Suspeita é que a obstrução tenha sido feita por integrantes da cúpula da Abin ainda no primeiro semestre, quando o escândalo foi revelado
A Polícia Federal (PF) confirmou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apagou informações cruciais relacionadas a 30 mil monitoramentos em meio às investigações da Operação Última Milha, deflagrada na sexta-feira (20) para apurar a suspeita de que a agência teria monitorado ilegalmente opositores e críticos do governo Jair Bolsonaro (PL).Segundo a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, o caso reforça as suspeitas de que servidores da Abin tenham tentado obstruir as investigações.
“Os arquivos apagados já foram restaurados, segundo fontes a par da investigação, e a PF tenta agora descobrir quem foi o usuário da Abin responsável pela tentativa de eliminar as provas. O pedido da PF para fazer uma busca e apreensão na última sexta-feira (20) veio justamente porque se suspeitava que agentes da Abin estavam atuando para obstruir a investigação”, destaca a reportagem.