Poim, que preside os trabalhos
da Comissão Processante (CP) instalada na semana passada com propósito de investigar
o vereador Toninho Garcia (União), agora virou alvo e será investigado por
suposta perseguição a servidores da Câmara quando era presidente da “casa”.
Sorteio que escolheu os vereadores Tiago Cordeiro, Moisés Tavares e Rodrigo Recife para compor a Comissão Processante.
Por seis votos favoráveis e três contrários,
a Câmara Municipal de Apucarana acatou na sessão ordinária desta
segunda-feira (28) denúncia e instalou Comissão Processante (CP) para
investigar o vereador Franciley Preto Godoi, o Poim (PSD).
A denúncia contra Poim foi apresentada
pelo advogado Douglas Luiz Santos e lida no plenário nesta segunda-feira. O
advogado protocolou pedido de cassação e de afastamento do vereador por
supostas infrações político-administrativas e quebra de decoro parlamentar
quando Poim presidiu a Câmara, no biênio 2021/2022.
Votaram pelo acatamento da denúncia, os
vereadores Toninho Garcia (União), Luciano Facchiano (PSB), Mário Felipe
(PROS), Mauro Bertoli (União), Tiago Cordeiro (MDB) e Rodrigo Recife (União).
Contra o recebimento, os vereadores Marcos da Vila Reis (PSD), Lucas Leugi (PP)
e Moisés Tavares (Cidadania). Poim (denunciado) e o presidente Luciano Molina (PL), por força do Regimento, não votaram.
Na acusação, Douglas Luiz Santos aponta casos de suposta
perseguição a servidores da casa, de situações de homofobia e de assédio moral,
além de suposto desrespeito a órgãos de controle interno e suposta advocacia
administrativa em benefício próprio.
Após acatar a denúncia, os vereadores rejeitaram, por unanimidade,
o pedido de afastamento de 60 dias também solicitado pelo denunciante.
Na sequência, três vereadores foram escolhidos por
sorteio, para integrar a Comissão Processante; Tiago Cordeiro de Lima (MDB),
Moisés Tavares (Cidadania) e Rodrigo Recife (União). Eles se reúnem em 48 horas
para definir o presidente e o relator e terão a partir daí, cinco dias para
iniciar os trabalhos e 90 dias para apresentar o parecer, sugerindo ou não a
cassação ou outro tipo de punição. Caso o parecer seja pela cassação, a votação
será feita no plenário, e precisa de dois terços dos votos para sua aprovação.
Esta é a segunda Comissão Processante (CP) aprovada na Câmara de
Apucarana nos últimos dias. A primeira foi aprovada na semana passada e foi
instalada com propósito de investigar o vereador Toninho Garcia (União) por suposto
crime de xenofobia contra os “nordestinos”. A fala do vereador teve repercussão
em diversos canais de comunicação do país. Poim foi sorteado como membro e
depois escolhido para presidir os trabalhos.