Ministro utilizará esta argumentação para se contrapor à estratégia da defesa de Bolsonaro e para evitar que o inquérito vá para a primeira instância
A estratégia montada pela defesa de Jair Bolsonaro (PL) em transferir o inquérito das joias sauditas do Supremo Tribunal federal (STF) para a primeira instância, com o objetivo de dificultar uma possível condenação criminal ,deverá esbarrar na resistência da Suprema Corte por meio dos argumentos do ministro Alexandre de Moraes. Segundo a coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, os crimes relacionados aos atos antidemocráticos, fraude em cartões de vacinação e a venda das joias teriam sido cometidos por uma mesma organização criminosa em que “há deputados e senadores, o que justificaria a competência do Supremo para julgar todos os envolvidos, inclusive aqueles que não detêm foro privilegiado”.
Na tentativa de evitar que o caso seja julgado pelo STF, a defesa de Bolsonaro alega que o ex-mandatário perdeu o foro privilegiado ao deixar a Presidência da República, o que levaria a ação para Justiça comum. A tese, que conta com o apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR), foi utilizada para justificar a mudança de foro do ex-mandatário e da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro.