quarta-feira, 28 de junho de 2023

Mulher entra em pânico após transferir R$ 3,5 mil por engano para Jair Bolsonaro

 No dia 14, Bolsonaro teve R$ 87 mil bloqueados em suas contas bancárias pela Justiça de São Paulo


Uma advogada transferiu R$ 3,5 mil por engano para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela informou o ocorrido em um grupo nas redes sociais.

“Por descuido e sem óculos acabei colocando um zero a mais e foi R$ 3.500. Tento ligar no Banco do Brasil e não consigo resolver. Preciso reaver esse dinheiro”, escreveu a advogada, de acordo com o Metrópoles

No dia 14, Bolsonaro teve R$ 87 mil bloqueados em suas contas bancárias pela Justiça de São Paulo.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Inflação desabou, BC está atrasado e queda dos juros precisa ser forte para compensar, diz Gleisi

 'O Comitê de Política Monetária precisa acordar', afirmou a presidente nacional do PT. Veja algumas estatísticas

Montagem (da esq. para a dir.: Gleisi Hoffmann, Luiz Inácio Lula da Silva, Roberto Campos Neto e o Banco Central (Foto: Gustavo Bezerra | Reuters | Marcelo Camargo/Agência Brasil | José Cruz/Agência Brasil)

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), cobrou do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, pelo Twitter, que baixe a Selic, taxa básica de juros, atualmente em 13,75%. A parlamentar citou a inflação em queda como uma das justificativas para o Comitê de Política Monetária (Copom) diminuir o percentual e, por consequência, estimular o consumo e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. 

"Dados indicam que queda da inflação dos alimentos foi generalizada. Em 2022, a carestia da comida fechou em 13,55% no acumulado de 12 meses. Em seis meses de governo está em 4,14%. E a aposta é que vai continuar caindo. De resto, outro peso na inflação como um todo são os combustíveis que também estão baixando. Ou seja, bom cenário pro Copom acordar. Como a queda dos juros tá atrasada, precisaria ser forte pra fazer diferença e compensar parte dessa extorsão", afirmou.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou alta de preços de 0,04% em junho deste ano. De acordo com números divulgados nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa do IPCA-15 foi de 3,16% no ano e 1,12% no segundo trimestre (IPCA-E). 

Em 12 meses, o percentual foi de 3,40%, abaixo dos 4,07% acumulados até maio. O Banco Central informou que a meta é uma inflação de 3,25% em 2023, de 3,00% para 2024 e 3,00% para 2025. 

Quando os juros aumentam, o crédito fica mais caro, as pessoas têm menos dinheiro para gastar, e os preços dos produtos no Brasil diminuem ou param de cair. A inflação é usada como justificativa para a alta da Selic.

Ao menos dois fatores ajudam a explicar por que o alto percentual dos juros é motivo de críticas. Um é que a inflação no Brasil está em queda, segundo números oficiais. O outro é que o País está com a demanda baixa por conta do desemprego, da informalidade no mercado de trabalho e das dificuldades de acesso ao crédito. As pessoas estão com pouco dinheiro para gastos - e em um cenário com preços caindo. Então, aliados do governo Lula reforçam que não há razão para o argumento de que é preciso manter a Selic alta para segurar a inflação. 

Governo Lula ilumina palácios do Planalto e Itamaraty com as cores da bandeira LGBTQIA+

 Governo anunciou iniciativas por direitos de população LGBTQIA+

Palácio do Itamaraty iluminado com as cores das bandeira LGBTQIA+ (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

247 com Agência Brasil - O governo federal lançou nesta terça-feira (27) um conjunto de iniciativas para promoção e defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+. O anúncio ocorreu em cerimônia dedicada a marcar o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, a ser celebrado no dia 28 de junho, e realizada no Palácio do Planalto.

Uma das medidas é o pacto com “10 compromissos para proteção de Direitos das Pessoas LGBTQIA+” firmado entre órgãos federais e empresas de aplicativos de transporte. O pacto prevê campos nos aplicativos para relatar atos de discriminação e protocolos de suporte a vítimas de LGBTfobia, além de campanhas contra conteúdos LGBTfóbicos, incitação à violência e ao discurso de ódio.

Outros lançamentos foram: cartilha com informações para enfrentar a violência contra mulheres LGBTs, selo dos Correios em homenagem ao “Orgulho LGBTQIA+”, edital do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para seleção de projeto e inclusão da comunidade trans e travesti no meio digital e chamamento para boas práticas de empregabilidade de pessoas LGBTQIA+.

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, destacou a importância dessa comunidade participar do processo de recuperação do país. “Há populações no Brasil que precisam fazer parte do processo de reconstrução dos nossos valores. A população LGBTQIA+ é parte fundamental do Brasil. Se o país não entender isso, não seremos um país. O orgulho LGBTQIA+ é um orgulho nacional, brasileiro”.

Para o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência de República (Secom), Paulo Pimenta, é preciso fortalecer a união e compromisso de todos na defesa da população LGBTQIA+. “[As iniciativas são] uma forma concreta de promover os direitos das pessoas LGBTQIA+. Construir um país mais inclusivo é o desafio de todos nós”.

Os edifícios do Palácio do Planalto e do Itamaraty foram iluminados com as cores da bandeira LGBTQIA+. Nas redes sociais, internautas elogiaram a atuação do governo Lula e destacaram a mudança em relação ao governo de Jair Bolsonaro.

 


O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ tem suas raízes na Rebelião de Stonewall, que ocorreu em 28 de junho de 1969, no bar Stonewall Inn, em Nova York, Estados Unidos. Naquela época, a comunidade LGBTQIA+ enfrentava uma série de perseguições e discriminações institucionalizadas. A rebelião, liderada por pessoas transgênero, travestis e lésbicas, foi uma resposta à violência policial e às constantes invasões aos locais frequentados pela comunidade. O levante de Stonewall marcou um ponto de virada na luta pelos direitos LGBTQIA+ e se tornou um marco histórico para o movimento de libertação gay.

Desde então, o dia 28 de junho foi estabelecido como um símbolo de resistência, força e orgulho da comunidade LGBTQIA+. No entanto, em muitos lugares ao redor do mundo, as pessoas ainda enfrentam detecção, violência e marginalização por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Por esse motivo, o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ se tornou um dia de celebração e também de protesto, com o intuito de conscientizar sobre as desigualdades e promover mudanças positivas na sociedade.

As comemorações do Dia do Orgulho acontecem em diversos, envolvendo paradas coloridas, festivais, eventos culturais, palestras, seminários e manifestações. É uma oportunidade para que as pessoas LGBTQIA+ possam expressar seu amor, suas identidades e suas histórias, além de contar com o apoio e a solidariedade de aliados e comunidades em todo o mundo.

A data é também uma ocasião para reforçar a importância da inclusão, da diversidade e do respeito mútuo. Governos, organizações não governamentais, empresas e sociedade civil são incentivados a promover políticas e ações afirmativas que garantam igualdade de direitos e oportunidades para todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

No entanto, é fundamental lembrar que a luta pelos direitos LGBTQIA+ não se limita a apenas um dia no calendário. É um esforço contínuo que requer o engajamento e o apoio de todos. O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ serve como um seguidor de que a diversidade é um valor a ser celebrado e comemorado diariamente, em todas as esferas da vida.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Confira mais processos no TSE que podem tornar Bolsonaro inelegível

 TSE retomou o julgamento da ação contra Jair Bolsonaro pela reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em que ele atacou o sistema eleitoral brasileiro

Jair Bolsonaro e vacina (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | REUTERS/Yves Herman)

Caroline Oliveira, Brasil de Fato - Além do julgamento no Tribunal Superior Eleição (TSE) que pode deixar Jair Bolsonaro (PL) inelegível nesta terça-feira (27), outros processos e indícios podem recair até mesmo criminalmente sobre o ex-presidente, como o esquema de fraude em cartões de vacinação e o vazamento de um inquérito sigiloso a respeito do ataque hacker aos sistemas da Corte eleitoral.

 Somente no TSE, tramitam 16 ações que pedem a sua inelegibilidade, sendo duas referentes a ataques ao sistema eleitoral e outras sobre o uso da máquina pública para se beneficiar nas eleições do ano passado. A que está mais adiantada é a que será julgada nesta terça (27), que trata sobre a reunião com embaixadores.

 O que motivou a ação, protocolada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), foi uma reunião de Bolsonaro com embaixadores de países estrangeiros no Palácio da Alvorada, no dia 18 de julho do ano passado, amplamente divulgada pela TV Brasil e pelas redes sociais do ex-presidente.

 No relatório, o ministro do TSE Benedito Gonçalves, relator do processo, afirma que as declarações feitas por Bolsonaro durante reunião foram "danosas". Na ocasião, prossegue o ministro, Bolsonaro "atacou a Justiça eleitoral e o sistema eletrônico de votação", o que convergiu "com a estratégia de sua campanha" à reeleição.

Relembre alguns processos contra Bolsonaro que ainda entrarão na agenda:

 Fraude em carteira de imunização

 De acordo om investigações da Polícia Federal (PF), o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, articulou um esquema de fraude para incluir doses de vacina contra a covid-19 em cartões de imunização, como nos documentos de Jair Bolsonaro e de sua filha Laura. Cid foi preso em 3 de maio.

 Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF informou que Bolsonaro sabia das alterações. O principal indício é que a emissão desses certificados foi feita de dentro do Palácio do Planalto, entre os dias 22 e 27 de dezembro do ano passado. O ex-presidente nega que tenha falsificado o documento.

 O depoimento de Cláudia Helena Acosta da Silva, chefe da central de vacinação de Duque de Caxias, à Polícia Federal reitera as suspeitas. A funcionária afirmou que cedeu sua senha ao secretário de Governo do município, João Brecha, para apagar os registros de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

 Cláudia explicou, no entanto, que não sabia quem se beneficiaria com essa ação, uma vez que Brecha não forneceu os CPFs, alegando se tratar de "pessoas relevantes e conhecidas" e que, por isso, não desejava "envolvê-la em problemas".

 Segundo informações da polícia, os dados foram inseridos no sistema em 21 de dezembro de 2022, referentes a duas aplicações que teriam sido realizadas nos dias 13 de agosto e 14 de outubro, em nome de Jair Bolsonaro. Em 22 de dezembro, um certificado de vacinação foi emitido a partir do Palácio do Planalto em nome do então presidente. Em 27 de dezembro, um login usando o nome de Cláudia Helena emitiu um novo certificado e, em seguida, apagou o registro do sistema, alegando um erro.

Com base na cronologia dos eventos, a PF acredita que o Bolsonaro e seu ajudante de ordens, Mauro Cid, tinham conhecimento da fraude.

 Vazamento de inquérito sobre o TSE

Também de acordo com a PF, Bolsonaro cometeu o crime de violação de sigilo funcional ao vazar, durante uma live realizada em agosto do ano passado, informações de um inquérito sigiloso sobre um ataque hacker aos sistemas do TSE. O objetivo era desacreditar o sistema eleitoral brasileiro.

 "Considerando os elementos de interesse coligidos, que apontam a autoria, a materialidade e as circunstâncias da divulgação, de conteúdo de inquérito policial por funcionários públicos (presidente da República, ajudante de ordem e deputado federal), na live do dia 4 de agosto de 2021 e sua publicização por diversos meios, com o nítido desvio de finalidade e com o propósito de utilizá-lo como lastro para difusão de informações sabidamente falsas, com repercussões danosas para a administração pública, dá-se por encerrado o trabalho da Polícia Judiciária da União", disse a PF em manifestação ao STF.

 Bolsonaro teria contato com a ajuda de Mauro Cid, que "também teve acesso à documentação em razão de seu cargo e disponibilizou o conteúdo da investigação, via conta pessoal do presidente da República (por determinação deste), com auxílio de seu irmão".

 Cinco dias após a live, os ministros do TSE enviaram uma notícia-crime ao STF atribuindo a Bolsonaro o crime tipificado no artigo 153, parágrafo 1, do Código Penal, sobre "divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública".

 O caso foi acolhido dentro do Inquérito das Fake News (4781) inicialmente, mas foi desmembrado e agora faz parte de um inquérito independente no Supremo (4878), ambos de relatoria do ministro Alexandre de Moraes. 

 Inquérito das fake news

 Bolsonaro também é alvo dentro do Inquérito das Fake News no STF, que investiga a divulgação de informações falsas por parte de autoridades. O ex-presidente foi incluído no processo em agosto do ano passado pelo ministro Alexandre de Moraes. O inquérito foi aberto em março de 2019 por decisão do então presidente do STF, Dias Toffoli.

 Moraes cita 11 crimes que podem ser atribuídos a Bolsonaro nos repetidos ataques ao Estado Democrático de Direito: calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa, denunciação caluniosa, tentar mudar o Estado de Direito, fazer propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social, incitar à subversão da ordem política ou social e dar causa à instauração de investigação atribuindo a alguém a prática de crime ou ato infracional de que o sabe inocente, com finalidade eleitoral.

 "O objeto deste inquérito é a investigação de notícias fraudulentas (fake news), falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi, que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros; bem como de seus familiares, quando houver relação com a dignidade dos Ministros, inclusive o vazamento de informações e documentos sigilosos, com o intuito de atribuir e/ou insinuar a prática de atos ilícitos por membros da Suprema Corte, por parte daqueles que têm o dever legal de preservar o sigilo”, afirma o despacho de Moraes.

 Além da "verificação da existência de esquemas de financiamento e divulgação em massa nas redes sociais, com o intuito de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário e o Estado de Direito".

 Interferência na PF

 A PF também apura se houve interferência de Bolsonaro em investigações ligadas a familiares e pessoas próximas ao ex-presidente. Durante o seu governo, houve diversas trocas de diretores-gerais na Polícia Federal, o que é considerado incomum. Os delegados Maurício Valeixo, Rolando de Souza, Paulo Maiurino e Márcio Nunes ocuparam o cargo em diferentes momentos.

 O ministro Alexandre de Moraes chegou a impedir a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção da PF, devido a suspeitas de que ele seria indicado para interferir em investigações.

 O ex-ministro da Justiça Sergio Moro deixou o cargo acusando Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da instituição para ter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. Segundo Moro, essa interferência poderia resultar em relações impróprias entre o diretor da PF e o presidente.

 Fake news sobre vacina

 Em outro relatório, a PF concluiu um inquérito que investiga Bolsonaro por propagar informações falsas relativas à pandemia de covid-19, apontando os crimes de provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, e incitação ao crime. O documento foi encaminhado ao STF, onde está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

 "Referido relatório concluiu, diante das provas coletas nos autos, haver o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, incidido, de forma livre e voluntária, no delito previsto no art. 41 da Lei de Contravenções Penais, pela ação 'provocar alarma a terceiros, anunciando perigo inexistente' por meio dos conteúdos propagados em sua 'live', realizada no dia 21 de outubro de 2021 ao disseminar a desinformação de que os 'totalmente vacinados contra a covid-19' estariam 'desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido que o previsto' e que essa informação teria sido extraída de 'relatórios do governo do Reino Unido'", destacou a PF.

 "Outrossim, de forma direta, voluntária e consciente disseminou a desinformação de que as vítimas da gripe espanhola, na verdade teriam morrido em decorrência de pneumonia bacteriana, causada pelo uso de máscara, incutindo na mente dos espectadores um verdadeiro desestímulo ao seu uso no combate à covid-19, quando naquele momento, por determinação legal, seu uso era obrigatório pela população, o que resultaria no delito de incitação a crime, previsto no art. 286 do Código Penal", acrescentou.

 O relatório da PF surgiu depois que Bolsonaro atribuiu a vacina contra a covid-19 à síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids). O ex-presidente se baseou em um documento preparado por Mauro Cid que dizia que pessoas com a imunização completa contra o coronavírus são mais propensas a contraírem HIV.

 Caso das joias sauditas

 O ex-presidente é investigado no caso das joias da Arábia Saudita que foram trazidas ilegalmente ao Brasil e incorporadas ao seu acervo pessoal durante o seu mandato. Bolsonaro teria ordenado que fossem tomadas as medidas necessárias para retirar o conjunto de joias sauditas avaliadas em R$ 16,5 milhões que foram apreendidas pela fiscalização do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em outubro de 2021. A apreensão ocorreu porque qualquer bem cujo valor seja superior a US$ 1 mil (cerca de R$ 5,6 mil) precisa ser declarado à Receita Federal, o que não ocorreu no caso das joias.

 Diante da determinação de Bolsonaro, Mauro Cid ordenou que o então servidor da Ajudância de Ordens do Presidente da República Jairo Moreira da Silva fosse pessoalmente, no dia 29 de dezembro, ao aeroporto para "pegar alguns presentes que estavam retidos na alfândega", conforme relatou Jairo em depoimento colhido pela PF, em 31 de março, na condição de testemunha. A ordem foi dada por meio do tenente Cleiton Henrique Holszchuk, assessor de Mauro Cid.

 Após determinar a retirada das joias, Mauro Cid se adiantou e solicitou o cadastro das joias como itens do acervo pessoal de Bolsonaro no sistema no Palácio do Planalto. O registro chegou a ser realizado como informou a servidora pública Priscila Esteves das Chagas, também em depoimento à Polícia Federal.

 A tentativa de retirar as joias, no entanto, foi frustrada. O servidor da Receita Federal Marco Antônio Lopes Santanna, que recebeu Jairo na sede da Receita no aeroporto, negou a liberação das joias por falta de documentação.

 Na ocasião, Julio Cesar Vieira Gomes, secretário que comandava a Receita Federal e era alinhado a Bolsonaro, chegou a pedir a Jairo para falar no telefone com Santanna que, entretanto, se recusou atendê-lo, já que as regras do trabalho proíbem esse tipo de comportamento. Sem sucesso na recuperação das joias, o registro dos itens no sistema do Palácio do Planalto foi, então, excluído.

 Apesar de Jair Bolsonaro negar qualquer irregularidade, a Polícia Federal acredita que há "indícios concretos" de que o ex-presidente atuou diretamente na tentativa de recuperar as joias. Segundo apuração da Folha de S. Paulo, Bolsonaro e Julio Cesar Vieira Gomes conversaram por telefone em dezembro do ano passado sobre a liberação das joias. A informação contradiz o relato do ex-presidente, que dizia num primeiro momento desconhecer a existências dos objetos.

 Além do conjunto de joias que foi apreendido, Bolsonaro incorporou outros dois kits ao seu acervo pessoal, que não foram interceptados pela Receita Federal. No total, um dos pacotes que ficou com Bolsonaro inclui relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos em ouro branco e cravejados e diamantes.

 O último conjunto possui um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes, dentro de uma caixa de madeira que contém o símbolo verde do brasão de armas da Arábia Saudita. Também inclui uma caneta da marca Chopard, outro par de abotoaduras, anel e rosário, todos também em ouro branco e cravejados de diamantes. Esse conjunto de joias foi recebido em mãos pelo próprio ex-presidente, durante uma viagem oficial a Doha, no Catar, e Riad, na Arábia Saudita, entre os dias 28 e 30 de outubro de 2019.

 Ao voltar ao Brasil com o terceiro conjunto de joias, Bolsonaro solicitou que os itens fossem levados ao seu acervo pessoal, em novembro de 2019, segundo o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência.

 Após a repercussão do caso e a abertura do inquérito pela Polícia Federal, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a Bolsonaro a devolução de todos os conjuntos de joias em sua posse.

Fonte: Brasil 247

PT e Social-Democracia da Alemanha formalizam protocolo de cooperação política

 Os dois partidos acordaram como temas prioritários a defesa dos valores democráticos, a luta contra a extrema-direita, a proteção do clima e a promoção da paz

Lula é recebido em Berlim pelo líder do SPD, Olaf Scholz (Foto: Ricardo Stuckert)

O Partido dos Trabalhadores e o Partido Social Democrata da Alemanha (SPD) assinaram o protocolo de cooperação “Responsabilidade compartilhada para uma
política comum – A América Latina e o Caribe como parceiros da Alemanha e da Europa”.

O documento explicita os fundamentos da parceria, além de estabelecer parâmetro que priorizam a América Latina e o Caribe em frentes de atuação que abrangem temas como a defesa do estado de direito, a questão econômica, ambiental, a igualdade de gênero e a política externa, educacional, cultural e científica.

Confira no PDF abaixo a íntegra do protocolo de cooperação política entre o PT e o SPD:


Fonte: Brasil 247

Governo Lula estima subir em até 10 pontos percentuais o abastecimento do mercado mundial de frango pelo Brasil

 Confira algumas estatísticas da produção de aves no País

Montagem (da esq. para a dir.): Luiz Inácio Lula da SIlva, Carlos Fávaro e frangos no Brasil (Foto: Ricardo Stuckert / Rodolfo Buhrer - Reuters)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende aumentar de 35% para cerca de 42% a 45% o percentual do mercado mundial  abastecido pela produção de frangos no Brasil. O abate de frangos foi de 1,601 bilhão de aves no primeiro trimestre de 2023, aumento de 4,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, apontaram da Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro, e da Produção de Ovos de Galinha, divulgadas em 6 de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além da expectativa de aumento na produção de frangos, o presidente Lula e o ministro Carlos Fávaro lançaram nesta terça-feira (27) o plano de financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país. Estão previstos R$ 364,22 bilhões para a agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais até junho de 2024. O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro poderá alcançar R$ 2,65 trilhões neste ano, número 35,9% maior que o ano passado, informaram o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou nesta terça-feira (27) o primeiro foco de gripe aviária em aves domésticas no País, durante entrevista à CNN Brasil. O vírus da Influenza aviária (IAAP – H5N1) foi identificado no município de Serra, no Espírito Santo. O País tem 50 focos de gripe em aves silvestres, mas esta é a primeira vez que o vírus é verificado em aves domésticas.

Em Fávaro afirma que a pasta adotou medidas para evitar proliferação do vírus. "Isso não restringe nada no mercado. O grande combate é não deixar entrar em granjas comerciais. Primeiro dizer para a população que não há risco do consumo de carne de aves. Não há risco de contaminação, mas também não deve ficar manuseando os animais contaminados. O sistema de defesa vai lá, recolhe, dá o devido destino para que a gente possa continuar com segurança produzindo carne de frango e ovos com qualidade para população brasileira e também para as exportações".

"Não fecha mercado. Não pode é entrar em granjas comerciais. O nosso sistema de defesa está preparado. Os nossos criatórios, nossas empresas criadoras, a associação que representa esses produtores estão nos ajudando na conscientização, nas precauções, em todos os criatórios comerciais do Brasil", acrescentou. 

Em maio, o governo decretou estado de emergência zoossanitária no País por 180 dias diante do avanço do número de casos de influenza aviária. Foi autorizada liberação de R$ 200 milhões para fortalecer o sistema de defesa.

Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil

Internautas ironizam "Jovem Klan" e apoiam decisão do MPF

 O termo em aspas usado por usuários do Twitter foi uma referência à Ku Klux Klan (KKK), organização terrorista que defendia o supremacismo branco

Jovem Pan (Foto: Divulgação)

Perfis das redes sociais repercutiram a decisão do Ministério Público Federal (MPF), que pediu o cancelamento das três outorgas de radiodifusão concedidas à Jovem Pan, acusada de fazer uma campanha de desinformação. 

O nome Jovem Klan chegou ao trending topic (tópico em tendência), do Twitter, um dos assuntos mais comentados nas redes. Foi uma referência à Ku Klux Klan (KKK), organização terrorista que surgiu nos Estados Unidos no século 19 - defendia o supremacismo branco.

De acordo com um internauta, "é inadmissível que meios de comunicação manipulem a opinião pública com mentiras impunemente!" "Que a cassação da Jovem Klan aconteça, e que sirva de exemplo!", afirmou no Twitter. Outra pessoa escreveu: Fora Jovem Klan, chega de mi-mi-mi! Vai chorar até quando?".

 

Fonte: Brasil 247

Justiça do Distrito Federal extingue ação de Bolsonaro contra Lula em menos de uma semana

 De acordo com o Judiciário, o petista estava "revestido de autoridade decorrente da atividade pública e em ato público"

Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

A Justiça do Distrito Federal declarou extinto um processo iniciado na semana passada no qual Jair Bolsonaro (PL) acusava o presidente Lula de ter ofendido a sua honra em um discurso feito em maio deste ano. Ele pedia indenização por danos morais.

De acordo com o juiz Giordano Resende Costa, da 4ª Vara Cível de Brasília (DF), Lula estava "revestido de autoridade decorrente da atividade pública e em ato público" quando supostamente ofendeu a honra de Bolsonaro. O juiz disse também que uma "eventual pretensão de indenização" deveria ser solicitada na Justiça contra a União, e não contra o presidente em si. O relato foi publicado no portal Uol

A defesa de Bolsonaro classificou a extinção do processo como um "absurdo" e disse que vai recorrer da decisão. Em publicação no Twitter, o advogado Fabio Wajngarten criticou o entendimento do juiz Giordano Resende Costa. "Ou seja o Luula comete crimes e os BRASILEIROS pagam as indenizações", escreveu.

Fonte: Brasil 247 com portal UOL

Raul Seixas: o legado eterno do 'Maluco Beleza'

 O cantor e compositor faria 78 anos nesta quarta-feira (28)

Raul Seixas (Foto: Divulgação)

Raul Seixas, o icônico músico e compositor brasileiro, continua a cativar e inspirar gerações mesmo décadas após sua morte prematura. Conhecido como "Maluco Beleza", Raul marcou a história da música brasileira com suas letras poéticas e sua atitude irreverente.

Nascido em Salvador, Bahia, em 28 de junho de 1945, Raulzito, como era chamado na juventude, sempre demonstrou uma paixão ardente pela música. Sua carreira decolou na década de 1970, quando ele se uniu a Paulo Coelho, seu parceiro de composição, e juntos criaram algumas das canções mais icônicas e contestadoras da música popular brasileira.

A relevância de Raul Seixas na música brasileira não se resume apenas à sua capacidade de criar melodias cativantes. Suas letras, muitas vezes enigmáticas e repletas de críticas sociais e filosofia, estabeleceram um novo padrão de composição no país. Raul era um mestre em expressar a inquietação e a insatisfação social através de suas canções, tornando-se uma voz poderosa para os jovens que buscavam questionar as normas estabelecidas.

O artista também foi responsável por introduzir elementos do rock 'n' roll na música brasileira, rompendo com o estilo tradicional que predominava na época. Sua habilidade de fundir rock, folk e ritmos regionais brasileiros criou uma sonoridade única que conquistou os corações dos fãs e influenciou uma nova geração de músicos.

Além de seu impacto musical, Raul Seixas também desempenhou um papel crucial na contracultura brasileira. Ele encorajou seus fãs a serem autênticos, a pensarem por si mesmos e a desafiarem as convenções sociais. Sua figura excêntrica e suas letras provocativas trouxeram à tona discussões sobre liberdade, espiritualidade e a busca pelo autoconhecimento.

Mesmo após sua morte prematura em 1989, Raul Seixas continua a ser venerado como uma lenda da música brasileira. Suas canções, como "Ouro de Tolo", "Metamorfose Ambulante" e "Maluco Beleza", permanecem atemporais e são entoadas em shows, bares e festivais em todo o país. Sua influência transcende gerações, e artistas contemporâneos frequentemente citam Raul como uma inspiração para suas próprias criações.

A importância de Raul Seixas não pode ser subestimada. Ele abriu caminhos e abriu mentes, desafiando a indústria musical e a sociedade como um todo. Seu legado é uma prova viva de que a música pode ser uma forma poderosa de expressão, capaz de promover mudanças sociais e tocar os corações das pessoas.

Enquanto celebra-se o aniversário de Raul Seixas, hoje, lembra-se com gratidão sua coragem, sua poesia e seu espírito indomável.

Fonte: Brasil 247

Veja o exato momento em que Magno Malta tenta “lacrar”, mas é “humilhado” na CPI (vídeo)

 Bolsonarista tentou “lacrar”, mas foi contido e ainda levou uma bela bronca



Durante a CPI que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro, o senador Magno Malta (PL-ES) tentou pedir a palavra para prestar solidariedade a Milton de Oliveira Junior, radialista preso no âmbito da operação Lesa Pátria, mas não obteve sucesso.

Arthur Maia (União Brasil-BA), presidente da CPI, chamou a atenção do bolsonarista e ainda cortou o seu microfone.

A sessão desta terça-feira da CPI foi destinada a ouvir o coronel Jean Lawand Junior, convocado a depor diante de mensagens em tom golpista enviadas ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247