Total de inscritos vem caindo desde 2016. Políticas educacionais definharam após o golpe contra Dilma. Jovens se sentem desanimados pelas chances reduzidas no mercado de trabalho
Após uma série de polêmicas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que é a principal porta de entrada para o ensino superior no Brasil, realiza sua primeira edição sob a nova administração do presidente Lula (PT) cercada de expectativas. Nos últimos dois anos, houve uma queda nas inscrições para o exame. A atual edição do Enem foi divulgada nas redes sociais pelo próprio presidente e pela primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, que se envolveram pessoalmente na campanha para aumentar a adesão à prova. No entanto, o aumento de meio milhão de inscritos em relação a 2022 não foi suficiente para alcançar os números registrados antes da pandemia, informa o jornal O Globo.
Em 2016, o exame teve 8,6 milhões de jovens e adultos inscritos, mas esse número foi diminuindo nos anos seguintes. Em 2021, um ano marcado pela alta da Covid-19, as inscrições foram 64% menores, totalizando 3,1 milhões. Essa participação foi a pior desde 2005, quando o exame teve um pouco mais de 3 milhões de inscritos. Em 2023, embora o cenário tenha melhorado, ainda persiste o desinteresse dos estudantes pelo Enem, com 3,9 milhões de candidatos buscando uma vaga na universidade.