sexta-feira, 30 de junho de 2023

Câmara emite nota de pesar pelo falecimento de ex-vereador

 

Advogado e ex-vereador Genézio Belarmino Isidoro, de 75 anos, faleceu nesta sexta-feira (30), em Apucarana.

O advogado Genézio Belarmino ocupou mandato de vereador em duas legislaturas. como suplente. (Foto: Reprodução TN Online)

O presidente da Câmara Municipal de Apucarana, vereador Luciano Molina (PL), emitiu nota de pesar na tarde desta sexta-feira (30), em nome do Legislativo Municipal, pelo falecimento do advogado e ex-vereador Genézio Belarmino Izidoro, 75, ocorrido nesta data. “É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento do ex-vereador e estendemos nossas condolências aos familiares e amigos”.

Genézio Belarmino Izidoro, que era advogado, exerceu mandato de vereador na Câmara de Apucarana de novembro de 1983 a setembro de 1987. Ele assumiu a cadeira como suplente, pelo PMDB, pelo qual fez 544 votos nas eleições municipais de 1982. Nas eleições de 1988, ele novamente ficou como suplente do partido e voltou a ocupar o cargo.

O velório do ex-vereador ocorre na Capela Central e o sepultamento, segundo a Autarquia Municipal de Serviços Funerários (Aserfa), se dará neste sábado, dia primeiro de julho, às 11 horas, no Cemitério Cristo Rei.

 

A nota da Câmara Municipal:

 

“A Câmara Municipal de Apucarana manifesta pesar com a notícia do falecimento do ex-vereador, Genézio Belarmino Izidoro, aos 75 anos, ocorrido nesta sexta-feira (30).

Em duas legislaturas, nos anos de 1980 e de 1990, ele exerceu, como suplente, o mandato de vereador, período em que trabalhou em favor do interesse público dos apucaranenses.

Em nome dos vereadores e servidores, a presidência da Câmara de Vereadores reitera sua solidariedade à família e declara o respeito à memória do ex-vereador”.

 

 

VÍDEO: “Não podemos criar o precedente avestruz”, diz Moraes ao condenar Bolsonaro

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. Foto: Carlos Mour

 O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, defendeu que a Justiça não pode criar “o precedente avestruz” durante o julgamento que tornou Jair Bolsonaro inelegível. A teoria, criada nos Estados Unidos, trata do agente infrator que finge não enxergar a ilicitude para fingir que não sabia que determinado ato seria um crime.

“A Justiça Eleitoral, como toda a Justiça, pode ser cega, mas não é tola. Nós não podemos criar de forma alguma o precedente avestruz: todo mundo sabe o que ocorreu, todo mundo sabe o mecanismo utilizado para obtenção de votos, só que todos escondem a cabeça embaixo da terra”, afirmou o magistrado.

A tese também é chamada de “teoria da cegueira deliberada” e tem sido aplicada no Brasil em casos de lavagem de dinheiro e crimes eleitorais. Assim, a Justiça implica o agente infrator em dolo eventual caso finja não saber que determinada conduta é criminosa.

Moraes finalizou dizendo que a frase “a Justiça é cega” não pode ser confundida com “tolice” do Judiciário. “Nós não podemos aqui confundir a neutralidade da Justiça, o que tradicionalmente se configura com a frase ‘a Justiça é cega’, com tolice”, prosseguiu.

O ministro deu o último voto contra Bolsonaro no caso que investiga abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação oficiais durante reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado, quando fez ataques ao sistema eleitoral. Com o parecer do magistrado, o placar se encerrou em cinco a dois e garantiu a inelegibilidade do ex-presidente por oito anos.

VÍDEO – “Não são opiniões”: Moraes rebate cada uma das mentiras de Bolsonaro sobre eleições

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. Foto: Reprodução/Antônio Augusto/Secom/TSE

 O ministro Alexandre de Moraes detonou o ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu voto para torná-lo inelegível. O magistrado rebateu as fake news divulgadas por ele sobre o sistema eleitoral e fez questão de deixar claro, a cada trecho que lia, que se trata de uma “mentira”.

“Não são opiniões, não são opiniões possíveis, são mentiras, são notícias fraudulentas”, afirmou Moraes. Ele leu diversas declarações dadas pelo então mandatário durante reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, que motivou a ação por abuso de poder econômico e uso indevidos dos meios de comunicação oficiais.

Ele cita, por exemplo, a fake news de que existiria um inquérito da Polícia Federal que teria descoberto uma invasão hacker nos sistemas do TSE e comprovado fraude. Moraes ainda lembrou que o documento que comprovava a suposta fraude foi vazada pelo então presidente.

“Todos sabemos que as urnas são offline, as urnas não são online. Tudo querendo insinuar fraude”, esclareceu o ministro. Ele ainda negou que os hackers teriam ficado por oito meses dentro dos computadores do TSE, tendo acesso a senhas e outras informações sensíveis.

“Assim como é mentira quando diz que o código-fonte não foi divulgado. O código-fonte ficou um ano para todos os partidos políticos, todas as organizações: Ministério Público, Polícia Federal, Forças Armadas. Outra mentira, um encadeamento de mentiras”, completou.

Moraes foi o último a votar no julgamento que tornou Bolsonaro inelegível no TSE. Com seu parecer, o placar fechou em cinco a dois e garantiu que o ex-presidente ficará fora das disputas eleitorais por oito anos.


 Fonte: DCM

VÍDEO – A fala de Bolsonaro para embaixadores que o tornou inelegível por 8 anos

 

Jair Bolsonaro em reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio do Planalto, em julho do ano passado – Foto: Reprodução


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornou inelegível nesta sexta (30), após julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o condenou por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação em reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em julho de 2022.

Na ocasião, o ex-mandatário atacou, sem provas, o sistema de votação brasileiro, as urnas eletrônicas e levantou suspeitas sobre o processo eleitoral. Vale destacar que o processo tem como base uma ação movida pelo PDT, que viu irregularidades na reunião e afirmou que o ex-chefe do Executivo usou o evento para fazer campanha.

Durante a reunião, o então presidente disse que o sistema eleitoral é “inauditável”. Ele destaca um relatório feito pelo PSDB, divulgado em 2015, que afirma não ser possível auditar o sistema de votação de forma externa e independente. O mesmo documento, no entanto, destaca que não foram encontrados indícios de fraude nas eleições de 2014.

No Brasil não tem como acompanhar a apuração. Eu não sei o que vêm fazer observadores de fora aqui. Vão fazer o quê? Vão observar o quê? Se o sistema é falho, segundo o próprio TSE, é inauditável também, segundo uma auditoria externa pedida por um partido político, no caso o PSDB, em 2014″, afirmou.

Jair Bolsonaro em reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio do Planalto, em julho do ano passado – Foto: Clauber Cleber Caetano

Ele também mencionou vídeos onde supostamente era computado votos dele para outro candidato, na ocasião, Fernando Haddad, do PT. No entanto, as imagens são falsas e já foram desmentidas pela Justiça Eleitoral. “Temos quase cem vídeos de pessoas reclamando que foram votar em mim e, na verdade, o voto foi para outra pessoa. Nenhum vídeo de alguém que foi votar no outro candidato e porventura apareceu meu nome”, disse.

Bolsonaro sugeriu ainda que houve fraude nas eleições de 2018: “Em setembro de 2021, o ministro Barroso, por portaria, resolve convidar algumas instituições, entre elas as Forças Armadas, a participarem de uma comissão de transparência eleitoral. As Forças Armadas não se meteram nesse processo, foram convidadas. (…) E, como foram convidadas, começaram a trabalhar para apresentar soluções e sugestões para que o ocorrido nas eleições de 2018 não voltasse a ocorrer novamente”, apontou.

O ex-capitão também comentou sobre suposta invasão hacker ocorrida em 2018, sofrida pelo TSE. Segundo ele, o episódio poderia afetar o resultado das eleições daquele ano. O TSE, entretanto, afirmou que a informação é falsa.

“Os hackers ficaram por oito meses dentro dos computadores do TSE, com códigos-fontes, com senhas e muito à vontade dentro do Tribunal Superior Eleitoral. E diz ao longo do inquérito que eles poderiam alterar nomes de candidatos, tirar votos de um e transferir para outro. Ou seja, um sistema, segundo documentos do próprio TSE e conclusão da Polícia Federal, um processo aberto a muitas maneiras de se alterar o processo de votação”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também ressaltou que prezava “apenas por eleições limpas e transparentes”. Ele disse ainda que apenas dois países no mundo, além do Brasil, utilizam as urnas eletrônicas em processos eleitorais, o que também não é verdade. De acordo com o Instituto para Democracia e Assistência Eleitoral Internacional (Idea), o voto eletrônico é adotado por pelo menos 46 nações.

“Nós temos um sistema eleitoral que apenas dois países no mundo usam. No passado alguns países tentaram usar, começaram a usar esse sistema e rapidamente foi abandonado. Repito: o que nós queremos são eleições limpas, transparentes, onde o eleito realmente reflita a vontade da sua população”, afirmou Bolsonaro.

Assista abaixo:

"Inelegibilidade de Bolsonaro tem enorme força didática", comemora Gleisi

 Para a presidente nacional do PT, decisão do TSE que tornou Bolsonaro inelegível por oito anos é uma lição sobre os métodos da extrema direita

Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução)

Em uma decisão histórica nesta sexta-feira (30), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos, causando uma onda de reações em todo o espectro político. Entre os que expressaram satisfação com a decisão está a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, que usou o Twitter para comemorar e destacar o significado do veredicto.

Em seu tweet, Gleisi enfatizou que a decisão do TSE carrega uma enorme "força didática". Segundo ela, a decisão do tribunal condenou os métodos empregados pela extrema direita, como a disseminação sistemática de falsidades, ameaças à democracia, uso indevido de recursos públicos para atingir adversários e tentativas de obter vantagem injusta na arena política.

"Decisão do TSE que torna Bolsonaro inelegível tem uma enorme força didática. O tribunal condenou os métodos da extrema-direita, como a disseminação industrial de mentiras, as ameaças à democracia, o uso da máquina pública pra perseguir adversários e prevalecer na disputa eleitoral. A defesa da democracia e o enfrentamento ao fascismo permanecem na ordem do dia. Um grande dia!", escreveu.

Fonte: Brasil 247

No RS, Lula escuta do público o resultado do julgamento de Bolsonaro no TSE: 'inelegível, inelegível!'

 Coro foi entoado durante cerimônia de entrega de 446 casas do programa Minha Casa, Minha Vida, em Viamão, Rio Grande do Sul

(Foto: Reprodução/TV Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ouviu pelo público que acompanhava a cerimônia de entrega de 446 casas do programa Minha Casa,m MInha Vida, em Viamão, (RS), o momento em que a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Cármen Lúcia votou pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), nesta sexta-feira (30).

“Inelegível! Inelegível!”. O presidente Lula, porém, não reagiu de imediato ao coro. Ele deverá discursar logo mais, durante o evento. 

Fonte: Brasil 247

"Vencemos!", comemora ministro Carlos Lupi, presidente do PDT, autor de ação da inelegibilidade de Bolsonaro

 PDT foi autor da ação que pedia a inelegibilidade do ex-ocupante do Palácio do Planalto por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação

(Foto: Divulgação | ABr)

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), foi às redes sociais comemorar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desta sexta-feira (30), que declarou Jair Bolsonaro inelegível por 8 anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação estatais.

"A justiça foi feita! O belzebu desrespeitou e atentou contra a democracia e a vida dos brasileiros, e está enfrentando as consequências. O PDT trabalhou arduamente com a justiça brasileira para cumprir nossa responsabilidade histórica contra os antidemocráticos. Vencemos!", postou Lupi, no Twitter.

Na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), apresentada pelo PDT, presidido por Lupi, o partido pede que o TSE declare inelegível Bolsonaro por prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, durante reunião de Jair Bolsonaro com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, em 18 de julho de 2022, transmitida pela TV Brasil. Na ocasião, o ex-ocupante do Palácio do Planalto espalhou uma série de mentiras sobre o processo eleitoral.

Fonte: Brasil 247

Lindbergh publica vídeo comendo pipoca e assistindo ao julgamento que tornou Bolsonaro inelegível

 "Tem sextou melhor que esse?", perguntou o deputado

Alexandre de Moraes e Lindbergh Farias (Foto: Reprodução/Twitter/@lindberghfarias)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) publicou no Twitter nesta sexta-feira (30) um vídeo comendo pipoca em frente à televisão, enquanto assistia ao julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos. 

"Tem sextou melhor que esse? Bolsonaro está oficialmente inelegível por 8 anos", escreveu o parlamentar.


Em frente ao TSE, Trompetista toca "Tá na Hora do Jair Já Ir Embora" após inelegibilidade de Bolsonaro (vídeo)

 O músico e militante ainda tocou uma marcha fúnebre

(Foto: Reprodução/Twitter/@Trom_Petista)

Militante do PT conhecido como Fabiano ‘Trompetista’, o músico foi à sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feira (30) para comemorar a decisão da Corte de tornar Jair Bolsonaro inelegível por oito anos.

Em frente ao prédio do tribunal, o Trompetista tocou a música “Tá na Hora do Jair Já Ir Embora”, de Juliano Maderada e Tiago Doidão, e uma marcha fúnebre.


Fonte: Brasil 247

"Grande dia", diz Rogério Correia após TSE decidir pela inelegibilidade de Bolsonaro

 "É o início da justiça sendo feita! Agora, na CPMI, seguimos o trabalho com a certeza dos crimes cometidos por Bolsonaro que o colocam como mandante do golpe”, disse o parlamentar

Deputado Rogério Correia (Foto: Gustavo Bezerra - Agência Câmara)

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) usou as redes sociais para afirmar que a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), como julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feira (30) é "o início da Justiça sendo feita". 

"Grande dia! Bolsonaro está INELEGÍVEL até 2030! Com o voto da Ministra Carmen Lúcia, o TSE já formou maioria. É o início da justiça sendo feita! Agora, na CPMI, seguimos o trabalho com a certeza dos crimes cometidos por Bolsonaro que o colocam como mandante do golpe", escreveu o parlamentar no Twitter. 

"Bolsonaro inelegível! Cármen Lúcia acompanhou o voto do relator e formou maioria pela inelegibilidade por 8 anos. Que Bolsonaro comece a pagar pelos seus crimes contra o povo brasileiro. É só o começo...", escreveu a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN).

 Fonte: Brasil 247

Após decisão do TSE, internet fica lotada de memes comemorando a inelegibilidade de Bolsonaro

 Internautas comemoraram decisão do TSE e #BolsonaroInelegível foi ao Trending Topics do Twitter no Brasil

(Foto: ADRIANO MACHADO/ Reuters)

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de formar maioria para tornar Jair Bolsonaro inelegível movimentou a internet. Nas redes sociais, os internautas comemoram a decisão da Corte nesta sexta-feira (30) após o voto da ministra Cármen Lúcia, que elevou o placar para 5 x 2 pela inelegibilidade do ex-mandatário até 2030.

Veja alguns:

 

 

 


 

 

 

"Pelo menos oito anos sem o miliciano vagabundo nas urnas", comemora Boulos

 "O Brasil respira!", diz o deputado. Nesta sexta, TSE tornou Bolsonaro inelegível por oito anos

Boulos e Bolsonaro (Foto: Reprodução/Facebook | REUTERS/Adriano Machado)

Nesta sexta-feira (30), uma decisão histórica foi proferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), formando maioria para tornar o Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos. A notícia foi recebida com entusiasmo e comemoração por diversos setores da sociedade, incluindo o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP).

Pelo Twitter, Boulos expressou sua satisfação com a decisão do TSE. "TSE acaba de formar maioria para tornar Bolsonaro inelegível. Pelo menos 8 anos sem o miliciano vagabundo nas urnas. O Brasil respira!", afirmou o deputado. 

A decisão do TSE representa um marco no cenário político brasileiro, pois impede que Jair Bolsonaro participe de eleições por um período de oito anos.

Fonte: Brasil 247

Extrema direita mundial já avalia impactos da inelegibilidade de Bolsonaro e considera mudança de estratégia

 De acordo com o jornalista Jamil Chade, movimentos da extrema direita na Europa avaliam que a inelegibilidade de Bolsonaro é um "alerta" e a ordem no momento é "aprender a lição"

Jair Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Quando Jair Bolsonaro assumiu a presidência em 2019, sua vitória não significou apenas a existência de um líder de extrema direita no comando de um dos maiores países do mundo. Para movimentos em diferentes partes do globo, grupos ultraconservadores e lobistas, era a oportunidade que muitos aguardavam para avançar com sua agenda e redefinir a ordem internacional. Agora, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela inelegibilidade do ex-mandatário é vista como um divisor de águas para esses grupos, que operam nos bastidores em busca de influência.

De acordo com o jornalista Jamil Chade, do UOL, “para pessoas ligadas aos movimentos na Europa, o momento é o de repensar estratégias e usar a situação do brasileiro como um "alerta” e a ordem no momento é de "aprender a lição".

Ainda segundo Chade, os movimentos de extrema direita viam na existência do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e Jair Bolsonaro uma possibilidade real de enfraquecer o multilateralismo e as agendas progressistas. Durante os quatro anos em que esteve no poder, Bolsonaro questionou consensos consolidados, promoveu e apoiou partidos e grupos de extrema direita na Europa, questionou instituições internacionais como a OMS [Organização Mundial da Saúde] e criticou questões científicas e climáticas. Com a derrota de Trump nas eleições dos EUA em 2021, os bolsonaristas assumiram o protagonismo do movimento ultraconservador.

“Segundo pessoas que serviram durante o governo Bolsonaro, a derrota para Lula foi um primeiro abalo importante. O movimento ficou órfão da estrutura do estado brasileiro para que temas fossem debatidos ou vetados nos organismos internacionais. Assim que assumiu, Lula retirou o Brasil das alianças ultraconservadores e reposicionou o país junto aos blocos que defendem visões progressistas dos direitos humanos. Mas a versão ainda era a de que a eleição havia sido fraudada e que, portanto, haveria uma chance real de voltar a disputar o poder”, observa o jornalista.

Agora, com a inelegibilidade de Bolsonaro, a estratégia de difusão de fake news deverá ser enfrentada de frente pelas estruturas legais, uma vez que “as forças democráticas caminharam para fechar um cerco, ainda que frágil”.

“Também ficou evidenciado para a extrema direita que democracias vão dar respostas coordenadas, como aconteceu quando líderes se perfilaram para saudar a eleição de Lula, reconhecer o processo de votação no Brasil e não dar espaço para qualquer questionamento da legitimidade do petista”, finaliza Chade.

Fonte: Brasil 247 com jornalista Jamil Chade do UOL