De acordo com analistas, são "mínimas" as chances dos atos do ministro do Supremo Alexandre de Moraes e o inquérito serem anulados
Agência Sputnik - Foram várias trocas de versões desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro caíram no epicentro do escândalo das joias, revelado pela mídia em 3 de março deste ano.
Inicialmente, ambos disseram desconhecer a existência do conjunto de joias, que foi apreendido pela Receita Federal em 2021 e mostrado pelo jornal O Estado de São Paulo.
No entanto, as provas coletadas pela Polícia Federal (PF) e reveladas no mês passado eram contundentes e apontam diretamente para o casal. Desde então, as defesas de ambos vêm se fiando em uma tese da Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo a qual o Supremo Tribunal Federal (STF) não seria o foro adequado para julgamento dos dois. Isso porque eles já deixaram seus cargos.
De acordo com Augusto Aras, atual procurador-geral da República, decisões do ministro Alexandre de Moraes no contexto do inquérito seriam passíveis, inclusive, de serem anuladas pelo colegiado do STF, segundo entrevista cedida por ele ao site Metrópoles.
Juristas ouvidos pela Sputnik Brasil, contudo, discordam dessa versão e veem como "mínimas" as chances dos atos de Moraes e tampouco o inquérito serem anulados.