Investigadores analisaram atos de juízes e a destinação de verbas bilionárias de multas. Também conseguiram informações de bens apreendidos, espalhados em museus sem controle algum
Corregedor nacional de Justiça, o ministro Luis Felipe Salomão determinou, há três meses, uma investigação na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). "Há irregularidades na destinação judicial dos valores e bens apreendidos de investigados e também nos acordos internacionais da Lava-Jato", destacou uma reportagem publicada nesta sexta-feira (1) por Veja. Segundo o relatório sigiloso, que será divulgado nos próximos dias, o CNJ avaliou atos de magistrados e a destinação de verbas bilionárias de multas e acordos com investigados. Também conseguiu informações de bens apreendidos, atualmente espalhados em museus e armazéns sem controle algum. Investigadores questionaram pelo menos dez pessoas, entre servidores, juízes, desembargadores, procuradores, advogados, representantes da Transparência Brasil e da Transparência Internacional e diretores da Petrobrás.
As irregularidades da Lava Jato ganharam mais repercussão nacional a partir de 2019, quando começaram a ser divulgados na imprensa trechos de conversas entre o atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e procuradores do Ministério Público Federal (MPF-PR). Antes de se tornar parlamentar, o congressista era juiz da Operação Lava Jato em primeira instância jurídica, em Curitiba (PR).