Esporte que já foi visto como incompatível à 'natureza' das mulheres cresce, mas precisa recuperar prejuízos históricos
Por Nara Lacerda (Brasil de Fato) - A seleção feminina de futebol do Brasil chega à Copa do Mundo de 2023 com oito títulos na Copa América, três medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos, duas medalhas de prata nas olimpíadas e uma chuva de elogios, que classificam o momento atual como o melhor do time.
Em trajetória semelhante, o futebol profissional jogado por mulheres no país tem, pela primeira vez, o compromisso de incentivo do poder público. Mas ainda falta muito para que os investimentos, a profissionalização e a valorização cheguem aos níveis estratosféricos do futebol masculino.
No ano passado, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informou que destinou cerca de R$ 15 milhões no Brasileirão Feminino. Foram repassados R$ 5 milhões diretamente aos 16 clubes participantes.
O valor está bem distante do que o que a entidade anunciou este ano para série D do campeonato masculino, a última divisão organizada pela Confederação. São R$ 105 milhões no total e 25 milhões aos times. O balanço de 2022 da CBF mostra que a seleção dos homens teve um salto de 45% nos investimentos, enquanto a feminina passou por queda de 40%.