quarta-feira, 28 de junho de 2023

STF rejeita denúncia contra Gleisi Hoffmann relacionada à Lava Jato

 


O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou denúncia contra a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) e seu ex-marido e ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo da Silva, por suposto envolvimento em organização criminosa investigada no âmbito da operação Lava Jato. A decisão unânime foi tomada na sessão virtual concluída no último dia 23, no julgamento do Inquérito (INQ) 4325.

No julgamento, o colegiado seguiu o voto do relator, ministro Edson Fachin, que acolheu manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), autora da ação, de que não havia razão para o prosseguimento do caso, diante de falta de justa causa, em razão de fatores supervenientes à apresentação da denúncia.

Histórico

Em setembro de 2017, a PGR havia oferecido denúncia contra Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Antônio Palocci, Guido Mantega, Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo, João Vaccari Neto e Edson Antônio (Edinho Silva), por supostamente pertencer a organização criminosa (um grupo que teria sido estruturado pelo PT para arrecadar propina por meio de entes e órgãos públicos como Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e Ministério do Planejamento).

Em março de 2018, os autos foram desmembrados, e as peças relativas aos acusados que não tinham foro por prerrogativa de função foram remetidos à primeira instância da Justiça Federal do Distrito Federal, que os absolveu por ausência de justa causa. No STF, ficou apenas a parte relativa a Gleisi e Paulo Bernardo.

Fatos novos

Em seu voto, o ministro Edson Fachin explicou que, após a denúncia, fatos novos levaram a PGR a alterar sua posição. Um deles foi a absolvição da deputada e do ex-ministro pela Segunda Turma do STF, na Ação Penal (AP) 1003, acerca do suposto recebimento de R$ 1 milhão de esquema de corrupção na Diretoria de Abastecimento da Petrobras. O mesmo colegiado também rejeitou a denúncia de outras pessoas vinculadas ao Partido Progressista (PP) pela suposta prática do crime de organização criminosa (INQ 3889).

Fachin também lembrou que a nova redação dada à Lei de Organização Criminosa (Lei 12.850/2013) pela Lei 13.964/2019 proíbe o recebimento de denúncia com base apenas nas declarações de colaboradores.

Em relação à sentença do juízo da 12ª Vara Federal do DF que absolveu os demais denunciados, o ministro explicou que, embora, em regra, a absolvição em primeira instância não vincule a avaliação pelo STF, as teses absolutórias foram encampadas pela PGR em sua manifestação. Assim, a retratação do Ministério Público deve ser acolhida. (Do STF).

 

APUCARANA: Câmara debate hoje a questão de som ao vivo na cidade


Presidente da Câmara Luciano Molina garante realização de audiências públicas durante sua gestão, como forma de ouvir a população na solução dos problemas de interesse público. 


Acontece nesta quarta-feira (28) a Audiência Pública promovida pela Câmara de Vereadores para discutir com a população, a questão da execução de som ao vivo em estabelecimentos comerciais da cidade, como bares e restaurantes e segmentos similares. A reunião desta noite deve atrair a presença de grande público dada a relevância do tema.

A Câmara está convidando empresários do segmento, como donos de empresas que trabalham com promoção de eventos, sonorização, empresários de artistas, donos de bares, restaurantes, lanchonetes, casas noturnas, representantes do Judiciário e do Ministério Público, órgãos de segurança pública, fiscalização, secretarias e autarquias da administração municipal, entre outros.

A proposta de realização da audiência pública sobre som ao vivo ou mecânico é dos vereadores Tiago Cordeiro e Rodrigo Recife, autores do projeto de lei que criou a Rua Gastronômica (Rua Osvaldo Cruz) e o Conselho Municipal da Rua Gastronômica.

A partir desta audiência, o presidente da Câmara Luciano Molina garante que audiências públicas, como forma de ouvir a população na solução de problemas encontrados, será uma constante durante sua gestão.

A audiência desta quarta-feira (28), acontece na Câmara Municipal com início marcado para as 19 horas.

 

Após 13 anos, IBGE divulga Censo Demográfico nesta quarta

 

Ilustração Censo IBGE. Foto: Reprodução

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga às 10h, desta quarta-feira (28), os dados da população nacional levantados no Censo Demográfico 2022. O levantamento enfrentou uma série de atrasos na apuração da pesquisa e teve um impasse sobre o período de divulgação.

O principal objetivo do censo é contar os habitantes do território nacional, identificar suas características e revelar como vivem os brasileiros, produzindo informações imprescindíveis para a definição de políticas públicas e a tomada de decisões de investimentos da iniciativa privada ou de qualquer nível de governo.

A contagem do Censo começou no dia 1º de agosto de 2022. Inicialmente, o IBGE planejava encerrar essa etapa em três meses, até outubro. Em 1º de março, oficialmente, o instituto anunciou o fim da coleta do Censo, após sete meses de trabalho.

O Censo costuma ser realizado a cada dez anos. A versão anterior foi realizada em 2010. A edição atual estava prevista para 2020, mas foi adiada pelas restrições impostas pela pandemia de Covid-19.

Fonte: DCM


Relator no TSE, Benedito Gonçalves vota para tornar Bolsonaro inelegível

 O julgamento será retomado na quinta-feira (29). O ex-ocupante do Planalto foi acusado de fake news sobre o sistema eleitoral brasileiro

Benedito Gonçalves (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: TSE | ABR)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votou nesta terça-feira (27) para tornar inelegível Jair Bolsonaro e demonstoru posição favorável à absolvição do candidato a vice-presidente na chapa, Walter Braga Netto. O julgamento será retomado na quinta-feira (29). O ex-ocupante do Planalto foi acusado de fake news sobre o sistema eleitoral brasileiro no ano passado, quando ele teve uma reunião com embaixadores em Brasília (DF) no Palácio do Alvorada, casa oficial do presidente da República. O ex-ocupante do Planalto ficou inelegível por oito anos. 

O ministro do TSE Benedito Gonçalves, relator da ação, rejeitou o pedido feito pela defesa de Bolsonaro para excluir do processo a minuta do golpe, em que aliados do ex-ocupante do Planalto fizeram uma espécie de planejamento para não deixar outra candidatura presidencial assumir o governo depois da eleição do ano passado. 

O juiz do Tribunal também apontou "falsa assimetria" feita pelos advogados de Bolsonaro ao fazer comparação entre a reunião do ex-chefe do Executivo federal com embaixadores e um encontro do ex-presidente do TSE Edson Fachin com representantes diplomáticos. 

Fonte: Brasil 247

Desvios do kit robótica financiaram os gastos pessoais de Arthur Lira

 Verbas desviadas pagaram bebidas, festa de réveillon, fisioterapia e diversas despesas pessoais do presidente da Câmara e de pessoas ligadas a ele

Arthur Lira (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Divulgação/Polícia Federal)

Uma investigação conduzida pela Polícia Federal revelou que os gastos pessoais do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foram supostamente financiados por meio de desvios de verbas destinadas à compra de kits de robótica. A lista apreendida pelos investigadores mostra que Luciano Cavalcante, um dos assessores mais próximos de Lira, teria utilizado recursos provenientes desses desvios para pagamentos relacionados à vida pessoal e política do presidente da Câmara, segundo apontam os jornalistas Fabio Serapião e Paulo Saldaña, da Folha de S. Paulo.

Os pagamentos registrados incluem aquisição de bebidas alcoólicas, como vinhos e uísques, gastos com festas, consertos de carros e até mesmo a compra de um chuveiro. Luciano foi encontrado pela PF com documentos que mencionam Lira e uma lista de pagamentos vinculados ao nome "Arthur". Essa descoberta é uma ramificação das investigações sobre supostos desvios em contratos de compra dos kits de robótica com recursos públicos.

A PF rastreou transferências suspeitas de dinheiro dos sócios da empresa responsável pela venda dos kits, a Megalic, assim como de pessoas e empresas associadas a eles. Essa investigação levou os policiais até Luciano, reconhecido em Brasília e Alagoas como um dos principais auxiliares de Lira. Além disso, documentos apreendidos mostram gastos relacionados à vida pessoal de Lira, como pagamento de impostos e revisão de veículos.

No ano passado, a Folha de S.Paulo revelou que o governo de Jair Bolsonaro destinou R$ 26 milhões para a compra dos kits de robótica em sete cidades alagoanas, mesmo essas cidades enfrentando sérias deficiências de infraestrutura. Todas as cidades envolvidas possuíam contratos com a empresa Megalic, cujos sócios são próximos de Lira. Esses recursos federais foram liberados e transferidos em velocidade incomum, utilizando emendas controladas por Lira no Orçamento da União.

A investigação também revelou que Luciano e Edmundo Catunda, um dos sócios da Megalic, estiveram juntos no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação responsável pelas transferências de recursos sob investigação.

Os gastos pessoais de Lira, que incluem festas na residência oficial da Câmara dos Deputados, foram anotados na lista apreendida, totalizando pelo menos R$ 60 mil. Além disso, registros indicam pagamentos relacionados a bebidas, jantares e até mesmo a prefeitos. A lista também revela pagamentos feitos pelo motorista de Luciano, Wanderson de Oliveira, associados ao nome "Arthur".

Diante dessas revelações, surgem fortes indícios de que os desvios dos recursos destinados à compra dos kits de robótica tenham sido utilizados para custear os gastos pessoais e políticos de Arthur Lira. A investigação continua e as autoridades estão analisando detalhadamente as evidências obtidas durante a operação para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos.

Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo

Montadora chinesa deve anunciar produção de carros elétricos na antiga fábrica da Ford na Bahia

 Governo Lula e a empresa BYD, da China, fazem uma negociação que envolve uma cifra bilionária para ajudar na produção industrial de automóveis no Brasil

Encontro entre representantes do governo Lula e do grupo automotivo chinês BYD (Foto: Reprodução / Ricardo Stuckert)

O Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial, informou que presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá nesta quarta-feira (28), a partir das 17h30, em Brasília (DF), uma reunião com a vice-presidente Executiva da BYD e Presidente da BYD para as Américas, Stella Li, acompanhado do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues. Representantes da montadora chinesa negociam a compra do complexo fabril da Ford em Camaçari (BA), num empreendimento que envolve pelo menos R$ 3 bilhões em investimentos. 

A empresa da China pretende produzir veículos elétricos e híbridos na Bahia. Em abril, Lula esteve no país asiático, onde se encontrou com o diretor-executivo Wang Chuanfu, fundador da BYD. O empresário pediu que o governo brasileiro crie políticas para estimular a transição para a mobilidade elétrica e prometeu investir R$ 10 bilhões nos próximos três anos no Brasil.

No encontro, o CEO da BYD prometeu gerar 1.200 empregos diretos na Bahia com a produção de dois modelos híbridos (combustão e elétrico): o SUV Song, atualmente vendido por cerca de R$ 267 mil, e o Dolphin, “mais popular”, de R$ 199 mil.

A negociação com a empresa chinesa faz parte de um plano do governo federal para retomar a produção industrial no Brasil. Um dos programas da administração de Lula foi lançado no começo do mês e prevê R$ 1,5 bilhão em investimentos para estimular o consumo de carros. Automóveis com valores de até R$ 120 mil terão desconto de R$ 2 mil a até R$ 8 mil. Ao todo, 28 montadoras aceitaram participar do projeto para a produção de carros com preços mais baixos. Foram nove montadoras de carros, dez de caminhões e nove de ônibus. 

Em relação aos carros de passeio, demonstraram interesse em participar do programa as montadoras Renault, Volks, Toyota, Hyundai, Nissan, Honda, GM, Fiat e Peugeot. No casos caminhões, ficaram interessadas Volkswagen Truck, Mercedes-Benz, Scania, Fiat Chrysler, Peugeot Citroen, Volvo, Ford, Iveco, Mercedes-Benz Cars & Vans e Daf Caminhões.

No caso dos ônibus, nove montadoras aderiram ao programa - Mercedes-Benz, Scania, Fiat Chrysler, Mercedes-Benz Cars & Vans, Comil, Ciferal, Marcopolo, Volare e Iveco.

Fonte: Brasil 247

Lula indica advogada negra para ministra substituta do TSE

 Presidente nomeou a advogada Edilene Lobo para o cargo de ministra substituta da Corte

Edilene Lobo e TSE (Foto: Divulgação | ABr)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, confirmou nesta terça-feira (27) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou a advogada Edilene Lobo para o cargo de ministra substituta da Corte. O anúncio foi feito na abertura na sessão desta noite. 

O nome de Edilene estava na lista enviada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao presidente Lula para indicação ao cargo. Ela é negra e tem ligação com o PT de Minas Gerais. Com a indicação, caberá ao TSE marcar a data da posse. 

A lista também era formada pelas advogadas Daniela Borges, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Bahia e Marilda Silveira, que atua na área eleitoral em Brasília. 

De acordo com a Constituição, cabe ao presidente da República nomear os advogados que compõem o tribunal. O TSE é composto por sete ministros, sendo três do Supremo Tribunal Federal (STF), dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados com notório saber jurídico, além dos respectivos substitutos. 

Fonte: Brasil 247

Mulher entra em pânico após transferir R$ 3,5 mil por engano para Jair Bolsonaro

 No dia 14, Bolsonaro teve R$ 87 mil bloqueados em suas contas bancárias pela Justiça de São Paulo


Uma advogada transferiu R$ 3,5 mil por engano para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela informou o ocorrido em um grupo nas redes sociais.

“Por descuido e sem óculos acabei colocando um zero a mais e foi R$ 3.500. Tento ligar no Banco do Brasil e não consigo resolver. Preciso reaver esse dinheiro”, escreveu a advogada, de acordo com o Metrópoles

No dia 14, Bolsonaro teve R$ 87 mil bloqueados em suas contas bancárias pela Justiça de São Paulo.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Inflação desabou, BC está atrasado e queda dos juros precisa ser forte para compensar, diz Gleisi

 'O Comitê de Política Monetária precisa acordar', afirmou a presidente nacional do PT. Veja algumas estatísticas

Montagem (da esq. para a dir.: Gleisi Hoffmann, Luiz Inácio Lula da Silva, Roberto Campos Neto e o Banco Central (Foto: Gustavo Bezerra | Reuters | Marcelo Camargo/Agência Brasil | José Cruz/Agência Brasil)

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), cobrou do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, pelo Twitter, que baixe a Selic, taxa básica de juros, atualmente em 13,75%. A parlamentar citou a inflação em queda como uma das justificativas para o Comitê de Política Monetária (Copom) diminuir o percentual e, por consequência, estimular o consumo e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. 

"Dados indicam que queda da inflação dos alimentos foi generalizada. Em 2022, a carestia da comida fechou em 13,55% no acumulado de 12 meses. Em seis meses de governo está em 4,14%. E a aposta é que vai continuar caindo. De resto, outro peso na inflação como um todo são os combustíveis que também estão baixando. Ou seja, bom cenário pro Copom acordar. Como a queda dos juros tá atrasada, precisaria ser forte pra fazer diferença e compensar parte dessa extorsão", afirmou.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou alta de preços de 0,04% em junho deste ano. De acordo com números divulgados nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa do IPCA-15 foi de 3,16% no ano e 1,12% no segundo trimestre (IPCA-E). 

Em 12 meses, o percentual foi de 3,40%, abaixo dos 4,07% acumulados até maio. O Banco Central informou que a meta é uma inflação de 3,25% em 2023, de 3,00% para 2024 e 3,00% para 2025. 

Quando os juros aumentam, o crédito fica mais caro, as pessoas têm menos dinheiro para gastar, e os preços dos produtos no Brasil diminuem ou param de cair. A inflação é usada como justificativa para a alta da Selic.

Ao menos dois fatores ajudam a explicar por que o alto percentual dos juros é motivo de críticas. Um é que a inflação no Brasil está em queda, segundo números oficiais. O outro é que o País está com a demanda baixa por conta do desemprego, da informalidade no mercado de trabalho e das dificuldades de acesso ao crédito. As pessoas estão com pouco dinheiro para gastos - e em um cenário com preços caindo. Então, aliados do governo Lula reforçam que não há razão para o argumento de que é preciso manter a Selic alta para segurar a inflação. 

Governo Lula ilumina palácios do Planalto e Itamaraty com as cores da bandeira LGBTQIA+

 Governo anunciou iniciativas por direitos de população LGBTQIA+

Palácio do Itamaraty iluminado com as cores das bandeira LGBTQIA+ (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

247 com Agência Brasil - O governo federal lançou nesta terça-feira (27) um conjunto de iniciativas para promoção e defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+. O anúncio ocorreu em cerimônia dedicada a marcar o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, a ser celebrado no dia 28 de junho, e realizada no Palácio do Planalto.

Uma das medidas é o pacto com “10 compromissos para proteção de Direitos das Pessoas LGBTQIA+” firmado entre órgãos federais e empresas de aplicativos de transporte. O pacto prevê campos nos aplicativos para relatar atos de discriminação e protocolos de suporte a vítimas de LGBTfobia, além de campanhas contra conteúdos LGBTfóbicos, incitação à violência e ao discurso de ódio.

Outros lançamentos foram: cartilha com informações para enfrentar a violência contra mulheres LGBTs, selo dos Correios em homenagem ao “Orgulho LGBTQIA+”, edital do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para seleção de projeto e inclusão da comunidade trans e travesti no meio digital e chamamento para boas práticas de empregabilidade de pessoas LGBTQIA+.

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, destacou a importância dessa comunidade participar do processo de recuperação do país. “Há populações no Brasil que precisam fazer parte do processo de reconstrução dos nossos valores. A população LGBTQIA+ é parte fundamental do Brasil. Se o país não entender isso, não seremos um país. O orgulho LGBTQIA+ é um orgulho nacional, brasileiro”.

Para o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência de República (Secom), Paulo Pimenta, é preciso fortalecer a união e compromisso de todos na defesa da população LGBTQIA+. “[As iniciativas são] uma forma concreta de promover os direitos das pessoas LGBTQIA+. Construir um país mais inclusivo é o desafio de todos nós”.

Os edifícios do Palácio do Planalto e do Itamaraty foram iluminados com as cores da bandeira LGBTQIA+. Nas redes sociais, internautas elogiaram a atuação do governo Lula e destacaram a mudança em relação ao governo de Jair Bolsonaro.

 


O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ tem suas raízes na Rebelião de Stonewall, que ocorreu em 28 de junho de 1969, no bar Stonewall Inn, em Nova York, Estados Unidos. Naquela época, a comunidade LGBTQIA+ enfrentava uma série de perseguições e discriminações institucionalizadas. A rebelião, liderada por pessoas transgênero, travestis e lésbicas, foi uma resposta à violência policial e às constantes invasões aos locais frequentados pela comunidade. O levante de Stonewall marcou um ponto de virada na luta pelos direitos LGBTQIA+ e se tornou um marco histórico para o movimento de libertação gay.

Desde então, o dia 28 de junho foi estabelecido como um símbolo de resistência, força e orgulho da comunidade LGBTQIA+. No entanto, em muitos lugares ao redor do mundo, as pessoas ainda enfrentam detecção, violência e marginalização por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Por esse motivo, o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ se tornou um dia de celebração e também de protesto, com o intuito de conscientizar sobre as desigualdades e promover mudanças positivas na sociedade.

As comemorações do Dia do Orgulho acontecem em diversos, envolvendo paradas coloridas, festivais, eventos culturais, palestras, seminários e manifestações. É uma oportunidade para que as pessoas LGBTQIA+ possam expressar seu amor, suas identidades e suas histórias, além de contar com o apoio e a solidariedade de aliados e comunidades em todo o mundo.

A data é também uma ocasião para reforçar a importância da inclusão, da diversidade e do respeito mútuo. Governos, organizações não governamentais, empresas e sociedade civil são incentivados a promover políticas e ações afirmativas que garantam igualdade de direitos e oportunidades para todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

No entanto, é fundamental lembrar que a luta pelos direitos LGBTQIA+ não se limita a apenas um dia no calendário. É um esforço contínuo que requer o engajamento e o apoio de todos. O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ serve como um seguidor de que a diversidade é um valor a ser celebrado e comemorado diariamente, em todas as esferas da vida.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Confira mais processos no TSE que podem tornar Bolsonaro inelegível

 TSE retomou o julgamento da ação contra Jair Bolsonaro pela reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em que ele atacou o sistema eleitoral brasileiro

Jair Bolsonaro e vacina (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | REUTERS/Yves Herman)

Caroline Oliveira, Brasil de Fato - Além do julgamento no Tribunal Superior Eleição (TSE) que pode deixar Jair Bolsonaro (PL) inelegível nesta terça-feira (27), outros processos e indícios podem recair até mesmo criminalmente sobre o ex-presidente, como o esquema de fraude em cartões de vacinação e o vazamento de um inquérito sigiloso a respeito do ataque hacker aos sistemas da Corte eleitoral.

 Somente no TSE, tramitam 16 ações que pedem a sua inelegibilidade, sendo duas referentes a ataques ao sistema eleitoral e outras sobre o uso da máquina pública para se beneficiar nas eleições do ano passado. A que está mais adiantada é a que será julgada nesta terça (27), que trata sobre a reunião com embaixadores.

 O que motivou a ação, protocolada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), foi uma reunião de Bolsonaro com embaixadores de países estrangeiros no Palácio da Alvorada, no dia 18 de julho do ano passado, amplamente divulgada pela TV Brasil e pelas redes sociais do ex-presidente.

 No relatório, o ministro do TSE Benedito Gonçalves, relator do processo, afirma que as declarações feitas por Bolsonaro durante reunião foram "danosas". Na ocasião, prossegue o ministro, Bolsonaro "atacou a Justiça eleitoral e o sistema eletrônico de votação", o que convergiu "com a estratégia de sua campanha" à reeleição.

Relembre alguns processos contra Bolsonaro que ainda entrarão na agenda:

 Fraude em carteira de imunização

 De acordo om investigações da Polícia Federal (PF), o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, articulou um esquema de fraude para incluir doses de vacina contra a covid-19 em cartões de imunização, como nos documentos de Jair Bolsonaro e de sua filha Laura. Cid foi preso em 3 de maio.

 Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF informou que Bolsonaro sabia das alterações. O principal indício é que a emissão desses certificados foi feita de dentro do Palácio do Planalto, entre os dias 22 e 27 de dezembro do ano passado. O ex-presidente nega que tenha falsificado o documento.

 O depoimento de Cláudia Helena Acosta da Silva, chefe da central de vacinação de Duque de Caxias, à Polícia Federal reitera as suspeitas. A funcionária afirmou que cedeu sua senha ao secretário de Governo do município, João Brecha, para apagar os registros de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

 Cláudia explicou, no entanto, que não sabia quem se beneficiaria com essa ação, uma vez que Brecha não forneceu os CPFs, alegando se tratar de "pessoas relevantes e conhecidas" e que, por isso, não desejava "envolvê-la em problemas".

 Segundo informações da polícia, os dados foram inseridos no sistema em 21 de dezembro de 2022, referentes a duas aplicações que teriam sido realizadas nos dias 13 de agosto e 14 de outubro, em nome de Jair Bolsonaro. Em 22 de dezembro, um certificado de vacinação foi emitido a partir do Palácio do Planalto em nome do então presidente. Em 27 de dezembro, um login usando o nome de Cláudia Helena emitiu um novo certificado e, em seguida, apagou o registro do sistema, alegando um erro.

Com base na cronologia dos eventos, a PF acredita que o Bolsonaro e seu ajudante de ordens, Mauro Cid, tinham conhecimento da fraude.

 Vazamento de inquérito sobre o TSE

Também de acordo com a PF, Bolsonaro cometeu o crime de violação de sigilo funcional ao vazar, durante uma live realizada em agosto do ano passado, informações de um inquérito sigiloso sobre um ataque hacker aos sistemas do TSE. O objetivo era desacreditar o sistema eleitoral brasileiro.

 "Considerando os elementos de interesse coligidos, que apontam a autoria, a materialidade e as circunstâncias da divulgação, de conteúdo de inquérito policial por funcionários públicos (presidente da República, ajudante de ordem e deputado federal), na live do dia 4 de agosto de 2021 e sua publicização por diversos meios, com o nítido desvio de finalidade e com o propósito de utilizá-lo como lastro para difusão de informações sabidamente falsas, com repercussões danosas para a administração pública, dá-se por encerrado o trabalho da Polícia Judiciária da União", disse a PF em manifestação ao STF.

 Bolsonaro teria contato com a ajuda de Mauro Cid, que "também teve acesso à documentação em razão de seu cargo e disponibilizou o conteúdo da investigação, via conta pessoal do presidente da República (por determinação deste), com auxílio de seu irmão".

 Cinco dias após a live, os ministros do TSE enviaram uma notícia-crime ao STF atribuindo a Bolsonaro o crime tipificado no artigo 153, parágrafo 1, do Código Penal, sobre "divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública".

 O caso foi acolhido dentro do Inquérito das Fake News (4781) inicialmente, mas foi desmembrado e agora faz parte de um inquérito independente no Supremo (4878), ambos de relatoria do ministro Alexandre de Moraes. 

 Inquérito das fake news

 Bolsonaro também é alvo dentro do Inquérito das Fake News no STF, que investiga a divulgação de informações falsas por parte de autoridades. O ex-presidente foi incluído no processo em agosto do ano passado pelo ministro Alexandre de Moraes. O inquérito foi aberto em março de 2019 por decisão do então presidente do STF, Dias Toffoli.

 Moraes cita 11 crimes que podem ser atribuídos a Bolsonaro nos repetidos ataques ao Estado Democrático de Direito: calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa, denunciação caluniosa, tentar mudar o Estado de Direito, fazer propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social, incitar à subversão da ordem política ou social e dar causa à instauração de investigação atribuindo a alguém a prática de crime ou ato infracional de que o sabe inocente, com finalidade eleitoral.

 "O objeto deste inquérito é a investigação de notícias fraudulentas (fake news), falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi, que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros; bem como de seus familiares, quando houver relação com a dignidade dos Ministros, inclusive o vazamento de informações e documentos sigilosos, com o intuito de atribuir e/ou insinuar a prática de atos ilícitos por membros da Suprema Corte, por parte daqueles que têm o dever legal de preservar o sigilo”, afirma o despacho de Moraes.

 Além da "verificação da existência de esquemas de financiamento e divulgação em massa nas redes sociais, com o intuito de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário e o Estado de Direito".

 Interferência na PF

 A PF também apura se houve interferência de Bolsonaro em investigações ligadas a familiares e pessoas próximas ao ex-presidente. Durante o seu governo, houve diversas trocas de diretores-gerais na Polícia Federal, o que é considerado incomum. Os delegados Maurício Valeixo, Rolando de Souza, Paulo Maiurino e Márcio Nunes ocuparam o cargo em diferentes momentos.

 O ministro Alexandre de Moraes chegou a impedir a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção da PF, devido a suspeitas de que ele seria indicado para interferir em investigações.

 O ex-ministro da Justiça Sergio Moro deixou o cargo acusando Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da instituição para ter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. Segundo Moro, essa interferência poderia resultar em relações impróprias entre o diretor da PF e o presidente.

 Fake news sobre vacina

 Em outro relatório, a PF concluiu um inquérito que investiga Bolsonaro por propagar informações falsas relativas à pandemia de covid-19, apontando os crimes de provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, e incitação ao crime. O documento foi encaminhado ao STF, onde está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

 "Referido relatório concluiu, diante das provas coletas nos autos, haver o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, incidido, de forma livre e voluntária, no delito previsto no art. 41 da Lei de Contravenções Penais, pela ação 'provocar alarma a terceiros, anunciando perigo inexistente' por meio dos conteúdos propagados em sua 'live', realizada no dia 21 de outubro de 2021 ao disseminar a desinformação de que os 'totalmente vacinados contra a covid-19' estariam 'desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido que o previsto' e que essa informação teria sido extraída de 'relatórios do governo do Reino Unido'", destacou a PF.

 "Outrossim, de forma direta, voluntária e consciente disseminou a desinformação de que as vítimas da gripe espanhola, na verdade teriam morrido em decorrência de pneumonia bacteriana, causada pelo uso de máscara, incutindo na mente dos espectadores um verdadeiro desestímulo ao seu uso no combate à covid-19, quando naquele momento, por determinação legal, seu uso era obrigatório pela população, o que resultaria no delito de incitação a crime, previsto no art. 286 do Código Penal", acrescentou.

 O relatório da PF surgiu depois que Bolsonaro atribuiu a vacina contra a covid-19 à síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids). O ex-presidente se baseou em um documento preparado por Mauro Cid que dizia que pessoas com a imunização completa contra o coronavírus são mais propensas a contraírem HIV.

 Caso das joias sauditas

 O ex-presidente é investigado no caso das joias da Arábia Saudita que foram trazidas ilegalmente ao Brasil e incorporadas ao seu acervo pessoal durante o seu mandato. Bolsonaro teria ordenado que fossem tomadas as medidas necessárias para retirar o conjunto de joias sauditas avaliadas em R$ 16,5 milhões que foram apreendidas pela fiscalização do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em outubro de 2021. A apreensão ocorreu porque qualquer bem cujo valor seja superior a US$ 1 mil (cerca de R$ 5,6 mil) precisa ser declarado à Receita Federal, o que não ocorreu no caso das joias.

 Diante da determinação de Bolsonaro, Mauro Cid ordenou que o então servidor da Ajudância de Ordens do Presidente da República Jairo Moreira da Silva fosse pessoalmente, no dia 29 de dezembro, ao aeroporto para "pegar alguns presentes que estavam retidos na alfândega", conforme relatou Jairo em depoimento colhido pela PF, em 31 de março, na condição de testemunha. A ordem foi dada por meio do tenente Cleiton Henrique Holszchuk, assessor de Mauro Cid.

 Após determinar a retirada das joias, Mauro Cid se adiantou e solicitou o cadastro das joias como itens do acervo pessoal de Bolsonaro no sistema no Palácio do Planalto. O registro chegou a ser realizado como informou a servidora pública Priscila Esteves das Chagas, também em depoimento à Polícia Federal.

 A tentativa de retirar as joias, no entanto, foi frustrada. O servidor da Receita Federal Marco Antônio Lopes Santanna, que recebeu Jairo na sede da Receita no aeroporto, negou a liberação das joias por falta de documentação.

 Na ocasião, Julio Cesar Vieira Gomes, secretário que comandava a Receita Federal e era alinhado a Bolsonaro, chegou a pedir a Jairo para falar no telefone com Santanna que, entretanto, se recusou atendê-lo, já que as regras do trabalho proíbem esse tipo de comportamento. Sem sucesso na recuperação das joias, o registro dos itens no sistema do Palácio do Planalto foi, então, excluído.

 Apesar de Jair Bolsonaro negar qualquer irregularidade, a Polícia Federal acredita que há "indícios concretos" de que o ex-presidente atuou diretamente na tentativa de recuperar as joias. Segundo apuração da Folha de S. Paulo, Bolsonaro e Julio Cesar Vieira Gomes conversaram por telefone em dezembro do ano passado sobre a liberação das joias. A informação contradiz o relato do ex-presidente, que dizia num primeiro momento desconhecer a existências dos objetos.

 Além do conjunto de joias que foi apreendido, Bolsonaro incorporou outros dois kits ao seu acervo pessoal, que não foram interceptados pela Receita Federal. No total, um dos pacotes que ficou com Bolsonaro inclui relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos em ouro branco e cravejados e diamantes.

 O último conjunto possui um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes, dentro de uma caixa de madeira que contém o símbolo verde do brasão de armas da Arábia Saudita. Também inclui uma caneta da marca Chopard, outro par de abotoaduras, anel e rosário, todos também em ouro branco e cravejados de diamantes. Esse conjunto de joias foi recebido em mãos pelo próprio ex-presidente, durante uma viagem oficial a Doha, no Catar, e Riad, na Arábia Saudita, entre os dias 28 e 30 de outubro de 2019.

 Ao voltar ao Brasil com o terceiro conjunto de joias, Bolsonaro solicitou que os itens fossem levados ao seu acervo pessoal, em novembro de 2019, segundo o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência.

 Após a repercussão do caso e a abertura do inquérito pela Polícia Federal, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a Bolsonaro a devolução de todos os conjuntos de joias em sua posse.

Fonte: Brasil 247

PT e Social-Democracia da Alemanha formalizam protocolo de cooperação política

 Os dois partidos acordaram como temas prioritários a defesa dos valores democráticos, a luta contra a extrema-direita, a proteção do clima e a promoção da paz

Lula é recebido em Berlim pelo líder do SPD, Olaf Scholz (Foto: Ricardo Stuckert)

O Partido dos Trabalhadores e o Partido Social Democrata da Alemanha (SPD) assinaram o protocolo de cooperação “Responsabilidade compartilhada para uma
política comum – A América Latina e o Caribe como parceiros da Alemanha e da Europa”.

O documento explicita os fundamentos da parceria, além de estabelecer parâmetro que priorizam a América Latina e o Caribe em frentes de atuação que abrangem temas como a defesa do estado de direito, a questão econômica, ambiental, a igualdade de gênero e a política externa, educacional, cultural e científica.

Confira no PDF abaixo a íntegra do protocolo de cooperação política entre o PT e o SPD:


Fonte: Brasil 247

Governo Lula estima subir em até 10 pontos percentuais o abastecimento do mercado mundial de frango pelo Brasil

 Confira algumas estatísticas da produção de aves no País

Montagem (da esq. para a dir.): Luiz Inácio Lula da SIlva, Carlos Fávaro e frangos no Brasil (Foto: Ricardo Stuckert / Rodolfo Buhrer - Reuters)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende aumentar de 35% para cerca de 42% a 45% o percentual do mercado mundial  abastecido pela produção de frangos no Brasil. O abate de frangos foi de 1,601 bilhão de aves no primeiro trimestre de 2023, aumento de 4,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, apontaram da Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro, e da Produção de Ovos de Galinha, divulgadas em 6 de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além da expectativa de aumento na produção de frangos, o presidente Lula e o ministro Carlos Fávaro lançaram nesta terça-feira (27) o plano de financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país. Estão previstos R$ 364,22 bilhões para a agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais até junho de 2024. O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro poderá alcançar R$ 2,65 trilhões neste ano, número 35,9% maior que o ano passado, informaram o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou nesta terça-feira (27) o primeiro foco de gripe aviária em aves domésticas no País, durante entrevista à CNN Brasil. O vírus da Influenza aviária (IAAP – H5N1) foi identificado no município de Serra, no Espírito Santo. O País tem 50 focos de gripe em aves silvestres, mas esta é a primeira vez que o vírus é verificado em aves domésticas.

Em Fávaro afirma que a pasta adotou medidas para evitar proliferação do vírus. "Isso não restringe nada no mercado. O grande combate é não deixar entrar em granjas comerciais. Primeiro dizer para a população que não há risco do consumo de carne de aves. Não há risco de contaminação, mas também não deve ficar manuseando os animais contaminados. O sistema de defesa vai lá, recolhe, dá o devido destino para que a gente possa continuar com segurança produzindo carne de frango e ovos com qualidade para população brasileira e também para as exportações".

"Não fecha mercado. Não pode é entrar em granjas comerciais. O nosso sistema de defesa está preparado. Os nossos criatórios, nossas empresas criadoras, a associação que representa esses produtores estão nos ajudando na conscientização, nas precauções, em todos os criatórios comerciais do Brasil", acrescentou. 

Em maio, o governo decretou estado de emergência zoossanitária no País por 180 dias diante do avanço do número de casos de influenza aviária. Foi autorizada liberação de R$ 200 milhões para fortalecer o sistema de defesa.

Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil