Javier Milei coloca a Argentina diante de um futuro incerto e nebuloso
BUENOS AIRES (Reuters) – A Argentina pode estar prestes a saltar para o desconhecido político. O país sul-americano, a segunda economia da região depois do Brasil, votará nas eleições presidenciais no domingo com um radical, o libertário Javier Milei, na pole position para vencer, embora provavelmente enfrente um segundo turno.
O economista de cabelos desgrenhados e empunhando uma serra elétrica – que saiu da relativa obscuridade no ano passado – ficou em primeiro lugar nas primárias abertas de agosto e lidera todas as pesquisas de opinião, à frente do ministro da Economia, Sergio Massa, e da conservadora Patricia Bullrich.
Milei, de 52 anos, é um exemplo da raiva dos eleitores argentinos com a inflação que pode atingir 200% este ano, com o aumento dos níveis de pobreza e com a queda do peso, que apaga o valor real dos salários e das poupanças das pessoas. Muitos culpam a elite política e aderiram à retórica de queimar tudo de Milei.