hezbollah. "Você sair de um lugar para fazer parte de um grupo em guerra, você sair da sua paz para isso?". Ainda conforme a reportagem, ele já foi preso por porte dilegal de arma de fogo sete anos atrás.
O segundo acusado, Jean Carlos de Souza, residente em Joinville, Santa Catarina, relatou que suas frequentes viagens se devem ao trabalho de captação de negócios. "Eu acho absurdo isso. Falar: 'Jean, você é participante de um Hamas, Hezbollah. Não sei como estão falando isso'. Estou preso, eu só queria um pouco mais de respeito em relação a isso. Não sou. Se chegar na minha família, eu não sou terrorista", disse.
O advogado de Jean, José Roberto Timoteo da Silva, também classificou o caso como "absurdo" e sem qualquer base, acrescentando que a situação envergonha a Justiça brasileira.