Duas semanas após a transmissão ao vivo feita por Bolsonaro, a Polícia Federal apreendeu na residência do ex-ministro Anderson Torres uma minuta de decreto golpista
A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), que envolve diretamente o ex-mandatário e integrantes da cúpula militar de seu governo em uma trama visando um golpe de estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), transformou a última live de Bolsonaro na Presidência em um alvo de investigação da Polícia Federal (PF).
Segundo o jornalista Josias de Souza, do UOL, os investigadores consideram que a transmissão ao vivo feita por Bolsonaro no dia 30 de dezembro do ano passado, poucas horas antes de embarcar para os Estados Unidos, é uma "prova indiciária" para aprofundar as investigações.
Nessa live, Bolsonaro mencionou a posse de Lula, que aconteceria dois dias depois, e declarou: "eu busquei dentro das quatro linhas, dentro das leis, saída para isso aí". “Duas semanas após a transmissão ao vivo de Bolsonaro, em 12 de janeiro, a Polícia Federal apreendeu na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres uma minuta de decreto presidencial que visava instaurar o Estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral”, destaca o jornalista.